Por Thassio Borges, no sítio Opera Mundi:
Se os pré-candidatos republicanos à Presidência dos Estados Unidos divergem em muitos temas, o mesmo não se pode dizer em relação a Cuba. Ainda mais se o local do debate for o estado da Flórida, reduto da dissidência cubana. Em debate realizado na noite desta segunda-feira (23/01) em Tampa, dois dos quatro pré-candidatos que ainda seguem na disputa atacaram o governo de Raúl Castro e fizeram ameaças.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Newt Gingrich, afirmou que caso fosse eleito, em novembro, não permitiria “mais quatro anos de ditadura” em Cuba. Apesar de descartar o uso de tropas militares norte-americanas no país, o pré-candidato defendeu o uso de espionagem, "como (o ex-presidente Ronald) Reagan fez com os soviéticos”.
O ex-senador Rick Santorum apoiou a proposta de Gingrich de espionagem e classificou Cuba como uma “ameaça grave” para a segurança norte-americana. “As sanções devem continuar até que os irmãos Castro estejam mortos. Cuba, Venezuela e Nicarágua têm redes crescentes de gente que trabalha com jihadistas e iranianos, e estão dispostos a construir plataformas militares a 150 quilômetros da nossa costa”, acusou.
Entre os pré-candidatos, o ex-governador de Massachussets, Mitt Romney, foi mais ameno em suas críticas ao país. O republicano afirmou os EUA irão se manter “ao lado daqueles cubanos que querem liberdade”. Romney ainda criticou as ações do atual presidente norte-americano, Barack Obama, que em seu governo tomou medidas que amenizaram a relação entre Washington e Havana. As mudanças incluem a possibilidade de viajar ao país caribenho para visitar familiares, além da permissão para o envio de remessas de dinheiro aos cubanos da ilha.
O único dos pré-candidatos que não fez críticas a Cuba foi o congressista Ron Paul. Segundo ele, os EUA precisam abandonar “a estratégia de não falar com as pessoas. A Guerra Fria acabou."
Houve tempo ainda para que Romney respondesse o que faria caso recebesse uma ligação anunciando a morte do ex-presidente cubano Fidel Castro. “Agradeceria ao céu a devolução do ex-líder cubano ao seu criador”. Gingrich, entretanto, retrucou que Fidel não deverá “conhecer seu criador”, já que “irá para outro lugar”, claramente se referindo ao inferno.
Primárias
A política dos EUA em relação ao Cuba foi tema do debate por conta da grande comunidade de cubanos que vive na Flórida. O estado deverá receber no próximo dia 31 as próximas primárias do Partido Republicano.
As três primeiras disputas entre os pré-candidatos republicanos realizadas até agora mostraram equilíbrio. Santorum foi o vencedor em Iowa, Romney ficou à frente em New Hampshire e Gingrich venceu a prévia da Carolina do Sul, realizada no último sábado (21).
Se os pré-candidatos republicanos à Presidência dos Estados Unidos divergem em muitos temas, o mesmo não se pode dizer em relação a Cuba. Ainda mais se o local do debate for o estado da Flórida, reduto da dissidência cubana. Em debate realizado na noite desta segunda-feira (23/01) em Tampa, dois dos quatro pré-candidatos que ainda seguem na disputa atacaram o governo de Raúl Castro e fizeram ameaças.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Newt Gingrich, afirmou que caso fosse eleito, em novembro, não permitiria “mais quatro anos de ditadura” em Cuba. Apesar de descartar o uso de tropas militares norte-americanas no país, o pré-candidato defendeu o uso de espionagem, "como (o ex-presidente Ronald) Reagan fez com os soviéticos”.
O ex-senador Rick Santorum apoiou a proposta de Gingrich de espionagem e classificou Cuba como uma “ameaça grave” para a segurança norte-americana. “As sanções devem continuar até que os irmãos Castro estejam mortos. Cuba, Venezuela e Nicarágua têm redes crescentes de gente que trabalha com jihadistas e iranianos, e estão dispostos a construir plataformas militares a 150 quilômetros da nossa costa”, acusou.
Entre os pré-candidatos, o ex-governador de Massachussets, Mitt Romney, foi mais ameno em suas críticas ao país. O republicano afirmou os EUA irão se manter “ao lado daqueles cubanos que querem liberdade”. Romney ainda criticou as ações do atual presidente norte-americano, Barack Obama, que em seu governo tomou medidas que amenizaram a relação entre Washington e Havana. As mudanças incluem a possibilidade de viajar ao país caribenho para visitar familiares, além da permissão para o envio de remessas de dinheiro aos cubanos da ilha.
O único dos pré-candidatos que não fez críticas a Cuba foi o congressista Ron Paul. Segundo ele, os EUA precisam abandonar “a estratégia de não falar com as pessoas. A Guerra Fria acabou."
Houve tempo ainda para que Romney respondesse o que faria caso recebesse uma ligação anunciando a morte do ex-presidente cubano Fidel Castro. “Agradeceria ao céu a devolução do ex-líder cubano ao seu criador”. Gingrich, entretanto, retrucou que Fidel não deverá “conhecer seu criador”, já que “irá para outro lugar”, claramente se referindo ao inferno.
Primárias
A política dos EUA em relação ao Cuba foi tema do debate por conta da grande comunidade de cubanos que vive na Flórida. O estado deverá receber no próximo dia 31 as próximas primárias do Partido Republicano.
As três primeiras disputas entre os pré-candidatos republicanos realizadas até agora mostraram equilíbrio. Santorum foi o vencedor em Iowa, Romney ficou à frente em New Hampshire e Gingrich venceu a prévia da Carolina do Sul, realizada no último sábado (21).
2 comentários:
qual será o próximo animal irracional republicano que vai presidir os EUA?
Essa gente da Florida não merece ser chamada de comunidade cubana.
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