terça-feira, 17 de abril de 2012

Grandino Rodas, o bárbaro da USP

Por Cynara Menezes, na CartaCapital:

Imaginem um lugar com cerca de 110 mil habitantes e quase 5 milhões de metros quadrados, todo cercado, com um administrador que toma decisões sem ouvir ninguém, que recorre à repressão policial e ao banimento de dissidentes e utiliza espiões para se manter informado da atividade dos adversários. Não, não se trata de nenhuma republiqueta de bananas, mas da maior universidade do País, a USP, sob a governança do reitor João Grandino Rodas, também conhecido no campus como “o rei”.

Bancos não abrem mão da agiotagem

Por Wagner Gomes, no sítio da CTB:

A presidenta Dilma acertou na mosca ao criticar os juros extorsivos cobrados pelo sistema bancário nacional, que são os mais altos do mundo. Apesar da redução da taxa básica (Selic) promovida pelo Banco Central, o chamado spread bancário, que significa a diferença entre o que as instituições pagam para captar dinheiro e a taxa de juros que cobram nos empréstimos a empresas e consumidores, permanece nas alturas.

O massacre de Eldorado dos Carajás

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O Massacre de Eldorado dos Carajás, que matou 19 sem-terra e deixou mais de 60 feridos após uma ação violenta da Polícia Militar para desbloquear a rodovia PA-150, no Sudeste do Pará, completa 16 anos nesta terça. Duas pessoas foram condenadas por reprimir com morte a manifestação: o coronel Mario Colares Pantoja (a 228 anos) e o major José Maria Pereira Oliveira (a 154 anos), que estavam à frente dos policiais. Eles recorreram em liberdade. No final do mês passado, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, negou o direito de continuarem nessa condição. Agora, não há impedimento para que sejam presos.

Fidel elogia Dilma e ironiza Obama

Do sítio Vermelho:

Em mais uma reflexão sobre a Cúpula das Américas que se realizou em Cartagena, Colômbia, o líder da revolução cubana, Fidel Castro, em texto publicado neste domingo (15) sob o título “Realidades edulcoradas que se afastam”, diz que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, parecia “ausente” e que a brasileira, Dilma Rousseff, apresenta as questões com “autoridade e dignidade”.

Mídia veste a camisa da Repsol

Por Oscar Guisoni, de Madri, no sítio Carta Maior:

A nacionalização da companhia petroleira YPF, realizada pela presidenta argentina Cristina Kirchner, conseguiu mobilizar a imprensa espanhola que transformou o caso em uma espécie de “causa bélica” de inéditas proporções, que inclui a proliferação de comentários depreciativos sobre os argentinos e uma série de lugares comuns sobre o movimento político que governa em Buenos Aires, ao qual acusam de “peronismo fascista”, “ladrão”, “espoliador” e “terrorista”, entre outras coisas. Ao tropeço de certa imprensa de direita que no sábado dava como certo que a Argentina não nacionalizaria a empresa, soma-se um coro de colunistas em diversos programas de rádio e televisão que pede ao governo que aplique sanções urgentes como represália.

Sindicatos pressionam bancos privados

Por Michelly Cyrillo, no jornal ABCD Maior:

Os sindicatos de diversas categorias irão se unir em uma mobilização nacional para pressionar a redução da taxa de juros nos bancos privados. No ABCD, a ação começa com uma reunião nesta terça-feira (17/04), entre os representantes dos CSEs (Comitês Sindicais de Empresas) das empresas da base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para discutir como será o movimento nas fábricas.

A virada de página do Doladodelá

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Marco Aurélio Mello, ex-editor de Economia do Jornal Nacional em São Paulo, era um graduado jornalista da TV Globo. Fez parte do time deslocado para Brasília durante a cobertura do mensalão. Esteve na escala dos editores paulistas que faziam plantão de fim-de-semana no Rio de Janeiro, indicativo de prestígio na emissora. Em 2006, acompanhou de perto as maracutaias da emissora para eleger Geraldo Alckmin, quando os escândalos “do governo anterior” iam para a gaveta e os escândalos do governo Lula mobilizavam todos os recursos da Vênus. Aurélio ficou bolado quando, durante a campanha eleitoral de 2006, recebeu a recomendação do chefe no Rio: deveria tirar o pé de reportagens econômicas feitas em São Paulo. Explico: como a economia estava bombando, qualquer reportagem econômica feita em São Paulo poderia ter repercussões positivas para o “governo atual” (Lula era candidato à reeleição).

Cachoeira e Delta: o todo e a parte

Por Luis Nassif, em seu blog:

Tome-se a gravação em que o presidente da Delta fala sobre subornos. Apareceu em todos os jornais e mereceu menção no Jornal Nacional. A fonte era o jornalista assessor de Carlinhos Cachoeira.

A rigor, o diálogo não significa nada. O executivo fala em hipóteses: "se eu" colocasse tantos milhões nas mãos de fulano, ganharia a obra; "se eu" colocasse tantos milhões nas mãos de beltrano, e assim por diante. Ele não falou "eu coloquei" tantos milhões nas mãos de fulano.........

Veja parece japonês perdido no mato

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Meu médico recomendou dieta. E evitar estresse. Por isso, abstive-me da leitura de ”Veja” no fim-de-semana. Foi um erro. Era chance de desopilar o fígado. Até pelo humor.

Recebo dos leitores, desde sábado, trechos da “reportagem”. Na abertura de um dos parágrafos, parece haver uma metáfora colossal sobre “formigas e feromônios”. Deve ter sido obrada pelos mesmos editores que acreditaram no “Boimate” – piada de primeiro de abril publicada pela revista dos Civita, como se fosse pesquisa séria…

Urubóloga ameaça invadir a Argentina

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O Bom (?) Dia Brasil desta terça-feira dedicou mais espaço à Cristina Kirchner do que ao José Dirceu.

Com o jn é diferente: o jn instalou CPI do Dirceu. E ministros do STF, correspondentemente, vão ao PiG, aparentemente com o mesmo secreto desejo: condenar o Dirceu a tempo de eleger o Cerra em São Paulo, para que o PSDB tenha um candidato em 2014.

Da Ley de Medios ao petróleo é nosso

Por Renato Rovai, em seu blog:

Cristina Kirchner anunciou um projeto para reestatizar a YPF que foi entregue de “graça” e numa bandeja para os espanhóis naqueles anos em que Ménen e Fernando Henrique Cardoso disputavam quem era o mais “brother” de Clinton. O tema rendeu até uma capa de revista semanal que me recuso a escrever o nome.

YPF da Argentina e histeria privatista

Por Altamiro Borges

A decisão da presidenta Cristina Kirchner de reestatizar a empresa petrolífera da Argentina, a YPF, fez ressurgir com força o debate sobre as privatizações das estatais na América Latina. Os ideólogos privatistas e também os “privatas” – aqueles que desviaram a grana da venda do patrimônio público para as suas contas, como revela o livro “A privataria tucana” – estão irritados, histéricos.

Sugestões de capa para a Veja




* Do blog Tudo em cima

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Mídia ajudou a aterrorizar os gregos

Por J.R. Penteado, de Atenas, no sítio Opera Mundi:

Foram mais de 2 milhões de espectadores na Internet, transmissões em canais de TV do mundo inteiro, e uma popularidade que despertou ataques diretos de parte da mídia conservadora local. O documentário “Debtocracia” fez grande sucesso na web em 2011, ao abordar sob uma ótica crítica as origens da crise da dívida da Grécia, apontando todo o sistema do euro como fadado ao fracasso desde o início. “O melhor filme de análise econômica marxiana já produzido”, escreveu um colunista no The Guardian.

EUA assistem ao fim de uma era

Por José Dirceu, em seu blog:

O embargo a Cuba - uma verdadeira guerra silenciosa contra um povo -, um bloqueio impiedoso, que se soma à ocupação da área da base naval de Guantánamo e à exclusão de Cuba da Cúpula das Américas, estão no fim. Nenhum país da região apoiou a posição norte-americana de vetar a presença de Cuba. Alguns sequer compareceram à Cúpula em protesto. Foram os casos de Rafael Correa, presidente do Equador, e de Daniel Ortega, da Nicarágua.

CPI do Cachoeira detona o "mensalão"

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em 24 de novembro de 2010, estive no Palácio do Planalto com mais nove blogueiros para participar de um evento histórico: Luiz Inácio Lula da Silva daria, naquele dia, a primeira coletiva de imprensa de um presidente da República à blogosfera – até porque, os antecessores dele não conviveram com ela, pois não existia quando governaram.

Marco Maia rasgou o “Cortinão”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A nota do presidente da Câmara, Marco Maia, por mais que a imprensa a esteja escondendo, acaba de reduzir praticamente a zero a possibilidade de abafarem-se as ligações entre Carlinhos Cachoeira e as campanhas de mídia que se desenvolveram (ou se desenvolvem, melhor dizendo) contra os governos Lula e Dilma.

Mídia faz jogo da máfia

Por Miguel do Rosário, no sítio O Cafezinho:

Peço atenção para esta notinha publicada por Ilimar Franco, um dos últimos colunistas da mídia que ainda se permite, eventualmente, um posicionamento mais independente:

A estratégia da defesa de Demóstenes: Pode ser coincidência. Mas somente depois que o escritório de advocacia que defende o senador Demóstenes Torres (GO) recebeu do STF a íntegra da investigação da Polícia Federal contra o contraventor Carlinhos Cachoeira, inclusive com os grampos telefônicos, é que começaram a vir à luz informações sobre o eventual envolvimento, com a quadrilha, de integrantes de partidos que são da base do governo Dilma. Advogados do ramo dizem que essa proliferação de dados e nomes combina com uma estratégia de inteligência que pretende colocar mais gente no moedor de carne para tentar salvar o senador cliente.

A luta em defesa da TV Cultura

Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A pressão e as manifestações em defesa da TV Cultura e de seu caráter público surtiram efeito: no segundo ato contra o desmonte do canal, ocorrido nesta segunda-feira (16), em frente à sede da emissora, as reivindicações do movimento foram discutidas pelo Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da emissora. O Conselho ainda convidou os manifestantes a participarem da organização de um seminário sobre a missão pública da TV Cultura.

O Pato Donald pode ficar de fora

Por Antonio Luiz M. C. Costa, na CartaCapital:

Em 1939, o fim da influência britânica nas Américas estava consumado, mas os EUA estavam longe de garantir a herança. Franklin Roosevelt teve de fazer sua parte para conquistar corações e mentes na América Latina. Reconheceu a nacionalização das petroleiras anglo-americanas no México, ajudou Getúlio Vargas a criar a Vale do Rio Doce e a CSN com as reservas de ferro expropriadas ao empresário estadunidense Percival Farquhar e até encomendou à Disney a animação Saludos Amigos!, de 1942.