Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:
Marco Aurélio Mello, ex-editor de Economia do Jornal Nacional em São Paulo, era um graduado jornalista da TV Globo. Fez parte do time deslocado para Brasília durante a cobertura do mensalão. Esteve na escala dos editores paulistas que faziam plantão de fim-de-semana no Rio de Janeiro, indicativo de prestígio na emissora. Em 2006, acompanhou de perto as maracutaias da emissora para eleger Geraldo Alckmin, quando os escândalos “do governo anterior” iam para a gaveta e os escândalos do governo Lula mobilizavam todos os recursos da Vênus. Aurélio ficou bolado quando, durante a campanha eleitoral de 2006, recebeu a recomendação do chefe no Rio: deveria tirar o pé de reportagens econômicas feitas em São Paulo. Explico: como a economia estava bombando, qualquer reportagem econômica feita em São Paulo poderia ter repercussões positivas para o “governo atual” (Lula era candidato à reeleição).
Por conta disso e de outras situações, que pretende um dia relatar em livro, Aurélio não só não assinou o famoso abaixo-assinado de apoio a Ali Kamel, urdido depois da famosa capa da revista CartaCapital, entre o primeiro e o segundo turnos, como convenceu colegas a retirarem a assinatura. Demitido com requintes de crueldade, começou a contar suas memórias no Doladodelá, blog no qual frequentemente fala de seu desgosto com a podridão midiático-política que nos cerca. Contrariamente ao que se diz por aí, Aurélio é parte de um grupo de, por baixo, dez profissionais que se revoltaram abertamente contra aquele estado de coisas. Sinal de que Ali Kamel talvez mereça um prêmio por incentivar o empreendedorismo blogosférico.
Domingo Marco Aurélio teve uma vitória pessoal. Foi o responsável pela reportagem do Domingo Espetacular, sobre a vida do dr. Marcelo na Cracolândia paulista, que bombou. Aurélio viveu os últimos três meses em função do documentário, ao lado do repórter Gustavo Costa e estava aflito, já que em emissoras comerciais não dá para simplesmente desconhecer o Ibope. Quando a reportagem começou, o Ibope marcava 20 a 14 para a TV Globo. Mas o documentário virou o jogo, para 19 a 17. Em televisão, acreditem, isso é uma enormidade. Marco Aurélio, brilhantemente, virou uma página. Que agora tenha tempo para escrever o livro.
Marco Aurélio Mello, ex-editor de Economia do Jornal Nacional em São Paulo, era um graduado jornalista da TV Globo. Fez parte do time deslocado para Brasília durante a cobertura do mensalão. Esteve na escala dos editores paulistas que faziam plantão de fim-de-semana no Rio de Janeiro, indicativo de prestígio na emissora. Em 2006, acompanhou de perto as maracutaias da emissora para eleger Geraldo Alckmin, quando os escândalos “do governo anterior” iam para a gaveta e os escândalos do governo Lula mobilizavam todos os recursos da Vênus. Aurélio ficou bolado quando, durante a campanha eleitoral de 2006, recebeu a recomendação do chefe no Rio: deveria tirar o pé de reportagens econômicas feitas em São Paulo. Explico: como a economia estava bombando, qualquer reportagem econômica feita em São Paulo poderia ter repercussões positivas para o “governo atual” (Lula era candidato à reeleição).
Por conta disso e de outras situações, que pretende um dia relatar em livro, Aurélio não só não assinou o famoso abaixo-assinado de apoio a Ali Kamel, urdido depois da famosa capa da revista CartaCapital, entre o primeiro e o segundo turnos, como convenceu colegas a retirarem a assinatura. Demitido com requintes de crueldade, começou a contar suas memórias no Doladodelá, blog no qual frequentemente fala de seu desgosto com a podridão midiático-política que nos cerca. Contrariamente ao que se diz por aí, Aurélio é parte de um grupo de, por baixo, dez profissionais que se revoltaram abertamente contra aquele estado de coisas. Sinal de que Ali Kamel talvez mereça um prêmio por incentivar o empreendedorismo blogosférico.
Domingo Marco Aurélio teve uma vitória pessoal. Foi o responsável pela reportagem do Domingo Espetacular, sobre a vida do dr. Marcelo na Cracolândia paulista, que bombou. Aurélio viveu os últimos três meses em função do documentário, ao lado do repórter Gustavo Costa e estava aflito, já que em emissoras comerciais não dá para simplesmente desconhecer o Ibope. Quando a reportagem começou, o Ibope marcava 20 a 14 para a TV Globo. Mas o documentário virou o jogo, para 19 a 17. Em televisão, acreditem, isso é uma enormidade. Marco Aurélio, brilhantemente, virou uma página. Que agora tenha tempo para escrever o livro.
1 comentários:
Aguardo o livro!
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