domingo, 31 de agosto de 2014

A jornada de junho e o retrocesso

Por Gilson Caroni Filho

Acabo de ler o programa econômico de Marina da Silva que, como todos sabem, foi escolhida pela "providência divina". Alguns pontos devem ser esclarecidos para os eleitores mais jovens.

1) Marina pretende dar autonomia para o BC. O que significa isso? Entregar o banco para o mercado financeiro. Não por acaso conta com o apoio de banqueiros em sua campanha.

A agenda conservadora na economia

Por Paulo Kliass, no jornal Brasil de Fato:

O avanço do calendário eleitoral tem obrigado as candidaturas a se posicionarem acerca de temas variados da realidade nacional. Apesar do pouco espaço e interesse da grande imprensa em realizar um verdadeiro debate sobre assuntos importantes, os setores mais conservadores de nossa sociedade têm conseguido êxito na estratégia de pautar as campanhas com enfoques que podem significar grave retrocesso.

O pacote reacionário de Marina Silva


Nada é mais antigo e reacionário nessa campanha eleitoral do que as propostas de Marina Silva, do PSB, para “uma nova política”. São seis pontos apresentados no primeiro capítulo do programa de governo divulgado sexta-feira. Cinco deles formam um conjunto de retrocessos democráticos e casuísmos. A agenda da direita está toda lá, do voto distrital ao financiamento privado de campanhas. O sexto ponto, em contradição, copia propostas do PT.

Marina trará recessão e desemprego

Por Umberto Martins, no site Vermelho:

O programa de governo da presidenciável Marina Silva, lançado sexta-feira, 29, soou como música aos ouvidos da oligarquia financeira que comanda a economia brasileira e anda meio ansiosa para derrotar a presidenta Dilma, mas desiludida com o desempenho do tucano Aécio.

LGBT e a bipolaridade de Marina

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Nessa sexta-feira 29, Marina Silva, candidata do PSB à Presidência da República, divulgou o seu programa de governo. Um calhamaço de 245 páginas.

No capítulo LGBT, ela promete, entre outras coisas:

Marina sob ataque: ela resiste?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Errei na avaliação. Imaginava que, diante da subida abrupta de Marina Silva nas pesquisas, a velha mídia ligada aos tucanos não entraria numa aventura: tentar desconstruir Marina, para permitir que Aécio recupere o segundo lugar nas pesquisas.

A mídia entrou pesado, sim. Aécio deu sinais de resistência, com um bom desempenho no debate da Band. Não jogou a toalha. Blogueiros da “Veja” atacam Marina. Blogueiros do UOL também. Veja aqui a análise de Josias de Souza, que afirma: a história do jatinho de Eduardo, pago com dinheiro de laranjas e fantasmas, pode transformar Marina numa sub-Marina.

O mito da democracia racial no Brasil

Por Joseh Silva, na revista CartaCapital:

É falso afirmar que o Brasil não é um país racista. Viver nesta afirmação não se trata somente de “tapar o Sol com a peneira”, mas de continuar permitindo um quadro social que favorece uma população de elite e branca, ou, pelo menos, de pessoas que se identificam com isso.

Radiografia de uma candidata "apolítica"

Por Marcelo Zero, no blog de Paulo Moreira Leite:

Uma candidatura é uma construção coletiva. Por maior carisma pessoal que tenha o titular, o seu caráter político é definido pelo conjunto de forças sociais que lhe dão apoio.

Assim sendo, considerações sobre a biografia do candidato e suas idiossincrasias pessoais não são substancialmente relevantes para a análise racional do significado social e político das candidaturas. É muito mais importante saber o que seus seguidores querem, sentem e pensam. O realmente relevante é saber a quais interesses uma candidatura serve.

O petróleo e o sonho de Marina

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O desempenho da ex-ministra Marina Silva como candidata do PSB à Presidência da República, na mais recente pesquisa do Ibope, provoca uma quebra na polarização que tem marcado o debate político e econômico nos últimos anos. Pelo menos na imprensa, pelo que se pode ler nos principais jornais de circulação nacional na sexta-feira (29/8), seu discurso produz uma diversidade maior de opiniões, como que obrigando os analistas a procurar mais sutileza em alguns temas. Por exemplo, o esforço da candidata para superar divergências com os produtores de etanol coloca em debate a política do petróleo, mas não nos termos propostos tradicionalmente pelo PSDB, que se resume basicamente à disputa entre estatistas e privatistas.

A política maquiada de Marina Silva

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

Quem marinou?

Dois grupos de eleitores pretendem votar em Marina Silva.

O primeiro grupo acha que ela é uma novidade, alguém completamente diferente e que tem condições pessoais de fazer um bom governo.

Outro grupo quer principalmente tirar o PT do governo, seja lá com quem for, seja lá a que preço. Eram Aécio; agora, são mais Marina.

MPE investigará jatinho ilegal de Marina

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O site do Ministério Público Federal acaba de divulgar um documento que pode causar outro abalo na campanha presidencial deste ano.

O procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, instaurou um processo de investigação, pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), do uso do jatinho sem dono e sem documentos pelo PSB.

A pena pode ser a impugnação da candidatura, por crime de corrupção eleitoral.

sábado, 30 de agosto de 2014

Marina vai se ajoelhar para Malafaia?

Por Altamiro Borges

A tentativa de Marina Silva de pairar acima das divergências e de agradar a todos, como reza a sua cartilha da “nova política”, promete dar muita dor de cabeça à presidenciável e ao seu partido-carona, o PSB. Nesta sexta-feira (29), a sigla divulgou a sua plataforma eleitoral – redigida por Neca Setubal, uma das herdeiras do Banco Itaú. O programa tem inúmeras lacunas e retrocessos, mas um tema gerou imediata reação. No item sobre os direitos dos homossexuais, ele se comprometia com sensíveis avanços. Mas diante da gritaria histérica do pastor Silas Malafaia, que havia sinalizado dar apoio a também evangélica Marina Silva, a candidata logo vacilou nas propostas e prometeu rever o programa.

Leci Brandão é vitima de racismo

Por Altamiro Borges

Nos últimos dias, a deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP), candidata à reeleição, tem sido alvo de uma asquerosa e criminosa ofensiva de ódio racial. Pelas redes sociais, ela tem sido chamada de “macumbeira”, “nojenta”, “verme” e outros adjetivos ainda mais baixos. Conhecida por sua defesa da cultura negra e das religiões de matriz africana, a parlamentar e sambista não se intimidou. Diante da onda racista, ela solicitou à Procuradoria Regional Eleitoral do Estado a imediata retirada das mensagens preconceituosas no Facebook. Na quarta-feira (27), o PRE-SP acatou o pedido e ainda solicitou à Justiça de São Paulo que adote “as providências criminais que entender cabíveis” no caso.

Soninha Francine virou “ficha suja”

Por Altamiro Borges

A mídia tucana não deu qualquer realce para uma curiosa notícia nesta semana. Na quarta-feira (27), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo rejeitou a candidatura à deputada federal de Soninha Francine, do PPS. Ela foi enquadrada na Lei da Ficha Limpa, conforme pedido do Ministério Público. Em 2011, quando ocupava o exótico cargo de diretora-técnica da Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco), nomeada pelo governador Geraldo Alckmin, a ex-vereadora teve a contabilidade do órgão rejeitada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por uso irregular de recursos públicos. A nova “ficha suja” do PPS agora só poderá se candidatar novamente em 2020.

As mil faces de Marina Silva

Por Guilherme Santos Mello, no site Brasil Debate:

Em política, uma imagem vale mais que mil palavras. A construção da imagem política é um processo lento, que exige a repetição contínua de alguns mantras e a obstinação de seus seguidores.

Uma vez construída, a desestruturação da imagem de um partido ou candidato pode se provar difícil de se consumar, mesmo com bons argumentos para isso.

Marina e o Plano Nacional de Educação

Por Theófilo Rodrigues, no blog Conexão Cultura e Política:

O anúncio de que o programa da candidata Marina Silva pretende reduzir os investimentos no pré-sal foi um verdadeiro balde de gelo – para usar uma expressão da moda – nos defensores da educação pública e do Plano Nacional de Educação.

O Plano Nacional de Educação (PNE) aprovado neste ano é o principal documento norteador das políticas públicas de educação do país. Entre suas 20 metas para os próximos 10 anos consta que o investimento público em educação deverá alcançar 7% do PIB em 2019 e 10% do PIB em 2024. Hoje o investimento público em educação está em aproximadamente 6% do PIB.

Até quando vai durar a Marinamania?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O dia começou ruim para Dilma e terminou pior.

O primeiro golpe veio com a publicação, na Folha, de um texto de acordo com o qual Dirceu já estaria considerando “iminente” a derrota de Dilma para Marina, a “Lula de saias”.

O artigo, de Fernando Rodrigues, viralizou. Poucas horas depois de publicado, Dirceu desmentiu tudo, pelo blog de Paulo Moreira Leite.

Há um novo Collor na praça

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Há menos de um ano, Marina Silva não conseguia reunir meio milhão de assinaturas para formar sua Rede Sustentabilidade.

Hoje, diz o Datafolha, ela teria 100 vezes mais pessoas – 51 milhões de brasileiros – dispostos a entregar-lhe não o comando de um partido, mas o comando de suas vidas e seu destino.

O racismo contra o goleiro do Santos

Por Dennis de Oliveira, na revista Fórum:

O jogo Grêmio e Santos, no dia 28 de agosto, no Estádio Olímpico, foi palco de mais uma manifestação racista. Desta vez, a vítima foi o goleiro santista Aranha, chamado de “macaco” e “preto fedido” por torcedores gremistas na partida vencida pelo alvinegro praiano por 2 a 0.

A única certeza: o PSDB acabou

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Aécio Neves parece já ter jogado a toalha. Aliás, começou a parecer já no debate da Band, quando, em vez de atacar Marina Silva, que lhe tomou o segundo lugar na corrida eleitoral, centrou fogo em Dilma. Aliás, já se fala até em ele desistir e disputar o governo de Minas.

Na última sexta-feira, enquanto até o Datafolha – que o “segurou” o quanto pôde com mais intenções de voto do que realmente tinha – trazia ao tucano a péssima notícia de que estava caminhando rapidamente para terminar a eleição como “nanico”, ele dizia que o governo Dilma teria “acabado antes da hora”.