quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Cunha desmoraliza processo de impeachment

Por Renato Rovai, em seu blog:

Eduardo Cunha ter aceitado o pedido de impeachment da presidenta Dilma depois de o PT ter anunciado que votaria contra ele no Conselho de Ética é a desmoralização total deste processo.

A oposição vai fazer de tudo para tirar essa marca, mas para Dilma não poderia haver um melhor cenário para que essa disputa se iniciasse.

Dilma, seu partido e seu governo terão todas as condições de demonstrar que isso só está acontecendo porque o presidente da Câmara quer se vingar por não ter tido do PT o aceite da chantagem que tentou operar.

Cunha, o ladrão flagrado, vinga-se em Dilma

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Eduardo Cunha, perdido, dá seu abraço de afogado no país e aceitou o pedido do PSDB e do DEM – além dos revoltados & cia. – para abrir o processo de impeachment contra Dilma Rousseff.

Cunha, na iminência de perder seu mandato, resolveu ir para o hara-kiri.

Vivemos uma situação monstruosa: um ladrão público, pego em flagrante com suas contas no exterior, erigido em acusador de alguém que, à parte o apoio ou a crítica, não tem contra si uma acusação de desonestidade pessoal.

Dilma rechaça golpismo de Cunha

Argentina: a cara nova da velha direita

Por Vinícius Wu e Daniel Angelim, na revista Fórum:

No último domingo, um pouco antes das 10 horas da noite, Daniel Scioli abandonava o cenário montado em seu comando de campanha para, em um telefonema rápido, reconhecer a derrota ao seu oponente Mauricio Macri, líder do Cambiemos. Já na primeira manhã após o resultado, o conservador periódico La Nacion publicava um editorial criticando enfaticamente a punição de criminosos que agiram durante a ditadura naquele país. Na campanha, Macri havia anunciado o fim do “negócio” dos Direitos Humanos.

Pressão inviabiliza chantagem de Cunha

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Durante a terça-feira, 1 de dezembro de 2015, ocorreu um fenômeno no país que, ao fim e ao cabo, pode terminar mostrando que a democracia pode não ser lá uma maravilha, mas é o sistema que melhor funciona. A pressão da sociedade SEPULTOU uma chantagem asquerosa.

“Ocupamania” para ouvir, cantar e ocupar!

Do site da UJS:



Estudantes da Escola Estadual Professor Moacyr Campos, no bairro Jardim Aricanduva em São Paulo, gravaram um paródia da música “Monomania”, de Clarice Falcão, para falar sobre as ocupações das escolas estaduais de São Paulo em defesa da educação.

O PSDB e a Síndrome de Estocolmo em SP

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Maurício Moraes, na revista CartaCapital:

Em 1973, dois ladrões armados fizeram quatro reféns durante assalto a um banco na capital da Suécia. No segundo dia de forte cerco policial começou o inesperado - as vítimas criaram empatia e passaram a defender os seus algozes.

A história causou tamanho estranhamento que virou caso de estudo. Foi descrita como um sintoma psiquiátrico que ganhou o nome de Síndrome de Estocolmo.

Em São Paulo, após 21 anos de PSDB, de cartéis do metrô, educação em frangalhos, sigilo de documentos e seca nas torneiras, estaria a população do estado passando por crise semelhante?

Alckmin fecha escola e gasta em propaganda

Da Rádio Brasil Atual:

O presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, fala sobre o governo do Estado de São Paulo que não aumenta salários dos professores, quer fechar escolas, porém tem verba de sobra para publicidade. Ouça aqui:

Moro seria um ótimo presidente!

Ali Kamel leva uma surra de blogueiro

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

“O Acórdão abre um precedente importante para reverter dezenas de outras ações que tentam calar jornalistas independentes de todo o país. Mais do que uma vitória pessoal, considero um passo importante para a garantia de um direito consagrado em nossa Constituição Federal.” (Marco Aurélio Mello).

Caro Marco Aurélio

Estou feliz com sua vitória, que é também a nossa vitória!

O mito da imprensa democrática

Por Luciano Martins Costa, no site do FNDC:

Os jornais brasileiros de circulação nacional, aqueles que determinam o eixo da agenda pública, encerram o mês de novembro com a mesma pauta que iniciou o ano de 2015. Não se trata da saraivada de denúncias, declarações, vazamentos e revelações factuais sobre fluxos de dinheiro ilegal ligados a campanhas eleitorais. Essa é apenas a espuma do noticiário e dificilmente saberemos em que os fatos atuais se diferenciam do histórico da corrupção, a não ser pela evidência de que alguns atores estão sendo responsabilizados.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

"Desacato" no encontro de blogueiros de SC

O "historiador" tucano no banco dos réus

Por Altamiro Borges

O hidrófobo tucano Marco Antonio Villa, que se traveste de "historiador" na TV Cultura - a emissora pública que virou palanque do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) -, vai ter de explicar as suas calúnias no banco de réus. A Justiça de São Paulo acatou a queixa-crime proposta pelo Instituto Lula contra o falsário. Em julho passado, o histérico comentarista rosnou que o ex-presidente era "chefe de quadrilha", "mentiroso" e "culpado pelo tráfico de influência internacional". Agora, o "valentão" terá que comprovar as suas acusações ou se retratar pelos crimes de "calúnia, injúria e difamação". A TV Cultura, que dá guarita a este leviano irresponsável, também deveria ser acionada na Justiça!

Direito de resposta e o servilismo da ABI

Por Altamiro Borges

A legendária Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que sempre jogou papel de relevo na luta pela democracia no país, pisou feio na bola nesta semana. Ela se somou às truculentas entidades patronais – como a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert), a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e a Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner) – para atacar a lei do direito de resposta, aprovada no Senado e sancionada pela presidenta Dilma. Num vergonhoso servilismo, a ABI utilizou os mesmos argumentos dos empresários – que atentam diariamente contra a liberdade de expressão – para ingressar no Supremo Tribunal Federal questionando este direito democrático.


A violência da PM numa escola ocupada

A "guerra" contra os estudantes de SP

Foto: Jornalistas Livres
Por Laís Gouveia, no site Vermelho:

Os estudantes que ocupam as 205 escolas contra o plano de reorganização proposto por Alckmin, que pretende fechar 92 colégios, estão sendo cada vez mais coagidos a se renderem, seja pela truculência da polícia militar, por grupos não identificados que entram nos colégios para furtar objetos e agora, com o decreto do governador tucano lançado nesta terça-feira (1º), no diário oficial de São Paulo, que autoriza a transferência de professores para a implementação do plano.

Assassinatos no campo crescem em 2015

Por Victor Tineo, no jornal Brasil de Fato:

O número de assassinatos no campo em 2015 foram os maiores desde 2004, apontam os registros do banco de dados do Centro de Documentação Dom Tomás Balduino. Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a maior parte destas mortes são de posseiros e lideranças camponesas.

Ao todo, foram registradas 46 mortes e 79 ameaças. Dessas ameaças, quatro pessoas foram executadas, sendo elas dois posseiros, uma líder camponesa e um conselheiro do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

A tentativa de golpe continua

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Quinta-feira foi um dia atípico na capital do país. Ainda na ressaca pós-prisão do líder do PT no Senado, Delcídio Amaral (MS), ocorrida um dia antes, a Casa mal funcionara. A sessão ordinária foi aberta às 14 horas, como de praxe. Mas não houve sequer votação. Nem meia dúzia de senadores passaram pelo plenário – foram somente aqueles que já tinham horário programado para pronunciamento. E olhe lá.

Brasília enfrenta um dia decisivo

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega. A expressão é antiga, um velho provérbio português, mas não encontrei outra melhor para definir a situação em que se encontram o governo, o PT e a Câmara dos Deputados no começo desta terça-feira, que promete ser quente em Brasília.

À tarde, o Conselho de Ética decide o destino do processo contra Eduardo Cunha. Se o resultado lhe for desfavorável, com a aprovação do relatório de Fausto Pinato (PRB-SP) pela continuidade do processo, Eduardo Cunha ameaça deflagrar a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

A democracia na normalidade controlada

Por Tarso Genro

Herzog, o torturado personagem de Saul Below, no seu romance do mesmo nome, num dos seus delírios escreve mentalmente uma carta a Heidegger, na qual pergunta: “Caro ‘doktor’ professor Heidegger, eu gostaria de saber o que o senhor quer dizer com a expressão ‘a queda no cotidiano’. Quando ocorreu essa queda? Onde estávamos quando ela aconteceu?” A pergunta angustiada do autor do romance – pela boca do seu principal personagem- me trouxe imediatamente à memória uma outra pergunta, formulada por Manuel Castells, no seu livro que já nasceu clássico, “Redes de indignação e esperança” (posfácio à edição brasileira), no qual ele se interroga: “Seria uma esperança vã essa volta à normalidade controlada’?”.