domingo, 8 de janeiro de 2017

Primeira semana de 2017: como será a última?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

A História poderá ser esquecida durante algum tempo, porém nunca será apagada. (Itamar Bopp, genealogista e historiador).
Se a primeira semana de 2017 foi assim, fico imaginando como chegaremos à última.

Conto com a ajuda dos leitores para encontrar respostas porque não faço a menor ideia do que nos espera até lá.

Tanto quanto as matanças de presos no Amazonas e em Roraima, o que me chocou foi a reação aparvalhada dos agentes públicos de todos os níveis, uns jogando a responsabilidade nos outros, e apresentando novos velhos planos de segurança para um futuro distante, quando já estaremos todos mortos, dentro ou fora das cadeias.

A "pejotização" lesa os jornalistas

Do site da CUT:

Um fenômeno nocivo às relações trabalhistas e muito conhecido pelos jornalistas, a chamada “pejotização”, a contratação de Pessoas Físicas, de modo subordinado, não eventual e oneroso, realizada por meio de Pessoa Jurídica, é uma fraude que lesa o trabalhador e a trabalhadora, garante o advogado e coordenador jurídico do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), Raphael da Silva Maia.

Civita: anti-Lula sempre foi pró-FHC

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A preferência política da 'Veja' por Fernando Henrique Cardoso é um desses fatos sabidos por todas as pessoas interessadas em estudar as conexões preferenciais entre a revista e as personalidades políticas que marcaram a história brasileira recente. É um traço tão marcante como a rejeição perpétua - acentuada nos últimos 20 anos - por Luiz Inácio Lula da Silva. Lembrando que Lula e FHC foram os líderes que estiveram a frente das principais famílias políticas do país há décadas, é sempre instrutivo registrar as diferenças de tratamento reservadas a ambos.

A falácia da privatização dos presídios

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Na última coluna do ano passado, escrevi sobre a anacrônica visão do ministro da Justiça sobre as questões de segurança pública. Sua pretensão é aumentar o número de prisões por crimes relacionados às drogas e, ao mesmo tempo, deixar de usar os recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) nos presídios para realocá-los em outras áreas de segurança pública. Em setembro último, o STF frustrou o ministro e o obrigou a fazer óbvio: utilizar os recursos do fundo para o que ele foi criado, na construção, reforma, ampliação, modernização e aprimoramento de estabelecimentos penais. A quem interessa o sucateamento do já combalido sistema penitenciário? Ao que parece, apenas às empresas interessadas em lucrar administrando presídios e políticos financiados por elas.

Temer e o cerco aos bancos públicos

Por Mauro Santayana, na Revista do Brasil:

Nos últimos meses, o governo brasileiro não apenas está tomando medidas temerárias do ponto de vista estratégico como também o está fazendo na contramão do mundo, em um momento em que o nacionalismo e o Estado se fortalecem, como reação à globalização, até mesmo pelas mãos da extrema direita, nos países mais desenvolvidos. O que vem sendo apresentado, com a cumplicidade de uma mídia imediatista, irresponsável e descomprometida com os objetivos nacionais, não passa de uma sucessão de “negócios” apressados e empíricos que têm como único norte o acelerado desmonte, esquartejamento e inviabilização em poucos anos, do Estado, com deletérias, estratégicas, e talvez irreversíveis consequências para o futuro.

Os neoliberais e a ciência da crueldade

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Pouca gente vai perceber, mas há um escândalo, hoje, na Folha, que se assemelha a uma versão ascética dos massacres que nos chocaram na semana passada (na semana passada, por enquanto).

Trata-se da coluna do senhor Samuel Pessôa, que não se perca pelo sobrenome, um economista neoliberal de visão próxima aos que nos comandam, atualmente. Vejam a candura com que ele declina seus pensamentos sobre a vantagem de pagar salários menores ao trabalhador:

sábado, 7 de janeiro de 2017

A esperança e as suas consequências

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O que o golpe e o fatalismo conservador tentam nos explicar há oito meses é que a esperança que se alimenta de aspirações por mais justiça e democracia é um atentado ao equilíbrio das contas nacionais, como o perseguido agora pela PEC 55.

Enquanto a dissonância não retroceder, o ambiente político não desanuviará, os mercados não vão relaxar, a incerteza e a crise persistirão, advertem colunistas anexados a relatórios de bancos e vice-versa.

A esperança é disfuncional.

Lei das teles também tem agrados às TVs

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Em tempos de penúria fiscal, com o governo a negar 7 reais a mais ao salário mínimo, congelar por vinte anos gastos sociais e a propor que menos gente receba aposentadoria (e de valor menor), uma simples decisão governamental poderia render 5 bilhões de reais de uma vez aos cofres públicos e garantir um fluxo de 1 bilhão de reais por ano daqui em diante.

Esses números são estimativas do potencial arrecadatório com a cobrança de uma contribuição a ser paga por rádios e TVs com base em uma lei de 2000, a 9.998. Uma polêmica que volta à baila graças à lei que presenteia as empresas de telefonia fixa com bilhões de reais em bens públicos.

Presídio no Brasil: Abatedouro de pobre

Por Laura Capriglione, no site dos Jornalistas Livres:

Juízes, Desembargadores, Ministros do STF e STJ, o Ministério Público Federal e os Estaduais, as Polícias Militares e a Federal, o Exército, a Força Nacional, os protagonistas do Golpe de Estado contra a Democracia agora rangem os dentes contra a população preta e pobre - a maioria da população carcerária do país.

Michel Temer, o presidente do Golpe, já foi secretário de Segurança Pública de São Paulo, escolhido para o cargo logo depois do Massacre do Carandiru, em 1992, pelo seu amigo, Luiz Antônio Fleury Filho.

Como o pato da Fiesp engoliu o MPF

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – sobre as responsabilidades do MPF

O Ministério Público Federal teve papel central no golpe parlamentar que visou, em última instância, reduzir drasticamente as responsabilidades do Estado e congelar as despesas públicas através da PEC 55.

O congelamento implica em meramente corrigir as receitas pela inflação do período, mantendo o mesmo valor real inalterado por 20 anos.

A lógica anterior consistia em definir um patamar de despesas e corrigi-la anualmente pelo índice de preço do período mais o crescimento do PIB.

Regina Duarte adere ao vassouraço de Dória

Foto: Jornalistas Livres
Da revista Fórum:

O prefeito de São Paulo João Dória parece ter perdido mesmo o senso de ridículo. Após ser criticado e comparado por toda a mídia nacional a Jânio Quadros, ele insiste no vassouraço, se veste de gari novamente e, como se não bastasse, foi desencavar a atriz Regina Duarte que, sem medo de ser feliz, chegou voando ao Masp com a sua vassoura.

Elite não vai esperar a economia afundar

Golpe parlamentar e o assalto ao bem comum

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Um dos efeitos mais perversos do golpe parlamentar, destituindo com razões juridicamente questionáveis pelos juristas mais conceituados de nosso país e também do exterior, foi impor um projeto económico-social de ajustes e de modificações legais que significam um assalto ao já combalido bem comum. O golpe foi promovido pelas oligarquias endinheiradas e anti-nacionais que usaram um parlamento de fazer vergonha por sua ausência de ética e de sentido nacional, que por ele pretendem drenar para seu proveito a maior fatia da riqueza nacional. Isso foi denunciado por nomes notáveis como Luiz Alberto Moniz Bandeira, Jessé Souza, Bresser Pereira, entre outros.

Juristas pedem exoneração de Moraes

Do site Vermelho:

À frente do Ministério da Justiça desde a posse de Michel Temer, Alexandre de Moraes protagonizou mais falhas do que qualquer cargo pode suportar. Nesta sexta, 6, em meio ao maior caos penitenciário, suas reações equivocadas e oscilantes despertaram a articulação no meio jurídico para que ele renuncie do cargo, ou então seja exonerado pelo presidente.

A burguesia no golpe do impeachment

Por Armando Boito. no jornal Brasil de Fato:

Por que, durante a crise política de 2015-2016, a presidenta Dilma Rousseff foi abandonada por setores sociais que, até então, vinham se beneficiando com as políticas implementadas por seu governo? Essa pergunta vale, dentre outros, para o movimento sindical, para os trabalhadores da massa marginal e, também, para boa parte da burguesia brasileira. Ao longo das próximas semanas, vamos tentar oferecer alguns elementos de resposta para cada um desses casos. No texto que publicamos agora, veremos o caso da burguesia.

A mídia e o vereador anticotista Holiday

Por Marcos Sacramento, no blog Diário do Centro do Mundo:

O “dirigente” do MBL e agora vereador Fernando Holiday (DEM) tem aliados poderosos na sua cruzada contra as medidas de inclusão racial.

Para saber quem são, basta ver como a imprensa tradicional repercute os planos do edil de revogar o Dia da Consciência Negra e acabar com as cotas nos concursos públicos municipais.

Holiday afirma que o Dia da Consciência Negra é “segregacionista” e por isso “as pessoas devem ter consciência humana, independentemente da cor da pele”. No entanto, em momento algum é chamado a explicar por que a data promove o racismo em vez de combatê-lo.

Temer é o "Benjamin Button" da política

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                  

No filme "O curioso caso de Benjamin Button", de David Fincher, o personagem vivido por Brad Pitt inverte a ordem cronológica da vida e já nasce velho, aos oitenta e poucos anos, e vai diminuindo de idade e tamanho ao logo de sua existência até se transformar em um bebê antes de morrer.

Com a ressalva importante de que o governo Temer jamais desfrutará dos anos dourados da juventude, tal como Button, pois faz uma trajetória meteórica do nascimento rumo ao ocaso, a comparação entre a ficção e a nossa triste realidade faz sentido.

Bruno Júlio e as escolhas de Temer

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

''Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana.''

Na sua opinião, essa declaração sobre os presos mortos no Massacre de Manaus foi dada por:

a) Um perfil falso de rede social criado para apoiar políticos ou movimentos que querem se vender como novos salvadores da pátria, mas defendem a tradição, a família e a propriedade, tentando mostrar que o problema do mundo é a defesa dos direitos humanos;

b) Um hater da internet que, na opinião dos vizinhos, é um ''homem de bem'', ''pai carinhoso'', ''trabalhador exemplar'', ''pagador de impostos'', ''pessoa tranquila'', mas que, na frente do computador, torna-se capaz de matar com as próprias mãos com requintes de crueldade;

Temer exonera o seu jovem facínora

Por Altamiro Borges

O covil golpista de Michel Temer só reúne trastes da pior espécie – bandidos profissionais, abutres rentistas e fascistas convictos. Sete ministros já foram defecados – a maioria por denúncias de corrupção. Nesta sexta-feira (6), mais um traste caiu. O Secretário Nacional de Juventude do governo ilegítimo, Bruno Júlio, “pediu demissão” após a repercussão de suas declarações facínoras ao jornalista Ilimar Franco, do jornal O Globo. Questionado sobre o massacre no Presídio de Manaus, que resultou na morte de 56 pessoas, o jovem fascista disse que “tinha que matar mais”. Nem o “fujão” Michel Temer, que se acovardou diante da barbárie, poderia sustentar tamanha escrotidão.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

A revolta contra o “gasolinazo”... no México

Por Altamiro Borges

O presidente mexicano Enrique Peña Nieto, bajulado pela mídia rentista como um exemplo de gestor “moderno”, está transformado o país em um verdadeiro barril de pólvora. No último domingo (1), ele autorizou um brutal corte nos subsídios do petróleo, o que elevou o preço da gasolina e diesel em até 20%. Revoltados com a medida, que agrava ainda mais a penúria deste sofrido povo, milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra o “gasolinazo”. A resposta do neoliberal foi a já conhecida: violenta repressão. Nos últimos dias, cerca de 500 pessoas foram presas e outras centenas foram alvo de bombas de gás e tiros de bala de borracha. O México está em chamas!

Afiliada da Globo demite em Manaus

Por Altamiro Borges

Como ensinava o jornalista Cláudio Abramo, a única liberdade de imprensa existente nas redações é a dos donos dos veículos. Nesta quarta-feira (4), o apresentador do telejornal “Bom Dia Amazonas”, Clayton Pascarelli, foi demitido da emissora afiliada da TV Globo no Estado. A sumária dispensa ocorreu um dia após ele ter criticado o governador do Amazonas, José Melo (Pros), por sua atuação criminosa no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, que resultou em 56 mortes.

Doria sonda Janaína: inspetora de banheiro?

Por Altamiro Borges

A capital paulista, bajulada como a locomotiva do Brasil, está virando motivo de piada – pelo menos na internet. O novo prefeito da cidade, o empresário e apresentador de tevê João Doria, fantasiou-se de gari para iniciar a sua gestão midiática. A demagogia barata – inclusive porque o local em que ele conheceu uma vassoura já havia sido limpo pelos verdadeiros trabalhadores do setor durante a madrugada – bombou nas redes sociais. Já a “musa do impeachment” de Dilma, a advogada Janaína Paschoal, anunciou que iria aderir à campanha de limpeza deflagrada pelo falastrão de São Paulo e se propôs a inspecionar os banheiros públicos do Parque do Ibirapuera. Haja gargalhada!

Cadê a regulação da publicidade infantil?

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

Um projeto de lei que regula a propaganda dirigida às crianças completou neste final de ano 15 anos na fila de espera para ser votado na Câmara dos Deputados. A demora reflete o poder que as indústrias de brinquedos e de alimentos, as agências de publicidade e os veículos de comunicação têm para barrar qualquer iniciativa destinada a proteger a infância desse tipo de propaganda. Além dos intrincados trâmites legislativos.

Tornou-se conhecido o caso do menino, na periferia de São Paulo, que ao ser detido pelo segurança de um supermercado tomando um danoninho disse estar apenas querendo saber que gosto tinha esse produto tão anunciado na televisão.

Moraes é culpado pelo Massacre em Manaus

Doria não é Jânio Quadros. É pior!

Por Nilson Lage, no blog Tijolaço:

Engana-se quem, só por conta da vassoura, faz comparações entre o Prefeito de São Paulo, João Dória Jr., e Jânio Quadros.

Jânio Quadros fez carreira com a imagem de outsider, mas seu discurso visava o bom-burguês e seus discípulos – o pequeno ladrão realizado ou em potencial que, sempre disposto a passar para trás quem está à frente, imagina o mundo à sua semelhança e justifica tudo com a corrupção, grossa ou miúda – dos outros. (Um discurso que se mostrou, agora, de novo, eficiente.)

Chacina em Campinas: Até quando?

Por Manoel Olavo, no site Carta Maior:

Como professor de psicopatologia, sei que é questionável fazer afirmações categóricas sem examinar pessoalmente um paciente. Mas, no caso da recente chacina à sangue-frio de 12 pessoas em Campinas, arrisco-me a dizer algumas coisas, pois envolvem reflexões necessárias e urgentes sobre o adoecimento de nossa sociedade.

Em primeiro lugar, chama a atenção a ausência de qualquer alteração psicopatológica óbvia na carta deixada pelo assassino. Em termos formais, não se verificam alterações de pensamento, conteúdo delirante, referências à alterações de sensopercepção, desorganização formal da escrita ou linguagem. Nada, enfim, que possa sugerir um quadro psicótico agudo ou crônico. Por sua vez, descartando uma alteração de consciência, observa-se um discurso coerente e bem organizado, típico de uma pessoa com formação cultural relativamente elevada, que busca desenvolver, com argumentos lógicos, uma justificativa para seu ato.

Acabou o amor do mercado com Temer?

Por Emilio Chernavsky, na revista CartaCapital:

Contrariando as promessas de que a instabilidade que marcou o segundo governo Dilma Rousseff terminaria com o fim do processo de impeachment, 2016 se encerrou em meio a uma profunda crise política e institucional.

É nesse ambiente que nas últimas semanas do ano começaram a ganhar visibilidade nos meios de comunicação os comentários críticos à condução da política econômica, apontando em especial a falta de resultados positivos mesmo tendo já se passado sete meses desde que o novo governo assumiu.

Henfil, o “guerreiro” insubstituível

Por Marcelo Auler, em seu blog:

Na quarta-feira (04/01) completaram-se 29 anos da perda de um dos mais cruéis e criativos, na versão do colega dele Ziraldo, cartunistas que o país conheceu. Vítima de Aids, contraída pela irresponsabilidade pública através de uma das muitas transfusões de sangue que recebeu por ser hemofílico – assim como seus irmãos, Betinho e Chico Mário – Henfil morreu novo, aos 44 anos. Mas, Henrique de Souza Filho, nos seus 27 anos de carreira fez um considerável “estrago”, deixando sua marca registrada no humorismo brasileiro. Sofreu com a repressão por conta do seu humor marcante:

Os efeitos do "negociado sobre legislado"

Por André Campos, no site Repórter Brasil:

Jornadas de trabalho de 24 horas ininterruptas, revistas íntimas na entrada de empresas, redução de salários e até a prisão de sindicalistas acusados de receber vantagens para aprovar medidas contrárias aos interesses dos trabalhadores.

Essas são algumas das consequências de acordos já celebrados entre sindicatos e empregadores no Brasil. Problemas que podem se multiplicar se for aprovada uma das principais mudanças defendidas pelo governo Michel Temer na reforma trabalhista.

Errar é humano, insistir é Temer!

Da revista Fórum:

O presidente Michel Temer insistiu no erro de ontem (05), quando chamou o massacre de Manaus de acidente. O presidente postou em seu Twitter sinônimos da palavra “acidente”, como tragédia, perda, desgraça, fatalidade. De acordo com o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 5ª edição, de 2010, acidente significa “acontecimento casual, fortuito, imprevisto, acontecimento infeliz, casual ou não, e de que resulta ferimento, dano, estrago, prejuízo, avaria, ruína, etc., desastre”.

Dória já construiu o muro do Trump

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Saiu no Estadão reportagem de Bruno Ribeiro e Tiago Queiroz que merecia fazer parte da cobertura sobre as decapitações de Manaus:

"Tela oculta morador de rua sob viaduto."

Equipamento foi instalado pela Prefeitura na região da Avenida 9 de Julho (que celebra derrota na Guerra da Secessão Paulista, em 1932... - PHA)

A conspiração contra os direitos humanos

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A demorada resposta de Michel Temer, do ministro da Justiça Alexandre Moraes e demais integrantes do governo sobre as causas e responsabilidades que levaram ao massacre de 56 presos do Anísio Jobim, em Manaus, é compreensível como um teorema para estudantes do ensino médio. Estamos falando da ditadura que ficou.

O início e o fim deste processo encontra-se num projeto de organização do Estado que rejeita os preceitos essenciais das democracias, que consistem na defesa da presunção da inocência e o direito de defesa, a partir da noção revolucionária - criada no fim do século XVIII - de que todos são iguais perante a lei, qualquer que seja sua fortuna, a cor da pele, o gênero.

Três grandes desafios sindicais para 2017

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Vermelho:

A situação atual do país e a prospecção para 2017 indicam que o grau de adversidade continuará muito elevado, com possibilidades reais de mais um ano com recessão, crise política acentuada e conflitos institucionais graves. O planejamento do Dieese para 2017 procura responder a este cenário, indicando três grandes prioridades para a atuação no campo de unidade de ação das centrais sindicais.

Primeiro, a centralidade do emprego na luta sindical, seja porque é condição para a vida econômica, seja porque o salário é mobilizador da demanda pelo consumo, animador da atividade produtiva das empresas e da capacidade fiscal pela arrecadação tributária.

Venda de carros cai 20%. Cadê o Meirelles?

Por Altamiro Borges

A mídia golpista vendeu a miragem de que bastaria derrubar Dilma Rousseff, a presidenta eleita democraticamente pela maioria do povo brasileiro, para o país voltar a crescer e gerar empregos e renda. Ela também apresentou o rentista Henrique Meirelles, o czar da economia do Judas Michel Temer, como o novo “salvador da pátria”, o homem que reestabeleceria a confiança do “deus-mercado”. Muitos “midiotas” acreditaram nestas bravatas e serviram de massa de manobra para as elites. Agora, porém, muitos já devem estar arrependidos da besteira que fizeram. Todos os indicadores da economia são trágicos, apesar da mídia chapa-branca tentar abafar o caos gerado pelo covil golpista.

Idosos e deficientes estão na mira do Judas

Por Altamiro Borges

O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário do covil golpista informou nesta quarta-feira (4) que os beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada), valor pago a idosos e deficientes em situação de pobreza, serão chamados para serem recadastrados e terem seus benefícios reavaliados a partir deste ano. 

“O cronograma ainda será definido e divulgado”, informou em nota o secretário-executivo do ministério, Alberto Beltrame. Na sua política de “austeridade fiscal”, que beneficia os ricaços e ferra os trabalhadores, o Judas Michel Temer já disse que pretende reduzir os benefícios dos idosos e dos deficientes físicos. É bom ficar em alerta.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Vereador do MBL é um capitão do mato

Por Altamiro Borges

Em entrevista à TV Câmara nesta quarta-feira (4), o vereador Fernando Holiday, um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL) que ganhou projeção midiática nas marchas golpistas pelo “Fora Dilma” e obteve 48 mil votos como candidato pelo fisiológico DEM em São Paulo, disse que pretende apresentar dois projetos de imediato: um para revogar o Dia da Consciência Negra e outro para acabar com as cotas raciais em concursos públicos na capital paulista. Com estas posições, o fascista mirim, que é negro e homossexual, tenta se cacifar como expressão da onda conservadora no país e assume abertamente a postura do típico “capitão do mato” da época da escravidão.

Temer está nos levando ao fim do mundo

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A coluna hoje é uma tradução, feita por mim mesmo, de uma coluna de Vanessa Barbara, uma brasileira que escreve regularmente para o New York Times. Faço alguns comentários em seguida.

***

O fim do mundo? No Brasil, já é aqui
Por Vanessa Barbara

Publicada em 5 de janeiro de 2017

SÃO PAULO, Brasil - O fim do mundo já chegou ao Brasil.

Pelo menos é o que as pessoas aqui estão dizendo. Uma emenda constitucional aprovada pelo Senado no mês passado é chamada de "PEC do fim do mundo" por seus opositores. Por quê? Porque as conseqüências da emenda parecem desastrosas - e duradouras. Ele vai impor um limite de 20 anos em todos os gastos federais, incluindo a educação e cuidados de saúde.

Massacre de Manaus e o 'acidente' de Temer

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Michel Temer chamou de ''acidente pavoroso'' o Massacre de Manaus.

Nesse acidente, 56 pessoas acabaram assassinadas.

Acidentalmente, cabeças foram decapitadas e membros separados dos corpos no presídio Anísio Jobim, em Manaus.

Por acidente, o lugar estava superlotado.

Um acidente fez com que facções criminosas comandassem o local.

Lobistas do massacre no presídio de Manaus

Por Leandro Fortes, em sua página no Facebook:

A Umanizzare Gestão Prisional Privada, empresa responsável pelo presídio privado onde ocorreu o recente massacre de presos, em Manaus, mantém um lobista de plantão no Congresso Nacional: o deputado Silas Câmara, do PSD do Amazonas.

Em 2014, ela doou 200 mil reais para a campanha a deputado federal de Silas.

Expoente da chamada “bancada da bala”, Silas foi um dos 43 parlamentares responsáveis, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, pela aprovação da admissibilidade da PEC 171/1993 – que prevê a redução da maioridade penal para 16 anos.

O trabalho na contrarrevolução de Temer

Por Ricardo Antunes, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Em que mundo do trabalho estamos inseridos?

Depois de um período aparentemente estável do pós-guerra, o ano de 1968 chacoalhou a “calmaria” que parecia vigorar no mundo do welfare state: os levantes em Paris, que se espalharam por tantas partes do globo, estampavam o novo fracasso do capitalismo. Os operários, os estudantes, as mulheres, a juventude, os negros, os ambientalistas, as periferias e as comunidades indígenas chamavam atenção para um novo e duplo fracasso.

De um lado, cansaram de se exaurir no trabalho, sonhando com um paraíso que nunca encontravam. O capitalismo do Norte ocidental procurava fazê-los “esquecer” a luta por um mundo novo, alardeando um aqui e agora que lhes escapava dia após dia.

Temer e a lei da selva no trabalho

Da Revista do Brasil:

Os presentes de final de ano do governo Temer para os trabalhadores – "Belíssimo", como definiu o presidente – foram um conjunto de propostas que, como de hábito, ganhou o rótulo de "modernização" ou "atualização" das leis trabalhistas, uma forma suave de apresentar seu pacote. Talvez sob inspiração da época, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, declarou que as mudanças, se implementadas, têm potencial para estimular a criação de mais de 5 milhões de empregos. O mesmo número do período 2010/2011, por exemplo, de forte crescimento econômico e expansão do emprego formal, em um cenário oposto ao atual.