segunda-feira, 10 de abril de 2017

Os retrocessos e a democracia terminativa

Por Patrus Ananias

Há quase 300 anos, o filósofo Jean-Jacques Rousseau refletia que “o povo inglês pensa ser livre; ele se engana muito, pois só o é durante a eleição dos membros do Parlamento; assim que são eleitos, o povo torna-se escravo, não é nada.”

A verdade por trás desta sentença, ao longo dos séculos, foi cotidianamente reforçada. Em nossos parlamentos contemporâneos, a crise de representatividade é aguda e a total desconexão entre eleitos e eleitores vem levando a um descrédito democrático resumido na repetida palavra de ordem “Não me representam”.

IPEA é usado para atacar Lula

Por Jeferson Miola

O IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, foi convertido pelos golpistas em um braço de propaganda ideológica para falsificar a história recente do Brasil, destruir o legado dos governos do PT e danificar a imagem do ex-presidente Lula.

Esta prática manipuladora da direção golpista do IPEA tem precedente. Em 2015, o presidente do Instituto, Ernesto Lozardo, censurou estudo técnico que identificava os prejuízos bilionários causados ao SUS com a PEC 241/55 que congelou os gastos sociais por 20 anos.

Agora o IPEA organizou o livro digital “Agricultura e indústria no Brasil - inovação e competitividade”, de autoria dos economistas José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, pesquisador do IPEA; e Albert Fishlow, professor emérito da Universidade de Columbia, EUA, um “brasilianista” de direita que participou da elaboração do Plano Decenal de Desenvolvimento Econômico e Social no período do ditador Castelo Branco [1967].

Poder migra da velha mídia para blogosfera

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Os tempos, definitivamente, mudaram nas relações entre a mídia e o poder.

Foi-se o tempo em que meia dúzia de famílias e seus colunistas controlavam todo o fluxo de informações e opiniões, já não se contentando mais em ser o chamado quarto poder, mas o primeiro e único - o verdadeiro poder político do país.

Jamais alguém poderia imaginar esta verdadeira revolução nas comunicações humanas provocado pela explosão da blogosfera, que em pouco tempo transformou todos os cidadãos não só em receptores, mas também em emissores de notícias, verdadeiras ou não, rompendo as barreiras entre imprensa e propaganda.

Doria acelera com choque de marketing

Por Débora Melo, na revista CartaCapital:

João Doria (PSDB) completa 100 dias como prefeito de São Paulo nesta segunda-feira 10.

Com pouco tempo de governo e uma estratégia agressiva de marketing, o empresário tem sido apontado como potencial candidato tucano às eleições presidenciais de 2018 e, embora prometa “lealdade” ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), admite que sua popularidade é, hoje, maior que a de seu padrinho político.

Pesquisa Datafolha divulgada no sábado 8 aponta que 43% dos moradores da cidade de São Paulo aprovam a gestão Doria, o que representa um recorde na comparação com todos os antecessores, diz o instituto.

Poema Afiado: Michel traía todo mundo!

O que Bolsonaro faz na Lista de Furnas

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Ancelmo Gois, no Globo, lembrou que o processo da Lista de Furnas, dinheiro de caixa 2 que abasteceu 156 campanhas em 2000, foi reaberto.

Estão lá os notórios Aécio, Serra e Alckmin - mas também Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro. Os seguidores do JB estão ouriçados, alegando que se trata de mais uma calúnia contra o incorruptível mito.

Em 2015, Bolsonaro acusou na Câmara que “os canalhas ligados ao PT e PSOL” forjaram o documento. É a mesma argumentação de Aécio Neves, que apenas tira o PSOL.

Quem tem medo de teoria da conspiração?

Por Wellington Calasans, no blog Cafezinho:

Foram necessárias algumas décadas para a abertura dos arquivos da CIA e de imediato tudo o que era rotulado como “teoria da conspiração” foi revelado verdadeiro. Desde o absurdo dos cientistas norte-americanos que nos anos 40, na Guatemala, testaram medicamentos, mas para isso, deliberadamente, infectaram pessoas saudáveis com doenças sexualmente transmissíveis, culminando com o patrocínio dos golpes de estado na América do Sul, etc. as violações são incontáveis.

domingo, 9 de abril de 2017

Roberto Freire aparelhou a Cultura

Por Altamiro Borges

Roberto Freire, o presidente eterno do PPS, é um oportunista de carteirinha. O falso comunista, que até chegou a presidir o PCB, virou um direitista convicto e um político fisiológico da pior espécie. Como um dos líderes hidrófobos da oposição aos governos Lula e Dilma, ele se travestiu de vestal da ética e sempre criticou o chamado “aparelhamento” dos cargos públicos. Mas bastou virar ministro da Cultura do covil golpista de Michel Temer para indicar 18 filiados da sua minguada e decadente legenda para o governo. O escândalo foi revelado na quarta-feira passada (5) pela insuspeita Folha. Vale conferir:

Cunha condenado e "colérico". Temer treme!

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

A mídia chapa-branca parece preocupada com as reações intempestivas do ex-presidente da Câmara Federal, que está preso em Curitiba e teve sua condenação fixada em 15 anos pela Justiça. Neste domingo (9), a Folha publicou uma nota enigmática: “O último recado enviado pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi tão colérico que fez até seus aliados mais fiéis se afastarem. A um parlamentar, ele avisou que chegou ao limite e ameaçou fazer delação premiada. Disse que tem material para ‘explodir’ o mundo empresarial, a começar por gigantes do setor de carne, já abalados pela Operação Carne Fraca, deflagrada pela PF no último mês. Seus advogados, porém, continuam negando que ele tenha disposição em fazê-lo”.

Um nazista na Casa Branca

Por José Arbex Jr., na revista Caros Amigos:

"Ordenei ao Departamento de Segurança a criação de um escritório encarregado de dar assistência às vítimas americanas (do terrorismo). O escritório terá o nome de Voice (sigla em inglês para Vítimas de Envolvimento em Crimes de Imigração). Estamos dando voz aos que foram ignorados pela nossa mídia ou silenciados por interesses particulares”, declarou o presidente Donald Trump, em sua primeira mensagem ao Congresso dos Estados Unidos, em 28 de fevereiro. A medida, à primeira vista, poderia ser interpretada como uma demonstração de preocupação para com vítimas inocentes. Mas, ao contrário, ela tem um endereço tão certo quanto terrível: isolar e criminalizar as comunidades estadunidenses formadas por hispânicos e islâmicos – segundo Trump, os principais responsáveis por atos terroristas no país e no mundo. Nesse sentido, ela se identifica com uma prática fundamental ao regime nazista durante o período em que a propaganda oficial alimentava o ódio aos judeus.

Brasil, a decadência programada

Por Jean-Claude Bernardet, no site Outras Palavras:

Os Brics são inaceitáveis. O banco dos Brics, que opere com várias moedas, inclusive o dólar, é inaceitável. Um fundo de apoio (tipo FMI para emergentes) é inaceitável.

Estamos assistindo ao desmonte sistemático de uma potência emergente.

A indústria naval já não é mais competitiva. A Petrobras, desmantelada. As empreiteiras multinacionais desmontadas. Agora a carne.

A Siemens e a Alstom estão cheias de corruptores. Nunca passaria pela cabeça dos judiciários alemão, suíço ou francês destruir as empresas.

TV Digital: avanço tecnológico desperdiçado

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

Agora é a vez de São Paulo. Depois do Distrito Federal chegou a hora do desligamento do sinal analógico de televisão na maior região metropolitana do país. São cerca de sete milhões de domicílios com TV que passam a receber a televisão digital aberta, uma inovação que põe fim aos chuviscos e aos ruídos, comuns no sistema analógico. Além de ampliar consideravelmente o número de canais oferecidos ao telespectador.

No espaço do analógico, por onde trafegavam as ondas de um canal de televisão, podem agora circular quatro canais ou até mais. Um aumento significativo de oferta televisiva que, infelizmente, não foi aproveitada para democratizar o setor. Quantos canais públicos e comunitários não poderiam estar ocupando agora esses novos espaços se uma lei de meios tivesse sido implantada no Brasil?

Ataque de Trump à Síria inaugura nova era?

Por Gabriel Rocha Gaspar, no site Jornalistas Livres:

É muito difícil compreender um jogo em andamento, ainda mais quando todas as informações que temos chegam pelas ondas de um rádio velho, em língua estrangeira. O que se sabe? Uma bateria de 59 mísseis Tomahawk foi lançada, a partir de navios de guerra americanos, contra a base aérea síria de Al Shayrat. De acordo com a Casa Branca, essa teria sido uma retaliação-relâmpago ao ataque químico supostamente perpetrado pelas forças de Bashar al-Assad contra a população civil de uma parte de Idlib (norte) ocupada por rebeldes. Essa, provavelmente, é a ponta do iceberg.

Sonegação de imposto e os paraísos fiscais

Quem está dando o golpe na Venezuela?

Do jornal Brasil de Fato:

As costumeiras críticas ao governo bolivariano da Venezuela ganharam um novo componente na última semana, após a ação da Justiça do país que tomou para si as atribuições da Assembleia Nacional. A imprensa brasileira acusou, em coro, o presidente Nicolás Maduro de estar dando um golpe. Mas, de acordo com a Articulação dos movimentos populares hacia ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América) – Brasil, quem de fato está dando um golpe no país é a oposição: “ é mais uma tentativa de golpe por parte da direita venezuelana via Parlamento e a grande mídia continental”.

Depenando a "reforma" previdenciária

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Uma das medidas mais duras da reforma previdenciária é o aumento do tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos. Este aumento de mais 10 anos significa, para milhões de brasileiros, um adeus à esperança de um dia se aposentar. Por isso uma das próximas ofensivas da base governista contra a reforma de Michel Temer-Meirelles será sobre este dispositivo.

Os abusos no caso Eduardo Guimarães

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A maior reação do Ministério Público Federal e de associações de juízes contra o projeto de lei sobre abusos do Judiciário é em relação ao risco de criminalização da hermenêutica – isto é, da possibilidade de os juízes interpretarem as leis de acordo com sua convicção. Alegam que tiraria a liberdade dos juízes julgarem.

O relator da proposta no Senado, senador Roberto Requião, deixou claro que:

"A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura, por si só, abuso de autoridade". Por outro lado, ampla liberdade de interpretação aos juízes significará abdicar de qualquer papel normatizador da Constituição e das leis. Sem ter sido votado, o procurador e o juiz passariam a fazer as leis.

Ameaças de Cunha e as delações indesejadas

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O novo recado mandado por Eduardo Cunha, hoje, através da coluna Painel, da Folha – Eduardo Cunha ameaça fazer delação e diz que pode ‘explodir’ o mundo empresarial – é um repetido sinal de que ele, em seu cárcere de Curitiba, tenta romper o manto de silêncio conveniente a que está sendo obrigado pelo desinteresse do Ministério Público em saber com quem e como um deputado obscuro se tornou dono da Câmara e capitão do golpe de Estado.

Com Parente, Petrobras está em marcha à ré

Do site da Federação Única dos Petroleiros (FUP):

Depois de entregar áreas valiosas do Pré-Sal para as multinacionais Statoil e Total, Pedro Parente já se articula para atrair a Exxon Mobil para o feirão que vem promovendo do petróleo brasileiro. A petrolífera norte-americana está aproveitando a ocasião para costurar a sua estreia como operadora no país. Recentemente, o presidente da Petrobrás esteve em Houston, meca dos investidores do setor nos Estados Unidos, para ofertar o patrimônio da Petrobrás, em especial, o Pré-Sal brasileiro. Chegou a afirmar que tinha pressa em vender os ativos da empresa e tornou a destacar que o momento é de oportunidades para os investidores.

sábado, 8 de abril de 2017

Ataque à Síria pelos EUA ameaça o mundo

Editorial do site Vermelho:

A irresponsabilidade e arrogância do governo dos EUA elevam mais uma vez a tensão mundial a níveis perigosos ao colocar de novo o mundo à beira de um conflito armado de consequências imprevisíveis. O ataque violento e covarde contra a Síria, realizado ao arrepio de todo o direito internacional público, chocou a humanidade civilizada.

O ataque contra a Síria confirma que o objetivo dos EUA não é o combate ao terrorismo e muito menos a construção da paz, mas sim tentar impor sua hegemonia na conflituosa região e no mundo.

Como sair da crise e voltar a crescer

Por Pedro Paulo Zahluth Bastos, no site Carta Maior:

Como costuma ocorrer em momentos de crise econômica e defensiva política, políticos, intelectuais e economistas à esquerda do centro veem encurtado seu horizonte de preocupação para o curto prazo da administração da crise. A maior vitória ideológica da direita, nestas circunstâncias, é usar a crise exatamente para moldar os termos do debate público e limitar o debate estratégico às opções que lhe agradam. Ou seja, olhar à esquerda e enxergar um campo bem domesticado e incapaz de pensar grande.

Exemplo disso é o fato de que a insistência, até o esgotamento, da aposta na retomada da credibilidade junto aos mercados, com Joaquim Levy, já havia restringido tanto o governo Dilma Rousseff a ponto de impedir que saísse dos termos da agenda nacional definidos pelo neoliberalismo.

Reforma política necessária não é possível

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A chamada reforma política, há tanto requerida por gregos e troianos – sua necessidade e urgência talvez seja a única unanimidade de nossos tempos – far-se-á em momento inadequado e, por tudo o que é sabido, não será, ainda, a reforma necessária. Esta deverá esperar outras circunstâncias, como uma Constituinte com condições políticas de passar o País a limpo.

Na realidade, o que nos é apresentado são tentativas de correção do processo eleitoral sem qualquer incursão na legislação partidária, e muito menos nas funções e competência do Poder Judiciário, mormente o Tribunal Superior Eleitoral. Não se cogita, não se pode cogitar, da reforma do Estado. Qualquer que seja o alcance dessa reforma em gestação no Congresso, será, portanto, uma minirreforma capenga. Uma entre tantas das muitas que vêm sendo ditadas desde 1985. Para usar um termo em uso na República de Temer, uma ‘pinguela’ para podermos chegar a 2018 com uma ordem jurídica razoavelmente conhecida, sem abalos de última hora, sem golpes legislativos ou judiciais.

Chuva testa Doria, o prefeito videomaker

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

* Vídeomaker - profissional que se dedica à atividade criativa, utilizando o vídeo (Dicionário Online de Português).

***

Choveu forte sem parar desde o final da noite de quinta-feira, o Tietê e oito córregos transbordaram, São Paulo parou. Com semáforos apagados e ruas inundadas, o trânsito virou um caos e carros amanheceram encalhados nas marginais.

Às vésperas de completar 100 dias no comando da cidade, em meio a uma maratona de entrevistas (nesta sexta, às 9 da noite, estará no Jornal da Record News) o prefeito paulistano João Doria enfrenta seu primeiro teste para valer.

Até aqui, o empresário de eventos e apresentador de TV pode implantar sem maiores atropelos alguns dos projetos apresentados na campanha, como o "Corujão da Saúde" e o "Cidade Linda", multiplicando suas ações numa bem azeitada máquina montada nas redes sociais.

O Brasil na rota do apartheid social

Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:

Quando foi apresentado na Câmara dos Deputados há quase 20 anos, o Projeto de Lei nº 4.302, de 1998, tinha o objetivo principal de alterar a legislação do trabalho temporário urbano no Brasil, mas também sugeria mudanças na prestação de serviços terceirizados.

Depois de ser aprovado na Câmara, em 2000, e no Senado, em 2002, foi alvo de um pedido de arquivamento por parte do ex-presidente Lula, em 2003. Deveria ter sido arquivado, mas ficou nas gavetas do Congresso Nacional até ser ressuscitado e aprovado de forma definitiva no dia 22 de março.

O que liga a Lava-Jato aos EUA?

Doria fica ao lado do fascistoide Holiday

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O secretário de Educação da cidade de São Paulo, Alexandre Schneider, está no lugar errado. Ele tomou a atitude corajosa de criticar publicamente o vereador Fernando Holiday, do DEM.

O líder do MBL resolveu fazer blitze em instituições de ensino para enquadrar os docentes que estiverem praticando “doutrinação” esquerdista. Holiday trabalha para os estúpidos da Escola Sem Partido.

Schneider escreveu no Facebook, corretamente, que o rapaz “exacerbou suas funções e não pode usar de seu mandato para intimidar professores”. Perfeito.

Lava-Jato assumiu o controle do TSE

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A “República de Curitiba”, expressão que os ignorantes procuradores passaram a adotar com orgulho, sem entender que é uma sarcástica referência à “república do Galeão”, núcleo da conspiração lacerdista que levou Vargas ao suicídio, conseguiu mais uma proeza: assumiu o controle político do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Não foi tão difícil. A Lava Jato despejou, assim como Trump fez agora na Síria, um monte de mísseis sobre o TSE, na forma de delatores devidamente “preparados”, ou seja, previamente torturados, aterrorizados, e plenamente conscientes de quais histórias precisam contar para fugir às masmorras eternas de Sergio Moro.

Dilma desmascara o golpe em Havard

Síria: Trump ameaça a humanidade

Por Miguel Urbano Rodrigues, no site Opera Mundi:

Ao bombardear a Síria, os EUA colocam a humanidade à beira de uma guerra apocalíptica cujo desfecho poderia ser o fim da humanidade.

O ataque com mísseis contra uma base aérea síria na província de Homs foi lançado a partir de navios da US Navy baseados na base naval de Rota, na Espanha.

O presidente sírio, Bassar Al Assad, já tinha negado qualquer responsabilidade no bombardeio com armas químicas e reafirmou a condenação dessa ação terrorista.

"Lava-Jato tem um pacto com a imprensa"

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Lula deu entrevista hoje pela manhã, por telefone, ao jornalista Luiz Viana, da Rádio O Povo/CBN, do Ceará, transmitida ao vivo na página do ex-presidente no facebook. Mais uma vez, Lula exortou o juiz Sergio Moro a apresentar “provas” de que cometeu crimes, e se disse “ansioso” para depor no próximo dia 3 de maio em Curitiba.

“Se tem um cidadão brasileiro, dos 204 milhões, que quer a verdade, a mais pura verdade dos fatos, sou eu. Prova significa documento, coisa escrita, conta bancária. Eles já quebraram minha conta bancária, meu sigilo telefônico, sigilo da conversa da minha mulher com meus filhos, sinceramente não sei qual é o limite deles em invadir a minha vida. Estou ansioso pelo dia 3 porque é a oportunidade que eu tenho de responder.”

Temer perde base no Congresso Nacional

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O recuo do governo de Michel Temer em alguns pontos da reforma da Previdência demonstra que o presidente da República já sofre os efeitos das manifestações populares e dos cálculos que deputados e senadores já fazem para as eleições de 2018. Os ataques do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), às reformas governistas e ao próprio Temer indicam que o ocupante do Palácio do Planalto corre grande risco de ser abandonado no meio do caminho, pelo menos na reforma que seria a grande “bandeira” de seu governo.

Bolsonaro agora também vende armas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Após a celeuma gerada pelo show de ódio e preconceito de Jair Bolsonaro durante evento no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, muitos podem pensar que sabem tudo de ruim que há para ser dito sobre esse indivíduo. Todavia, fatos ocorridos nos últimos dias mostram que esse homem é um problema ainda maior do que parece.

Como todos sabem, Bolsonaro pretende armar a população brasileira até os dentes. Está atuando no Congresso para reduzir de 25 para 21 anos a idade mínima para o cidadão poder adquirir uma arma.

Lula condena agressão dos EUA na Síria

Ataque de um império em decadência

Por John Wight, no site Outras Palavras:

Descrever o ataque dos Estados Unidos à Síria como uma medida séria é ser incapaz de avaliação.

Sem nenhum respaldo do direito internacional ou na ONU, o governo Trump cometeu um ato de agressão contra mais um Estado soberano do Oriente Médio, o que confirma que os neoconservadores retomaram seu domínio sobre a política externa de Washington. Este ato de agressão acaba com qualquer perspectiva de desanuviamento entre EUA e Rússia no futuro próximo. Ao contrário: aumenta consideravelmente as tensões entre os dois países, não apenas no Oriente Médio como também no Leste Europeu, onde há algum tempo tropas da OTAN vem realizando exercícios militares a uma distância de ataque do território russo.

O povão se aburguesou?

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Espectador interessado no sucesso do Partido dos Trabalhadores para superar a mais grave crise de sua existência, confesso minha decepção diante da pesquisa "Percepções e valores políticos nas periferias de São Paulo", publicada pela Fundação Perseu Abramo. Com todo respeito que o trabalho da Fundação merece, sem a menor intenção de diminuir o esforço dos responsáveis pela pesquisa, minha opinião é que o documento não ajuda a compreender as derrotas recentes sofridas pelo partido nem abre caminho a uma reorientação segura para o futuro.

Demissões e a privatização dos Correios

Por Pedro Rafael Vilela, no jornal Brasil de Fato:

Fundada em 1663, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), uma das mais antigas do país, vive no governo do presidente golpista, Michel Temer, a pior fase de sua história. A direção da estatal alega um déficit acumulado de mais R$ 4 bilhões nos últimos dois anos para impor uma agenda de reestruturação, que passa pela demissão de milhares de funcionários e o fechamento de mais de 250 unidades próprias em todo o país.

Gilmar Mendes e a escalada de censura

Temer chama Boni. E o Bonner?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Poder360 noticia que Michel Temer chamou para ser consultor do governo o ex-global José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.

Sem trocadilho, o repórter Marcelo Barbiéri diz que Boni trabalhará “pró-bono”, sem salário, “movido pelo espírito do ‘bom brasileiro’, interessado em ajudar o Planalto e a imagem do presidente”.

Esqueça-se o fato, constrangedor, de Boni ser agora um concessionário do Governo, desde que ganhou uma emissora do Governo Fernando Henrique, em 2001, na região do Vale do Paraíba.

Greve geral: Argentina mostra o caminho

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Buenos Aires, Córdoba, Rosário e todas as grandes cidades argentinas vivem nesta quinta-feira, 6 de abril, um clima de feriado. A greve geral no país platino é um sucesso. O "paro general", em língua espanhola, se alastrou até mesmo por municípios remotos de todas as províncias.

Não funcionam trens, metrôs, ônibus, escolas e universidades, bancos e os voos comerciais. É grande também a adesão entre servidores públicos de todas as esferas de poder. Acuado, o presidente Maurício Macri apelou para a repressão.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Bancos públicos estão sob ataque

Por Joana Rozowykwiat, no site Vermelho:

Redução do corpo de funcionários, fechamento de agências, aumento das taxas de juros, descapitalização do BNDES e pressão para privatização de bancos estaduais. Essas e outras medidas sinalizam que os bancos públicos estão sob ataque na gestão Michel Temer. Para subsidiar o debate sobre esse processo de desmonte, o Sindicato dos Bancários de São Paulo realiza, no próximo dia 10, o seminário “Em Defesa dos Bancos Públicos”, no qual será lançada cartilha sobre o tema.

A ideia é esclarecer a sociedade sobre o assunto, apontando tanto as mentiras amplamente difundidas quanto as verdades omitidas nas discussões sobre as instituições financeiras públicas. O seminário acontece das 9h às 18h, no Braston Hotel, centro de São Paulo. Confira a programação abaixo.

A metamorfose ambulante da Constituição

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

Mexe-se muito na Constituição brasileira. E mexe-se, cada vez mais, para piorá-la. Prestes a completar 30 anos, ela já coleciona quase 100 emendas. É a constituição mais emendada de todas as que já tivemos, salvo a de 1967, que foi totalmente reescrita em 1969 com uma canetada da Junta Militar que governava o país durante o regime de exceção.

A Carta de 1988, quando recém nascida, já previa uma revisão e se manteve preservada em seus primeiros anos. Dali para nunca mais. Considerando-se desde que passou a ser emendada, a média já é de quase quatro modificações ao ano.

Temer mata em silêncio o 'Mais Médicos'

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Desde que foi criado, em julho de 2013, pela então presidenta Dilma Rousseff (PT), o Programa Mais Médicos está no fogo cruzado.

Primeiro, a forte oposição das entidades médicas e da grande mídia.

Mesmo assim, tem a aprovação de mais de 90% dos usuários.

Lá fora, é elogiado.

Em junho de 2016, a Organização das Nações Unidas (ONU), no documento Good Practices in South-South and Triangular Cooperation for Sustainable Development, diz que é “prática relevante” para se atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

BNDES: Desenvolvimento para quem?

Do site do Clube de Engenharia:

Comunicado do Banco Central publicado hoje detalha os procedimentos para modificar item relevante da política operacional do BNDES, a taxa de juros de longo prazo (TJLP) aplicada aos contratos prioritários. É um golpe mortal na atuação do órgão que promove, há mais de sessenta anos, o desenvolvimento brasileiro.

O objetivo da alteração busca assemelhar a taxa de juros cobrada pelo BNDES – órgão de Estado - àquela cobrada pelos bancos privados, a taxa de Mercado. Embora pelas regras estabelecidas essa transição deva ocorrer em cinco anos, a medida constitui o inverso do que seria necessário para a retomada do investimento em atividades produtivas. Vem na contramão da retomada do desenvolvimento sustentável.

PF cedeu até avião para filme da Lava-Jato

Da revista CartaCapital:

A Polícia Federal cedeu agentes, armas, carros, avião e helicóptero, divulgou gravações ilegais, pediu patrocínio e abriu sua sede em Curitiba para ajudar na produção e na gravação do filme Polícia Federal - A Lei é para Todos, que retrata parte das investigações da Operação Lava Jato. A denúncia, feita nesta quarta-feira 5, é dos deputados federais Paulo Pimenta (RS), Wadih Damous (RJ) e Paulo Teixeira (SP), todos do PT.

A base da denúncia dos deputados petistas é uma investigação própria realizada por eles desde fevereiro, cujas conclusões serão repassadas a autoridades competentes para investigação. Os deputados anunciaram uma série de medidas judiciais, sendo a principal delas uma representação no Ministério Público Federal pedindo a investigação da conduta de agentes públicos.

O mundo é dos bancos!

Bolsonaro devia ser preso por crime de ódio

Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

Alguém, não sem alguma razão, pode considerar um exagero e até um certo desrespeito relacionar a ida de Jair Bolsonaro à Hebraica do Rio de Janeiro com a terrível madrugada de 9 para 10 de novembro de 1938 que ficou marcada na história como a Noite dos Cristais.

Foi nesta data que em toda a Alemanha e Áustria protagonizou-se pelos nazistas um violento ataque aos judeus. Antes que o sol raiasse, residências, lojas e sinagogas estavam destruídas. Centenas de judeus foram covardemente assassinados ou levados para campos de concentração.

Estado de exceção se consolida no Brasil

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Wadih Damous, deputado federal pelo PT e advogado, é um dos críticos mais bem fundamentados do atual governo, consequência de um golpe parlamentar forjado por aquelas forças políticas, articuladas com o sistema jurídico-policial que nunca aceitaram um presidente vindo do andar de baixo e representando os sobreviventes da tragédia brasileira, as profundas desigualdades sociais, a grande população negra e os que historicamente foram sempre postos à margem. De repente, através das mudanças sociais induzidas pelas políticas dos governos Lula-Dilma, milhões puderem ser integrados e resgatar sua dignidade. Negar este fato histórico é mentir à realidade, internacionalmente reconhecida. Mas a cegueira dos poucos endinheirados e seus súcubos, impede que vejam esses seus irmãos e irmãs afundados no sofrimento e na miséria.

TSE faz teatro sem prazo para sair de cartaz

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Becas negras com adornos vermelhos combinando com o cenário ao fundo, tudo fazia lembrar um teatro do absurdo, jogo de cena de cartas marcadas para não se chegar nunca ao final do espetáculo.

Afinal, a esta altura da temporada, a cassação da chapa Dilma-Temer não interessa mais a ninguém, nem ao PSDB, que deu início ao processo, com quatro ações por abuso de poder econômico no Tribunal Superior Eleitoral, logo após a sua derrota em 2014.

Temer só pensa em chegar ao final do mandato, Dilma não quer perder seus direitos políticos e os sete ministros do TSE, com transmissão de TV ao vivo, não têm a menor pressa em sair de cena.

Lula e a estabilidade possível

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Eu reproduzo abaixo artigo do amigo Rodrigo Vianna, publicado em seu blog, mas antes queria acrescentar alguns comentários.

Eu concordo com a análise de Rodrigo Vianna a um nível filosófico mais profundo: a estabilidade política só poderá ser alcançada se trouxer junto uma série de avanços sociais. Sem melhorar a vida do trabalhador, sem lhe dar um mínimo de liberdade para eleger seus representantes políticos, nunca haverá paz. E sem um mínimo de paz não haverá jamais crescimento econômico sustentável.

Quando saímos do campo da filosofia política abstrata, todavia, e fazemos uma análise da realidade concreta, a tese de Vianna me parece excessivamente otimista. E olha que eu sempre me considerei o mais otimista dos analistas!

São Paulo, uma cidade em liquidação?

Por Antônio Donato e Roberto Garibe, na revista Teoria e Debate:

Desde 1989, com a eleição de Collor, o liberalismo exacerbado vem ganhando força na agenda política como alternativa hegemônica de ajuste ao Estado brasileiro. A estagnação econômica observada a partir da crise da dívida na década de 1980 e a imposição das ideias presentes na cartilha do Consenso de Washington constituíam o pano de fundo para um ataque contra um Estado tido como inchado, letárgico e intervencionista. A reforma desse Estado e a revisão do seu papel foram vendidas como caminho para o reencontro do país com a modernidade.