quarta-feira, 19 de abril de 2017

O "jornalismo de guerra" da TV Globo

Do site da Dilma:

O jornalista André Shalders, do site Poder 360, compilou nesta terça-feira, 18, o tempo dedicado pelo Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão a cada um dos citados nas delações da Odebrecht. Você pode ler a reportagem aqui.




É a prova de que o “jornalismo de guerra” continua, mesmo depois do processo fraudulento de impeachment.

A quem interessa a reforma trabalhista?

Por Helder Salomão, na revista Teoria e Debate:

A proposta de reforma trabalhista, encaminhada ao Congresso Nacional pelo governo ilegítimo de Michel Temer, é a continuidade do golpe contra o povo brasileiro. Após atacar as políticas sociais com a aprovação da PEC 55/16, que estabeleceu o teto de gastos e o consequente congelamento dos investimentos em saúde, educação, assistência social, agricultura familiar, segurança pública, moradia, entre outras, por 20 anos, o governo se volta contra os direitos trabalhistas e previdenciários da população, especialmente da mais empobrecida.

A pretexto de modernizar a legislação, o governo busca o desmonte das conquistas dos trabalhadores alcançadas nas últimas décadas à custa de muitas lutas. É no mínimo contraditório promover uma “modernização” por meio de grandes retrocessos.

Pesquisa explica fúria da Globo contra Lula

Por Renato Rovai, em seu blog:

A delação da Odebrecht é muito mais impactante para as pretensões políticas dos candidatos tradicionais do PSDB (Aécio, Serra e Alckmin) do que para Lula.

É muito mais impactante para as lideranças regionais do PMDB do que para Lula.

É muito mais impactante para uma boa parte da bancada do PT do que para Lula.

É muito mais desmoralizante para Temer do que para Lula.

Isso não quer dizer que Lula não foi atingido pelo que está sendo revelado pelos executivos da Odebrecht. Nem que não vá sair um pouco mais arranhado nas delações futuras que devem vir à tona, como a dos marqueteiros João Santana e Duda Mendonça e de outras empreiteiras como OAS.

Odebrecht, Aécio e o site O Antagonista

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Nunca dei bola para O Antagonista – um site que, na verdade, seria pilotado por três sujeitos, conforme a foto que emoldura o site. Conheço um deles, Diogo Mainardi, que trabalhava na Veja na função de falar mal de Lula e do PT. Os outros dois não sei quem são.

Porém, esse site vem me dando muita atenção. Muita mesmo. Antes de escrever este post fiz uma busca por lá e fiquei surpreso ao descobrir que fui citado nominalmente no Antagonista por incríveis 29 matérias.

Histeria midiática e a pressa da Lava-Jato

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:



A Lava Jato não dá ponto sem nó.

Desde o início, a operação trabalhou com o conceito de “timing”. O modus operandi, na verdade, vem desde a Ação Penal 470, com seus julgamentos agendados sempre às vésperas de eleição.

As delações da Odebrecht, da mesma forma, vieram no momento certo: duas semanas antes do depoimento de Lula para Sergio Moro, dando munição à Globo para disparar contra o ex-presidente numa escala crescente.

A intensificação do fogo cerrado da mídia/Lava Jato contra Lula, porém, tem outra razão, ainda mais forte: o crescimento de Lula nas pesquisas, confirmado pela mais nova pesquisa Vox Populi/Cut.

A editoria contra Lula do Jornal Nacional

Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:

Ao acompanhar a cobertura televisiva da fase atual da Lava Jato e das delações Odebrechtianas pode-se ter a impressão de que agora a chapa esquentou para todo mundo.

Um espectador mais atento sabe que não é bem assim. Lula ainda continua em ‘evidência subliminar’.

Desde que a lista do relator Edson Fachin veio a público na terça-feira da semana passada (dia 11), o Jornal Nacional exibiu – até ontem – 4 horas, 3 minutos e 48 segundos de matérias.

E se contabilizado o tempo dedicado a cada denunciado, Lula estaria em primeiro no ranking.

O tucano, agora, é Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Embora com números bem diferentes da pesquisa Vox/CUT divulgada ontem em relação a Lula (que, ainda assim, conserva a liderança), o levantamento eleitoral feito pelo site Poder360, de Fernando Rodrigues, registra o mesmo fenômeno que aquela: Jair Bolsonaro é, agora, o nome mais forte da direita.

Mesmo com o “queridinho” João Dória, que difere pouco da cartilha bolsonarista – é mais entreguista, algo menos sexista e retira mais benefícios econômicos pessoais da política – o lugar da oposição a Lula é ocupado pelo ex-capitão.

Mais Rede Esgoto do que nunca

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                                            
1) A megadelação feita pelos donos e executivos da Odebrecht revela um emaranhado de modalidades de injeção de dinheiro no sistema político do país: de contribuições por fora para as campanhas, a título de caixa dois, a depósitos na conta de políticos no exterior, passando por contribuições eleitorais "por dentro" e declaradas à justiça eleitoral; de recursos destinados ao enriquecimento ilícito de políticos a prêmios pagos por atuações favoráveis aos interesses das empresas no Executivo e no Legislativo, passando pelo pagamento de propinas visando granjear simpatias na classe política. Mas a Globo, fiel à sua tradição de desinformar, e no afã de destruir a atividade política, põe tudo no mesmo balaio.

Vitória no Equador e a batalha midiática

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

No dia 25 de abril, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé recebe o ministro da Educação Superior do Equador, Rene Ramirez, para debater a vitória eleitoral de Lenin Moreno e a questão da mídia. O evento, com entrada franca, ocorre na sede da entidade, na Rua Rego Freitas, 454, conjunto 83, em São Paulo, a partir das 19 horas.

Temer manipulou dados de crescimento

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Tudo o que a imprensa criticava – com razão – na manipulação dos índices estatísticos do governo Cristina Kirchner, começa a ser praticado pelo governo Michel Temer.

Esta semana, o governo acenou com três boas notícias: a melhoria no índice PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) e PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), medidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central).

O fato foi saudado em manchetes de todos os jornais e ajudou a reforçar a ideia de que o país está à beira da recuperação, e esse movimento poderá ser comprometido pela não votação da reforma da Previdência.

Reforma trabalhista: formiga virou elefante

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

A reforma trabalhista está na agenda do Congresso Nacional a partir de proposta encaminhada, em dezembro de 2016, pelo governo do presidente Michel Temer. Este projeto de Lei, apesar de tratar de um número bastante limitado de questões, já trazia, na primeira formulação, polêmicas que exigiam, para uma boa solução acordada, grande debate e cuidadoso processo negocial e legislativo. Nessa primeira quinzena de abril, o relator da Comissão Especial que trata do assunto, deputado Rogério Marinho, apresentou um relatório que altera substantivamente o projeto encaminhado pelo Executivo. A formiga transformou-se em elefante.

Juros e inflação: o triunfo da tragédia

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

Os grandes meios de comunicação não se furtam a enaltecer - dia sim, outro também – as supostos competências e virtudes da equipe econômica do governo que se notabiliza a cada dia que passa em somar mais integrantes nas listas de denúncias de corrupção e escândalos envolvendo recursos públicos.

Afinal, de acordo com a narrativa construída pelos articuladores do golpeachment no Congresso Nacional em simbiose com os patrões do financismo, tudo se resolveria com o afastamento da Presidenta reeleita em outubro de 2014. Bastaria compor uma equipe de governo que rompesse com as experiências ditas populistas e bolivarianas do período anterior para que o Brasil adentrasse o espaço do paraíso da estabilidade.

Os próximos passos do golpe

Por Jeferson Miola

O sistema político está colapsado; sua implosão é parte da estratégia da força-tarefa da Lava Jato. A política não está sendo dirigida pela própria política, no sentido abrangente do termo, porque não está sendo deliberada no âmbito da democracia, da eleição e da representação.

A política está sendo decidida pelos sem-voto; por aqueles não-investidos de mandato popular ou de representação partidária. A democracia representativa, já debilitada pela corrupção e pela ilegitimidade de um Congresso apodrecido, está com seu funcionamento perigosamente mais comprometido pelo hiper-ativismo jurídico na política.

Por que Janot blindou Temer?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Juristas e políticos estranharam que o procurador-geral Rodrigo Janot tenha se antecipado a um juízo do STF e acolhido em seus pedidos de investigação o entendimento de que Temer não pode ser investigado. Em 2015, o falecido ministro Teori Zavascki, em resposta a consulta do PPS sobre eventual investigação de Dilma, decidiu que sim, o presidente pode ser investigado, embora não possa ser “responsabilizado”, vale dizer, não pode ser processado e julgado, por “atos estranhos ao exercício do mandato”. O ministro relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, acolheu a tese de Janot e deixou Temer fora de sua lista. Mas dentro de 15 dias ele deve responder ao agravo do PSOL, pedindo que se aplique a Temer a interpretação de Teori. Por que Janot blindou Temer? Muita gente acha que por ainda desejar a recondução ao terceiro mandato.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Um ano após o golpe, mais recessão

Por Joana Rozowykwiat, no site Vermelho:

Ao contrário do que prometiam os apoiadores do impeachment, a crise econômica não se encerrou com a saída de Dilma Rousseff. Pelo contrário. Um ano depois, a tão alardeada recuperação não aconteceu, o desemprego aumentou drasticamente e o déficit fiscal, que era considerado um pecado do PT, bateu recorde em 2016 e persiste em 2017. Para a economista Leda Paulani, o mais grave, contudo, é o “desmonte” que está em curso, com efeitos perversos de longo prazo para o país e seu povo.

Durante o processo de impedimento, repetia-se a exaustão uma falácia, a “mística” de que o problema da economia brasileira era a presidenta e, com sua saída, tudo se resolveria. “Ninguém sabe como é possível que uma única criatura tenha tamanho poder, o poder de parar um gigante como é a economia brasileira. Mas essa história convinha a quem apoiava o golpe e divulgou-se que, com a saída de Dilma, os empresários iam recobrar a confiança, iam voltar a investir, todo esse conto da carochinha que a gente já sabe”, diz a professora de economia da USP, Leda Paulani.

Como já era de se esperar, doze meses depois do impeachment, a realidade tratou de desfazer as ilusões da retomada pós-golpe. “Porque é evidentemente que não é assim. Os empresários agem politicamente também, mas, fundamentalmente, agem pensando no bolso. Se não há expectativas de retorno, não vão investir. E deu no que vimos: o PIB [Produto Interno Bruto] de 2016 teve queda de 3,6%, o comportamento foi praticamente o mesmo de 2015, quando caiu 3,8%”, afirma Leda.

Após três anos, qual o legado da Lava-Jato?

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

Com três anos completados em março de 2017, a Lava Jato ainda é um dos principais fenômenos no cenário político brasileiro. O Brasil de Fato ouviu dois especialistas sobre o legado da operação para o país. Para Aldo Fornazieri, professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp-SP), nos últimos dois anos, o sistema político “se desintegrou”, ainda que não só por conta da Lava Jato. Já segundo Patrick Mariano, advogado e mestre em Direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília (UnB), os efeitos jurídicos da operação são “nefastos”.


Globo quer salvar a pele de FHC

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O PiG cheiroso, de propriedade da Globo Overseas Investment BV, com a inestimável colaboração do investigativo repórter André Guilherme Vieira, tenta blindar o FHC Brasif, minuciosamente delatado pelo Emílio Odebrecht, que, na opinião do ansioso blogueiro, deveria ficar em cana com o filho.

A investigativa reportagem do cheiroso e seu diligente repórter recorreu a "fontes ligadas (sic) à magistratura federal", cujas identidades e ligações não sao reveladas.

Retrocessos marcam um ano do golpe

Por Sarah Fernandes e Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:

O dia 17 de abril de 2016 entrará para a história como uma data controversa. Foi naquele domingo que a Câmara dos Deputados votou pelo prosseguimento do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), eleita em 2014 com 54,5 milhões de votos. Encorajado por uma série de manifestações populares fomentadas pela mídia tradicional, o plenário aprovou “por Deus, pela pátria e pela família”, o encaminhamento do processo para o Senado, após nove horas e 47 minutos de sessão. O motivo principal, mais que o suposto crime de responsabilidade do qual Dilma foi acusada, era levar ao poder um governo que aplicasse um pacote de retrocessos que jamais seria aprovado nas urnas, como defendem movimentos sociais e analistas.

Bresser e a tentativa de reerguer o Brasil

Da revista Carta-Capital:

As reuniões aconteceram ao redor de uma sólida mesa de madeira de 6 metros de comprimento por 1,5 metro de largura numa ampla sala na zona oeste de São Paulo. Na coordenação, o ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira. No centro dos debates, a questão nacional.

Ao longo dos últimos meses, economistas, empresários, advogados, sociólogos, embaixadores, artistas e políticos discutiram a dramática situação do País e propostas para a retomada do crescimento consistente, com inclusão e independência. Das conversas nasceu o manifesto Projeto Brasil Nação. “Três substantivos unidos que dizem bem o que queremos: um Brasil que volte a ser uma nação e tenha um projeto de desenvolvimento econômico, político, social e ambiental”, afirma Bresser-Pereira na entrevista a seguir.

A compreensível ascensão de Mélenchon

Jean-Luc Mélenchon
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A relevância internacional da ascenção de Jean-Luc Mélenchon na eleição presidencial francesa não pode ser desprezada.

O crescimento de um candidato de perfil nitidamente de esquerda, de pais e avós socialistas, representa uma boa advertência contra o conformismo que ameaça se transformar na principal corrente de pensamento dos dias atuais.

Numa situação que os brasileiros conhecem muito bem, e que dá uma ideia de que o provincianismo autoritário não é uma exclusividade verde-amarela, nos últimos dias a mídia francesa transformou Melénchon no adversário a destruir.