terça-feira, 2 de maio de 2017

Ana Hickmann e o marido “egoísta”

Por Altamiro Borges

O empresário Alexandre Correa só ganhou alguma fama após se casar com a apresentadora Ana Hickmann, da Record. Mas na sexta-feira (28), dia em que o Brasil parou na greve geral, ele voltou a se projetar, revelando todo seu reacionarismo. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, ele chamou os grevistas de “cornos”, mostrou o dedo do meio e disse que perdeu R$ 25 mil reais devido aos protestos. Numa prova da sua total imbecilidade, ele ainda afirmou: “As pessoas precisam entender que um país parado em uma sexta-feira inteira é prejuízo. Isso é baderna, é coisa de gente vermelha”. No Instagram, o boçal rosnou: “Tem muita gente que ficou ofendida porque chamei manifestante de corno. Manifestante não é corno, é filho da p***. Por que não vai fazer manifestação no dia 1º de maio?”.

Merval e Miriam já agasalham a derrota

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Os notáveis colonistas Ataulpho Merval de Paiva e a Cegonhóloga da Globo Overseas Investment BV já viram que a canoa virou: como diz o Renan, essa reforma não passa no Senado nem...

"Essa reforma" tanto pode ser a trabalhista quanto a da Previdência - porque, em 2018, haverá eleição para DUAS cadeiras do Senado e o ansioso blogueiro quer ver quem vai votar com o MT, da lista de alcunhas da Odebrecht, esse que tem 4% de aprovação popular.

Como se sabe, desses 4%, 3,99999% são a Globo Overseas.

As "flores do mal" de João Doria

FGV: Temer perdeu batalha da comunicação

A “nuvem” de comentários da esquerda no twitter. Fonte: DAPP/FGV
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Uma análise das redes sociais elaborada pela Fundação Getúlio Vargas no dia 28 de abril, dia da greve geral, indica que a esquerda está ganhando a disputa narrativa sobre a reforma trabalhista e conseguindo convencer os brasileiros de que ela é sinônimo de perda de direitos. Trata-se de uma importante guinada na narrativa política, dominada pela direita desde 2014, após a vitória da petista Dilma Rousseff na eleição ser questionada pelo candidato derrotado, Aécio Neves, do PSDB.

"Efeito-greve" na reforma da Previdência

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Maio começa com duas notas tristes, mas com uma promessa consistente e animadora: a resistência ao golpe e aos retrocessos vai aumentar e as votações desta semana da reforma previdenciária devem ser adiadas. No Norte, onde a luta pela terra segue derramando sangue, houve mais um ataque selvagem de brancos armados contra índios deserdados. Em seu auto-exílio no Sul, morreu Belchior, que traduziu em sua obra poética e musical a busca dos jovens que encontraram o sinal fechado nos anos 70 e abriram as portas da democracia nos 80. O sinal está novamente fechado mas os atos do Primeiro de Maio, depois da greve geral de sexta-feira, 28, mostraram uma nova unidade no sindicalismo. A Marcha sobre Brasília foi planejada e da base governista vêm os primeiros vacilos em relação à reforma previdenciária rejeitada por 71% dos brasileiros, segundo o Datafolha.

Lava-Jato e eleições 2018: o efeito reverso

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Um balanço dos números do primeiro Datafolha deste ano mostra mudanças no cenário eleitoral para 2018, no sentido inverso ao esperado pelos partidos que se uniram no processo de impeachment, um ano atrás, no bojo da Operação Lava Jato.

As delações da Odebrecht acabaram derrubando PSDB e PMDB e ampliando a vantagem do ex-presidente Lula, o principal alvo das operações, réu em cinco processos, que subiu para 29% das intenções de voto. Algo deu muito errado.

Xadrez do dia seguinte da greve geral

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – a fluidez dos movimentos políticos

O quadro politico evoluiu substancialmente nos últimos dias. De um lado, a greve geral, com a maior abrangência em décadas. De outro, os últimos movimentos em torno da Lava Jato, com o STF (Supremo Tribunal Federal) finalmente deliberando sobre a libertação de pessoas detidas com o objetivo de serem pressionadas a delatar. Finalmente, a Lava Jato entrando nas horas decisivas sem conseguir cumprir com seu objetivo maior, de levantar provas para sustentar as delações contra Lula.

Leve em conta que os movimentos políticos são fundamentalmente fluidos.

Com a greve geral, oposição ganha força

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A greve geral do dia 28 de abril - a primeira, na vigência do governo antipopular e antinacional - foi amplamente vitoriosa.

Seu sucesso excedeu as melhores expectativas das forças populares, constituindo-se numa das mais expressivas manifestações políticas da nossa História, porque nacional, abrangente, unitária, madura e democrática. Nada a ver, portanto, com a versão tendenciosa dos grandes meios de comunicação.

Setores até aqui silenciosos, como a Igreja Católica e outros credos, passam a se contrapor a seitas pentecostais comprometidas, no púlpito e na atividade parlamentar, com a pauta conservadora e reacionária.

Chilique do Doria é reação ao Datafolha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A atitude de João Dória, nas manchetes dos sites, atirando fora, pela janela do carro, as flores que uma ciclista lhe deu pelo crescimento das mortes nas marginais tem certamente outras razões além dos eu desprezo pela vida humana. Não, claro, que ele não as mereça, depois que liberou o aumento de velocidade nas vias – veja aqui o gráfico da Folha sobre o número de atendimentos do Samu naquelas rodovias .

Mas o que mexeu com os nervos do rapaz quase sessentão, foi o resultado do Datafolha, divulgado hoje.

A sintonia Congresso, PIB e mídia

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Michel Temer é um fenômeno. Comanda um governo com aprovação de um dígito e oito ministros investigados por corrupção. É alvo de duas acusações graves por delatores da Odebrecht. Para a larga maioria dos brasileiros, o País está no rumo errado e deveria haver novas eleições. Apesar de tudo, ele aprova medidas impopulares no Congresso. Como? Fácil entender.

O presidente entregou-se ao “semiparlamentarismo”, governa em comunhão com deputados e senadores, como ele diz desde os primeiros dias no poder. Ou seja, o Congresso ajuda o peemedebista.

Os congressistas foram eleitos, em regra, com grana doada por empresários, e estes festejam as impopularidades. Quer dizer, a turma do PIB não tem do que reclamar.

Além disso, a grande mídia apoia o governo, e seu noticiário parece tentar acalmar a população, ao contrário de atiçar, como nos tempos de Dilma Rousseff.

A greve geral e a correlação de forças

Por Jeferson Miola

“Governo não tem alternativa a não ser prosseguir com sua agenda”, editorial da FSP de 29/4/2017.

“Nenhuma boquinha terminou no Brasil sem certa dose de esperneio e gás lacrimogêneo. A sexta-feira que passou foi dedicada a isso. Vida que segue”. Gustavo Franco, desastroso presidente do BC de FHC, hoje banqueiro, no artigo “Reforma trabalhista: só o começo”, em O Globo de 30/4/2017.


O 28 de abril de 2017 entra para a história como o dia da mais contundente demonstração de resistência do conjunto do povo brasileiro ao pacto antinacional e escravocrata que as classes hegemônicas tentam impor com o golpe de Estado.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Violência da PM na greve exige resposta

O estudante Mateus Ferreira, Goiânia, 28/4/17
Por Altamiro Borges

No clima do estado de exceção que impera no país desde o "golpe dos corruptos" do ano passado, as forças policiais têm agido de forma violenta e arbitrária contra os movimentos sociais. Na histórica greve geral de sexta-feira passada (28), a PM voltou a esbanjar covardia em vários Estados. No Rio de Janeiro, bombas foram lançadas contra o palanque dos manifestantes durante o ato que transcorria em absoluta tranquilidade. Em Goiás, um comandante da PM revelou toda a sua crueldade ao atingir um jovem com seu cassetete. O estudante, que teve traumatismo craniano, segue internado em estado grave. Em São Paulo, a Polícia Militar também disparou bombas e balas de borracha e três ativistas do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) estão detidos como presos políticos. 

Bispos exorcizam retrocessos de Temer

Por Altamiro Borges

Na histórica greve geral de 28 de abril, que teve a adesão de mais de 40 milhões de trabalhadores em todo o país, a Igreja Católica cumpriu um papel de relevo. Após vários anos de omissão e até de cumplicidade com as forças reacionárias e golpistas, arcebispos, bispos e padres voltaram a clamar pelos fracos e oprimidos – o que prova a influência redentora do Papa Francisco. Vídeos dos sermões criticando as “reformas” trabalhista e previdenciária do “satanás” Michel Temer bombaram nas redes sociais. A presença dos religiosos nos atos e passeatas de sexta-feira emocionou as pessoas – crentes ou não – que aprenderam a admirar a Teologia da Libertação e seus corajosos difusores. A mensagem aprovada neste final de semana na Assembleia Ordinária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada no Santuário de Aparecida (SP), só confirma esta mudança de postura da cúpula da Igreja. Vale conferir:

Aula de reciclagem para jornalistas

Eike Batista e a esposa de Gilmar Mendes

Por Renato Rovai, em seu blog:

Em reportagem de 26 de janeiro deste ano o jornal Folha de S. Paulo informava que o advogado Sérgio Bermudes, que defendia o empresário Eike Batista nas causas cíveis, disse que ele estava entre Nova York e Miami e que teria viajado aos EUA para cuidar de um processo relacionado ao bloqueio de US$ 63 milhões em bens pela Justiça das Ilhas Cayman.

Naquele momento Eike Batista era procurado pela Polícia Federal por conta da deflagração da Operação Eficiência, uma fase da Operação Lava Jato, da qual ele era o principal alvo.

De onde vem a propina no capitalismo?

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

O tema da corrupção tem sido continuamente colocado como central no Brasil de hoje pelos meios de comunicação, assim como transcorreu no período que antecedeu o golpe de estado de 1964. Comparativamente ao mundo, contudo, a percepção de corrupção no Brasil em 2016, por exemplo, equivaleu a dos anos de 1998 e 2002, segundo a indicação adotada pela Transparência Internacional desde o ano de 1995 em quase duzentas nações. Nos anos citados, o índice no Brasil ficou em torno de 40 pontos, de acordo com os critérios da pesquisa da ONG.

Temer e Macri: inimigos dos trabalhadores

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

Era comum em outras épocas quando se falava da Argentina em comparação com o Brasil se responder “eu sou você amanhã”, referindo-se a um ou a outro país. Mas agora isso entrou em desuso, porque nada mais igual nos tempos atuais do que Argentina e Brasil com governos que executam o mesmo tipo de política econômica que leva os respectivos países a um retrocesso sem tamanho e afeta negativamente a vida dos trabalhadores.

Pesquisa mostra o papel-chave de Lula

Polo Naval do Rio Grande (RS), 29/4/17. Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A nova ascensão de Lula nas intenções de voto para 2018 é o melhor termômetro do sistema político brasileiro.

Lula subiu depois da liberação das delações da Odebrecht, a começar pelo risonho patriarca da maior empreiteira do país, fazendo insinuações de todo tipo, inclusive citando um nefasto general da ditadura para falar sobre seu caráter. Lula também atravessou a delação premiada de Leo Batista, o executivo da OAS que, como um aluno em exame de segunda época, refez o primeiro depoimento para tentar diminuir a própria pena, produzindo afirmações sob medida para atingir Lula. Nada.

O golpe e a mídia criaram Bolsonaro

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O golpe engendrado por Michel Temer, Eduardo Cunha e Aécio Neves, em conjunto com a mídia, resultou numa vitória de Pirro que pariu Jair Bolsonaro 2018.

A guinada direitista dos tucanos, o blábláblá neandertal contra o bolivarianismo, a corrupção, o financiamento de “movimentos de rua” e a obsessão da imprensa, puxada pela Globo, com o PT, resultaram na viabilização de uma alternativa fascista indigente.

JB vai se firmando como o antiLula prometido na Bíblia.

A nova pesquisa Datafolha, que traz Lula na liderança novamente, registra que Jair foi de 9% para 15% e de 8% para 14% em dois cenários, empatando com Marina Silva.

Os 80 anos da morte de Antonio Gramsci

Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

Sem dúvida nenhuma, o preconceito e o sectarismo estão por trás desse injustificável desconhecimento. Na década de 1990 a estes dois aspectos se juntou outro: a crise da perspectiva revolucionária e a capitulação de vários intelectuais e organizações do campo da luta pelo socialismo. Hoje, mais do que nunca, é necessário resgatar a história e as contribuições teóricas de homens como Lênin e Gramsci. Somente assim poderemos construir alternativas viáveis para a crise do socialismo e para a teoria que lhe serviu de suporte durante todo o século XX: o marxismo.

A infância e a adolescência na Sardenha