quinta-feira, 3 de maio de 2018

Unidade contra o festim diabólico da direita

Curitiba, 01/5/18. Foto: Ricardo Stuckert
Editorial do site Vermelho:

A tarefa mais importante deste 1º de Maio é estragar o festim diabólico e preparar a derrota dos inimigos da democracia, da nação e do povo – foi assim que a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila, descreveu a comemoração do Dia Internacional do Trabalhador neste ano.

Foi uma comemoração memorável, marcada pela denúncia dos malefícios da contrarreforma trabalhista imposta pelo governo golpista de Michel Temer, pelo corte dos direitos duramente conquistados pelos trabalhadores. Foi marcado pela lembrança dos 75 anos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), completados nesta data, legislação progressista rasgada pelo governo antipopular. E pela exigência da libertação e respeito aos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso político em Curitiba, desde o dia 7 de abril.

Governos progressistas e a comunicação

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Quando você não se comunica, o vazio que você deixa é preenchido por outros atores. A opinião é de Miguel do Rosário, autor do blog O Cafezinho. Além de Miguel, os jornalistas Hildegard Angel e Fernando Brito estiveram em Maricá/RJ, no sábado (28), para falar da importância da comunicação nos governos progressistas.

“Não é raro encontrarmos canais de YouTube de administrações públicas bem produzidos, mas com três, quatro, cinco visualizações. Qual a razão disso, afinal? Por que essa falta de conhecimento e habilidade para lidar com esses conteúdos?”, questiona Miguel do Rosário. A comunicação nos governos não é tão complicada assim. Você precisa aparecer, estar presente, dialogar e interagir com o público. É o caso de Flávio Dino, governador do Maranhão, exemplifica o blogueiro. “Sem produções caras, Dino mostra diariamente o que está fazendo, de forma didática”.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Merval, o “imortal”, e o chá da tarde na ABL

Por Altamiro Borges

O Jornal do Brasil publicou nesta terça-feira (1) um artigo que me fez lembrar do colunista Merval Pereira, o capacho-oficial da famiglia Marinho que galgou – sabe-se lá como – o posto de “imortal” da Academia Brasileira de Letras (ABL). O texto, assinado por Celina Côrtes, registra: “Que o Rio de Janeiro vive um de seus piores infernos astrais não é novidade para ninguém. A crise, porém, também passou a atingir em cheio a vetusta ABL, que só tem conseguido alugar a metade das 300 salas de sua sede, o Palácio Austregésilo de Athayde, vizinho ao Petit Trianon, no centro da cidade, e sua principal fonte de renda. O orçamento mensal de R$ 2,4 milhões caiu a R$ 1,2 milhão”.

Blairo Maggi, outro atolado no covil golpista

Por Altamiro Borges

Pelo jeito, não vai sobrar ninguém no covil golpista de Michel Temer. O site G1, do sempre suspeito Grupo Globo, informou nesta quarta-feira (2) que o bilionário ruralista Blairo Maggi, “ministro” da Agricultura do governo ilegítimo, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção ativa. “De acordo com a PGR, em 2009, o então governador do Mato Grosso participou de um suposto esquema de compra e venda de cadeiras no Tribunal de Contas do Estado. Caberá ao STF decidir se abre um processo e torna Blairo Maggi réu nesse caso. O G1 procurou a assessoria do ministro, que disse que vai divulgar uma nota com o seu posicionamento”.

Temer cancela viagem. Bateu o desespero?

Por Altamiro Borges

O golpista Michel Temer anda preocupado. Com o fracasso vergonhoso da sua pretensa “candidatura à reeleição” – sendo que ele nunca foi eleito presidente, mas sim assaltou o poder graças a um golpe midiático-judicial- parlamentar –, o odiado teme pelo futuro. Sem mandato para protegê-lo, a cadeia pode ser seu destino após deixar o Palácio do Planalto. Nesta semana, Michel Temer cancelou mais uma viagem ao exterior. Em nota oficial, ele alegou compromissos com o “calendário eleitoral” e com “votações de projetos no Congresso”. Mas, segundo a revista Época, que apoiou o golpe dos corruptos, o motivo foi bem outro:

Os invisíveis de Curitiba e os do Engenhão

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Duas multidões se formaram ontem, sem merecerem muita atenção para seus dramas.

Uma, em Curitiba, pedindo a libertação de Lula, o presidente que cuidou do emprego e de dar um mínimo de dignidade aos trabalhadores.

Outra, junto ao estádio do Engenhão, no subúrbio do Rio de Janeiro, formada por 30 mil trabalhadores que buscam um emprego e um mínimo de dignidade.

Esperando um morto

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Os fatos dizem que a extrema direita está optando pela máxima do estrategista alemão Carl von Clausewitz de que “a guerra é a continuação da política por outros meios”. Vale dizer, por meio da violência. A execução de Marielle Franco, os tiros contra ônibus da caravana do ex-presidente Lula e agora contra militantes acampados em sua defesa, em Curitiba, não deixam dúvida. Neste ritmo, em breve haverá um corpo estendido no chão. Mas é falso dizer que a polarização produz uma escalada bilateral da violência. É preciso reconhecer que a extrema-direita é que está mandando balas contra ativistas da esquerda.

O Brasil cada vez mais intolerante

Por Ronnie Aldrin Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:

A pesquisa sobre intolerância, realizada pelo Instituto Ipsos Mori em 27 países, aponta o Brasil como 7º país mais intolerante dentre estes. Cerca de 84% dos brasileiros vêem o país dividido, e 62% percebem mais intolerância hoje do que há 10 anos.

Dentre os motivações, 54% apontam diferenças políticas e 40% desigualdades entre ricos e pobres. Esta ultrapolarização também é fortemente perceptível no mundo virtual. Discursos racistas e de ódio, que há alguns anos eram combatidos pela maioria dos usuários, passaram a ser bem vistos, e assumidos, por uma parcela considerável destes. As fake news e os discursos de ódio passaram a ser compartilhados conscientemente, apenas para dar o gosto de vitória sobre o seu, antes, amigo, hoje, adversário ideológico.

Lei trabalhista: o pior ainda está por vir

Por Ivan Longo, na revista Fórum:

O golpe que culminou no impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff não veio à toa. Ele foi articulado entre setores das elites brasileiras e um deles, o empresarial, exigiu uma “flexibilização” das leis do trabalho e Michel Temer, assim que assumiu a presidência, colocou o assunto em discussão. Maquiando com adjetivos como “modernização” da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e prometendo que a medida geraria mais empregos, o emedebista encabeçou a pauta no Congresso e, finalmente, sancionou a reforma trabalhista em novembro do ano passado.

Temer não pode nem sair às ruas?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Costumo me colocar no lugar dos outros para saber o que eles estão sentindo para fazer a pergunta do título desta coluna.

Acuado, assustado, gaguejando diante dos microfones da imprensa, cheio de “naturalmente”, “exatamente”, “lamentavelmente”, sem saber o que dizer, ouvindo gritos de “golpista!”, diante de mais uma tragédia, a deprimente figura de Michel Temer era o próprio retrato de um país sem governo, após o incêndio e o desabamento de um prédio em São Paulo.


Golpistas trocam panelas por armas de fogo

Por Rogério Correia, no blog Viomundo:

Não é possível mais alimentar qualquer ilusão: o Brasil do golpe, aquele que retira direitos dos mais pobres e vende o país por mixaria à banca internacional, já estende seus tentáculos para a ameaça física a quem a ele se opõe. Essa realidade instiga todas as forças democráticas do país à união. A frente antifascista não é mais um caminho, mas uma exigência.

É fundamental neste momento a compreensão de que a direita montou e está aperfeiçoando um verdadeiro braço armado a fim de defender seus interesses. Para levar a cabo essa lida, não se constrange sequer em camuflar ações belicosas.

Lebbos: A carcereira da pena de morte

Por Mauro Lopes, em seu blog:

O Poder Judiciário, que um dia foi denominado Justiça, tornou-se no Brasil uma reserva de mercado para jovens filhos de famílias ricas. O mesmo aconteceu com o Ministério Público. Seus concursos são disputadíssimos e só filhinhos de mamãe e de papai que não precisam trabalhar podem dedicar tempo aos estudos. O fato de as vagas serem preenchidas por concurso pode dar a impressão de ser um Poder republicano –do que se vangloriam muitos juízes e juízas e membros do MP. Mas é fachada.

Folha joga Paulo Preto no colo de… Kassab!

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o dito “Paulo Preto”, é meio que um símbolo do tucanato por ameaças veladas que vem fazendo há anos aos ex-governadores José Serra e Geraldo Alckmin – foi na gestão de ambos que os escândalos envolvendo seus nome nome surgiram.

Souza ficou famoso por uma frase de sua lavra em tom de ameaça




Polarização política: um discurso enganoso

Por Luis Felipe Miguel, no site Carta Maior:

Fala-se muito em "polarização política". É um discurso enganoso. Por um lado, permite que quem o adota se coloque em posição superior, olímpica, como quem vê ambos os lados, percebe a limitação de ambos e não está em nenhum deles. Por outro, com o deslizamento natural da noção de "polos" para a noção de "extremos", que pertencem ao mesmo campo semântico, leva ao discurso da necessidade de superação do "extremismo", que no Brasil seria representado por Bolsonaro e por... Lula. Em tudo está a ideia de equivalência, de espelhamento, de intolerância de lado a lado.

Transgênicos: O lucro acima da saúde

Por Aristóteles Cardona Júnior, no jornal Brasil de Fato:

Caminha a passos largos no Senado o Projeto de Lei que extingue o uso obrigatório do símbolo que identifica a presença de produtos transgênicos em rótulos de produtos alimentícios. Tal identificação é mais reconhecida por seu selo em formato de triângulo amarelo, com a letra ‘T’ no meio, e começou a ser utilizada em 2003. No momento, o Projeto já foi aprovado na Câmara e passa por discussão em comissões no Senado, até ser levado a plenário. Se aprovado, será encaminhado para sanção presidencial.

terça-feira, 1 de maio de 2018

Ana Amélia não vai descer o “relho” no PP?

Por Altamiro Borges

A senadora Ana Amélia (PP-RS), ex-serviçal da RBS/Globo, adora destilar seu ódio contra as forças de esquerda. Para agradar seu eleitorado mais tacanho e midiotizado, a hidrófoba chega ao ridículo, como quando comparou a rede de tevê Al Jazeera, uma das mais assistidas no mundo, ao “exército islâmico”. Já na Caravana de Lula, ela apoiou a violência dos fascistas. “Quero cumprimentar Bagé, Santa Maria, Palmeira das Missões, Passo Fundo, São Borja e Santana do Livramento, que botaram para correr aquele povo que foi lá, botando um condenado para se queixar da democracia... Atirar ovos, levantar o relho, levantar o rebenque para mostrar o Rio Grande, para mostrar onde estão os gaúchos”, afirmou na convenção do seu partido.

O dia-a- dia da classe trabalhadora

Por Cezar Britto, no site Congresso em Foco:

A recente aprovação da Lei Ordinária Trabalhista, também conhecida como “reforma trabalhista” ou “Consolidação das Lesões Trabalhistas”, gerou diversos convites para participação em conferências, palestras, debates, comentários ou mesmo elaboração de artigos sobre o tema. E esta demanda reflexiva aumentou nos últimos dias, especialmente em razão do mês de maio iniciar o seu cronômetro temporal com o Dia Internacional do Trabalhador. Em todas as solicitações, quase sem exceção, uma indagação se tornou lugar comum. Buscavam saber minha opinião sobre o caráter comemorativo do 1º de Maio, especificamente se o trabalhador tinha algum motivo para festejar neste dia a ele dedicado.

Os que sempre estimularam o ódio político

Por Márcio Anastácio, no site Jornalistas Livres:

Em editorial publicado no último domingo (29), o jornal Estado de São Paulo de alguma maneira volta aos tempos em que dava sustentação ao regime dos generais que controlou o país durante 21 anos.

Traz uma análise do atentado a tiros contra o acampamento de apoiadores de Lula em Curitiba onde o jornal sustenta que a origem dos disparos seria, na verdade, o próprio PT – que, nas suas palavras, estimulara o confronto político durante 30 anos.

É demais. Mesmo para Estadão.

Tempo de perplexidade, tempos de desafios

Por Mariângela Nascimento, na revista Teoria e Debate:

“A liberdade política do cidadão é aquela tranquilidade de espírito que vem da opinião de que todos têm segurança e, para que se possa estar de posse desta liberdade, o governo deve ser tal que um cidadão não tenha medo do outro." Montesquieu, O Espírito das Leis

Estamos comemorando 30 anos da Constituição de 1988, também chamada de “Constituição Cidadã”, tornando-se o símbolo da redemocratização brasileira. Os direitos foram ampliados e garantidos, brasileiros e brasileiras passam a ter acesso universal à educação, à saúde e à cultura. Os direitos humanos e as liberdades fundamentais passam a ter proteção jurídica. Foram estabelecidos mais direitos trabalhistas e os abusos do Estado estariam sob o controle de mecanismos institucionais. No campo da justiça, foi garantido o habeas corpus, além de outras instituições que configuraram a legitimação da retomada da democracia no Brasil.

O grande inimigo da valorização do trabalho

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

Com a taxa nacional de desemprego aberto representando 13,1% do total da força de trabalho no primeiro trimestre do ano, o governo Temer confirma o que já havia se constatado na década de 1990: o receituário neoliberal é o grande inimigo da valorização do trabalho. No governo FHC, por exemplo, o desemprego que atingia a 6,4% da População Economicamente Ativa (PEA), em 1995, saltou para 12,3%, em 2002, o que implicou a multiplicação acumulada de 1,9 vezes, segundo o IBGE.

Coube ao governo Lula derrubar a mesma taxa de desemprego de 12,3%, em 2002, para 6,7%, em 2010. Ou seja, queda acumulada de 45,5% em oito anos de mandato democrático e popular.