quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Dólar supera R$ 4. Disney dançou, coxinha!

Por Altamiro Borges

Nas marchas golpistas pelo impeachment uma foto viralizou nas redes sociais. Um típico “coxinha”, vestindo a camiseta amarela da “ética” CBF, carregava um menino que exibia o cartaz: “Quero ir para Disney. Fora Dilma”. A criança está perdoada pela ingenuidade. Já o pretenso pai ou era um otário, manipulado pela mídia, ou era um rentista metido a esperto. Passados dois anos do golpe, neste fatídico final de agosto, o dólar fechou nesta terça-feira (21) acima dos quatro reais – a maior cotação do período recente. Ou seja, a viagem à Disney, Miami ou Paris dançou. A promessa de que o Brasil viraria um paraíso com a deposição autoritária da presidenta eleita – alardeada pela imprensa venal – só serviu para enganar os babacas – ou os "patetas" da Disney.

A visita de Mattis e a subserviência de Temer

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, realizou na semana passada um giro latino-americano, visitando Brasil, Argentina, Chile e Colômbia.

Os objetivos foram muito além do balanço e elaboração de planos de incremento das relações bilaterais entre a nação imperialista do Norte e os países visitados. Não por casualidade, todos quatro, além de terem governos de turno neoliberais, conservadores, entreguistas e, no caso brasileiro, golpista, fazem parte do chamado Grupo de Lima, um arranjo diplomático artificial, criado especialmente para fazer provocações e produzir fatos que justifiquem uma ação intervencionista contra o governo venezuelano.

A tripla polarização nas eleições

Por Valter Pomar, em seu blog:

Todo mundo reconhece que as eleições deste ano já são as mais polarizadas desde 1989.

Mas nem todo mundo percebe que há três polarizações: uma em torno do golpe, outra em torno do programa e outra acerca do sistema político.

De um lado os golpistas, de outro quem luta contra o golpe.

De um lado os neoliberais, de outro os que defendem os interesses populares.

De um lado os candidatos do “sistema”, de outro os que são ou parecem ser anti-sistêmicos.

As apostas de Skaf, o chefão da Fiesp

Por Laura Castanho, na revista CartaCapital:

“Nunca tive padrinhos na política. Estou aqui como presidente do Sesi, do Senai, fazendo uma revolução na cultura e nos esportes. Serei governador por isso.” A declaração de Paulo Skaf (MDB) no debate dos candidatos a governador de São Paulo, na Bandeirantes, sinaliza que ele deverá manter o discurso das duas tentativas anteriores de comandar o estado mais rico do país.

Tanto em 2014, pelo PMDB, e em 2010, pelo PSB, Skaf usou como vitrine a Fiesp, o Sesi e o Senai, órgãos que preside desde 2004. Apesar de representar entidades patronais da indústria há mais de uma década, ele não ganha a vida como industrial desde 2001, quando foi demitida a última funcionária da Skaf Indústria Têxtil Ltda.

Inimigos de Lula surtam com pesquisas e ONU

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O Blog da Cidadania avisou que a ONU apoiaria Lula e que, próximo à eleição, o ex-presidente desfrutaria de um apoio popular caminhando para a unanimidade. E isso está acontecendo: Lula disparou nas últimas pesquisas Ibope e CNT e a ONU cobrou do Brasil os direitos políticos do ex-presidente. Com isso, seus adversários e carrascos dão sinais de PÂNICO.

Em 14 de maio, três semanas após o ex-presidente Lula ter sido preso, pesquisa CNT/MDA lhe dava 32,4% das intenções de voto em confronto com Jair Bolsonaro, Marina Silva, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Álvaro Dias; em 20 de agosto, após 120 dias preso, Lula cresceu quase cinco pontos percentuais em confronto com os mesmos adversários – hoje, tem 37% das intenções de voto.

O governo esnoba e a mídia silencia

"Cenários sem Lula" são fake news

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Nos jornais e sites da grande imprensa, as pesquisas eleitorais vinham sendo chamadas nos “cenários sem Lula”.

Já ficou difícil fazer isso, porque é uma bobagem tão evidente que só a má-fé produz manchetes completamente canalhas e desinformadoras como esta da edição de hoje, aí em cima.

Por acaso, o dólar foi a quase R$ 4,04 porque “Bolsonaro se isola na liderança; Marina e Ciro disputam 2º lugar”?

As esquerdas e as eleições do desconhecido

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Carta Maior:

Estão a acelerar-se as urgências típicas de um ciclo eleitoral que se vai prolongar entre o fim de agosto e o fim de outubro. Estas urgências são particularmente desafiadoras para as esquerdas brasileiras porque o seu principal candidato e, de todos o mais bem posicionado nas sondagens, está preso e pode vir a ser considerado inelegível.

As irregularidades óbvias do processo Lula da Silva têm tido alguns efeitos surpreendentes. A obsessão punitiva foi neste caso tão excessiva que o sistema judiciário degradou a sua imagem e a sua legitimidade, tanto nacional como internacionalmente, a um nível e com consequências que, por agora, são difíceis de avaliar. Por sua vez, a imagem política e humana de Lula saiu desta húbris político-judicial fortemente fortalecida e melhorada. Vítima de uma flagrante injustiça e, para muitos, um preso político – talvez o mais famoso preso político do mundo – Lula da Silva viu aumentar exponencialmente o seu crédito político e a sua popularidade junto das classes populares.

"Datafalha" enterra o Alckmin. E agora?

A transferência de votos de Lula para Haddad

Aracaju, 22/8/18. Foto: Ricardo Stuckert
Por Geraldo Seabra, no blog Diário do Centro do Mundo:

Ao contrário do que tentam transmitir em seus comentários analistas políticos da Rede Globo e da mídia impressa golpista, a mega-pesquisa Datafolha divulgada na madrugada desta quarta-feira (22) evidencia a consolidação da possibilidade de transferência de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o ex-prefeito Fernando Haddad, caso Lula seja impedido e o candidato a vice venha ocupar o seu lugar na chapa do PT, junto com Manuela D’Ávila, do PCdoB.

Alckmin procura eleitorado de Bolsonaro

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O início do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, a partir de 31 de agosto, será decisivo para o mercado financeiro avaliar a situação do seu candidato do momento, o tucano Geraldo Alckmin, na opinião da cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). Por sua vez, analistas do setor financeiro reconhecem que, estando no cenário, com 37% das intenções de voto, Lula é imbatível e o atual vice na chapa petista, Fernando Haddad, tem potencial de crescimento importante.

STF vai esperar um grevista de fome morrer?

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Em 7 de agosto, os sete militantes de movimentos populares em greve de fome protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de agendamento de audiência com cada um dos 11 ministros da Corte, como este abaixo dirigido à presidente Cármen Lúcia.

O assunto é a votação das ações declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) 43 e 44.



O poder econômico flerta com o fascismo

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Acabou a brincadeira: a campanha eleitoral começou para valer. Ontem à noite, o Jornal Nacional divulgou uma nova pesquisa do Ibope, de intenções de voto, mas os mercados financeiros sentiram o golpe hora antes. O dólar subiu mais 1,07% e atingiu R$ 3,96 – o valor mais alto em dois anos. Os investidores reagem aos sinais de que Lula mantém enorme popularidade e de que Geraldo Alckmin estacionou num patamar muito baixo – próximo aos 5%. Temem, em especial, uma outra pesquisa, da Confederação Nacional dos Transportes e do instituto MDA, segundo a qual Fernando Haddad já chega a 15%, quando se aponta aos eleitores que é o candidato de Lula.

Se não for Lula, será Haddad no 2º turno

Aracaju, 22/8/18. Foto: Ricardo Stuckert
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Gastaram dinheiro a toa com a Lava Jato e toda a campanha midiático-judiciária dos últimos anos para tirar o PT das eleições, é o que revela a nova pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira.

Lula e o PT estavam certos ao insistir até o fim na candidatura do ex-presidente, e eu estava errado, assim como a maioria dos analistas políticos.

Na montanha de números da pesquisa, alguns me chamaram a atenção, e todos levam à mesma conclusão: se Lula não chegar às urnas, quem vai para o segundo turno será o seu vice, Fernando Haddad, que herdará 62% dos votos do ex-presidente, segundo Bruno Boghossian destaca em sua coluna na Folha.

Vamos aos números:

Bancos investem R$ 1,6 bi em publicidade

Enviado por Cecília Negrão

Na propaganda publicitária, o investimento dos cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander), somente no primeiro semestre, foi de R$1,6 bi. Vendem a imagem de respeito às mulheres, mas durante da Campanha Nacional Unificada deste ano propõem que a PLR seja proporcional aos dias trabalhados (utilizada pelos licenciados e durante a licença maternidade), o que prejudica a todos, principalmente as mulheres que recebem atualmente de forma integral.

Por que treme o mercado?

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

O que já vinha sendo ensaiado realizou-se, e o dólar rompeu a barreira dos quatro reais antes mesmo do início do horário eleitoral.

Hoje deve ser divulgada uma pesquisa Datafolha, e se ela confirmar as duas últimas (CNT/MDA e Ibope/Estadão/Rede Globo), o mercado deve continuar encenando a farsa do “risco eleitoral” e o dólar pode bater hoje nos R$ 4,50.

Ontem mesmo já era vendido a R$ 4,40 para turistas.

As últimas pesquisas trouxeram Lula em alta, com 37%, e Bolsonaro liderando quando Lula é tirado do páreo.

Carta aberta à presidente do STF

Por Hildegard Angel, em seu blog:

Pretendia fazer esse pleito pessoalmente, por ocasião da visita a Vossa Excelência do sr. Adolpho Perez Esquivel, na pequena comissão de representantes da sociedade brasileira. Mas isso não foi possível. Resta-me faze-lo por esta carta, animada por suas demonstrações de solidariedade à luta e à memória de minha mãe, já feitas publicamente e diretamente a mim. As mulheres mineiras, como são ambas vocês, têm tradição em nossa História de bravura e compaixão. Assim foram, na Inconfidência, Hipólita Jacinta Teixeira de Melo, e, na Revolução de 1930, Tiburtina Alves, que, em suas épocas, na defesa de causa maior, desafiaram o medo e o senso comum. No momento, a causa extrema é a da nossa Democracia. Faz-nos aflição nos sentirmos na iminência de perde-la, abalada pela disseminação de um ódio que contamina e torna violenta a nossa sociedade, pela primeira vez na História republicana dividida radicalmente. Amigos rompem relação, parentes não se falam, vizinhos deixam de se cumprimentar. Não houve precedentes em nossa sociedade, a não ser nas ditaduras, quando o temor de retaliações e estigmas levava pessoas a evitarem umas às outras.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

A tragédia da reforma trabalhista

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) revelam: a taxa de subutilização da força de trabalho, conceito que agrega os trabalhadores desocupados, os subocupados por insuficiência de horas (trabalham menos de 40 horas semanais e gostariam de trabalhar mais) e a força de trabalho potencial, foi de 24,6% no segundo trimestre de 2018. Em números absolutos, isso significa 27,6 milhões de pessoas na subutilização e 1,3 milhão de pessoas a mais nessa estatística desde o segundo trimestre de 2017.

O Brasil entre democracia e golpismo

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

Ao mesmo tempo em que a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, contesta a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a vez de, nada mais, nada menos, que o candidato de extrema direita Jair Bolsonaro fazer o mesmo.

Isso confirma simplesmente o temor de segmentos políticos ao líder de todas as pesquisas eleitorais e o fato de não quererem correr o risco de enfrentar Lula nas urnas.

Cai rejeição a Lula, explode a de Bolsonaro

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O Ibope liberou o relatório completo da pesquisa nacional divulgada ontem, o que nos permite fazer algumas comparações com o relatório de junho.

Em comentários anteriores, eu havia alertado para a rejeição gigante de Lula entre alguns segmentos influentes do eleitorado, como aqueles com ensino superior e com renda familiar acima de 5 salários.

Em junho, o percentual de entrevistados que responderiam que não votariam “de jeito nenhum” em Lula entre eleitores com ensino superior era de 45%, e o de Bolsonaro, de 38%.