terça-feira, 10 de setembro de 2019

CPMF do Guedes tem pouca chance de vingar

Por Fernando Brito, em seu blog:

Não se descarte a hipótese de, assim que sair do hospital – o lá de dentro mesmo – abrir fogo contra a nova CPMF que o Ministério da Economia anunciou hoje.

Não porque seja – e não é – a pior medida para acertar as contas públicas, mas porque é o mais emblemático ato para decepcionar os seus eleitores convencidos de que era para valer o seu proclamado “Mais Brasil, Menos Brasília”.

E, além disso, vai colocá-lo em péssima situação frente ao Congresso, que só tem chance – e remota – de aprovar isso se for entupido de benesses e emendas que, no parco Orçamento do país, já nem tem tanto espaço para acontecer.

"Familícia" Bolsonaro ameaça a democracia

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“Não há como aceitar uma família de ditadores” (Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil).

Enquanto o chefe do clã se recupera no hospital, os filhos cuidam de manter vivas as ameaças á democracia brasileira.

Carlos Bolsonaro, o 02, publicou com todas as letras nas redes sociais esta barbaridade:

“Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos… e se isso acontecer. Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!”


“Discrição” de Mourão não convence olavetes

Por Altamiro Borges

O general Hamilton Mourão, o falastrão que ocupa interinamente a presidência enquanto o “capetão” se recupera de uma cirurgia, está “muito discreto” – registra a mídia ávida por espetáculos. Segundo Valdo Cruz, do G1, o milico deseja “manter as coisas funcionando tranquilamente” nesta curta estádia. Já a repórter Luciana Amaral, do UOL, informa que “o vice-presidente deve prezar pela discrição na nona interinidade à frente do Palácio do Planalto”. Mas ela mesmo lembra que o clima nem sempre foi de “discrição”.

Mídia da Argentina teme vitória kirchnerista

Foto: AFP
Por Altamiro Borges

A mídia monopolista da Argentina – tendo à frente os grupos Clarín e La Nación – ficou atordoada com a surra do neoliberal Mauricio Macri nas eleições primárias do mês passado e já teme pela formação de um governo progressista a partir do pleito do final de outubro. Artigo de Sylvia Colombo, correspondente da Folha em Buenos Aires, especula que a “imprensa argentina já se adapta a provável vitória kirchnerista”. Será?

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Até a TV Record abafa a censura de Crivella

Por Altamiro Borges

O “bispo” Marcelo Crivella, que há muito tempo não honra o título de prefeito – pela gestão conservadora e desastrada que realiza no Rio de Janeiro –, achava que ia ganhar alguns pontinhos de popularidade com a sua decisão draconiana de censurar um gibi com um beijo gay. Mas, ao que tudo indica, ele vai é virar motivo de chacota na cidade, no Brasil e no mundo. Até a TV Record, do tiozão Edir Macedo – dono da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) –, parece que decidiu se distanciar da ação ditatorial e homofóbica do “prefake”.

Queima de estoque da Editora Abril

Barões da mídia recebem benção de Bolsonaro

Moro na cadeia

Por Leandro Fortes

Não é um título, é um dever.

Diante das novas revelações do Intercept Brasil, publicadas também pela Folha de S.Paulo, restou claro ao Brasil e ao mundo que o Sérgio Moro não era apenas um juiz parcial: era um fora da lei.

Era, sob qualquer interpretação, um chefe de quadrilha que usava recursos do Estado para, com a ajuda de servidores do Ministério Público e da Polícia Federal, grampear cidadãos, manipular provas e vazar informações para a imprensa.

Fez tudo isso conscientemente, de forma estudada e metódica, como um assaltante de banco, com vistas a dar curso a um golpe de Estado que resultou em prisões ilegais, perseguições e, principalmente, na destruição moral e econômica do Brasil.

Bolsonaro será denunciado na ONU

Crivella: Normalizando a censura

"O maior perigo hoje é o pessimismo"

As irracionalidades sobre a Lei do Teto

CPI das Fake News assombra Bolsonaro

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O juiz Jorge Mussi, de 67 anos, nasceu em Florianópolis, cidade que deu 64% dos votos a Jair Bolsonaro. No Tribunal Superior Eleitoral desde 2017, cuida hoje de quatro ações de cassação da chapa de Bolsonaro, movidas pelos advogados de Fernando Haddad. Seu mandato no TSE termina em 24 de outubro e pode ser renovado por mais dois anos, o que lhe permitiria manter o acúmulo de 8 mil reais mensais com o salário de 42 mil no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas aí é com Bolsonaro. No TSE, tem dito nos bastidores que deseja liquidar em setembro todas as ações contra o presidente. Uma delas, a apontar abuso de poder econômico pró-Bolsonaro pela TV Record, foi a julgamento em 3 de setembro. Mussi propôs absolver o ex-capitão. O tribunal adiou a decisão, pois o juiz Edson Fachin pediu para examinar o caso com calma.

A sócia oculta da Lava-Jato

Por Gilberto Maringoni

Apesar de óbvio, não é evidente. Há uma sócia oculta nos diálogos travados entre a equipe de Deltan Dallagnol sobre as conversações entre o ex-presidente Lula e sua sucessora Dilma Rousseff, em março de 2016.

Toda a operação golpista dos procuradores - e esta mais do que as outras - necessitava de ampla divulgação com ares de escândalo para se concretizar. Sem isso, as ações de Moro e sua malta teriam poucas consequências práticas.

É aqui que entra a rede Globo, parceira fundamental e quase representante oficial da Lava Jato perante a opinião pública.

Aras na PGR: Cumpriu-se a Constituição

Por Eugênio Aragão, no site Congresso em Foco:

A indicação, por Jair Messias Bolsonaro, de Augusto Aras para exercer o cargo de Procurador-geral da República causou, como era de se esperar, alvoroço no Ministério Público Federal. Pela primeira vez, desde 2003, não foi respeitada a lista associativa de três nomes da carreira, ungidos pelo voto interno dos colegas. O que mais se ouve, entre exaltados procuradores, é que teria havido a violação de um princípio da democracia interna.

domingo, 8 de setembro de 2019

Fernando Holiday, vereador do MBL, vai cair?

Por Altamiro Borges

Fernando Holiday, dirigente do suspeitíssimo Movimento Brasil Livre (MBL), foi eleito vereador em São Paulo na onda direitista que devastou o país. Ele foi um dos líderes das marchas golpistas pelo impeachment de Dilma Rousseff, que resultou na chegada ao poder da quadrilha de Michel Temer e criou as condições para a vitória eleitoral do fascista Jair Bolsonaro. Travestido de paladino da ética e alavancado pela mídia sem moral, ele foi candidato pelo DEM – um dos partidos mais corruptos da história do Brasil. Novato no parlamento, o demo arrogante achava que estava com a bola toda, mas agora ele corre até o risco de ser cassado.

Moro e seus comparsas têm de ser presos

Montagem: Gladson Targa
Por Jeferson Miola, em seu blog:   

As revelações do Intercept de 8/9/19 trazem provas impressionantes do atentado terrorista cometido por Sérgio Moro e pela força-tarefa da Lava Jato, em conluio com a Rede Globo, em 16 de março de 2016 contra a presidente Dilma Rousseff.

Naquele dia, depois de interceptar ilegalmente conversas telefônicas da presidente Dilma com o ex-presidente Lula, Moro e seus comparsas – o procurador Deltan Dallagnol, o delegado Luciano Flores e outros/as procuradores, procuradoras e policiais federais – decidiram, assim mesmo, vazar criminosamente aqueles diálogos para a Rede Globo.

A Globo não desperdiçou a oportunidade. No Jornal Nacional daquela noite, dedicou nada menos que 68 minutos [1 hora e 8 minutos] para criar uma novela incriminadora.

O que emergirá do caos no Brasil?

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

23 de julho de 2019, dia em que os famigerados hackers de Araraquara foram presos, suspeitos de serem os autores da interceptação e repasse para o The Intercept Brasil das mensagens chocantes trocadas entre procuradores da Lava Jato, o ex-juiz Sergio Moro e outros personagens. Chamei um carro por um aplicativo de carona à tardinha. Entrei e cumprimentei o motorista, um cara simpático aparentando ter uns 50 e poucos anos. No rádio, falava-se sobre a prisão dos hackers. Pedi para ele aumentar o volume. Era o programa do Reinaldo Azevedo. O outrora antipetista mor desancava Moro, Dallagnol e a Lava Jato. Ouvíamos em silêncio. A certa altura do programa, alguém deu a informação de que Moro havia anunciado que o material encontrado com os hackers seria destruído. Não me contive e manifestei meu assombro. O motorista então falou: “Esses caras tinham que tá tudo preso!”. Desenvolvi um pouco mais a conversa para ter certeza de que ele estava falando de Moro, Dallagnol e cia. Estava.

Bolívia: um cenário eleitoral quase definido

Foto: Twitter de Evo Morales
Por Alfredo Serrano Mancilla, Gisela Brito e Sergio Pascoal, no site Outras Palavras:

A quase dois meses da eleição presidencial na Bolívia, seu desfecho se torna cada vez mais claro. Ao analisar o contexto de um processo eleitoral, é importante entender que sempre surgem questões na conjuntura com um impacto impossível de se prever, e que o fundamental é identificar as tendências nas preferências dos eleitores, assim como o mapa de sensações vigente na opinião pública. É cada vez mais comum observar a enorme proliferação de informações, de uma ou outra pesquisa, que determinam as chances de cada candidato na disputa, como se fosse uma corrida de cavalos. Porém, a chave de um estudo rigoroso está na coerência entre o número de intenção de voto e outras variáveis que dão uma visão sociológica e política mais ampla.

Uma semana de derrotas para Boris Johnson

Charge: Luc Descheemaeker/Bélgica
Por Luana Forlini, no site da Fundação Perseu Abramo:

O Parlamento britânico retornou do recesso e para o início da atuação do conservador Boris Johnson como primeiro-ministro no dia 3 de setembro. Desde então, o debate foi conturbado e ele sofreu várias derrotas sobre a agenda do Brexit, que continua dividindo os partidos e a sociedade.

Johnson foi alçado ao cargo de primeiro-ministro após a renúncia de Theresa May, que estava governando desde 2016 em substituição a David Cameron que deixou o cargo devido ao voto favorável ao rompimento da Inglaterra com a União Europeia no plebiscito daquele ano. Tanto May quanto Johnson colocaram como objetivo principal de seus governos concluir o Brexit. Entretanto, May, que pertence a uma ala do Partido Conservador que defende uma saída mais suave da União Europeia tentou três vezes que o Parlamento britânico aprovasse um acordo negociado por ela com a Comissão Europeia e todas foram rejeitadas.