Por Altamiro Borges
O general Hamilton Mourão, o falastrão que ocupa interinamente a presidência enquanto o “capetão” se recupera de uma cirurgia, está “muito discreto” – registra a mídia ávida por espetáculos. Segundo Valdo Cruz, do G1, o milico deseja “manter as coisas funcionando tranquilamente” nesta curta estádia. Já a repórter Luciana Amaral, do UOL, informa que “o vice-presidente deve prezar pela discrição na nona interinidade à frente do Palácio do Planalto”. Mas ela mesmo lembra que o clima nem sempre foi de “discrição”.
“Ao longo do primeiro semestre, ele sofreu críticas e desconfianças de aliados próximos de Jair Bolsonaro (PSL) por declarações tidas como contrárias ao pensamento do presidente. Na linha de frente dos ataques, estiveram um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), e o deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP). O temor era que Mourão estivesse buscando um protagonismo maior do que o de Bolsonaro, com uma possível articulação para enfraquecer o governo”.
Durante vários meses, Hamilton Mourão foi alvo do ódio das milícias digitais, principalmente dos seguidores do filósofo de orifícios Olavo de Carvalho. Os olavetes chegaram a insinuar que o general não aceitava se submeter ao capitão e articulava um golpe junto com a “maçonaria e os comunistas”. O pastor-deputado Marco Feliciano, um olavete histérico, até apresentou em abril um pedido de impeachment do milico, sob a acusação de “conduta indecorosa, desonrosa e indigna” e de “conspirar” para assaltar o cargo de Bolsonaro.
Após tantos ataques, Hamilton Mourão se recolheu nas últimas semanas. Não se sabe o que rolou nos porões do Palácio do Planalto – se houve ameaças ou benesses, ou ambos. De qualquer forma, até hoje o milico gera desconfianças. Como informa Mateus Vargas na Folha desse sábado (7), “pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro avaliam que a passagem do vice pelo cargo não deve ser turbulenta, mas mantêm a vigília sobre o general. Ainda que moderado, o estado de alerta se explicaria por uma fase de Mourão que o núcleo bolsonarista acredita ter ficado para trás: quando o general atuava como um ‘contraponto’ ao presidente”.
Procurado pela Folha, o deputado-olavete Marco Feliciano afirmou que permanece atento ao general. “A nova postura do vice é aquela esperada desde o início do mandato: respeito ao presidente. Ele ouviu, ainda que não assuma, os meus conselhos. Que se mantenha assim. Serão poucos dias. Todavia, estarei de olho”. O general deve ficar no cargo até quinta-feira (12). Isto se o “capetão” não sair antes do hospital tamanha é a sua ansiedade. “A previsão dos médicos é a de que Bolsonaro repouse por dez dias em São Paulo. Ainda assim, ele pretende montar um gabinete no hospital e voltar a despachar cinco dias após a operação”.
O general Hamilton Mourão, o falastrão que ocupa interinamente a presidência enquanto o “capetão” se recupera de uma cirurgia, está “muito discreto” – registra a mídia ávida por espetáculos. Segundo Valdo Cruz, do G1, o milico deseja “manter as coisas funcionando tranquilamente” nesta curta estádia. Já a repórter Luciana Amaral, do UOL, informa que “o vice-presidente deve prezar pela discrição na nona interinidade à frente do Palácio do Planalto”. Mas ela mesmo lembra que o clima nem sempre foi de “discrição”.
“Ao longo do primeiro semestre, ele sofreu críticas e desconfianças de aliados próximos de Jair Bolsonaro (PSL) por declarações tidas como contrárias ao pensamento do presidente. Na linha de frente dos ataques, estiveram um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), e o deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP). O temor era que Mourão estivesse buscando um protagonismo maior do que o de Bolsonaro, com uma possível articulação para enfraquecer o governo”.
Durante vários meses, Hamilton Mourão foi alvo do ódio das milícias digitais, principalmente dos seguidores do filósofo de orifícios Olavo de Carvalho. Os olavetes chegaram a insinuar que o general não aceitava se submeter ao capitão e articulava um golpe junto com a “maçonaria e os comunistas”. O pastor-deputado Marco Feliciano, um olavete histérico, até apresentou em abril um pedido de impeachment do milico, sob a acusação de “conduta indecorosa, desonrosa e indigna” e de “conspirar” para assaltar o cargo de Bolsonaro.
Após tantos ataques, Hamilton Mourão se recolheu nas últimas semanas. Não se sabe o que rolou nos porões do Palácio do Planalto – se houve ameaças ou benesses, ou ambos. De qualquer forma, até hoje o milico gera desconfianças. Como informa Mateus Vargas na Folha desse sábado (7), “pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro avaliam que a passagem do vice pelo cargo não deve ser turbulenta, mas mantêm a vigília sobre o general. Ainda que moderado, o estado de alerta se explicaria por uma fase de Mourão que o núcleo bolsonarista acredita ter ficado para trás: quando o general atuava como um ‘contraponto’ ao presidente”.
Procurado pela Folha, o deputado-olavete Marco Feliciano afirmou que permanece atento ao general. “A nova postura do vice é aquela esperada desde o início do mandato: respeito ao presidente. Ele ouviu, ainda que não assuma, os meus conselhos. Que se mantenha assim. Serão poucos dias. Todavia, estarei de olho”. O general deve ficar no cargo até quinta-feira (12). Isto se o “capetão” não sair antes do hospital tamanha é a sua ansiedade. “A previsão dos médicos é a de que Bolsonaro repouse por dez dias em São Paulo. Ainda assim, ele pretende montar um gabinete no hospital e voltar a despachar cinco dias após a operação”.
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