domingo, 22 de março de 2020

Bolsonaro e a força da sociedade

Por André Singer, no site A terra é redonda:

Com suas últimas atitudes, Jair Bolsonaro atravessou uma espécie de linha vermelha. Diante disso, as pessoas decidiram dizer: basta! E não foram somente pessoas que já se colocavam no campo da oposição.

As consequências políticas

A primeira consequência política da pandemia do coronavírus decorre de seu impacto no terreno da economia. A expansão do vírus provocou indiretamente uma queda expressiva no preço do petróleo, o que, por sua vez, ocasionou uma queda generalizada dos preços das ações nas bolsas de valores em todo o mundo, um movimento que vem se repetindo em meio a fortes oscilações. Nesse cenário, as moedas de quase todos os países se desvalorizaram perante o dólar norte-americano.

Submissão aos EUA e agressões à China

Por Dilma Rousseff, em seu site:

País mais severamente atingido pelo coronavírus, a China conseguiu superar a fase aguda da epidemia depois de enorme sacrifício de seu povo, com milhares de perdas humanas e grande esforço de seus cientistas e pesquisadores. Agora, passou a oferecer sua experiência e, sobretudo, seus profissionais e equipamentos médicos para outros países que passaram a sofrer com a doença.

A China enviou à Itália, que se tornou o maior foco da epidemia do Covid-19, um avião carregado com especialistas, 17 mil quilos de equipamentos para terapia intensiva, dezenas de milhares de testes e 500 mil máscaras de proteção. Fez o mesmo tipo de doação à Espanha, Holanda, Bélgica e Portugal. A União Europeia recebeu da China 50 toneladas de equipamentos, 2 milhões de máscaras cirúrgicas e 500 mil testes.

China prepara-se para ser líder global


Por Pepe Escobar, no site Outras Palavras:

Dentre os inumeráveis efeitos geopolíticos tectônicos do coronavírus, que são impressionantes, um já é claramente evidente. A China reposicionou-se. Pela primeira vez desde o início das reformas de Deng Xiaoping em 1978, Pequim considera abertamente os EUA como ameaça, declarou há um mês o ministro de Relações Exteriores Wang Yi na Conferência de Segurança de Munique, no pico da luta contra o coronavírus.

Pequim está modelando passo a passo, com todo o cuidado, a narrativa segundo a qual, desde os primeiros casos de doentes infectados pelo coronavírus, a liderança já sabia que estava sob ataque de guerra híbrida. A terminologia de que se serviu o presidente chinês é eloquente. Xi disse abertamente que se tratava de guerra. E que foi necessário iniciar uma “guerra do povo”, como contra-ataque. E descreveu o vírus como “um diabo”.

O asno nacional repete Trump

Por Fernando Brito, em seu blog:

Os “malditos chineses” publicaram um artigo na revista científica Nature dizendo que obtiveram resultado animadores em um teste in vitro sobre o uso de sulfato de hidroxicloroquina no combate ao Covid-19.

É um ensaio, destinado a troca de informações científicas e vem cheio advertências: a cloroquina em overdose pode causar intoxicação aguda e morte.

Hidroxicloroquina, 40% menos tóxica – mas ainda assim tóxica, com sobre-dosagem – dizem os pesquisadores, é promissor, mas “ainda carece de evidências experimentais”.

Isso foi publicado no dia 18 e foi o bastante para Donald Trump acenar com uma cura milagrosa aos norte-americanos, que estão entrando no estágio “italiano” da doença, da qual só têm menos casos ativos que a Itália.

Paulo Guedes vai se sustentar no cargo?

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Rodrigo Maia, presidente da Câmara, é neoliberal e sempre apoiou os planos do ministro da Economia, Paulo Guedes, de enxugar o Estado brasileiro.

O que achou da guinada momentânea do governo, de apelar a ações estatais contra o coronavírus e seus efeitos econômicos? “A pessoa que fica fixada numa posição, vendo um tsunami chegar no Brasil, está com algum problema”, diz.

Já há análises a traçar cenários de fato dignos de um tsunami. Guedes terá condições de seguir no cargo, se sua formação é contra tudo aquilo que provavelmente o governo terá de fazer contra os estragos à frente?

“Vai ser bem difícil ele se sustentar. Talvez tenhamos uma economia destruída, com uma capacidade ociosa grande, depois que o pior passar. Não vai ter como reagir só com juros”, diz André Perfeito, economista-chefe da Necton, consultoria financeira.

sábado, 21 de março de 2020

Petardo: Band detona 03 e 'chanceler idiota'

Por Altamiro Borges

Os ruralistas estão enfurecidos com o filhote 03 do "capetão" – também já apelidado de Eduardo Bananinha – e com o capacho dos EUA no Itamaraty, Ernesto Araújo. Prova disso é o editorial do Grupo Bandeirantes, a corporação midiática que representa os interesses dos barões do agronegócios.

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Lido em tom grave pelo âncora da TV Band nesta sexta-feira (20), o editorial crítica a crise diplomática aberta contra a China: "A provocação desnecessária de um deputado irresponsável, seguida por um chanceler idiotizado, colocou o Brasil em conflito com seu maior parceiro comercial. Pura inépcia".

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Após elogiar o povo chinês, que "mostra sua tenacidade numa luta eficiente contra o coronavírus", o editorial da Band detona "o deputado imaturo e o chanceler inepto" e pergunta: "Por quanto tempo ainda veremos um idiota ocupar a cadeira de Rio Branco, Afonso Arinos e Santiago Dantas?"

A “gripezinha” vai derrubar Bolsonaro?

Coronavírus, Bolsonaro e os rumos do Brasil

A relação íntima da Lava-Jato com os EUA

Coronavírus, China e governo dos aloprados

O que vai acontecer depois do coronavírus?

Bolsonaro toma de lavada do coronavírus

Ambulantes tentam salvar a renda familiar

Coronavírus e o capitalismo do desastre

Os protestos contra Bolsonaro vão crescer

O que mais Bolsonaro trouxe dos EUA?

Governo abre crise diplomática com a China

Coronavírus encurrala o neoliberalismo

O pibinho e o Eduardo Bananinha

sexta-feira, 20 de março de 2020

Petardo: A “gripezinha” do insano Bolsonaro

Por Altamiro Borges

O "capetão" endoidou de vez. Ele faz tanto mal quanto o coronavírus. Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (20), Bolsonaro relinchou: "Depois da facada não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar”. A tal "gripezinha" já matou 11 brasileiros e pode matar muito mais. O cara é um genocida.

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A satanização da política, sempre amplificada pela mídia, chocou o ovo da serpente fascista. Bolsonaro representa a pior escória da política. Ele garante que não será derrubado pela tal "gripezinha"  que já matou 10 mil pessoas no mundo. Quem vai derrubá-lo é o povo!

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A velocidade da propagação da tal "gripezinha" no Brasil já repete o padrão dos países que mais sofrem com o avanço do coronavírus. Isto sem contar que há muita subnotificação de hospitais privados. A clínica Prevent Senior, por exemplo, não notificou os casos confirmados dos pacientes.