sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Quando teremos o monumento para Ustra?

Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:


Sempre pensei que, das muitas maneiras de dilapidar dinheiro público, dificilmente alguma delas seria mais idiota do que gastar para formar um general como Hamilton Mourão. Até a semana passada. Na entrevista ao programa Zona de Conflito, da Deutsche Welle, o vice do Bolsonaro prestou, enfim, um serviço à nação.

Mourão esclareceu, de forma importante e definitiva, o padrão de decência aceito e cultuado nas Forças Armadas. Aconteceu quando, atordoado pelas perguntas do apresentador Tim Sebastian – um tratamento que jamais recebeu do pet jornalismo nativo – descreveu o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra como “um homem de honra”.

Pela democracia e a soberania na Bolívia

Por Leonardo Wexell Severo, de El Alto

Acendendo uma fogueira próxima ao palanque, com um pedido de permissão à Pachamama (Mãe Terra), centenas de milhares de manifestantes enfrentaram o poderoso frio de El Alto no final desta quarta-feira para o ato de encerramento da campanha de Luis Arce e David Choquehuanca, candidatos à presidência e à vice da Bolívia pelo Movimento Ao Socialismo - Instrumento Pela Soberania dos Povos (MAS-IPSP).

Em suas intervenções, os líderes se comprometeram a recuperar a democracia, a soberania e a estabilidade econômica no país andino e exortaram a todos os bolivianos a marcharem unidos contra o retrocesso praticado e proposto pelos que querem se manter no poder a qualquer custo.

Mídia não se levanta contra TV do Bolsonaro

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Fui a primeira presidente da Empresa Brasil de Comunicação - EBC, cumpri um mandato de quatro anos (2007-2011), período em que foram implantadas a empresa e a TV Pública nacional, a TV Brasil.

Ao longo daqueles quatro anos, a mídia comercial vigiou obsessivamente a TV Brasil em busca de sinais de "governismo" ou "chapabranquismo".

O Ministério Público também fiscalizou severamente a EBC, especialmente em momentos eleitorais, para evitar partidarismo na cobertura. Os canais públicos precisam ser mesmo fiscalizados. Não perseguidos.

Brasil só perde com alinhamento total aos EUA

Por Fernando Brito, em seu blog:

O Valor publica hoje o que deveria fazer muita gente repensar a ideia primária de que “o que é bom para os EUA é bom para o Brasil”, frase estúpida pronunciada por Juraci Magalhães, embaixador brasileiro nos Estados Unidos no início da ditadura militar de 1964.

Estamos comerciando menos com o país de Trump do que fazíamos com o país de Obama, voltando aos níveis de comércio de 2009, quando a economia estava deprimidíssima por conta de crise do subprime.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

O peso da TV e das redes sociais nas eleições



Entrevista com Chico Malfitani, jornalista e publicitário com 35 anos de trabalho com marketing político. Comandou a histórica campanha que elegeu Luiza Erundina prefeita de São Paulo e hoje está na coordenação da campanha de televisão do candidato Guilherme Boulos

O contrato de vassalagem dos militares

Por José Luís Fiori, no site Outras Palavras:


Na verdade, é a insegurança generalizada e crescente
em que se debate, agoniada a humanidade de hoje,
o ópio venenoso que cria e alimenta estas hórridas visões,
capazes, entretanto, de se tornarem
uma realidade monstruosa.

Golbery do Couto e Silva - Conjuntura, Política Nacional, o Poder Executivo & Geopolítica do Brasil

Nunca houve consenso ideológico dentro das Forças Armadas brasileiras, e sempre existiram militares que foram democratas, nacionalistas e comunistas. O mais famoso talvez tenha sido o capitão Luiz Carlos Prestes, que participou do “movimento tenentista” dos anos 20 e da “Revolta dos 18 do Forte” de Copacabana, e depois liderou – ao lado do Major Miguel Costa – a famosa Coluna que marchou pelo Brasil, durante 2 anos e 5 meses, antes de ser derrotada, defendendo a justiça social, a universalização do ensino gratuito e a adoção do voto secreto nas eleições brasileiras. E mesmo depois da Segunda Guerra Mundial, houve muitos que se opuseram aos golpes de Estado de 1954, 55, 61 e 64, e que tiveram participação importante na luta pelo monopólio estatal do petróleo e pela criação da Petrobras. Mais do que isto, sempre houve militares que defenderam a centralidade do Estado no desenvolvimento econômico e a luta contra a desigualdade social do Brasil.

Combater a agenda de Guedes e Damares

Por Esther Solano, na revista CartaCapital:
  

Muita gente me pergunta se não deveríamos focar na luta pelas pautas materiais para derrotar Bolsonaro.

Se não seria a disputa por trabalho e renda dignos a estratégia para implodir o monstro no poder.

Sempre respondo a mesma coisa.

Talvez seja o caminho para derrotar Bolsonaro, mas me parece que não será o caminho para derrotar o bolsonarismo e as sequelas no médio e longo prazo que ele deixará na sociedade brasileira.

O bolsonarismo constrói-se na convergência, na conjunção das pautas neoliberal e neoconservadora.

O pavor da taxação das grandes fortunas

Por Jair de Souza

Precisamos nos lembrar que no final do ano passado, ainda bem antes de que a pandemia do coronavírus aparecesse no cenário, a situação econômica do Brasil se mostrava catastrófica. O índice de crescimento do PIB era irrisório, a desvalorização de nossa moeda tinha atingido patamares impensados e o desemprego havia se estendido a milhões e milhões de pessoas.

As tão badaladas reformas milagrosas, pregadas através da rede Globo e de toda a grande mídia corporativa, que garantiriam a retomada do crescimento tão logo o PT fosse afastado do governo serviram, na verdade, para acentuar ainda mais a estagnação de nossa economia.

Eleições e esquerdas: Esperando Godot

Por Roberto Amaral, em seu blog:


Qualquer que seja o ponto de vista da análise, forçoso é reconhecer: estamos diante do pior dos governos que já assolaram esta república. Pior mesmo que os governos dos generais Hermes da Fonseca e João Baptista Figueiredo (Este, por exemplo, teve como chanceler o embaixador Saraiva Guerreiro, que difere do atual como o homo sapiens difere de seu antecessor, o homem de Neanderthal). A diferença do governo do capitão ante os antecessores é que o desastre, desta feita, não se deve à inépcia de seus condutores, mas, ao contrário, resulta de uma franca e planejada opção: a de pôr por terra o projeto (que vem dos militares e civis de 1930) de desenvolver o país mediante sua industrialização. Isso porque, até para ter forças armadas dignas dessa denominação, precisávamos de desenvolvimento industrial, o que terminou por unir Getúlio Vargas e generais reacionários como Góes Monteiro e Eurico Gaspar Dutra.

O jornalismo e o racismo estrutural

Maia e Guedes: uma relação de amor e ódio

Deltan interferiu na sucessão de Moro

Justiça libera reportagens do jornal GGN

Aula online aumenta desgaste do professor

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

A tragédia do fim do auxílio de R$ 600,00

Escândalo mundial: O PT aparelhou o FMI

Por Marcelo Zero

O marxismo cultural, essa ideologia nefasta idealizada por Gramsci, Marcuse, Adorno e outras mentes perversas, dá, cada vez mais, mostras de sua solerte capacidade de dominar outrora respeitáveis instituições multilaterais.

Com efeito, o atual plano diabólico dos comunistas de dominar o mundo pela conquista da superestrutura, plasmado no globalismo que enfraquece o Estado-Nação e destrói os valores cristãos, únicos valores legítimos da Humanidade, avança cruel e triunfantemente, tal qual um Átila Vermelho, um Gengis Khan leninista.

Prova cabal disso é o último relatório do FMI sobre as perspectivas da economia mundial, o World Economic Outlook de 2020, recentemente divulgado.

Eleição e a estratégia das esquerdas

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:


O início da campanha municipal aponta algumas tendências claras - que podem ter consequências em 2022.

1. A direita bolsonarista "pura" minguou. Isso em parte é resultado do giro feito pelo presidente da República - que, depois de ensaiar um golpe em maio, abandonou youtubers, extremistas de internet, astrólogos e terraplanistas; e fez a opção pelo Centrão.

A única capital em que há um bolsonarista raiz com chances reais é Fortaleza.

De resto, Bolsonaro tenta se alinhar a políticos da direita tradicional (Russomano em São Paulo, Mendonça Filho no Recife, Crivella no Rio).

Esforço redobrado pelos 600 reais

Por João Guilherme Vargas Netto

Há, persistente, uma contradição: todos exaltam o papel positivo do auxílio emergencial de 600 reais mas quase ninguém luta por seu pagamento até dezembro.

Com a exceção reconhecida das centrais sindicais que levantaram esta bandeira ainda no auge da pandemia e a mantém até hoje e de alguns deputados que a defenderam em suas redes sociais e em suas ações parlamentares, ninguém mais se empenhou com presteza e urgência para sua manutenção.

Caiu sobre o tema um espesso silêncio, às vezes disfarçado pela algaravia sobre um auxílio emergencial futuro. Mesmo o presidente da República (prestigiado pelo benefício) foi induzido a cortar pela metade seu valor desde já, o que lhe deve causar arrependimento – se é que pretende, como parece, buscar o caminho do eleitorado pobre e paupérrimo.

Bolsonaro cometeu 299 ataques ao jornalismo

Do site da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj):

Apesar de ter aparentado uma “trégua” nos ataques sistemáticos à imprensa e a jornalistas nos últimos meses, o presidente Jair Bolsonaro chegou ao número de 299 declarações ofensivas ao jornalismo, de janeiro a setembro deste ano. O monitoramento é feito pela Fenaj e inclui todas as falas do presidente que vêm a público, incluindo postagens em redes sociais, lives, entrevistas e declarações oficiais.

Uberização e impacto da pandemia no trabalho