sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

A Lava-Jato e o plano da cúpula militar

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Para o êxito do plano secreto da cúpula militar, a prisão do Lula e o impedimento da candidatura presidencial dele em 2018 era fundamental. Lula atrapalharia o plano deles regressarem ao poder “pela via democrática” com Bolsonaro [sic].

O twitter do Alto-comando do Exército [3 de abril de 2018] emparedando o STF para manter a ordem farsesca de prisão do Lula significou, neste sentido, arrojado apoio político da cúpula militar ao então juiz Sérgio Moro e ao bando da Lava Jato.

Aquela sinalização também reforçou a posição dos ministros lavajatistas do STF: Fachin [“Aha, uhu, é nosso!”], Fux [“we trust!”] e Barroso [“vale por 100 PGRs”].

Registros mostram como o general-conspirador Villas Bôas [e outros generais também] se empenha em expressar, sempre que pode, reverência e reconhecimento do Exército a Moro.

Autonomia do Banco Central e a pauta do povo

Por José Guimarães, no site Brasil Debate:


Sob intensa expectativa do País, a Câmara dos Deputados abre seus trabalhos na primeira semana de sessões legislativas do ano. O povo brasileiro a tudo assiste, com grande ansiedade e talvez com alguma esperança, por soluções para os problemas cruciais que afetam sua vida e a de seus entes queridos: uma pandemia que mata mil brasileiros por dia, uma vacinação a conta-gotas que sequer conseguiu atingir todos os trabalhadores da linha de frente do Sistema Único de Saúde, a explosão do desemprego, o fim do auxílio emergencial, milhares de famílias que ingressam na linha de pobreza absoluta, a ausência de recursos públicos tanto para novos leitos quanto para fazer frente a uma competição selvagem no mercado mundial por vacinas e insumos, o fantasma da recessão econômica.

Rejeição a Bolsonaro vai crescer ainda mais

Editorial do site Vermelho:

A mais nova rodada da pesquisa PoderData, divulgada nesta quarta-feira (17), indica uma crescente rejeição ao presidente Jair Bolsonaro. Num intervalo de apenas 15 dias, o número de brasileiros que avaliam a gestão bolsonarista como “ruim” ou “péssima” passou de 41% para 48%. Já a aprovação caiu de 33% para 31%.

O patamar atual de desaprovação é similar ao de junho de 2020, mas há grande diferença entre esses dois cenários. No ano passado – quando sua rejeição atingiu pela primeira vez o índice recorde de 48% –, o governo Bolsonaro detectou o amplo apoio da população ao auxílio emergencial e passou a vender o presidente, fraudulentamente, como o suposto “pai” do benefício aos trabalhadores afetados pela pandemia de Covid-19.

Sete vezes em que o governo sabotou a vacina

Por Caroline Oliveira, no jornal Brasil de Fato:

Nesta quinta-feira (18), o Brasil completa um mês do início da campanha de imunização contra o novo coronavírus.

Até a última segunda-feira (15), no entanto, apenas 1,31% das doses necessárias para imunizar toda a população brasileira foram aplicadas: 5,54 milhões de aproximadamente 420 milhões de doses necessárias, segundo o consórcio dos veículos de imprensa.

No total, 5.285.981 pessoas tomaram a primeira dose, e 256.813, a segunda.

Uma das explicações para a baixa taxa de imunização até o momento é a quantidade escassa de doses, que, por sua vez, é explicada pela ausência de um planejamento por parte do governo de Jair Bolsonaro e do Ministério da Saúde.

"A política deliberada" na falta de vacinas

Charge: Fer Carvalho
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

São Paulo – Como esperado, há enorme escassez de vacinas contra a covid-19 no país.

“Eu imaginava que isso pudesse ocorrer. Nada foi feito para que tivéssemos vacina. Houve uma política deliberada de se esperar que a própria doença imunizasse por efeito de rebanho”, diz o infectologista Hélio Bacha, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e doutor pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

“É claro que isso não ocorreu, e então ficamos numa desvantagem perante o mundo muito grande”, acrescenta.

Nesta segunda-feira (15), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), anunciou que, sem receber novas doses, o calendário de vacinação será suspenso.

Bolsonaro usa Daniel Silveira

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:


O bolsonarismo, movimento de inspiração e traços fascistas, segue um padrão: colocar-se sempre em movimento.

O presidente e seus asseclas avançam sobre as instituições: já controlam o poder Executivo, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e agora acabam de eleger aliados para presidir Câmara e Senado. Dos três poderes da República, só o Judiciário mantém-se ainda relativamente imune.

As alianças do bolsonarismo no Parlamento mostram a capacidade de Jair Bolsonaro de fazer um discurso (falso) anti-institucional e, ao mesmo tempo, conquistar posições nas instituições - em parceria com setores da "velha política" que ele antes fingia combater.

A cada vez que ensaia esse tipo de aproximação, Bolsonaro colhe entre aliados "liberais" a avaliação benevolente de que "agora entendeu", e de que merece uma "segunda chance.

Os pais e mães do ‘brucutu’

Por Fernando Brito, em seu blog:

Ontem, aparentando dar-lhe desimportância, o presidente do STF fingiu esquecer o sobrenome do sujeito que, horas antes, havia colocado o Tribunal que preside sob ameaça e dito que espancaria um de seus ministro, perguntou: “Daniel de quê?”

A capa de O Dia, que reproduzo acima, faz pergunta correta: Daniel de Quem?

Pois sujeitos como aquele podem ser, como já disse, encontrados em qualquer broderagem de bombados, mas este foi eleito basicamente, com votos vinculados a policiais – entre os quais, vê-se por sua ficha, era dos piores exemplos – e por muitos que, com ele, sentiram prazer mórbido com o vilipêndio à memória de uma mulher, negra e vereadora, executada friamente por pistoleiros.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Mídia e democracia: a farsa da Lava-Jato

O fascista Daniel Silveira sairá impune?

Triplo elogio aos partidos de oposição

Por João Guilherme Vargas Netto


No carnaval da pandemia a terça-feira foi magra e a quarta-feira de brasas.

Não bastassem a falta de vacinas, a ausência do auxílio emergencial, a retomada intempestiva e desorganizada das aulas, as aglomerações eufóricas e suicidas, um agente provocador – atual deputado federal – quis soprar as brasas e acender uma fogueira institucional.

Às suas agressões antidemocráticas houve a resposta unânime do STF e a denúncia da PGR e aguarda-se agora a votação na Câmara; escrevo esperando o desfecho.

Uma coisa é certa: se houver um acordo (que apesar de tudo deve ser buscado para não dar curso à provocação mal intencionada), se houver um acordo lesivo ao sentimento democrático ofendido, o pior de nossa sociedade – o bolsonarismo raiz – se encontrará fortalecido e nuvens pesadas continuarão se acumulando sobre a sociedade que assiste a tudo bestializada...

Deus morreu e agora tudo pode?

Por Lenio Luiz Streck, no site Consultor Jurídico:

O episódio da prisão do deputado Daniel Silveira coloca uma questão central para a democracia, na sua relação com a sua antítese: a ditadura. Ah: antes de falarem que "matei Deus", leiam até o final. A frase não é minha, se entendem a ironia.

Diz o deputado que estava sob o manto protetor da imunidade. Só que, em primeiro lugar, a finalidade da imunidade é proteger a democracia e não a de servir de escudo para destruí-la. Simples assim. E esse é mais um episódio, entre os tantos vários dos últimos tempos, de algo legítimo sendo usado para defender o seu contrário. Aqui, é a imunidade contrariando sua própria razão de existência.

O deputado claramente ameaça com o uso da violência contra o STF. Sistematicamente. Intermitentemente. Até mesmo na hora de sua prisão ele incita a violência. Ofende.

Jornalista “aponta” arma para comunistas

Por Rafael Duarte, no site Saiba Mais:

O bolsonarista e colunista do Jornal Tribuna do Norte Alex Medeiros divulgou uma postagem nas redes sociais em que sugere a seguidores apontarem uma arma para comunistas.

Na postagem, Medeiros publicou a imagem de uma pistola Glock 9 mm com a frase:

“Aponte para assaltantes e comunistas, não necessariamente nesta ordem”.

Alex Medeiros entrou para o time de colunistas da Tribuna do Norte após a guinada bolsonarista do veículo, atualmente dirigido pelo empresário e ex-presidente da Fiern Flávio Azevedo.

Após a postagem, várias internautas se manifestaram nas redes sociais criticando a mensagem e o jornalista, incluindo militantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) no Rio Grande do Norte. Suplente de vereador em Natal, o estudante e ex-presidente da União Brasileira dos Estudantes Pedro Gorki cobrou uma posição do veículo e criticou a postagem:

A prisão do deputado bolsonarista

Auxílio emergencial e a chantagem neoliberal

As negociações coletivas na pandemia

A pandemia e o ataque à nação brasileira

A última aposta de Bolsonaro no golpe

A pressão pela cassação de Daniel Silveira

Por Altamiro Borges

Cresce a pressão para que o miliciano Daniel Silveira (PSL-RJ) seja exemplarmente punido pela Câmara Federal. A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns (Comissão Arns), bastante plural em sua composição, divulgou nesta quarta-feira (17) uma nota exigindo a imediata punição do fascistoide.

"A Comissão Arns acompanha estarrecida o episódio da manifestação contrária às Instituições e ao Supremo Tribunal Federal (STF) feita pelo parlamentar Daniel Silveira (PSL-RJ), com ofensas ao STF e seus ministros e incentivo de violência contra eles, atitude em que é reincidente".

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Ratinho: Vai para Singapura levar chibatada!

Por Altamiro Borges


O apresentador Carlos Massa, o repulsivo Ratinho do SBT, adora posar de ético e patriota. Mas é um oportunista, metido em inúmeros trambiques, que usa concessões públicas de rádio e televisão para enriquecer e ludibriar os mais ingênuos. Segundo o site UOL, ele agora voltou a defender um golpe militar para "limpar" o país.

A defesa da intervenção militar, "igual a de Singapura", foi feita durante o programa "Turma do Ratinho", na rádio Massa FM – que é de sua propriedade. Ele também desqualificou o funcionalismo público, propôs "limpar as ruas" dos mendigos e atacou a imprensa mais crítica. Ratinho não esconde mais que é um miliciano bolsonarista.

A volta às aulas e o alerta do Reino Unido