terça-feira, 14 de setembro de 2021

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Imagem do Brasil no mundo e os atos do MBL

Beato Araújo vai indenizar Katia Abreu?

Reforma e crise política no Brasil

Bolsonaro e a egocracia

Por Frei Betto, em seu site:


Muitos temiam que Bolsonaro desse um golpe em 7 de setembro, fechasse o Congresso e o STF. Não foi o meu caso. Estou convicto de que o golpe já ocorreu em 2016 perpetrado, por traição, pelo então vice-presidente Michel Temer. O impeachment da presidente Dilma, sem nenhuma acusação consistente como base, pretextou firulas administrativas e fez semear o joio antidemocrático.

A farsa se fez tragédia. Um político desqualificado, punido pelas Forças Armadas por planejar atentados terroristas, vinculado a milícias criminosas e contumaz patrocinador de rachadinhas familiares, chegou à presidência da República. Homem de visível desequilíbrio emocional, indiferente à dor alheia (genocídio, carestia, inflação, crise hídrica, desemprego, queda do PIB etc.), move-se pela obsessão em três pautas: liberação do comércio e porte de armas; retorno ao voto impresso; e repetidas ofensas àqueles que dificultam seus arroubos antidemocráticos, como os ministros Alexandre de Moraes e Luiz Roberto Barroso.

A Síndrome de Babel e a idiotia bolsonárica

Por Tarso Genro, no site Sul-21:


O livro de José Luís Fiori “A síndrome de Babel e a disputa do poder global” traz para a mesa da intelectualidade brasileira e para os círculos políticos do campo democrático – centristas progressistas, esquerda socialista e social democrata- uma contribuição que certamente estará entre as grandes obras que “a um só tempo (é de) teoria-história-conjuntura”. É um livro dramático, grandioso e realista, em que o espetáculo da história heroica da formação da cidadania moderna no capitalismo do Estado de Direito é narrada – ao mesmo tempo – com a moderada expectativa da difícil regeneração da utopia democrática moderna, com a prevenção que o pior ainda pode acontecer: para isso, Bolsonaro está ai.

Bolsonaro busca ministro do STF por acordão

A luta por direitos dos povos indígenas

Errata: Bolsonaro é um gatinho assustado!

Bolsonaro ameaça saúde mental do brasileiro?

Depois da carta à nação, impeachment esfriou

Crise politica: pizza ou impeachment

General Heleno preocupado com moral da tropa

Por Altamiro Borges


O general-gagá Augusto Heleno está preocupado com a moral das tropas fascistas. Em vídeo postado na sexta-feira (10), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) afirmou que os fiéis seguidores corneados com a patética “declaração à nação” do presidente Jair Bolsonaro, uma típica carta de arrego, “não podem desistir do Brasil”.

O milico disse entender que “alguns fatos deixaram muitos de nós desanimados”, mas insistiu: “Isso não pode acontecer”. Ele voltou a assustar o gado bolsonarista com o eterno fantasma do comunismo. “A esquerda, apesar de sua passagem desastrosa, segue unida e querendo voltar”, gaguejou o recalcado.

domingo, 12 de setembro de 2021

Bolsonaro desperdiça R$ 240 mi em remédios

Por Altamiro Borges


Na semana passada, a Folha de S.Paulo revelou que o governo federal deixou expirar o prazo de validade de um estoque de remédios avaliado em R$ 240 milhões. Marcelo Queiroga, já batizado de "Quedroga", o quarto ministro da Saúde do "capetão" Bolsonaro, será responsabilizado por mais este crime contra a vida dos brasileiros e contra os cofres públicos?

De acordo com o jornal, "com a quantia desperdiçada seria possível comprar 4,5 milhões de doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19. Perderam-se 820 mil canetas de insulina e 12 milhões de doses de vacina contra gripe, hepatite B e varicela, por exemplo. Os demais remédios aliviariam pacientes com hepatite C, câncer, Parkinson, Alzheimer, tuberculose, doenças raras, esquizofrenia, artrite reumatoide e problemas renais".

Ameaças autoritárias

Por Alexandre Aragão de Albuquerque, no site A terra é redonda:

No clássico As veias abertas da América Latina, o escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015) faz uma análise crítica do processo de conquista e exploração do nosso continente perpassando cinco séculos de nossa história. Desde a chegada dos machos brancos cristãos em nossas terras, tudo se transformou em capital europeu e, mais tarde, estadunidense, permitindo às nações do hemisfério norte um acúmulo permanente de nossas riquezas em suas mãos. O modo de produção e a estrutura de classes de cada lugar têm sido determinados, sucessivamente, pelo poder exógeno, visando à nossa incorporação dependente à engrenagem do capitalismo global.

Instituições mereciam destino melhor

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:


De onde menos se espera é que não sai nada mesmo. A reação dos presidentes da Câmara e do Senado, do Supremo Tribunal Federal e do Procurador Geral da União se resumiu a uma sequência de vexames. As chamadas instituições, por meio de seus representantes, depois de enxovalhadas grosseiramente por Bolsonaro, numa fila de crimes vomitados no 7 de setembro, não reagiram à altura. É preciso ser muito ingênuo para alimentar expectativas com Lira, Pacheco, Fux e Aras.

Bolsonaro foi humilhado por Moraes

Por Moisés Mendes, no site Brasil-247:


Depois de ouvir o pedido de trégua de Bolsonaro, Alexandre de Moraes não precisa perder tempo pensando no que deve fazer.

Não há encruzilhadas. Só há um rumo bem iluminado diante do ministro: seguir em frente.

Moraes não precisa mais provar a ninguém que não teme Bolsonaro e a estrutura militar e miliciana que o sustenta.

Mas não pode oferecer dúvidas aos que possam acreditar que andará para os lados ou que reduzirá o ímpeto do inquérito das fake news e dos atos pró-golpe.

Moraes não deve se preocupar em fortalecer a certeza de que continuará agindo para esclarecer o envolvimento dos filhos de Bolsonaro e dos cúmplices deles na produção de notícias falsas e de difamações e na organização de manifestações pró-ditadura.

O país onde a realidade não importa

Por Fernando Brito, em seu blog:


Fala-se, com razão, todo o tempo sobre a nota de Bolsonaro finge que não aconteceu o que todos viram que aconteceu no Sete de Setembro e que “o calor do momento” tem o condão de fazer evaporar as palavras ditas nos palanques.

Mas não é o presidente da República o único participante deste torneio nacional de cinismo e hipocrisia.

Longos parágrafos, nos discursos do presidente da Câmara, Arthur Lira, e do Supremo Tribunal Federal, Luís Fux, foram dedicados a destacar o caráter “pacífico e democrático” das manifestações.

Todo mundo viu que centenas, milhares de faixas e cartazes pediam o fechamento do Supremo, da Câmara e do Senado, a cassação de seus integrantes e a “intervenção militar com Bolsonaro no poder”.

Brasil velho de guerra, com STF e com tudo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:


Ontem foi um jorrar de informações jornalísticas, boatos, rumores de toda ordem.

Juntando todos os elementos em uma narrativa lógica, é possível entender o que está por trás das loucuras e do recuo de Jair Bolsonaro.

Peça 1 – Bolsonaro perde os caninos

A peça central dessa ópera bufa são as investigações das fake news, conduzidas pelo Ministro Alexandre de Moraes. Elas continuaram avançando, aparentemente chegaram ao destino final – os financiadores – e colocaram na alça de mira o filho Carlos Bolsonaro e o próprio Jair.

É esse fato que gerou todos os desequilíbrios de Bolsonaro e induziu-o aos desafios à democracia, nos eventos de 7 de Setembro, e à sua tentativa de antecipar o golpe de Estado marcado para 2022.

O dia depois da farsa

Por Roberto Amaral, em seu site:


O 7 de setembro de Jair Bolsonaro vai para a história como o 18 Brumário que não deu certo. A farsa grotesca, pré-anunciada pelo desfile das relíquias da marinha no último 30 de agosto, afastou o temido trago da tragédia prometida, mas não deve ser vista como ameaça de todo debelada: continuará conosco por um ainda largo tempo, pois durará enquanto não for alterada a presente correlação de forças e removido o atual polo hegemônico, em cujo diretório têm assento os fardados, os herdeiros da casa grande, os procuradores do grande capital e os delegados do império do norte: o 1% de brancos ricos e milionários que nos governa, sem alternância desde a remota origem colonial.