domingo, 23 de outubro de 2022

A covardia da Folha fede a cumplicidade

Charge: Bruno Struzani
Por Fernando Brito, em seu blog:


O editorial da Folha, hoje, reconhece o óbvio: que Bolsonaro é uma ameaça à democracia e à convivência civilizada entre os brasileiros.

Mas, como todos que ocultam a sua covardia sob o otimismo, sugere que não haverá problemas, pois “as instituições republicanas deram seguidas demonstrações de solidez ao impedir a deriva autoritária nos últimos quatro anos” e, portanto, estariam prontas “para um novo período de bloqueio das investidas tirânicas caso a maioria do eleitorado brasileiro soberanamente decida pela reeleição”.

Como se trata de uma tragédia, , ainda mais quando o próprio texto confessa que “seria pouco realista” acreditar que “o próprio candidato à recondução tenha compreendido e acatado os limites do mandato”, o conformismo acaba por cheirar a cumplicidade.

A eleição e a agenda dos trabalhadores

Charge: Cabalau
Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:


A baixaria e as mentiras são as únicas armas do bolsonarismo nesta polarizada disputa presidencial. Com isso, fica nublado o debate de questões fundamentais para o Brasil e para os trabalhadores e trabalhadoras.

O país vive uma tragédia social e econômica. Trinta e três milhões passam fome, milhões estão desempregados, avançam a precarização e a informalidade no mercado de trabalho e até quem tem carteira assinada sofre com a política de arrocho salarial.

Na disputa presidencial, a agenda dos trabalhadores cobra ação do Estado para viabilizar a retomada do crescimento econômico, gerar mais e melhores empregos, resgatar os direitos trabalhistas, previdenciários e sindicais.

A luta pela regulação do trabalho está na ordem do dia. O país precisa de uma legislação trabalhista moderna e socialmente justa, que combata a precarização e regule o trabalho nas plataformas digitais e também o teletrabalho.

O diálogo explosivo de Luciano Hang

Bolsonaro é uma ameaça às famílias

Luta pela hegemonia das ideias democráticas

Governo aumenta uso da máquina pública

sábado, 22 de outubro de 2022

Brasil das trevas tem 33 milhões de famintos

Padres se mobilizam contra o fascismo

O fascismo não trabalha com argumentos

Armas de Bolsonaro destroem as famílias

Como o fascismo se consolida nas redes?

A perseguição acontece na própria igreja

O repúdio ao 'pintou um clima' de Bolsonaro

O que acontece se Bolsonaro vencer

Segundo turno se torna uma batalha religiosa

Por que o pastor André Valadão mente tanto?

Charge: Dálcio
Por Altamiro Borges


O pastor e cantor gospel André Valadão é um mentiroso doentio – como o seu mito, o “capetão” Jair Bolsonaro. Demoníaco, ele adora difundir fake news. Mas na noite de quarta-feira (19), ele exagerou na dose ao postar um vídeo em que afirmou ter sido intimado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a se retratar por postagens contra o ex-presidente Lula. Pego na mentira, o farsante confessou o crime.

Pelo Instagram, o vigarista admitiu que não recebeu qualquer intimação do TSE. Na maior caradura, ele alegou que apenas se antecipou a uma possível ação judicial. “A fim de que o pedido perdesse o objeto, para que não houvesse invasão ao meu perfil, sob um manto de pseudo direito de resposta, gravei um vídeo em sentido contrário”. Na prática, a confissão do crime só serviu para evitar punições.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Guedes mira no salário mínimo e aposentadoria

Charge: Nani
Por Altamiro Borges


Caiu como uma bomba no comando da campanha de Jair Bolsonaro a revelação da Folha de que “Plano de Guedes prevê salário mínimo e aposentadoria sem correção pela inflação passada”. Após a reportagem, os ministros do covil fascista saíram desesperados para abafá-la, mas não conseguiram conter o estrago. Fica evidente o estelionato eleitoral praticado pelo governo com seu “pacote de bondades”, que será enterrado logo após o segundo turno com duras medidas de arrocho contra os aposentados e os trabalhadores.

Lula criou 923.732 empregos metalúrgicos

Juiz de Fora (MG), 21/10/22. Foto: Ricardo Stuckert
Da Agência Sindical:


Em oito anos de mandato, e mesmo acossado pela crise do subprime, que explodiu nos Estados Unidos em 2008, o governo Lula fez o País crescer e gerar empregos. Só no setor metalúrgico foram 923.732 postos com Carteira assinada. Média de novos 115.467 empregos metalúrgicos por ano.

Os números são oficiais, informa o economista do Dieese e professor universitário Rodolfo Viana. Ele acrescenta: “No setor metalúrgico, principalmente nas montadoras, cada emprego gerado pode ser multiplicado por três outras vagas abertas”.

A geração de vagas beneficiou também quem já estava empregado. Rodolfo explica: “Pra manter seus quadros, as empresas tiveram que fazer equiparações salariais ou implantar planos de carreira. Isso melhorou as condições salariais e de trabalho dos já empregados”.

Uma razão a mais para o empenho

Charge: Edu
Por João Guilherme Vargas Netto

Há várias razões para que os dirigentes sindicais intensifiquem o seu empenho em eleger Lula e derrotar Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial.

A todas elas eu agrego uma que decorre da análise realista da correlação de forças político-partidárias que resultou do primeiro turno, com exceção da vitória de Lula. Refiro-me à composição da Câmara Federal e às mudanças no Senado.

Grande número de brasileiros ofuscados pela desorientação e demagogia bolsonaristas e atraídos pelas campanhas ao Legislativo adubadas pelo orçamento secreto, por emendas parlamentares, por arranjos locais e muito dinheiro elegeram deputados e senadores inimigos do movimento sindical, alterando, para pior, a correlação de forças no Congresso. Isso tem sido alardeado pela campanha de Bolsonaro.

Tem cheiro de 2018-II no ar

Charge: Chico Salgado
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Na eleição deste ano, assim como aconteceu na eleição fraudada de 2018, dois processos simultâneos e paralelos de disputa de votos estão em curso. É possível até se sentir o cheiro de 2018 II no ar.

De um lado, um processo eleitoral convencional, dentro do qual a candidatura Lula desenvolve uma campanha nos termos das regras e das leis para esclarecer, apresentar seu programa, sensibilizar a população, convencer o povo e angariar votos.

De outro lado, há uma guerra multiforme – ou híbrida, se se preferir – desenvolvida pela candidatura do Bolsonaro a partir de diretrizes e princípios fascista-militares.

A eleição de 2022 está sendo brutalmente roubada, fraudada e corrompida pelos fascistas. A reportagem da Patrícia Campos Mello na Folha [20/10] serve como um inventário dramático da falência e da impotência da institucionalidade democrática em enfrentar o arsenal poderoso e sofisticado que está sendo empregado.