terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Bolsonaro caminha em direção ao penhasco

Charge: Bacellar
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Todos os que tentaram uma saída menos previsível para Bolsonaro acabaram fracassando. Não há caminho de volta para quem nunca soube nem mesmo andar para os lados.

Bolsonaro insiste no cenário do caos porque não obteve o que tentou negociar. Porque não confia mais nos interlocutores e sabe que a outra alternativa é a certeza de um fim terrível, possivelmente preso.

Entre ir direto em direção ao final que já está escrito, sem resistir, e testar seus limites até a última hora, optou pelo tudo ou nada, mesmo que o mais provável seja o nada.

À sua frente, só um arbusto, que pode ser uma miragem, e o penhasco. O arbusto é onde ele ainda enxerga resistência e onde Luis Roberto Barroso só vê manés.

Bolsonaro foi informado por sua intuição precária, por recados diretos ou por senhas e sinais falsos, que ainda há uma chance. Com muita bagunça nas ruas, com cerco à Polícia Federal, incêndios, correrias e pânico.

Terrorismo em Brasília e a guerra fascista

Charge: Aroeira
Por Jeferson Miola, em seu blog:


A eleição de 2022 foi a batalha central da guerra fascista-bolsonarista contra a democracia.

Apesar da derrota institucional da máquina de crime eleitoral da chapa militar Bolsonaro/Braga Netto, os fascistas não desistirão da guerra para destruir a democracia e o Estado de Direito com o objetivo de implantar um regime fascista-militar com o emprego de métodos terroristas.

O Brasil é um dos principais epicentros internacionais da escalada da extrema-direita que amedronta o mundo inteiro.

A diplomação da chapa eleita Lula/Alckmin [12/12], providencialmente antecipada em razão disso, teve um significado maior que a “mera” formalidade republicana de encerramento do processo eleitoral.

Carregada de simbologias, a solenidade representou a materialização de um pacto nacional amplo em defesa da democracia.

Nenhum terrorista bolsonarista foi preso

Charge: Nando Motta
Por Victor Dias, no Diário do Centro do Mundo:


Terroristas bolsonaristas deflagraram uma série de atos de vandalismo em Brasília na noite de segunda-feira (12). Carros e ônibus foram danificados e incendiados. Os golpistas entraram em confronto com a Polícia Militar. Nenhum apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso até a atualização desta reportagem.

Os atos de vandalismo começaram na frente da Polícia Federal, na Asa Norte, por volta de 19h30, após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Bolsonaro.

A prisão do indígena aconteceu por determinação do STF e atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República. A PGR e o STF afirmam que o Tserere é investigado por participar de atos golpistas e reunir pessoas para cometer crimes.

Congresso, garimpo e crime

Estrada ilegal na Terra Indígena Yanomami
Foto: Valentina Ricardo/Greenpeace
Por Cristina Serra, em seu blog:


O anteprojeto do novo Código de Mineração, aprovado por um Grupo de Trabalho (GT) na Câmara dos Deputados, é um exemplo de como parlamentares podem agir como despachantes de poderosos grupos econômicos em vez de propor leis que contemplem os interesses mais amplos da sociedade.

O código vigente é de 1967 e precisa, de fato, ser atualizado. Assunto de tamanha importância deveria ter tramitado nas comissões da Câmara. Mas o presidente da casa, Arthur Lira, preferiu criar um GT, onde o rito é mais acelerado e distante do monitoramento público.

O tal GT privilegiou audiências com lobistas da indústria da mineração e, sobretudo, do garimpo. O projeto, relatado pelo deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), resultou num texto sob medida para facilitar a atividade garimpeira. O garimpo ganha de presente “prioridade”, “exclusividade” e “simplificação” de processos. É um prêmio injustificado para um setor que não sai das páginas policiais por crimes como trabalho escravo, destruição ambiental, invasão de terra indígena e lavagem de dinheiro.

Vitória assediada pela tragédia assassina

Bolsonaristas incendiaram ônibus em Brasília. Foto: Reprodução
Por Tarso Genro, no site Sul-21:


No dia 12 de dezembro de 2022, enquanto o Presidente Lula era diplomado numa histórica sessão do Tribunal Superior Eleitoral, ouvindo um épico discurso do Ministro Alexandre de Moraes, milicianos bolsonaristas atacaram a sede da Polícia Federal e incendiaram alguns veículos em Brasília. Era a nossa Cervejaria de Munich, um “putsch” para um golpe que faliu e um protesto pela sua derrota nas eleições presidenciais, onde toda sujeira que nela emergiu veio das suas estrebarias de “fake news”, dos órgãos de Estado aparelhados, das ações ilegais da polícia Rodoviária Federal e dos escaninhos bandidos do Orçamento Secreto. Estas ações da direita bolsonarista mostram que a vitória de Lula e da democracia ainda pendem de um forte processo político de afastamento dos restos da tragédia ancorados no porto da nossa história recente.

Bolsonaristas tentam invadir a PF. Cadê o líder?

Bolsonaristas incendeiam carros em Brasília (12/12/22)
Por Altamiro Borges

No final da tarde desta segunda-feira (12), no dia da diplomação de Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), bolsonaristas ensandecidos tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília. Os terroristas incendiaram mais de dez carros e cinco ônibus. Eles também tentaram se dirigir ao hotel onde estão hospedados o presidente e o vice-presidente eleitos pelo povo brasileiro. As milícias fascistas, porém, foram contidas pela ação – bastante branda – da polícia do Distrito Federal.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Condomínio no DF rejeita miliciano Bolsonaro

O futuro é a redução da jornada de trabalho

Os cães ladram, mas a caravana passa

Foto do site https://lula.com.br/
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Enganou-se quem esperava uma cerimônia meramente protocolar e burocrática de diplomação de Lula e Alckmin.

Enquanto o presidente eleito fez uma fala com forte conteúdo político, reafirmando compromissos de campanha, Alexandre de Moraes, em nome da Justiça Eleitoral, dedicou boa parte do seu discurso à defesa da democracia e à denúncia dos golpistas e criminosos que não mediram esforços para golpeá-la. Não deixou pedra sobre pedra.

Bolsonaro e seus asseclas devem ter ficado com as orelhas pegando fogo, além de ainda mais preocupados com o que vem por aí, pois o ministro Moraes assegurou que todos que atacaram a democracia e promoveram o ódio serão responsabilizados.

Cartão de Natal

Por Frei Betto, em seu site:

Feliz Natal a quem cultiva ninhos de pássaros no beiral da utopia e coleciona no espírito as aquarelas do arco-íris. E a todos que trafegam pelas vias interiores e não temem as curvas abissais da oração.

Feliz Natal aos que reverenciam o silêncio como matéria-prima do amor e arrancam das cordas da dor melódicas esperanças. Também aos que se recostam em leitos de hortênsias e bordam, com os delicados fios dos sentimentos, alfombras de ternura.

Feliz Natal aos que trazem às costas aljavas repletas de relâmpagos, aspiram o perfume da rosa dos ventos e levam no peito a saudade do futuro. Também aos que semeiam indignações, mergulham todas as manhãs nas fontes da verdade e, no labirinto da vida, identificam a porta que os sentidos não veem e a razão não alcança.

Lula e a diplomação da democracia

Diplomação encerra mimimi bolsonarista

Diplomação de Lula é a vitória da democracia

A diplomação de Lula e Alckmin no TSE

O apagão antecipado no ensino superior

As vítimas da violência política

Condomínio do DF rejeita miliciano Bolsonaro

Charge: Aroeira
Por Altamiro Borges


O site Metrópoles revelou na semana passada que os moradores do Condomínio Ville de Montagne, em Brasília, para onde o “capetão” Jair Bolsonaro e a primeira-dama “Micheque” manifestaram desejo de se mudar após serem despejados do Palácio da Alvorada, não estão nada contentes com os futuros vizinhos. Eles inclusive planejam bancar um outdoor na portaria com os seguintes dizeres amistosos: “Miliciano aqui não é bem-vindo”.

domingo, 11 de dezembro de 2022

O aumento da população em situação de rua

Moradores em situação de rua – cerca de 100 barracas montadas
na Praça Marechal Deodoro com Av. São João (São Paulo-SP)
Foto: Jorge Araujo/Fotos Públicas
Por Altamiro Borges

Estudo divulgado na quinta-feira (8) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) confirma mais uma tragédia social promovida pelo reinado da necropolítica de Jair Bolsonaro – que felizmente está chegando ao fim. Nos quatro anos do seu desgoverno, a população em situação de rua no Brasil cresceu 38% e chegou em 2022 a 281,4 mil pessoas vegetando em condições subumanas.

O levantamento do Ipea tem como base os dados informados pelos municípios, pelo Censo Suas, que são preenchidos pelas secretarias de assistência social estaduais e municipais, e pelos números do CadÚnico (Cadastro Único), que serve para registro e acesso a serviços essenciais de assistência. Ele também adiciona ao cálculo um conjunto de taxas de pobreza e de urbanização das cidades. “O instituto diz que é necessário ampliar a busca ativa por pessoas em situação de rua para a inscrição no CadÚnico, porque a estimativa é de que as cadastradas representem 31% do contingente total”, explica reportagem da Folha.

Feminicídio e estupro disparam com Bolsonaro

Lula no controle da pauta

Foto: Ricardo Stuckert
Por Helena Chagas, no site Brasil-247:


Em política, o importante é controlar a pauta. Com todas as dificuldades criadas pela relutância dos bolsonaristas/golpistas - e do próprio Jair Bolsonaro - em aceitar sua eleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega ao terço final de uma transição difícil com as rédeas do processo político nas mãos.

A cerimônia de diplomação e a própria posse podem inspirar cuidados do ponto de vista da segurança, e toda a atenção será pouca nos dois momentos.

Mas, com sua República da transição instalada no CCBB e gerando fatos e noticias no último mês, e agora com os primeiros anúncios ministeriais, o governo Lula, na prática, já começou. Ocupou os espaços institucionais, políticos e midiáticos e agora controla a pauta.

A reação ao anúncio de seus cinco primeiros ministros, nas pastas consideradas de Estado, mostra isso. Fora reclamações sobre a ausência de mulheres e afrodescendentes nessa primeira leva - o que certamente será corrigido nas próximas - foi uma operação para lá de bem sucedida.