domingo, 9 de julho de 2023

Os sinais políticos na reforma tributária

Foto: Ricardo Stuckert
Por Glauco Faria, no site Outras Palavras:


A aprovação em dois turnos da proposta de reforma tributária na Câmara dos Deputados dá mostras de que o cenário das relações institucionais mudou muito em relação ao que era no passado recente. Fruto de intensa articulação política, o texto se constitui na primeira mudança substancial no sistema nacional desde a redemocratização.

O primeiro grande vencedor da contenda é, sem dúvida, o ministro da Fazenda Fernando Haddad. Se o governo já foi (e ainda é) criticado por conta da forma como se relaciona com o parlamento, o triunfo traz a marca do ministro, que assumiu a frente de negociações sempre complicadas no setor, por envolverem interesses não apenas de parlamentares, mas também de estados e municípios. Com as boas perspectivas da economia, inflação e baixa e desemprego idem, Haddad é, com folga, o principal destaque dos primeiros seis meses de gestão Lula.

Mídia alternativa entrevista Luiz Marinho


O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), será entrevistado na quarta-feira, 12 de julho, por jornalistas de diversas mídias independentes. Promovida pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, a coletiva de imprensa será transmitida ao vivo pelo canal da entidade no Youtube, a partir das 19h.

Luiz Marinho, que assume a pasta pela segunda vez, terá a oportunidade de aprofundar temas de interesse da classe trabalhadora como a política de valorização do salário mínimo, a revisão de pontos da reforma trabalhista e a regulação do trabalho por aplicativos.

Juros altos na contramão do cenário positivo

Charge: Marcio Baraldi/Sindicato dos Bancários
Por Priscila Lobregatte, no site Vermelho:


A realidade concreta vai, dia após dia, mostrando que quem errou na mão na queda de braço sobre os juros altos não foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu governo, nem os mais diversos setores econômicos e sociais que também têm criticado o índice atual, mas o Banco Central e, em especial, seu presidente, Roberto Campos Neto.

Embora travestidos de técnicos, os argumentos usados até agora pelo Copom (Comitê de Política Monetária) parecem indicar mais uma opção ideológica do que uma necessidade real. E vão na contramão dos interesses nacionais e, também, do desempenho que a economia vem mostrando, com sucessivos dados positivos.

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Bolsonaro leva surra na reforma tributária

Charge: Brum
Por Altamiro Borges


Pesquisa Quaest divulgada nesta sexta-feira (7) mostra quem saiu ganhando na votação da reforma tributária. Ela foi feita com base na coleta de 5,3 milhões de menções sobre o projeto no Twitter, Facebook e Instagram. “Saldo político: Haddad no céu, Bolsonaro no inferno, e Tarcísio no purgatório", resume Felipe Nunes, diretor do instituto.

Para ele, “o ministro Haddad se consolida como o principal nome do governo. São muitas vitórias ao longo do semestre. Bolsonaro entrou na briga muito tarde, e sem articulação política. Achou que só no discurso mudaria o resultado. Foi ingênuo demais. Tarcísio ficou mais conhecido no país, conseguiu agradar o PIB, que não tem voto mas que queria a reforma. Apareceu moderado, abrindo espaço para uma candidatura mais ampla no futuro. Mas arranhou sua imagem dentro do bolsonarismo, virou o traidor no Twitter. Vai ter que purificar sua alma e pagar pedágio para não ter o fim que Doria e Witzel tiveram. Sua sorte é que o capitão não é mais candidato, e Tarcísio pode chegar mais conhecido e competitivo em 2026”.

O sindicalismo no governo Lula

Para entender a reforma tributária

Meme de Janones enfurece os bolsonaristas

Os jornalistas diante do governo Lula

Bolsonaro inelegível e a batalha das redes

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Comunicação e formação para a luta sindical

Mural de Brigada Ramona Parra, colectivo muralista,
Centro Cultural Gabriela Mistral, GAM, Santiago/Chile
Por Altamiro Borges


O sindicalismo brasileiro, que foi alvo de violentos ataques nos últimos anos, está diante de um novo cenário político mais favorável à luta dos trabalhadores. A derrota do neofascista Jair Bolsonaro, inimigo declarado dos movimentos sociais, e a vitória do ex-sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva abrem perspectivas positivas para o revigoramento da organização coletiva de classe e para a conquista de emprego, renda e direitos.

Inelegibilidade de Bolsonaro pode aumentar

Lula resiste à pressão do Centrão: Nísia fica!

Haddad é a pessoa certa no lugar certo

Foto: Divulgação
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Uma proposta de marco fiscal ideal do ponto de vista da esquerda obviamente conteria poucas restrições ao aumento significativo dos investimentos, para o necessário enfrentamento das mazelas sociais do país.

Todos os que lutam pela melhoria da qualidade de vida do povo aplaudiriam regras fiscais com base nesse parâmetro. Contudo, tomando a realidade como medida das coisas, o problema é que essa proposta seria jogada na lata do lixo pelo Congresso Nacional de composição mais conservadora e reacionária da história.

É aí que a habilidade política e o jeito cordato e conciliador do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fazem a diferença. Ciente de que a estabilização mínima da economia passa pela aprovação de projetos por parte de deputados e senadores de direita e extrema-direita, que hoje somam em torno de 2/3 do parlamento, Haddad vem optando pelo único caminho possível: a negociação exaustiva com os diferentes e até com os contrários.

Bolsonaro precisa pagar pelos seus crimes

Charge: Zé Dassilva
Por Adilson Araújo, no site da CTB:

A decisão consumada hoje pelo Tribunal Superior Eleitoral que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível é justa e merece ser comemorada pelo povo e as forças democráticas do Brasil. O chefe do fascismo nacional fez acusações sem provas contra o sistema eleitoral brasileiro, afrontou ministros do STF, fomentou crises institucionais e apostou no golpe de Estado. Cometeu inúmeros crimes e atentados contra a democracia e o povo brasileiro e não pode ficar impune.

A família militar e a falsa desmilitarização

Charge: Brum
Por Jeferson Miola e Mauro Lopes, em seu blog:

Portaria do GSI – Gabinete de Segurança Institucional do último dia 4 de julho publicou a nomeação de Laís Ferreira Bermudez para o cargo de Chefe de Gabinete do Secretário-Executivo do GSI, segundo cargo na hierarquia do órgão.

Embora no currículo conste ser “ocupante de cargo efetivo da Polícia Federal”, Laís é o que se pode considerar uma autêntica integrante da família militar.

Ela é filha de Antonio Carlos Moretti Bermudez, tenente-brigadeiro que comandou a FAB durante o governo Bolsonaro, de janeiro de 2019 a março de 2021.

E Laís também é nora de Francisco Joseli Parente Camelo, outro tenente-brigadeiro e atual presidente do STM, o Superior Tribunal Militar que sequer existiria numa democracia séria.