terça-feira, 11 de julho de 2023

Mauro Cid fardado desmoraliza os militares

Charge: Fraga
Por Altamiro Borges


O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do “capetão” Jair Bolsonaro que está preso desde maio passado por fraudar cartões de vacinação e por outros crimes, ficou em silêncio nesta terça-feira (11) durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Em mais um episódio de total desmoralização das Forças Armadas, ele chegou ao Congresso Nacional fardado e sob forte escolta militar.

Bolsonaro vai depor pela quarta vez na PF

Charge: Zé Dassilva
Por Altamiro Borges


O cerco vai se fechando contra o ex-presidente fascista. Nesta quarta-feira (12), Jair Bolsonaro deverá prestar novo depoimento à Polícia Federal, em Brasília. Será a quarta vez após seu retorno da fuga vergonhosa de três meses aos EUA. Ele agora será ouvido sobre o plano do seu capanga, senador Marcos do Val (Podemos-ES), de gravar clandestinamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ridículo plano, achincalhado nas redes digitais como Operação Tabajara, visaria melar o resultado das eleições do ano passado e criar o clima para as ações golpistas que resultaram nas cenas de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro. O “capetão” deverá esclarecer à PF seu real papel no episódio, já que o senador mudou várias vezes de versão. O depoimento pode incriminar de vez o capacho, levando inclusive à cassação do seu mandato.

Mauro Cid "cumpria missão" no golpe

Charge: Zepa
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Conforme noticiado, oficiais das Forças Armadas justificam que o tenente coronel Mauro Cid compareceu com farda do Exército no depoimento à CPMI porque, como ajudante de ordens do Bolsonaro, “cumpria missão” atribuída a ele pelos comandantes.

Hierarquia e disciplina são pilares estruturantes das Forças Armadas.

São princípios tão caros para a organização militar que “devem ser mantidos em todas as circunstâncias da vida entre militares da ativa, da reserva remunerada e reformados”, como estabelece o Estatuto dos Militares [Lei 6880/1980].

O Código Penal Militar, no artigo 163, prevê pena de prisão de até dois anos para o militar que “recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço”.

Partidos de extrema direita crescem na Europa

Guernica, Pablo Picasso, 1937
Por Flávio Aguiar


Na semana passada, um pequeno terremoto agitou a cena política alemã. Pela primeira vez o partido Alternative für Deutschland (AfD), de extrema direita, conseguiu eleger um prefeito no país. Trata-se de Hannes Loth, da pequena cidade de Raghun-Jessnitz, no estado da Alta Saxônia. No município de quase 9 mil habitantes, Loth, com 51% dos votos, derrotou seu adversário Nils Neumann, que se apresentava como candidato independente.

Por que os bolsonaristas odeiam professores?

Charge: Nei Lima/Jornalistas Livres
Por Jair de Souza


No domingo passado (09/07/2023), ao participar de um encontro de promoção da indústria de armas, um notório deputado pertencente ao núcleo familiar bolsonarista apareceu em um vídeo externando seu ódio aos professores, colocando-os como piores do que traficantes de drogas. Segundo ele, os professores são os maiores culpados pela existência de desavenças e divisões no seio das famílias.

Qual poderia ser a razão para que uma categoria profissional tradicionalmente considerada de fundamental importância para o desenvolvimento da sociedade tenha sido retratada como o que de mais nocivo exista?

segunda-feira, 10 de julho de 2023

Dudu Bananinha incita agressão a professores

Charge: Aroeira
Por Altamiro Borges


A crescente desmoralização de Jair Bolsonaro, que ficou patente na votação da reforma tributária na semana passada, deve radicalizar ainda mais a postura dos milicianos fascistas. Prova disso foi o discurso agressivo do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), vulgo Dudu Bananinha, que pregou explicitamente a violência contra os professores, ao compará-los com traficantes, durante um ato armamentista neste domingo (9), em Brasília.

A oposição burra que Lula pediu a Deus

Charge: Bira Dantas/Sinergia
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Decididamente a extrema-direita não prima pela inteligência e nem por alguma sofisticação estratégica.

Ao contrário, o isolamento da bancada bolsonarista no debate sobre a reforma tributária dá bem a medida da burrice reinante nas hostes extremistas.

É praticamente senso comum no campo progressista o reconhecimento da superioridade dos fascistas na utilização das redes sociais como elemento central na luta política e ideológica.

Mas aqui cabe um reparo.

Decerto os obscurantistas têm o mérito de terem criado mecanismos de uso maciço da internet. Contudo, imaginemos como seu poder de fogo seria reduzido sem o recurso frequente às fake news, à calunia, à injúria, à difamação, ao crime contra a honra de pessoas e instituições.

Ratinho é denunciado por homofobia no SBT

Reforma tributária e a crise do bolsonarismo

Dudu Bananinha ficará impune?

domingo, 9 de julho de 2023

Ratinho é denunciado por homofobia no SBT

Kenny Random/Arte de rua
Por Altamiro Borges


O apresentador Ratinho, uma das principais estrelas do SBT – já rebatizado de Sistema Bolsonarista de Televisão –, está metido em mais um rolo por suas posições preconceituosas e de estímulo ao ódio. O Ministério Público de São Paulo decidiu acioná-lo em função de suas declarações homofóbicas. O pedido partiu de Agripino Magalhães, que é suplente de deputado estadual pelo MDB de São Paulo e ativista dos direitos da população LGBTQIA+.

Reforma tributária e os brasileiros mais pobres

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

A votação da Câmara de Deputados sobre a reforma tributária não foi numa decisão definitiva sobre o assunto - e este fato é muito oportuno.

O fato de o Senado ter o direito de refazer, em data a ser ainda definida, os debates sobre um tema com graves implicações sobre o futuro de brasileiros e brasileiras, em particular aquela camada nos degraus inferiores da pirâmide de renda, oferece uma nova oportunidade para uma discussão aprofundada, quando todas as cartas poderão ser colocadas à mesa.

Os sinais políticos na reforma tributária

Foto: Ricardo Stuckert
Por Glauco Faria, no site Outras Palavras:


A aprovação em dois turnos da proposta de reforma tributária na Câmara dos Deputados dá mostras de que o cenário das relações institucionais mudou muito em relação ao que era no passado recente. Fruto de intensa articulação política, o texto se constitui na primeira mudança substancial no sistema nacional desde a redemocratização.

O primeiro grande vencedor da contenda é, sem dúvida, o ministro da Fazenda Fernando Haddad. Se o governo já foi (e ainda é) criticado por conta da forma como se relaciona com o parlamento, o triunfo traz a marca do ministro, que assumiu a frente de negociações sempre complicadas no setor, por envolverem interesses não apenas de parlamentares, mas também de estados e municípios. Com as boas perspectivas da economia, inflação e baixa e desemprego idem, Haddad é, com folga, o principal destaque dos primeiros seis meses de gestão Lula.

Mídia alternativa entrevista Luiz Marinho


O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), será entrevistado na quarta-feira, 12 de julho, por jornalistas de diversas mídias independentes. Promovida pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, a coletiva de imprensa será transmitida ao vivo pelo canal da entidade no Youtube, a partir das 19h.

Luiz Marinho, que assume a pasta pela segunda vez, terá a oportunidade de aprofundar temas de interesse da classe trabalhadora como a política de valorização do salário mínimo, a revisão de pontos da reforma trabalhista e a regulação do trabalho por aplicativos.

Juros altos na contramão do cenário positivo

Charge: Marcio Baraldi/Sindicato dos Bancários
Por Priscila Lobregatte, no site Vermelho:


A realidade concreta vai, dia após dia, mostrando que quem errou na mão na queda de braço sobre os juros altos não foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu governo, nem os mais diversos setores econômicos e sociais que também têm criticado o índice atual, mas o Banco Central e, em especial, seu presidente, Roberto Campos Neto.

Embora travestidos de técnicos, os argumentos usados até agora pelo Copom (Comitê de Política Monetária) parecem indicar mais uma opção ideológica do que uma necessidade real. E vão na contramão dos interesses nacionais e, também, do desempenho que a economia vem mostrando, com sucessivos dados positivos.