sábado, 28 de maio de 2016

Cresce a onda de greves na França

Por Altamiro Borges

Na sua revanche neoliberal, o Judas Michel Temer está decidido a emplacar uma baita regressão trabalhista no Brasil. Ele já afirmou que defende a prevalência do negociado sobre o legislado – o que significa, na prática, o risco da extinção de todos os direitos fixados na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como férias, 13º salário, adicionais, etc. Porém, como serviçal dos capitalistas – que bancaram o seu “golpe dos corruptos” –, o “presidente interino” deveria ficar atento ao que ocorre na França. A destrutiva “reforma trabalhista” do vendido François Hollande está gerando uma onda de revolta sem precedentes na história recente do país. Greves, bloqueios de rodovias e protestos se espalham pelo país.

Trajano detona Danilo Gentili, o boçal!

Por Altamiro Borges

Danilo Gentili, o "humorista reacionário" que virou ícone dos golpistas financiados por corruptos, já não está com esta bola toda. Nesta sexta-feira (27), ele levou canelada do comentarista esportivo José Trajano, um dos mais respeitados da mídia brasileira. Famoso por suas "piadinhas" preconceituosas - machistas, racistas e homofóbicas - e direitistas, o boçal foi detonado ao vivo durante a apresentação do programa "Bate-Bola" da ESPN. Vale conferir o registro postado por Mauricio Stycer, no UOL:

MBL: Os 'coxinhas' recheados de mortadela

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Só rindo mesmo. Se essa tsunami de gravações que, nos últimos dias, vem engolfando os golpistas tivesse chegado antes da votação na Câmara dos Deputados que autorizou o Senado a abrir o processo de impeachment contra Dilma Rousseff, o resultado daquela votação teria sido bem outro.

Felizmente, ainda dá tempo de o Senado criar juízo e não submeter o país a vexame dessa monta, já que essas gravações vêm estourando como bombas na imprensa internacional. À luz dos fatos que serão enumerados adiante, torna-se imperativo que a dita “Câmara Alta” rejeite o impeachment da presidente constitucional dos brasileiros.

Pré-sal: golpistas querem entrega rápida

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

No Valor, o presidente do Instituto Brasileiro (por força de expressão) do Petróleo, Jorge Camargo (ex-presidente da norueguesa Statoil) saiu comemorando do encontro com o designado por Michel Temer para o Ministério de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, na quarta-feira.

Levava no bolso a promessa de que já no ano que vem vão ser leiloadas áreas do pré-sal sem a presença da Petrobras como operadora e, provavelmente, sequer como sócia das jazidas. Pelo projeto de José Serra, além de não ser operadora, a Petrobras pode ou não exercer a opção de ter o mínimo de 30%.

A cultura do estupro no Brasil

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Tão chocante quanto o estupro denunciado por uma jovem de 16 anos, que teria envolvido mais de 30 homens, no Rio de Janeiro, e tão chocante quanto os vídeos que mostram seus ferimentos e foram postados na internet, foi a reação de uma parcela da sociedade, que se divertiu nas redes sociais com eles e com a história. E a inação de uma outra parte, que culpou a própria vítima pelo ocorrido ou simplesmente caiu no autoengano de que essa história não nos diz respeito.

Um pacote de maldades contra o povo

Editorial do site Vermelho:

O pacote de maldades de Michel Temer, anunciado nesta semana pelo banqueiro Henrique Meireles, que ocupa o ministério da Fazenda, força o Brasil a andar para trás e voltar aos tempos anteriores a 1985, quando vigiam as regras da economia ditadas pela ditadura militar de 1964.

O pacote anunciado significa um recuo de mais de três décadas em termos de política econômica. Só para recordar, Meirelles anunciou medidas que fazem a felicidade do capital rentista e especulador, e despejam o peso da crise econômica sobre o povo e os trabalhadores.

FHC: O embaixador do golpe no Brasil

Por João Feres Júnior, no site Carta Maior:

A Latin American Studies Association (LASA) convidou para a mesa principal de seu próximo encontro, que ocorrerá de 26 a 31 maio, em Nova York, Fernando Henrique Cardoso e Ricardo Lagos, ex-presidente do Chile, para falarem sobre os caminhos da democracia na América Latina. O evento foi organizado por Maurício Font, amigo pessoal de FHC e organizador do livro “Charting a New Course”, uma coleção de textos mais ou menos acadêmicos antigos e muitos discursos políticos do senador e presidente, proferidos durante seus mandatos. O apresentador da sessão é nada menos que o próprio presidente da LASA, Gilbert Joseph. Em suma, o evento foi desenhado para ser a joia do congresso da associação.

Renan confirma: Aécio é vulnerável

Por Renato Rovai, em seu blog:

Renan Calheiros tinha escapado na primeira leva de áudios que haviam sido vazados da delação de Sérgio Machado. Neste blogue, inclusive, se registrou que ele havia ganhado força para questionar a Lava Jato. Mas também é verdade que o blogueiro, macaco velho, colocou um PS ao fim do texto dizendo que a análise se referia àquele áudio. E que outros poderiam surgir.

Hoje surge o dito cujo, dessa vez divulgado pelo Jornal Hoje, da Rede Globo, onde o presidente do Senado, entre outras coisas, aparece realizando uma negociação para salvar o ex-senador Delcídio Amaral, antes de ele delatar, da cassação e em que chama Rodrigo Janot de mal caráter.

Semelhanças com a contrarrevolução de 1932

Por Marcio Pochmann, na Revista do Brasil:

A concretização do movimento golpista em curso de interrupção do governo Dilma, democraticamente eleito em 2014, aproxima-se, guardada a devida proporção, da reconhecida contrarrevolução ocorrida em 1932 (ou revolução constitucionalista). Naquela oportunidade, a aristocracia agrária posicionou-se como força principal do atraso, defendendo a volta da política econômica e social reinante durante a vigência da República Velha (1889-1930) e reagindo radicalmente ao novo agrupamento de classes sociais estabelecido pela ascensão de Getúlio Vargas, por meio da Revolução de 1930.

A desidratação de Michel Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

As duas primeiras semanas do governo interino de Michel Temer foram devastadoras para sua sustentação e efetivação depois de uma agora não tão certa condenação da presidente afastada Dilma Rousseff. Tão precoce corrosão vem sendo determinada por um fator congênito, a ilegitimidade decorrente da natureza golpista do impeachment, e os erros cometidos com determinação pelo governo e pelo próprio presidente. 

Já deu para ver que Temer não será um Itamar Franco: um presidente de transição que entendeu seu papel e tratou de representá-lo com a combinação de grandeza e a humildade que o momento exigia. Efetivado, fez o melhor possível no curto tempo restante, inclusive o Plano Real, cuja paternidade é sempre atribuída exclusivamente a seu ministro da Fazenda, FHC.

O que fazer com o fascismo

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Querendo ou não, o voto do Sr. Jair Bolsonaro no plenário da Câmara, homenageando, aos gritos, o golpismo, a tortura, e fazendo alusão ao sofrimento físico e ao terror sofridos por Dilma Rousseff quando de sua prisão – ilegal, por ilegal ser o regime – à época do regime militar, foi o ápice emblemático, o marco, o símbolo, a evidência, de uma situação histórica cristalina e incontornável.

Descarado, despudorado, estúpido, violento, irracional, com centenas de milhares de votos e milhões de simpatizantes, muitos deles organizados em uma miríade de grupos que vai de saudosistas e apologistas da tortura e dos assassinatos de opositores políticos a fundamentalistas religiosos corruptos, nascidos da exploração da fé, do voto e do bolso da parte mais pobre e menos informada da população – sem oposição, sem controle por parte do Judiciário, que a ele se alia por numerosos braços, e da polícia, que lhe fornece candidatos e simpatizantes – o fascismo veio para ficar e ocupa já um espaço próprio na sociedade brasileira, desafiando abertamente a Democracia e o que ela tem de mais importante, essencial, libertário, humanístico, civilizatório.

#5BlogProg foi um grande sucesso

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Marcela Temer: Serenatas e Le Monde

Por Altamiro Borges

Na segunda-feira (23), cerca de 50 moradores do bairro do Alto de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, fizeram um protesto em frente à mansão do Judas Michel Temer. O evento, convocado pelo Facebook, foi batizado de “Serenata dos vizinhos contra o golpe”. A ideia, segundo os organizadores, foi “mostrar que no bairro também tem gente contra Temer e contra o golpe”. Segundo o noticiário, a irreverente e bucólica manifestação deixou indignado o “presidente interino”, que estava em Brasília. O protesto também irritou a mãe da primeira-dama Marcela Temer, dona Norma Tedeschi. Da sacada da residência, a sogra do Judas criticou os manifestantes e exigiu silêncio. De acordo com a Folha, "ela disse que o neto, Michelzinho, 7 anos, está doente, com febre, e que, por causa do protesto, ela não poderia sair de casa para comprar remédio”.

Paulinho da Força, o pau-mandado de Temer

Por Altamiro Borges

Depois de integrar a tropa de choque do correntista suíço Eduardo Cunha, o deputado Paulinho da Força, dono da sigla Solidariedade, virou um dos principais capachos de Michel Temer. O site da revista Piauí postou nesta quinta-feira (26) que o presidente golpista “mandou” o seu serviçal “negociar” com os movimentos sociais contrários ao “golpe dos corruptos”. O pedido foi feito logo após o acampamento organizado em frente à mansão do Judas na luxuosa região do Alto de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. Os manifestantes foram reprimidos pela PM de Geraldo Alckmin e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) criou uma “área de segurança” no bairro, com barreiras nas ruas de acesso à casa.

EUA retiram embaixadora. Missão cumprida?

Por Altamiro Borges

Num gesto inusitado, o presidente Barack Obama anunciou nesta quarta-feira (24) mudanças na embaixada ianque no Brasil. A sinistra Liliana Ayalde, que ocupava o cargo nevrálgico desde 2014, será substituída pelo diplomata Peter McKinley. Seu nome ainda será submetido ao Senado dos EUA, mas já recebeu, no mesmo dia, o agrément (anuência formal) do governo brasileiro – agora sob o comando do subserviente chanceler José Serra. O novo embaixador tem 62 anos e conhece bem a realidade da América Latina. Filho de estadunidenses, ele nasceu na Venezuela, fala português e espanhol com fluência e já atuou em vários países da região, sempre defendendo os interesses políticos e econômicos do império.

Mercenários do MBL usaram os 'midiotas'

Por Altamiro Borges

A marchas "contra a corrupção" e pelo "Fora Dilma", que atraíram multidões no ano passado, foram alardeadas pela Globo, Veja, Folha, Estadão e outros veículos como "espontâneas" e convocadas por "jovens apartidários e idealistas". Alguns dos grupelhos que comandaram as manifestações, como o Movimento Brasil Livre (MBL), até aproveitaram a aura de "santinhos" para garfar uma grana dos "midiotas", os otários manipulados pela mídia. Mas agora, concluído o trabalho sujo do impeachment da presidenta, a imprensa golpista começa a revelar os podres dos fascistas mirins, que não têm nada de "puros" ou "apartidários". Áudios vazados pelo UOL nesta sexta-feira (27) provam que as marchas foram financiadas por partidos da direita, que reúnem políticos mais sujos do que pau de galinheiro.

"Ela vai sair de qualquer maneira"

Por Jeferson Miola

Que o impeachment sempre foi apenas um pretexto formal para o golpe, isso é sabido desde o imediato pós-eleição de 2014. O PSDB se assumiu como a UDN do século 21, e Aécio Neves vestiu o figurino do “corvo” Carlos Lacerda.

No dia seguinte à eleição de cuja derrota não se conformam até hoje, os golpistas não deixaram dúvidas de que poriam em prática o “lacerdismo” radical: não deixariam Dilma governar, desestabilizariam e incendiariam o país e encontrariam uma maneira de golpeá-la.

O mito da “herança maldita” do PT

Por Felipe Amin Filomeno, no site Outras Palavras:

Dilma não morreu, mas sua herança já está sendo discutida. No dia 12 de Abril, a Folha de São Paulo publicou um editorial em que afirma que “erros da petista [presidente Dilma] em diversos setores deixarão uma herança de destruição incomparável”. Este editorial marcou o início daquela que será a grande narrativa da direita midiática e partidária no Brasil pós-Dilma (e de Temer, agora como presidente em exercício): a crise persistente é o resultado prolongado dos abusos e erros cometidos pelo PT em seus vários anos de governo federal.

Frota é a cara escarrada da gestão Temer

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Você pode achar tudo, menos estranha a reunião de Alexandre Frota e do dono dos Revoltados Online, Marcello Reis, com o ministro da Educação, Mendonça Filho.

Levaram “ideias para ajudar o país”, uma baboseira para combater a “doutrinação” política, religiosa e sexual. Querem agora uma reunião no ministério da Cultura e outra com o interino Michel Temer. Vão falar de suas propostas de ensino sem “imposição ideológica, seja marxista ou de gênero”.

"Aécio está com medo", revela Renan

Da revista CartaCapital:

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), citado por cinco delatores diferentes da Operação Lava Jato, é mencionado em um novo áudio vazado que tem como personagens o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras.

Divulgados pelo jornal Folha de S.Paulo, os áudios mostram Renan e Machado conversando sobre a crise política e possíveis saídas para ela. Em determinado ponto da análise, Machado afirma que toda a classe política está com um "aperto nos ombros" e Renan responde dizendo estarem todos com medo.

Duas semanas do (des)governo Temer

Por Lu Sudré, na revista Caros Amigos:

Apenas duas semanas após o afastamento da presidente Dilma, que aconteceu no dia 12 de maio, Michel Temer já mostrou qual é seu projeto de governo. Sem surpresa para os movimentos sociais, que continuam apresentando resistência, o presidente interino e seus ministros retrocederam em conquistas históricas em poucos dias.

Em uma de suas primeiras ações de governo, o peemedebista extinguiu o Ministério das Mulheres, dos Direitos Humanos e da Igualdade Racial - que se tornaram três secretarias sob o comando do Ministério de Justiça e Cidadania; do Desenvolvimento Agrário, subordinado ao novo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário; da Comunicação, incorporado ao de Ciência e Tecnologia; e por fim o da Cultura, levado para o Ministério da Educação. A Controladoria Geral da União (CGU), que tinha autonomia para investigar o próprio Governo Federal, se torna o Ministério da Transparência, Controle e Fiscalização subordinada diretamente ao presidente da República. A Casa Militar também foi extinta.

O homem-bomba do Brasil

Por Emir Sader, no site da Adital:

Temer disse que, como não será candidato à reeleição (nem poderia, por ser ficha suja), pode tomar medidas impopulares. Suas mesas e as dos seus ministros estão cheias delas, em um ajuste fiscal sem precedentes, porque vem depois do maior processo de democratização social que o pais já viveu. SUS, Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, além do corte de recursos para educação e saúde, entre tantas outras medidas que punem claramente os que mais necessitam das politicas sociais do governo, para favorecer o 1% mais rico, que o governo interino representa.

Globo e os golpes: uma história de amor

Por Ayrton Centeno, no blog RS Urgente:

Todo mundo viu a saia justa em que as Organizações Globo se meteram com a mídia internacional depois que esta chamou o golpe pelo seu verdadeiro nome: golpe. Todo mundo soube da carta de João Roberto Marinho a The Guardian depois que o jornal britânico descreveu o papel da Globo – e do resto da imprensa hegemônica – na produção do impeachment de Dilma Rousseff. Todo mundo acompanhou os faniquitos dos globais – Mônica Waldvogel, Jorge Pontual e Lúcia Guimarães entre eles – perante o desnudamento no exterior da sua narrativa doméstica dos fatos. Escancarada inclusive pelo maior diário do mundo, The New York Times que, como se sabe, é aquele jornaleco editado em Havana. Não foi um ponto fora da curva. Como faz agora com Temer, O Globo comprou briga com o NY Times em defesa de outro governo parido por um golpe: a ditadura de 1964.

Paraná é o túmulo da liberdade de imprensa?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Meu companheiro Marcelo Auler, com seus mais de 40 anos de jornalismo, reconhecimento profissional das maiores redações do Rio de Janeiro, premiações diversas, coloca no ar, em seu blog, duas histórias terríveis.

Uma, em que ele próprio é personagem. Outra, em que o personagem é outro ícone do jornalismo, Luís Nassif.

Ou melhor, não são personagens, são vítimas.

Brasil à mercê da imundície da justiça

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Jucá deixa claro em conversas gravadas com Sérgio Machado que o banditismo mais sem vergonha moveu as peças do golpe contra a presidenta Dilma.

Mas o Supremo se cala, com exceção do notório e despudorado tucano Gilmar Mendes, que chega a dizer que não viu nada demais na patranha de Jucá.

Um dos principais articuladores do golpe, Jucá diz que o STF está ganho para a causa do impeachment. Informa ao seu interlocutor que já conversou a respeito com vários ministros da corte. Renan, também gravado por Sérgio Machado, fala que os juízes do Supremo "estão putos com Dilma."

Um estupro a cada 11 minutos

Por Mariana Serafini, no site Vermelho:

Nesta quarta-feira (25) um crime brutal chocou o país. A notícia da jovem de 17 anos que foi estuprada por 33 homens, em uma comunidade no Rio de Janeiro, reacendeu o debate sobre a cultura de estupro e a naturalização deste crime. Depois de passar horas violentado a jovem, os criminosos divulgaram vídeos e fotos na internet vangloriando-se do fato. A barbárie completa.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Próxima vítima: Alves, Padilha ou Geddel?

Por Altamiro Borges

O “ministério de notáveis” – corruptos e reacionários – pode encurtar de vez o mandato ilegítimo de Michel Temer. Romero Jucá, “homem forte” do Judas, já foi defenestrado devido aos grampos das suas vergonhosas conversas com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. Circulam apostas em Brasília para saber quem será a próxima vítima. Henrique Alves, ministro do Turismo, lidera a lista. Eliseu Padilha, da Casa Civil, surge na sequência. E outro moralista sem moral, Geddel Vieira, corre sérios riscos. Os quatro peemedebistas compõem o “núcleo duro” do golpista – juntamente com Moreira Franco. Caso sejam decapitados, o mandato de Michel Temer poderá ser um dos mais curtos da história do Brasil.

Mídia compactuou com o crime em Mariana

Por Raphael Coraccini, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Os primeiros noticiários sobre o crime ambiental de Mariana excluíram totalmente a Vale da história e a culpa foi jogada somente para cima da Samarco. Nos dias seguintes, quando a mídia alternativa passou a esclarecer a população sobre o nome das empresas envolvidas (além da Samarco, BHP e Vale), a grande mídia finalmente resolveu envolver a Vale na história. Mesmo assim, as notícias negativas em relação à mineradora vinham acompanhadas de justificativas mirabolantes da direção da empresa.

José Serra: O chanceler do oportunismo

Por Eric Nepomuceno, no site Carta Maior:

Dos integrantes do gabinete interino do interino presidente Michel Temer, José Serra é o de mais longa trajetória política e o que mais cargos importantes já ocupou. Foi deputado nacional, ministro do Planejamento e da Saúde, governador de São Paulo – o Estado mais rico do Brasil – e prefeito da cidade de São Paulo. Disputou a presidência em duas ocasiões e foi amplamente derrotado. Primeiro, por Lula da Silva, em 2003. Depois, em Dilma Rousseff, em 2010. Em 2014, foi eleito senador, cargo que ocupava quando nomeado chanceler por Temer.

Áudios de Sarney confirmam o golpe

Por Renato Rovai, em seu blog:

Os áudios de Sarney foram apresentados na noite de ontem pelo UOL numa nova matéria do repórter Rubens Valente. Antes de ler a transcrição este blogue afirmou, pelo que havia sido apresentado na primeira nota, que pareciam mais com os de Renan do que com os de Jucá. Com a transcrição vindo a público já não dá para dizer o mesmo.

Sarney foi muito além do presidente do Senado e pouco além do ex-ministro do Planejamento nas duas conversas publicadas até o momento.

Considerações sobre o governo Cunha

Por Hamilton Pereira, no site da Fundação Perseu Abramo:

O Brasil vive, a partir de 12 de maio de 2016, data do afastamento da Presidente eleita e da posse de Michel Interino Temer um ciclo político singular: uma espécie de Parlamentarismo bastardo em que o vice assumiu as funções de Chefe de Estado, e seu comparsa na sedição, Eduardo Cunha assumiu – de fato – a Chefia do Governo. Tudo sob o olhar complacente do Poder Judiciário sempre preocupado com as formalidades e os ritos. Ainda que, quando necessário aos interesses da plutocracia, as formalidades e os ritos virem fumaça seja pela ação, seja pela omissão, sob a alegação marota de que os tempos da justiça não se afinam com as turbulências da política.

Um samba de resistência ao golpe

Que tal uma cota de extermínio?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O impeachment foi e está sendo uma aliança entre a fome a vontade de comer.

A fome dos corruptos para “estancar a sangria” através do acordão em torno de Michel Temer e a vontade de comer dos “capitalistas rentistas e financistas – os grandes vitoriosos do momento”, como disse Bresser Pereira.

As duas pontas da aliança seguem comandando o baile no governo bicéfalo, que tem uma cabeça a serviço do mercado e outra a serviço da “maioria parlamentar”. Uma servindo à outra, como nesta madrugada em que a maioria passou o trator no plenário aprovando a anti-meta fiscal de R$ 170 bilhões de déficit. Horas antes fora apresentada ao distinto público a mais violenta proposta de arrocho já defendida por um governo. Os decretos do arrocho salarial de Delfim Netto, na ditadura, ficam pálidos diante da ideia de limitar o crescimento da despesa pública à inflação do ano anterior.

Temer e a quitação das contas de campanha

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A primeira semana serviu para o presidente interino acertar as contas menores, loteando o Ministério entre o baixo clero.

Ontem, além do anúncio da flexibilização da lei do pré-sal e das investidas sobre a Previdência Social, começou o acerto das grandes contas, começando pela desvinculação orçamentária para as despesas sociais, o grande avanço civilizatório da Constituição de 1988.

Trata-se de uma disputa histórica em torno do orçamento: os rentistas pretendendo se apossar do orçamento através da dívida pública; e a sociedade, através dos gastos voltados para a melhoria da vida da população.

A lista de retrocessos do governo Temer

Por Kika Castro, em seu blog:

Nem bem começou a era do presidente interino Michel Temer (PMDB) - que foi alçado ao poder após um golpe que afastou por 180 dias a presidente eleita Dilma Rousseff -, e já é possível detectar uma lista de medidas anunciadas ou previstas pelo novo governo que representam retrocesso ao país.

Sabe aquele retrocesso que eu torcia para que não ocorresse? Há uma diferença entre torcida (otimismo) e realidade (cada dia mais pessimista). E, neste post de hoje, quero esmiuçar essa diferença para quem não fez as contas ainda.

Obama disfarça apoio ao golpe no Brasil

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A segunda manifestação de um representante do governo dos Estados Unidos sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff no Brasil não deixa margem a dúvidas. Para Washington, o governo interino de Michel Temer é bem-vindo. Na ausência das esperadas declarações do presidente Barack Obama, desta vez coube ao porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, se pronunciar, durante entrevista coletiva na terça-feira (24), quando foi perguntado sobre o golpe no Brasil e as gravações que derrubaram o recém-empossado e já ex-ministro do Planejamento Romero Jucá, do PMDB.

Gilmar Mendes precisa de exame antidoping

Por Jeferson Miola

O juiz tucano do STF Gilmar Mendes parece acometido de alguma síndrome de delírio. Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, delírio é um substantivo masculino que significa “1 [psicop] convicção errônea baseada em falsas conclusões tiradas dos dados da realidade exterior, mantida por uma pessoa, ainda que a maioria dos membros do seu grupo pense o contrário e possa provar que está certa” e “2 [psiq] problema mental orgânico reversível, cujos sintomas são: ...., confusão, ilusão, interpretação delirante da realidade, alucinações visuais, auditivas, táteis etc”.

Carta a Cristovam: coadjuvante do Frota?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Senador Cristovam Buarque,

Sempre tive carinho e amizade pelo senhor e sei que a recíproca sempre foi verdadeira nos muitos anos em que convivemos no PDT.

Sei também das mágoas que guarda em relação ao PT e a Lula. Todos sempre temos algumas e benditos aqueles que conseguem praticar os versos da Violeta Parra e deixam que o amor – e as causas são amores, não são? – nos “aleje tão dulcemente de rencores y violencias”.

O porta-voz de Temer no jornal O Globo

Moreno e Temer: um vazamento lava o outro
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Uma coisa de que Michel Temer jamais precisará é de um porta voz. E, dentre todos os advogados na imprensa oficial, e não são poucos, um militante se destaca: o colunista Jorge Bastos Moreno, do Globo.

Moreno é o chamado “ministro das boas notícias”, como o padrasto de Hamlet, outro usurpador, apelidou Polônio. Puxa-saco de primeira hora, ele mora no Twitter, onde se dedica a mostrar que o golpe não é golpe.

"Fora Temer" e os contornos da resistência

Foto: Max Vilela/Jornalistas Livres
Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Após o afastamento de Dilma Rousseff, a esquerda segue dividida em relação às estratégias de resistência e os rumos a seguir. Alguns setores voltam a defender a convocação de uma Constituinte exclusiva para a reforma política. Outros pregam a antecipação das eleições para presidente, com ou sem a renovação dos mandatos parlamentares. Há ainda aqueles que acreditam numa reversão do cenário no Senado, e puxam o coro “Volta, Dilma”. Apesar da aparente desorientação da nova oposição, o açodamento e as trapalhadas do novo governo contribuíram para a consolidação de uma bandeira comum: “Fora, Temer”.

Retrocesso e ameaça à democracia


quarta-feira, 25 de maio de 2016

Serra presenteia o pastor da Lava-Jato

Por Altamiro Borges

Guindado ao posto de ministro das Relações Exteriores do governo golpista, o grão-tucano José Serra está em plena campanha para viabilizar a sua candidatura presidencial em 2018 – pelo PSDB, PMDB ou outra sigla de aluguel. Só isto explica sua postura agressiva e narcisista desde que tomou posse no Itamaraty, na semana passada. Ele já divulgou inúmeras notas contra os “governos bolivarianos” da América Latina, declarou que reorientará a política externa brasileira – contrapondo-se aos Brics e à integração regional e privilegiando as relações com os falcões dos EUA –, e viajou para a Argentina para firmar uma parceria com o neoliberal Mauricio Macri – sendo recebido com vaias e bolinhas de papel.