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domingo, 20 de fevereiro de 2022

A campanha da mídia financista contra o Peru

Por Leonardo Wexell Severo


“A realidade desmente a campanha da mídia financista e da oligarquia contra o Peru. Todas as instituições nacionais e internacionais apontam para a continuidade do crescimento, com maior geração de emprego e renda, apesar da pandemia”, afirmou Yuri Castro, do comando nacional do partido Peru Livre (PL) e seu secretário de organização em Lima.

Dirigente do partido do presidente Pedro Castillo, Yuri denunciou que os meios de comunicação no Peru “encontram-se concertados e concentrados por um grupo que conforma uma opinião monocórdica na tentativa de desestabilizar o processo democrático”. “Assim, uma minoria se põe de acordo e todos repetem o mesmo em seus programas dominicais e de ‘análise política’, entre aspas, contra o governo”, condenou o dirigente, alertando para o desserviço que prestam ao país.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Ultradireita promove terrorismo ideológico

Por Jeferson Miola, em seu blog:

As redes da ultradireita brasileira estão replicando notícias falsas e espalhando mentiras sobre o processo constituinte no Chile.

O portal revistaoeste.com, que tem como colunistas a fina-flor das ultradireitas tanto moro-lavajatista como bolsonarista, divulgou que “os signatários [sic] da Convenção Constitucional do Chile apresentaram na última terça-feira, 1º, uma proposta que visa a abolir as Forças Militares Armadas (FFAA) do país. Em seu lugar, serão instauradas as Forças de Paz e Policiais, subordinadas ao Poder Executivo” [4/2].

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Esquerda volta ao governo em Honduras

Xiomara Castro, presidenta de Honduras
Por Pedro Carrano

Dia histórico para Honduras, depois de 12 anos do golpe militar que derrubou o governo progressista de Manuel Zelaya, abrindo um período de enfrentamento popular e violência estatal e civil no país, a esquerda chega ao governo de Honduras.

Em um país até 2009 dividido entre o Partido Liberal e o Nacional, Zelaya causou incômodo porque, em plena crise mundial, tomou medidas populares básicas, relativas a aposentadoria, salários e ingressou na Articulação Bolivariana para as Américas (Alba).

O golpe contra seu governo de alguma maneira foi o marco de um período violento na América Latina, que ainda veria golpes no Paraguai (2012), Brasil (2016) e Bolívia (2019), além de tentativas e pressões, sobretudo contra o governo da Venezuela.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Peru Livre condena Repsol por "ecocídio"

Foto: Cris Bouroncle/AFP
Por Leonardo Wexell Severo

O vazamento de mais de um milhão de litros de óleo combustível ocorrido no dia 15 de janeiro (sábado) na refinaria da Repsol de La Pampilla, em Lima, atingiu mais de 180 mil metros quadrados de praias, contaminando fauna e flora, além de duas zonas naturais protegidas.

Para Yuri Castro, membro do comando nacional do Peru Livre (PL) – partido do presidente Pedro Castillo -, mais do que nunca é a hora de ampliar a pressão pela renegociação das empresas privatizadas, estatais estratégicas desnacionalizadas a preço de banana durante a ditadura de Alberto Fujimori (1990-2000).

Em entrevista exclusiva, o secretário de Organização do Peru Livre em Lima denuncia a ação da grande mídia, “que tentou invisibilizar os enormes danos causados pelo imenso vazamento e manipular informações em prol da Repsol por ser proprietária de ações da multinacional”.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Os novos ventos que sopram do Chile

Gabriel Boric
Por Altamiro Borges


Gabriel Boric, presidente eleito do Chile após uma épica batalha contra as forças neofascistas, anunciou nesta sexta-feira (21) os nomes de 24 ministras e ministros que integrarão o seu governo, cuja posse está marcada para 11 de março. A ampla maioria é de mulheres, que comandarão 14 ministérios. A média de idade da nova equipe é de apenas 49 anos.

Maya Fernández, deputada do Partido Socialista e neta de Salvador Allende – o presidente deposto pelo sanguinário golpe do general Augusto Pinochet – ocupará o cargo de ministra da Defesa, numa nomeação com forte valor simbólico. Já a jovem Camila Vallejo, do Partido Comunista, será a porta-voz do presidente, ocupando a Secretaria Geral do Governo.

Rússia instalará bases na América Latina?

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Chile debate renacionalização do cobre

Por Leonardo Wexell Severo

A campanha pela renacionalização do cobre e dos bens públicos estratégicos entregues às transnacionais durante o governo de Augusto Pinochet (1973-1990) tem sido impulsionada após a vitória de Gabriel Boric à presidência, em dezembro de 2021, e ao engajamento de referências históricas como Orlando Caputo ao processo constituinte, a partir de abril.

Colhendo o resultado da mobilização, já nas primeiras semanas de janeiro, o projeto de Iniciativa Popular de Norma Constitucional 15.150 foi o primeiro a ultrapassar as assinaturas necessárias para que seja aceita sua tramitação na Convenção Constitucional, na Comissão de "Meio ambiente, direitos da natureza, bens naturais comuns e modelo econômico".

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

A polarização política na América Latina

Arte do blog Cultura y Resistencia
Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência


Há dois aspectos salientes na conjuntura política latino-americana neste início de ano.

1) Em 2021 houve um acúmulo de lutas políticas e sociais, o que enriquece a experiência dos povos e forças políticas progressistas. Não farei aqui um inventário dessas múltiplas lutas, mas assinalar duas campanhas populares que se destacaram pela força da mobilização, o caráter de massas, a combatividade e o elevado grau de politização. Uma delas foi a jornada de lutas dos colombianos nos meses de abril e maio, um verdadeiro levante popular de mais de 50 dias, duramente reprimido pelo governo de extrema direita de Iván Duque. Apesar de toda a brutalidade das forças policiais, o movimento conquistou vitórias políticas, entre as quais a tramitação no Congresso Nacional de um caderno de reivindicações de direitos humanos, civis e sociais, que se constituirão nas linhas programáticas da luta política das forças de esquerda em 2022.

A arte perversa de Vargas Llosa

Por César Locatelli, no site Carta Maior:


Quando Mario Vargas Llosa afirmou que sua tarefa como escritor era dizer mentiras que parecessem verdades, referia-se a suas ficções e, possivelmente, não esperava que o mesmo fosse dito de seu proselitismo político.

“Sem dúvida, Vargas Llosa (VLl) é um escritor que cativa seus leitores e maneja com maestria essa arte perversa de ‘contar mentiras que parecem verdade’, como ele disse e escreveu repetidas vezes. Além disso, combina muito bem a ficção com o ensaio, o que muitas vezes induz seus leitores a darem crédito, como se fosse real, a algo que nada mais é do que uma ficcionalização ou, se quiser, uma fantasia do escritor”, diz Atilio Boron em seu livro de 2021: El sueño del marqués: Mario Vargas Llosa, una pluma al servicio del imperio.