segunda-feira, 10 de outubro de 2016

O banquete macabro da PEC da Morte

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Num futuro próximo, o regabofe oferecido pelo Judas Michel Temer na noite deste domingo (9) para 210 deputados federais e seus familiares até poderá ser chamado de o banquete macabro da PEC da Morte. A cena inóspita, em pleno Palácio da Alvorada e com grana pública, serviu para enquadrar os parlamentares que devem votar ainda nesta semana a Proposta de Emenda Constitucional, PEC-241, que limita os gastos em saúde, educação e assistencial social pelos próximos 20 anos. Com seu jeito de vampiro, o usurpador discursou por alguns minutos e ameaçou os que criticam a medida nefasta. "Nós estamos cortando na carne com essa proposta e todo ou qualquer movimento ou ação corporativa que possa tisnar a medida do teto de gastos públicos não pode ser admitida", esbravejou.


Economia afunda e mídia tenta salvar Temer

Por Altamiro Borges

A mídia chapa-branca, que por seu protagonismo no 'golpe dos corruptos' passou a ser agraciada com generosos aumentos das verbas publicitárias, tem feito um baita esforço para esconder o agravamento da crise econômica brasileira. Os famosos "urubólogos", que durante o governo Dilma juravam que o país já queimava no inferno, agora esbanjam otimismo - talvez para justificar a propina do Palácio do Planalto. Antes, eles berravam: a economia está ruim e vai piorar! Agora, eles juram que até os dados negativos sinalizam uma melhora no futuro! Bastou o impeachment de Dilma e o assalto ao poder da gangue de Michel Temer para o Brasil deixar o inferno e ingressar no paraíso.

As mentiras do demagogo João Doria

Por Altamiro Borges

O empresário-picareta João Doria venceu no primeiro turno as eleições para a prefeitura de São Paulo com base numa propaganda mentirosa e demagógica. Com maior tempo no horário 'gratuito' de rádio e tevê - e ainda contando com uma ajudinha da TV Globo, que lhe garantiu alguns minutos a mais no último debate da campanha -, ele jurou que nunca foi político, travestiu-se de "João trabalhador" e fez inúmeras promessas. Na onda conservadora que varre o país, muitos "midiotas" confiaram no ricaço e lhe garantiram 53% dos votos nas urnas. Mas até mesmo seu padrinho político, o governador tucano Geraldo Alckmin, conhece as bravatas midiáticas do novato no ninho.

Michel Temer e o golpe do petróleo

Por Paulo Pimenta, no site Sul-21:

A onda de golpes que ocorre na América do Sul e as tentativas de desestabilizar os governos de esquerda no continente, democraticamente eleitos, devem ser compreendidos não de forma isolada, mas, sim, dentro de uma percepção mais ampla dos interesses econômicos internacionais sobre a região. Com descoberta do petróleo na camada do pré-sal na costa brasileira, estima-se que o Brasil possa se tornar a terceira maior reserva do mundo, atrás apenas de Venezuela – a maior reserva do planeta – e da Arábia Saudita.

Haddad é ovacionado em ato na Paulista

Da revista Fórum:

O ato “Valeu, Haddad” reuniu manifestantes na tarde deste domingo (9) na Avenida Paulista, na região central de São Paulo, em apoio ao prefeito Fernando Haddad (PT), que ficou em segundo lugar na votação do último domingo (2), quando tentou a reeleição ao cargo. O candidato João Doria (PSDB) foi eleito com 53%.

O dilema da esquerda na atualidade

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

O ciclo político da Nova República, a partir de 1985, tem produzido sucessivas fases de auge e crise nas principais agremiações partidárias. A herança do bipartidarismo consentido pela Ditadura Militar (1964 – 1985), sem a realização efetiva de uma reforma política estrutural, conforme pleiteado pelo documento Esperança e Mudança, de 1982, terminou parindo no regime democrático o pluripartidarismo sustentado pelo pragmatismo sem conteúdo programático e pelo personalismo oportunista das trajetórias individuais dos mandatos.

A decrepitude de Serra vira chacota

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O GGN foi o primeiro órgão a alertar para os sinais de senilidade precoce do chanceler José Serra. Desde que assumiu a chancelaria, as manifestações de Serra, as poucas entrevistas concedidas, em vídeos no Youtube, mostravam um estilo estranho, pastoso, lento.

No início, se supos que fosse Serra tentando envergar os gestos formais dos diplomatas. O episódio dos Brics, no entanto, consolidou as suspeitas sobre sua possível decrepitude. Não era meramente alguém sob efeito de remédios. A lentidão de raciocínio, a inclusão da Argentina nos Brics e outras tolices mostravam que, mais do que desinformação, algo se passava com o cérebro de Serra.

domingo, 9 de outubro de 2016

Os fascistas mirins se deram bem!

Por Altamiro Borges

Paparicados pela mídia golpista e financiados com recursos suspeitos, alguns grupos fascistas – como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua – ganharam projeção nas marchas pelo “Fora Dilma” no ano passado. Seus jovens líderes juravam que a iniciativa era “apartidária” e “espontânea” e enganaram muitos midiotas – a galera que acredita cegamente na imprensa venal. Agora, porém, a farsa está prestes a ser desmascarada. Alguns ingênuos que serviram como massa de manobra para o “golpe dos corruptos” já desconfiam que serão suas maiores vítimas. Já os fascistas mirins estão se dando bem – elegendo-se vereadores e ganhando cargos no governo.


A velha nova política de João Doria

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Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Folha: O sr. é um político experiente…

Paulo Maluf: Não, eu sou engenheiro.


Há dois anos, Maluf renegava sua condição de político em entrevista à Folha. Logo ele, um homem que infesta a política nacional desde o período jurássico. Viu sua fortuna crescer durante a ditadura militar, foi prefeito biônico da capital paulista e, após a redemocratização, se elegeu trocentas vezes para prefeito e governador em terras bandeirantes. Apesar de jurar não ser político, Paulo Maluf é o pai do malufismo – uma corrente político-filosófica conservadora que trouxe sua experiência na iniciativa privada para a vida pública e cunhou máximas gloriosas como “rouba, mas faz” e “estupra, mas não mata”.

Secundaristas: a força das novas ocupações

Foto: Leandro Taques/Jornalistas Livres
Por Maíra Mathias, no site Outras Palavras:

Desde a semana passada, jovens de vários cantos do país voltaram a ocupar escolas e ruas. Diferente da primeira leva de ocupações, que começou em novembro do ano passado em São Paulo e se espalhou por vários estados contra as respectivas políticas de educação, a nova onda mira um alvo comum e tem pressa para derrubá-lo. Trata-se da Medida Provisória (MP) 746, que institui a reforma do ensino médio. Enviada pelo presidente Michel Temer ao Congresso Nacional em 22 de setembro, a MP tem 120 dias para ser votada. Contrários ao método da mudança – considerado autoritário – e ao conteúdo da reforma, estudantes secundaristas apostam nessa estratégia como forma mais eficiente de pressionar governo e parlamento. Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal e Paraná já têm escolas estaduais e institutos federais ocupados.

Os graves retrocessos nas comunicações

Do site do FNDC:

Enquanto a mídia foca sua atuação na divulgação de temas que compõem sua própria agenda de interesses, propostas de lei que representam retrocessos têm sido aprovadas no parlamento de forma rápida, sem debate público e sem que a sociedade tome conhecimento. O alerta é da secretária geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Bia Barbosa. Embora essa realidade tenha afetado a sociedade em diferentes campos, os últimos retrocessos se deram especificamente no setor das comunicações, com a votação de quatro propostas impactantes na Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados (CCTCI) na última quarta (5/10).

PEC-241 serve à especulação financeira

Editorial do site Vermelho:

A Constituição de 1988, cuja promulgação completou 28 anos nesta quarta-feira (5) é a segunda mais longeva do período republicano e sofre hoje o mais intenso ataque promovido pela direita e pelos neoliberais. São forças conservadoras que sempre rejeitaram os avanços econômicos, políticos e sociais nela consagrados. Tentam desfigurá-la, a título de uma “modernidade” perversa, em favor de poderosos interesses econômicos e contrários ao desenvolvimento e à soberania nacional.

O governo ilegítimo de Michel Temer encaminhou para o Congresso Nacional a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 241/16, que altera o regime fiscal do país para favorecer o rentismo e a especulação financeira. Elimina a obrigatoriedade constitucional com o emprego de recursos públicos nas áreas sociais como saúde e educação, mas não toca nos gastos orçamentários com o pagamento de juros.

Michel Temer: quem confia?

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Michel Temer propõe-se, como anda dizendo, a tirar o País do atoleiro. Entretanto, após cinco meses de governo, os indicadores de avaliação mostram uma crescente decepção da opinião pública com ele, conforme apontam os números de recente pesquisa do Ibope.

E, pior ainda, está se tornando um presidente no qual os brasileiros não confiam: 68% (Tabelas). Esse é um contingente de, aproximadamente, 120 milhões de pessoas em um total de 206 milhões.

Campanha da PEC do teto usa dados errados

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O esforço para ajudar a dupla Michel Temer-Henrique Meirelles a aprovar a PEC 241, que congela gastos públicos por 20 anos, atingiu o nível de um massacre, destinado a desqualificar a crítica e as possíveis vozes contrárias. A base de sua argumentação é que o Estado brasileiro assiste a uma explosão da dívida pública, que teria atingido níveis apocalípticos.

O problema é que se trata de uma noção errada, apoiada em dados tecnicamente falsos, que se destinam a lubrificar a aprovação de uma medida que só interessa capital financeiro e grandes rentistas.

Por que Moro não prendeu ainda Lula?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Por que Moro não prendeu ainda Lula?

É evidente que este é o objetivo supremo na Lava Jato.

A resposta é mais simples do que muitos suporiam: medo. Sim, medo.

Moro é valente. Mas não é louco.

A grande questão é: o que aconteceria caso Lula fosse preso? Uma convulsão social, talvez?

O fascismo voltou para ficar

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Acreditem, meninos, não é força de expressão.

Está bem vivo na memória da minha juventude o “Brasil, ame-o ou deixe-o”.

Onde discordar era ser inimigo do Brasil.

Onde era ser quase (ou completamente) criminoso.

“Comunistas ateus e apátridas”, mesmo que fosse o bispo Hélder Câmara.

A família Macri e os Panamá Papers

Por Martín Granovsky, no site Carta Maior:

O presidente argentino Mauricio Macri apareceu novamente em problemas no processo que investiga o seu envolvimento no escândalo dos Panamá Papers, desta vez, por causa da participação de seu pai. A Justiça receberá esta semana uma série de documentos que ampliarão a denúncia na causa por suposta lavagem de dinheiro, que está tramitando na Justiça Federal, sob a responsabilidade do magistrado Sebastián Casanello. O principal objetivo da investigação é elucidar os caminhos do dinheiro que fluiu pela Fleg Trading, a sociedade aberta pela família Macri em Bahamas. Os novos documentos apontariam ao papel desempenhado no esquema por Franco Macri, pai do mandatário.

sábado, 8 de outubro de 2016

Entenda os perigos da PEC-241

PEC-241 e a pressa dos ricos

Por Patrus Ananias

A facção governista da Câmara dos Deputados encaminha-se para favorecer uma vez mais, na próxima semana, os interesses antipopulares, antibrasileiros e, ainda, interesses antidemocráticos que estão determinando, nos meses mais recentes, a pauta e o calendário do Legislativo.

Ouvimos aliados do governo Temer no Congresso repetirem, com enorme insistência e vigor, que o Brasil tem pressa e que, por isso, querem votar já, entre outras propostas, a PEC 241 – que, se aprovada, congelará o país por 20 anos; desmontará a saúde, a educação, a assistência social, a agricultura, a Constituição, o estado democrático de direito e o estado brasileiro.

STF, democracia e política

Por Martonio Mont’Alverne Barreto Lima, na revista Teoria e Debate:

Após a Segunda Guerra Mundial e as redemocratizações da Europa Ibérica e da América Latina, o protagonismo das chamadas cortes constitucionais passou a reescrever as teorias constitucionais e da democracia do século 20. Praticamente inexiste qualquer obstáculo às teses quase unânimes de que o sucesso de uma constituição democrática estaria mais nas mãos de juízes do que naquelas dos políticos, dos partidos, da sociedade. Surpreende que mesmo quando se sabe por meio da história que juízes e tribunais não fazem revoluções democráticas – até ao contrário! – haja ainda uma grande maioria de intelectuais e juristas a apostar tanto no Poder Judiciário para os problemas econômicos, políticos e sociais.