quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Discurso de ódio e a regulação da mídia

Do site do FNDC:


O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) promove, nesta sexta-feira (27/11), às 19hs, o debate “Discurso de ódio, regulação e democracia na mídia: como enfrentar o conservadorismo e as violações de direitos humanos nos meios de comunicação”. A atividade abrirá a reunião ampliada do Conselho Deliberativo da entidade, que se reúne no sábado (28/11), e será realizada na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo.

O momento é de guinada na política!

Por Luciana Santos, no blog de Renato Rabelo:

O cenário mundial das últimas semanas é marcado por acontecimentos de grande repercussão para a dinâmica internacional, e com impactos para povos e nações ao redor do mundo.

Os atentados terroristas ocorridos nos últimos dias em três capitais de distintas regiões do mundo – Beirute, Paris e Bamako –, bem como o atentado ao avião da companhia russa, no Sinai, nos quais morreram centenas de pessoas inocentes, são um verdadeiro crime de lesa humanidade e a expressão do pior tipo de banditismo político. Expressamos nossa solidariedade às vítimas e a seus familiares.

'Efeito Orloff' ou ressaca conservadora?

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O ‘efeito Orloff’ borbulha no imaginário do conservadorismo brasileiro após a vitória da direita na Argentina.

O raciocínio linear afirma que como as condições, sobretudo as condições políticas, são semelhantes, o desfecho eleitoral no Brasil, em 2018, será equivalente ao de domingo na Argentina.

Goza-se, algo precocemente, o ‘Macri’ tropical que venceria então o ‘Scioli’ brasileiro.

Argentinos se reorganizam contra retrocesso

Por Vanessa Martina Silva, de Buenos Aires, no site Opera Mundi:

Após a vitória da oposição que encerrou os 12 anos de governos kirchneristas, os movimentos sociais e correntes políticas que apoiaram a Frente para a Vitória, do candidato derrotado Daniel Scioli, começam a planejar a reorganização e as estratégias futuras para “impedir um retrocesso” nas políticas sociais e de direitos humanos no país.

“Temos que trabalhar muito para ver como reunificamos o movimento popular e nos tornamos uma única força para enfrentar o governo” do presidente recém-eleito Mauricio Macri, resume ao Opera Mundi o legislador da Cidade de Buenos Aires Quito Aragón.

Assembleia une alunos de escolas ocupadas

Do site da União Nacional dos Estudantes (UNE):


Representantes de 50 escolas paulistas ocupadas e de algumas escolas ainda não ocupadas se reuniram na noite desta terça-feira (24) na sede das entidades estudantis na Vila Mariana, na capital, para trocar experiências e planejar estratégias e passos para a movimentação dos secundaristas contra a reorganização proposta pelo governador Geraldo Alckmin.

Cenas da tempestade política em Brasília

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A votação da MP da venda dos terrenos da União seguia seu curso normal, indiferente à obstrução da oposição. Foi quando o deputado Rocha (PSDB-AC) tomou o microfone e começou um violento ataque ao ex-presidente Lula, prevendo sucessivas vezes “a iminente prisão do chefe da quadrilha”, “do maior corrupto do país” e daí para a frente. “Estamos arranhando a porta para prendê-lo”, disse em referência à prisão de José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente.

A criminalização da maconha e o racismo

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Nos Estados Unidos, os negros têm quase quatro vezes mais chances de serem presos por causa de maconha do que os brancos, embora fumem tantos baseados quanto os primeiros. No Brasil, a maioria dos presos por pequenas quantidades de droga são jovens negros. O preconceito com o consumo de maconha embute, ao longo da história, um componente racista e classista. Era fumo de pobre, para começo de conversa, um “vício nada elegante” contra os finos vícios sociais da elite, como revela a excelente tese “Fumo de Negro”: a Criminalização da Maconha no Brasil, de Luísa Gonçalves Saad, da pós em História da UFBA.

Delcídio inaugura passe livre da Lava-Jato

Por Renato Rovai, em seu blog:

O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, e o banqueiro André Esteves, do BTG-Pontual, foram presos nesta manhã.

A prisão foi solicitada por Rodrigo Janot e autorizada pelo ministro do Supremo, Teori Zavaski.

É a primeira vez na história do país que um senador da República é preso.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Direito de resposta irrita donos da mídia

Por Altamiro Borges

Os barões da mídia até agora não engoliram a aprovação da lei do direito de resposta e já organizam a sua artilharia pesada para sabotá-la. As três principais entidades patronais - Associação Brasileira das Empresas de Rádio e Televisão (Abert), Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e Associação dos Editores de Revistas (Aner) - já divulgaram manifestos raivosos contra o projeto finalmente aprovado no Senado e sancionado pela presidenta Dilma. Numa ação articulada, os grupos monopolistas também acionaram seus aliados para bombardear a nova lei. Em discurso nesta segunda-feira (23) num evento da Aner, o juiz Sergio Moro - novo herói da direita nativa - fez duros ataques ao direito de resposta. 

América Latina: fim de ciclo?

Por Alejandro Mantilla Q, no site Outras Palavras:

A vitória de Maurício Macri nas eleições presidenciais de ontem, na Argentina, parece confirmar uma tese formulada por intelectuais latinoamericanos como Maristella Svampa e Raul Zibechi: assistimos ao fim do ciclo de ascendo dos governos progressistas em nossa América.

A tese do fim de ciclo poderia ser demonstrada por cinco tendências complementares: dificuldades governamentais, guinadas à direita, tendências à moderação, distância em relação aos movimentos sociais e um panorama internacional adverso. A saber:

Os políticos donos de rádio e TV

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

A Constituição Federal determina que senadores e deputados não podem manter contratos com concessionárias de serviço público, tais como rádios e TVs, entre outros. Usando uma concessão pública de mídia em causa própria, eles podem desequilibrar a democracia, favorecendo interesses pessoais, atacando adversários políticos, facilitando a sua própria eleição e a sua perpetuação no poder. Pedi para Pedro Ekman, conselheiro do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação e produtor audiovisual independente, escrever um texto para este blog explicando uma ação movida pelo Ministério Público Federal em conjunto com organizações da sociedade civil para cassar as licenças de rádio e TV de 40 políticos donos de mídia no país:

Reflexões sobre a eleição na Argentina

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                        

A eleição do direitista Maurício Macri para a presidência da Argentina por uma margem apertada de votos (em termos percentuais, praticamente a mesma diferença de Dilma para Aécio em 2014) sobre o candidato da situação Daniel Scioli é o primeiro impacto eleitoral da onda conservadora que avança no continente sul-americano.

A derrota do "kirchnerismo" depois de mais de 12 anos no poder mexe no tabuleiro político da região. Como todo consevador sul-americano que se preze, Macri está longe de ser um entusiasta do Mercosul. Embora fale, protocolarmente, em manter seu país no bloco, o presidente argentino eleito defende o estabelecimento de relações privilegiadas com os Estados Unidos e a Europa.

Moro tira a toga da imparcialidade

Dandara vive! A força da mulher negra

Por Maria Carolina Trevisan, no site Jornalistas Livres:

A Marcha das Mulheres Negras avançava lentamente em direção ao Congresso Nacional levando cerca de 15 mil pessoas pelas avenidas de Brasília (DF). Na linha de frente, em respeito à ancestralidade que ancora as religiões de matriz africana, estavam as mulheres mais velhas, abrindo os caminhos sob a proteção dos orixás. Vestiam seus trajes sagrados. Ao apontar na beira do gramado da Esplanada dos Ministérios, as senhoras entoaram em coro o “Canto das três raças”, canção eternizada na voz de Clara Nunes. Foi um dos momentos mais emocionantes do ato.

A música lembra que o povo desta terra ainda “canta de dor”.

Quem 'pariu' Cunha que o embale

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:


Depois de uma intensa e prolongada lua de mel com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a atual oposição federal quer jogar no colo do PT a culpa por ele estar no cargo mesmo após denunciado pelo Ministério Público Federal e de ter admitido ser o dono do dinheiro não declarado em contas na Suíça.

Mesmo com a mídia oposicionista dando suporte a esta deturpação grotesca da realidade, as lideranças do PT deveriam se comunicar melhor na hora em que fossem questionadas. Afinal, existem os fatos irrefutáveis.

Alckmin fecha escolas e constrói cadeias

Editorial do site Vermelho:

A esperteza tentada, na última quinta-feira (19) pelo governo de São Paulo contra estudantes, professores e o povo, revela mais uma vez o caráter autoritário e manipulador do tucano Geraldo Alckmin. Foi o anúncio de que suspenderia o plano de fechar escolas desde que a comunidade deixasse os prédios ocupados em protesto contra aquele plano neoliberal, cujo número passou de 100 nesta segunda-feira (dia 23).

A esperteza não deu certo. E o protesto de alunos, professores e pais foi reforçado, nesta segunda-feira, pela decisão da Justiça de São Paulo de rejeitar os pedidos de reintegração de posse feitos pela administração paulista.

FHC, o cínico, pede renúncia de Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Fernando Henrique sobre a permanência de Eduardo Cunha na Presidência da Câmara, há menos de duas semanas, dia 10 de novembro:

“O afastamento se dá depois que é culpado, antes não. Apenas abre a investigação.

O mesmo FHC, hoje:

“Se ele tivesse um pouco mais de visão de Brasil renunciaria ao cargo”, mas, “não tendo, vai ter que ser renunciado”.

Golpismo tenta sobreviver na Lava-Jato

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Vigésima primeira etapa da Lava Jato.

Eu tenho uma curiosidade: já vivemos algo parecido? Uma operação sem fim, se desdobrando politicamente ad infinitum, sempre seguindo uma agenda estritamente midiática e eleitoral?

Ah, sim, tivemos: o mensalão, cujos julgamentos eram marcados sempre às vésperas de eleições.

A Lava Jato perdeu qualquer pudor de parecer uma investigação séria. A prova está no fato de ter prendido o "amigo de Lula" apenas para fornecer manchetes à mídia e dar continuidade à conspiração midiático-judicial.

Os políticos donos da mídia estão no alvo

Por Bia Barbosa, na revista CartaCapital:

Você pode até não saber que a prática é ilegal, tamanha sua frequência Brasil afora. Mas, segundo a Constituição Federal (art.54), políticos titulares de mandato eletivo não podem ser sócios ou associados de empresas concessionárias do serviço público de radiodifusão. Ou seja, políticos não podem ser donos de emissoras de rádio e TV.

A prática, porém, chega a fazer parte do imaginário da população brasileira, que se acostumou a ver “grandes nomes” da política local também como os proprietários dos meios de comunicação de massa de seus estados. Não à toa, os coronéis da mídia substituíram os antigos coronéis, e hoje dominam o espaço público da comunicação em todo o país.

A palestra esvaziada de Sérgio Moro

Por Pedro Zambarda de Araujo, no blog Diário do Centro do Mundo:

De acordo com o site oficial do hotel Renaissance, em São Paulo, a maior sala para eventos é o auditório com espaço de 496 m² e capacidade máxima de 420 pessoas. Com cadeiras de cor azul confortáveis, o espaço estava vazio no final da tarde de segunda-feira (23) pouco antes da palestra do juiz Sérgio Fernando Moro. A conferência estava prevista para começar às 16hrs e todos – sem exceção – atrasaram.