quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Delcídio Amaral, o mais tucano dos petistas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Delcídio do Amaral Gómez, que acaba de ser preso pela Operação Lava Jato sob razões incontestáveis, trabalhou para a Shell quando morou na Europa – nos últimos meses, vinha defendendo projeto de José Serra que, na prática, entrega o pré-sal.

Em março de 1994 (governo FHC), ocupou a secretaria executiva do Ministério das Minas e Energia. No final do governo Itamar Franco, foi ministro de Minas e Energia.

Delcídio foi filiado ao PSDB de 1998 a 2001. Fez parte da diretoria de Gás e Energia da Petrobrás durante o Escândalo do apagão, a crise de energia de 2000/2001, no governo de Fernando Henrique Cardoso.

O lado invisível do terrorismo

Por Marcelo Zero, no site Brasil Debate:

I. Os recentes e trágicos atentados terroristas cometidos na França voltaram a colocar em debate, no chamado Ocidente e no Brasil, a questão do terrorismo.

II. Entretanto, é fácil constatar que tal debate está muito centrado no terrorismo que afeta eventualmente países ocidentais. Também é visível que se desenvolveu um senso comum em torno do tema, o qual impede ou distorce análises mais abrangentes, equilibradas e realistas sobre o fenômeno.

A aula de cidadania nas escolas ocupadas

Por Isabela Cristina Coev Hornos, no site Carta Maior:

Há alguns dias, várias escolas públicas estaduais de São Paulo estão sendo ocupadas por estudantes que são contra a política de “Reorganização Escolar” realizada pelo governador Geraldo Alckmin.

A chamada “reorganização”, sob o pretexto de organizar alunos e alunas em ciclos de estudos e faixas etárias, está fechando mais de 94 escolas da rede estadual, além de transferir vários estudantes de suas escolas atuais. Na realidade, não passa de uma estratégia descarada de corte de gastos públicos onde mais deveria existir investimento: educação. Tanto é assim, que a maior parte das escolas fechadas na região metropolitana de São Paulo seguem o modelo defendido pelo governo e estão sendo fechadas da mesma forma.

O avião russo e o mundo próximo à guerra

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

O fantasma de uma guerra global voltou a se manifestar esta manhã, quando dois aviões de caça turcos dispararam contra um bombardeiro russo, que atacava instalações militares do Califado Islâmico na Síria. O avião, que voava próximo à fronteira sírio-turca (há controvérsias sobre a localização exata) foi derrubado e destruído. Os dois pilotos ejetaram-se da cabine, mas foram capturados e mortos por terroristas. A Turquia integra a OTAN, aliança militar dirigida pelos EUA. É a primeira vez, desde os anos 1950, que ocorre uma escaramuça de tal natureza entre duas potências nucleares. Ainda não se sabe como reagirá Moscou (Vladimir Putin considerou-se “apunhalado pelas costas”), mas num mundo à beira de um ataque de nervos as consequências podem ser dramáticas. Por que a Turquia agiu deste modo? Quais podem ser os desdobramentos?

O roteiro do suicídio político do PT

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Como escrevemos anteriormente, aqui e no Facebook, o mar de lama da Samarco teve também uma dimensão simbólica.

Explicitou que a captura das instituições públicas brasileiras pelo poder econômico é absoluta.

A Samarco disse que a lama não era tóxica, que estava “monitorando” a enxurrada, etc. etc.

A empresa e uma de suas controladoras, a Vale, assumiram papeis que cabiam ao Estado, dentre os quais distribuir água.

André Esteves doou R$ 500 mil a Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Sobre as simpatias do banqueiro preso, André Esteves, na coluna de meu bom companheiro Fernando Molica, em O Dia, no dia 12 de outubro passado, que só a memória implacável dos 79 anos do professor Nílson Lage recordaria:

Dono do BSI, banco suíço em que Eduardo Cunha também teria conta, o banco brasileiro BTG Pactual doou, em 2014, R$ 500 mil para a campanha do hoje presidente da Câmara dos Deputados. A existência da conta foi revelada pelo Ministério Público suíço. Segundo relatório de Cunha apresentado ao TSE, a doação ocorreu no dia 11 de agosto. O dinheiro foi entregue pelo BTG ao PMDB, que o repassou para a campanha do deputado. Em 14 de julho, 28 dias antes, o banco brasileiro anunciara a assinatura de acordo para a compra do BSI.

Prisão do senador Delcídio é um erro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao decidir por 59 votos a 13 que o senador Delcídio Amaral (PT-MS) deve permanecer em prisão preventiva, conforme resolução aprovada por unanimidade pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, o Senado brasileiro preferiu jogar para a plateia da justiça do espetáculo em vez de defender páginas mais honradas de sua história. Só para você ter uma ideia. Ao escrever a petição ao STF onde pedia a prisão do senador, o Procurador Geral da República admite que o pedido poderia ser recusado e até ser considerado uma medida descabida "em razão da vedação constitucional." Está lá, na página 44 da petição.

SC realiza encontro de ativistas digitais

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Está programado para a próxima sexta-feira (27), no Auditório Elke Hering, da Biblioteca Universitária da UFSC - Campus da Trindade, em Florianópolis, o 1º Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais de Santa Catarina. A proposta é discutir o processo de democratização da mídia no contexto das novas tecnologias e o aparecimento de novos atores no campo da comunicação.

"Somos a geração da esperança"

Foto: Jornalistas Livres
Enviado por Ana Flávia Marx

Caros e Caras,

Esse texto é fruto de uma oficina de comunicação que o Barão de Itararé realizou em uma escola. Me comprometi com os estudantes que divulgaria para o máximo de pessoas, blogs e sites. Peço que me ajudem nesta tarefa, por favor.

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Somos a geração da esperança

Decidimos escrever esse texto para esclarecer alguns pontos sobre as ocupações das escolas públicas que não são mostrados pela mídia.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

"Trensalão tucano" está parado há um ano

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Já virou motivo de galhofa nas redes sociais. Basta se filiar ao PSDB para nunca ser investigado por denúncias de corrupção e, muito menos, ser preso! Nesta semana, o escândalo do "trensalão tucano" - que a mídia chapa-branca batizou carinhosamente de "cartel dos trens" - completa um ano sem que qualquer investigação tenha avançado. O principal inquérito criminal sobre o caso está parado - ou encalhado - no Ministério Público Federal. Até hoje, nenhum tucano de alta plumagem foi acionado. Alguns deles, que ocuparam importantes postos nos governos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, seguem fazendo discursos hipócritas contra a corrupção e posando de vestais da ética. 

O Brasil não precisa da lei antiterror

Por Altamiro Borges

Já aprovada e piorada no Senado, a chamada lei antiterrorismo deve ser votada na Câmara Federal na próxima semana. Ela representa uma grave ameaça aos movimentos sociais, podendo servir como instrumento legal para criminalizar as lutas dos trabalhadores. O projeto foi concedido pelo governo Dilma, a partir dos ministérios da Justiça e da Fazenda, sob o argumento de que era uma exigência de agências internacionais. Num típico terrorismo, os ministros argumentaram que sua rejeição poderia resultar em sanções contra a economia nacional. Após a primeira votação na Câmara Federal, ele foi remetido ao Senado e passou por mudanças que pioraram ainda mais seu conteúdo repressivo. Agora, ele ruma para o seu desfecho e pousara no colo da presidenta Dilma para a sua sanção.

Ação contra Demóstenes, amigo dos Civita

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Na semana passada, por quatro votos a um, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido feito pelo ex-senador Demóstenes Torres para trancar a ação penal que responde na Justiça de Goiás por suas íntimas ligações com o mafioso Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Pela sentença da sexta turma do STJ, o ex-chefão do DEM - que chegou a ser cogitado como candidato à presidente da República pela sigla - continuará respondendo por corrupção e advocacia administrativa em favor do contraventor, podendo ser condenando ao final do processo pelo Tribunal de Justiça de Goiás.

PF prende André Esteves, o amigo de Aécio

Por Altamiro Borges

Nos últimos dias, a mídia tucana fez alarde com a prisão do pecuarista José Carlos Bumlai. De forma articulada, jornalões, sites das revistonas e emissoras de rádio e tevê fizeram questão de destacar que o detido na Operação Lava-Jato é "amigo do Lula". William Bonner, no Jornal Nacional, bateu nesta tecla várias vezes. A insistência rendeu mais uma ácida piada de José Simão: "Ainda bem que eu não conheço o Lula. Senão já estava preso". Já na manhã desta quarta-feira (25), a Polícia Federal deteve o senador Delcídio Amaral (PT-MS), "o mais tucano dos petistas", e o banqueiro André Esteves. Até agora nenhum veículo de comunicação destacou que o agiota preso "é amigo de Aécio Neves".  

A outra história da Lava-Jato

Por Willian Novaes

Numa narrativa que concilia espírito crítico e elegância, Paulo Moreira Leite desnuda as contradições da Operação Lava-Jato. A Outra História da Lava-Jato: uma investigação necessária que se transformou numa operação contra a democracia (R$ 39,90, impresso e R$ 19,90, e-book) é um livro que explicita tanto as fragilidades jurídicas quanto a estratégia de, via campanha midiática, a obtenção de apoio popular.

A obra é o 13º volume da coleção História Agora, a mais polêmica do mercado literário brasileiro, conta com 416 páginas, sendo uma abertura de 60 páginas e mais 45 artigos analisando os principais fatos da operação, conduzida pelo juiz federal Sergio Moro, no período de maio de 2014 a setembro de 2015. O prefácio é assinado pelo professor e cientista social Wanderley Guilherme dos Santos, além de textos na contracapa do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello e do advogado Marcelo Lavanère, e orelha assinada pelo jurista Luiz Moreira.

As escolas e o plano privatista de Alckmin

Foto: Jornalistas Livres
Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

Com o argumento de melhorar a qualidade da educação, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) vai fechar mais de 90 escolas, reorganizar em ciclos metade da rede e implementar escolas de tempo integral na outra metade. Tais objetivos, que constam do Plano Estadual de Educação, nada têm de pedagógico, segundo o professor Luiz Carlos de Freitas, diretor da Faculdade de Educação da Unicamp.

De acordo com ele, a estratégia 6.7, que trata do Ensino em Tempo Integral, indica as intenções privatistas do governo: estimular, em regime de colaboração, a apropriação dos espaços e equipamentos públicos e privados, articulando ações entre esses e as escolas, de forma a viabilizar a extensão do tempo de permanência do aluno em atividades correlacionadas ao currículo – daí a necessidade de escolas de ciclo único.

Quem é Delcídio Amaral, o senador preso

Da revista CartaCapital:

O senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso na manhã desta quarta-feira 25 pela Polícia Federal, é uma figura política controversa e conhecida por seu bom trânsito em diversos partidos. Exemplo disso é o fato de ser conhecido nos bastidores do Senado, como contou recentemente o jornal O Globo, como "o mais tucano dos petistas".

Engenheiro elétrico, Delcídio tem uma carreira ligada ao setor de energia. Foi engenheiro-chefe da construção da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará; trabalhou como diretor da Shell na Holanda; e comandou a Eletrosul, braço da Eletrobrás. No governo de Itamar Franco (1992-1994), foi secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, ministro da pasta e presidente do Conselho de Administração da Vale do Rio Doce.

As bandeirinhas francesas no Facebook

Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

Há poucos dias, 18 de novembro para ser mais preciso, o presidente da República Árabe da Síria, Bashar al-Assad, concedeu uma entrevista à TV estatal italiana RAI, acrônimo de “Radio Audizioni Itália”. Entrevistar longamente, como fez a RAI, um dos personagens centrais de uma grave crise humanitária que afeta dramaticamente milhões de pessoas no Oriente Médio e na Europa, sem qualquer censura às perguntas, algumas, aliás, beirando a provocação, é sem dúvida, um relevante fato jornalístico.

Lava Jato e Mãos Limpas: comparações

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Muitos tem comparado a operação Lava Jato à operação Mãos Limpas, a Mani Polite, da Itália, que levou, como aqui, à prisão de inúmeros políticos e empresários proeminentes.

As primeiras comparações vieram do próprio juiz responsável pela Lava Jato, Sergio Moro, que já escreveu mais de um artigo laudatório da Operação Mãos Limpas.

Justamente por guardarem semelhanças, alguns também procuram salientar suas diferenças, e estas nem sempre são simpáticas à Lava Jato.

A revolta no jornal argentino. E no Brasil?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro Mundo:

Viralizou nas redes sociais uma foto em que jornalistas do diário argentino La Nación manifestam sua rejeição a um editorial.

Nele, os donos do jornal sustentam que é hora de perdoar, ou coisa parecida, os militares que cometeram atrocidades durante a ditadura.

Prisões agitam a cena política

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Quando tudo parecia indicar uma trégua para o país respirar um pouco no final deste assustador ano de 2015, deixando todas as pendências políticas e econômicas para 2016, eis que irrompeu em cena o temido "fato novo": as prisões desencadeadas na terça-feira, que ainda estão em curso, e ninguém sabe onde vão parar.

Do amigo do ex-presidente Lula, José Carlos Bumlai, ao líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), chegando até o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, o rapa da Polícia Federal veio com tudo esta semana, e não está livrando a cara de ninguém.