domingo, 28 de junho de 2020

Trabalhador não pode arcar com ônus da crise

Editorial do site Vermelho:

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir estados e municípios de cortar salários de servidores merece ser saudada como medida de grande importância, especialmente nesse momento de crise grave. Ela decorre da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ajuizada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) juntamente com o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Socialista Brasileiro (PSB).

O futuro do saneamento básico no Brasil

Por Edson Aparecido da Silva, no blog Viomundo:

Não vai adiantar dizer “eu avisei”, como acontece em outros casos na política nacional.

A aprovação pelo Senado Federal do Projeto de Lei nº 4.162 de 2019 no dia 24 de junho, de autoria do poder executivo e relatado pelo Senador Tasso Jereissati do PSDB do Ceará, que altera várias leis, entre elas a 11.445 de 2007, que definiu as diretrizes para o saneamento básico no Brasil, vai significar a ampliação da possibilidade de atuação de grupos privados nacionais e internacionais no saneamento, com destaque para o segundo grupo.

sábado, 27 de junho de 2020

Pergunta hoje: "Cadê a mulher do Queiroz?"

Bolsonaro se enfraquece, mas Moro cresce!

O extermínio dos povos indígenas

Um presidente que acoberta foragidospol

Jairzinho Bolsonaro paz e amor

Wassef constrói narrativa de espertalhão

Pandemia desnuda perversidade do capital

O maior escândalo da historia do MPF

Black Lives Matter processa Trump

Uma bela homenagem a Gilberto Gil

sexta-feira, 26 de junho de 2020

A direita se une na privatização da água

Por Altamiro Borges

O Senado aprovou nesta quarta-feira (24) o projeto do novo marco regulatório do saneamento básico – que incentiva, na prática, a privatização criminosa desse setor essencial. O texto, que teve a relatoria do senador-lobista Tasso Jereissati (PSDB-CE), recebeu 65 votos favoráveis e 13 contrários.

Usando como desculpa a tragédia da Covid, o projeto de lei foi aprovado às pressas. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), apelou pela retirada dos destaques e pelo fim dos debates. O rentista Paulo Guedes, czar da Economia do laranjal bolsonariano, festejou a celeridade do golpe privatista.


Fatos e números: Bolsonaro não cai

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:

Todo jornalista tem direito a ter opinião e a explicitar suas posições políticas. Mais que direito, tem até a obrigação. Mas não pode brigar com os fatos, nem confundir realidade com desejo.

O mês de junho termina com números e fatos com os quais não é recomendável brigar.

Fato 1: Bolsonaro está mais fraco.

O bolsonarismo, que ameaçava golpes e dizia que a ruptura era questão de tempo, mostrou-se um blefe. Queiroz foi preso, Wassef exposto, o acampamento dos 300 desmontado, o gabinete do ódio desossado, Weintraub colocou-se em fuga, e o capitão nomeou um novo ministro da Educação mais próximo dos militares do que do olavismo... Esse quadro mostra que a possibilidade de uma ruptura institucional não encontra aderência na realidade.

Lei contra fake news será enorme retrocesso

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O relatório final do Projeto de Lei 2630/2020, cuja proposta era combater a epidemia de fake news no país, confirmou o temor da sociedade civil brasileira: ao invés de estabelecer mecanismos eficientes no combate às notícias falsas, a lei, que pode ser aprovada nesta quinta-feira (25), representa grave ameaça à privacidade dos cidadãos. Elaborado sem nenhum debate com a sociedade, o #PLFakeNews foi objeto de crítica de relatores internacionais para a Liberdade de Expressão. David Kaye, da Organização das Nações Unidas, e Edison Lanza, da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), chegaram a direcionar mensagem para parlamentares brasileiros evitarem a votação precipitada de uma lei que cria mais problemas que soluções.

O Exército é o fiel da balança?

Por Israel Aparecido Gonçalves, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O país vive uma guerra discursiva entre o presidente da República e outras instituições de relevância democrática, como o Supremo Tribunal Federal, e o mapa desse conflito demonstra que Jair Bolsonaro está perdendo espaço político. Ao lado do presidente, de forma serviçal, encontra-se o Exército. Mas por quê?

Primeiramente deve-se lembrar que o Exército brasileiro tem a missão de defender as nossas fronteiras, em especial a terrestre. Por fazer fronteira com quase todos os países da América do Sul, o nosso país pode ficar vulnerável ao tráfico de drogas, de animais, de armas e ao tráfico de pessoas também. O Exército não consegue garantir total segurança a nossas divisas, talvez por falta de soldados, de dinheiro ou de estratégias.

Hegemonia e travessia do deserto

Desempregados, Antonio Berni
Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:

Ando revisitando Rosa Luxemburgo, e é revisitando mesmo porque já havia lido um bocado de coisas dela, agora releio, e ia novamente escrever sobre ela, e creio falaria coisa interessante – ela e a Revolução Russa. Há poucos dias fiz um texto sobre seu mergulho final na revolução espartaquista, seu fim trágico. Empaquei. Não, não será agora. Será o próximo texto.

Fui provocado por outra inquietação. Tem a ver com a conjuntura. Não no sentido da política cotidiana, da nossa tragédia diária atual. Tentar refletir um pouco além, se tiver condições, se minhas armas forem suficientes, e não tenho certeza o sejam.

A notável aparição dos 'entregadores livres'

Por Shyam Krishna, no site Outras Palavras:

A pandemia escancarou a precariedade e as más condições enfrentadas pelos trabalhadores da Gig Economy [forma como é chamada a economia alternativa, que engloba trabalhos temporários, como autônomos e freelancers]. Quando a maré acalmar, esses trabalhadores que estavam na linha de frente da crise, conseguirão construir um futuro mais justo? Os trabalhadores que aparecem em Reclaiming Work [algo como “Trabalho Reivindicado”] acreditam que sim. Esse breve documentário, de Cassie Quarless e Usayd Younis, da produtora Black & Brown Film, apresenta cooperativas de entregadores (de bicicleta ou motoboys) que oferecem uma alternativa socialista às gigantes Deliveroo [aplicativo de entrega de comida, popular na Europa] e Uber. De fato, La Pájara, uma das cooperativas que aparecem no documentário, foi formada após alguns onda de protesto contra a Deliveroo em Madri. Cooperativas como essas são apoiadas por uma federação ainda mais ampla, a CoopCycle - uma “cooperativa de plataforma” que controla os principais modelos econômicos do capitalismo de plataforma. Esse movimento é fruto do esforço de trabalhadores que se encontraram na esperança de criar uma alternativa justa contra a exploração desenfreada de trabalhadores dentro da Gig Economy, ou “Economia dos Bicos”.

A luta contra a privatização da água

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Numa conjuntura em que o país tem sido inundado por inúmeras decisões irresponsáveis, destinadas a agravar a exploração da população e facilitar a entrega de riquezas nacionais, é obrigatório reconhecer prioridades e oferecer alternativas para evitar males de grande impacto e difícil correção.

Não há dúvida de que a denúncia do projeto que autoriza a privatização da água, um bem natureza que acompanha a humanidade desde sua aparição na face da Terra, sendo anterior ao próprio regime capitalista e à criação da propriedade privada, na Europa do século XVII, constitui um desses casos.

Emissoras de TV silenciam as vozes negras

Grafite em Paraisópolis, São Paulo/SP
Por Mabel Dias, na revista CartaCapital:

“Eu não consigo respirar.” A frase dita por Eric Garner, em 2014, enquanto era estrangulado por um policial branco em Nova York, se tornou símbolo da violência policial contra a população negra. Ela foi repetida diversas vezes por George Floyd, homem negro que trabalhava como segurança e morava na cidade de Minneapolis, estado de Minnesota, nos Estados Unidos, assassinado no último dia 25 de maio. O mundo assistiu, estarrecido, ao homicídio cometido pelo policial branco Derek Chauvin, que por quase 9 minutos pressionou com o seu joelho o pescoço de Floyd, enquanto outros três policiais assistiam à cena e a população em volta pedia a Chauvin que parasse.