sexta-feira, 16 de setembro de 2016

O golpe baixo da Globo nas eleições

Por Theo Rodrigues, no blog Cafezinho:

Se fosse uma luta de boxe poderíamos dizer que o editorial do jornal O Globo de hoje deu um golpe abaixo da cintura no Supremo Tribunal Federal.

Intitulado “Crime avança no financiamento empresarial”, o editorial argumenta que o fim do financiamento empresarial nas campanhas eleitorais, que foi decidido pelo STF no ano passado, teria aberto espaço para a participação de quadrilhas e milícias na política.

Um golpe contra a nova geração

Por Osvaldo Bertolino, no site da Fundação Maurício Grabois:

O McJob, nome genérico que nos Estados Unidos e na Europa se dá a empregos de baixa especialização e de baixa remuneração no setor de serviços, faz o maior sucesso no Brasil. A prova disso está disponível em qualquer loja do McDonald’s, onde se vê punhados de adolescentes brasileiros frequentemente vistos como um grupo mal preparado e de pouco futuro. Nos Estados Unidos e na Europa, a grande bronca com os McJobs é o fato de eles simbolizarem o trabalho desqualificado a que teve de se submeter uma geração que enfrentou dificuldades para trocar seu diploma universitário por um bom emprego. Eles chegaram ao mercado de trabalho com um currículo cinco estrelas e tiveram que se virar com um emprego destinado a quem só tinha o segundo grau.

Injustiça fiscal à brasileira

Por Róber Iturriet Avila e João Santos Conceição, no site Outras Palavras:

Desde as primeiras sistematizações mais acuradas sobre o funcionamento da economia, ainda no século XVIII, preconiza-se que os tributos devem ser proporcionais à renda dos indivíduos. Naquela mesma época, ministros de Estado que propunham tal configuração eram desalojados de seus postos por forças refratárias a essa perspectiva, como ocorreu com Anne Robert Jacques Turgot.

Cunha é Temer, Temer é Cunha

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Musa Ramalho, no site da UJS:

Cunha é Temer, Temer é Cunha e ambos são o pacote de maldades neoliberais preparadas para retrocedermos nos direitos democratizantes conquistados com muito suor e muita luta. Nossas vozes pelo “Fora, Temer e Cunha na Cadeia” precisam estar atreladas a reconstrução da democracia brasileira. Se não pensarmos e agirmos de forma mais aprofundada, vamos somente trocar os donos das canetas sem alterar o conteúdo da narrativa. “Diretas já” são fundamentais para reorganizar a política nacional. Não eleger golpista nas disputas municipais é imprescindível para construirmos uma política melhor.

O ranking deficiente da Folha

Por Jorge Kayano, na revista Caros Amigos:

A Folha de S. Paulo divulgou no último dia 27 de agosto uma série especial de matérias sobre seu Ranking de Eficiência dos Municípios (REM-F). “Uma experiência do Instituto Pólis, lançada nos anos 1990, inspira o conceito”, diz uma das notícias. Se falam da publicação “Como reconhecer um bom governo”, publicada em 1995, parece-me que se inspiraram pelo inverso do que sugere o estudo. Pelos critérios de análise do REM-F, a grande maioria (76%) dos municípios brasileiros é rotulada como “não eficiente no uso dos seus recursos para as áreas básicas de educação, saúde e saneamento”. O mínimo que se pode dizer sobre isso é que a Folha está passando por cima de qualquer cautela para divulgar suas teses preconcebidas sobre o que significa ser eficiente na gestão pública.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O fascista do MBL que agrediu a senadora



Por Altamiro Borges

A senadora Vanessa Grazziotin, que foi agredida pelo troglodita Paulo Demchuk - militante da seita golpista Movimento Brasil Livre (MBL) -, continua recebendo a solidariedade de lideranças políticas e dos movimentos sociais. Nesta semana, várias entidades do Paraná divulgaram um manifesto em repúdio ao advogado, que atacou a parlamentar comunista do Amazonas durante um voo de Brasília para Curitiba, em 31 de agosto passado - logo após a aprovação no tribunal de exceção do Senado do impeachment da presidenta Dilma. Aos poucos, graças às redes sociais, a sociedade também vai conhecendo melhor o perfil do criminoso que agrediu a senadora.


A coletiva do ex-presidente Lula

Dallagnol, um pequeno Torquemada

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Nos processos em que a perseguição insidiosa toma o lugar da justiça, faz-se necessário contar uma história que desperte a intolerância e justifique a violência e o arbítrio. Assim fez o procurador Deltan Dallagnol no espetáculo deplorável de apresentação de denúncia do Ministério Público contra o ex-presidente Lula. A denúncia é de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relacionada à suposta posse, não provada, de um apartamento. Mas a história contada, com um histrionismo que envergonhou os caçadores mais adestrados de Lula, foi sobre seu papel de “comandante máximo”, “maestro regente” ou “general” de uma “propinocracia” montada para saquear a Petrobrás. Dallagnol fez uma interpretação política, não uma demonstração jurídica. Pode ter dado seu tiro no pé. “A hipótese prévia imaginária preponderou em relação aos fatos. Parece-me que a acusação num processo jurídico normal não prosperaria”, avaliou o jurista Pedro Serrano.

Procurador admite não ter prova contra Lula

Por Joana Rozowykwiat, no site Vermelho:

Uma frase do procurador Roberson Henrique Pozzobom, durante a coletiva na qual detalhou a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta (14), foi mais útil em explicar o que se passava do que todos os gráficos de Power Point que ele utilizou. “Não teremos aqui provas cabais de que Lula é efetivo proprietário do apartamento”, disse.

Em meio à apresentação, repleta de setas, quadros e tabelas, os procuradores da Lava Jato informaram que Lula é denunciado por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. Segundo eles, há a “convicção” de que o ex-presidente teria recebido propinas “de forma dissimulada”, por meio de benefícios, “troca de favores”. Especificamente, nas reformas de um apartamento triplex no Guarujá e de um sítio em Atibaia e no custeio do armazenamento de seus bens.

O que se faz contra Lula é carnificina

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se há alguma coisa de que Lava Jato não pode ser acusada é de surpreender.

O indicionamento de Lula, agora: você quer coisa mais óbvia?

Há muito tempo ficou claro que o objetivo de Moro e da Lava Jato está longe de ser erradicar a corrupção: é acabar com o PT. Mais especificamente, com Lula.

Lula deve morrer

Por Ayrton Centeno, no site Sul-21:

Lula já deveria ter morrido. Cedo, quando nasceu. Quando veio ao mundo em 1945, a mortalidade infantil no Brasil era de 146 x 1000. Quase 150 óbitos antes do primeiro ano de vida em cada mil crianças. Isto na média nacional que, hoje, a propósito, é dez vezes menor. Mas naquele tempo, para quem vinha aumentar família pobre, da área rural e do Nordeste, os números eram ainda mais atrozes.

Um dos 12 filhos de dona Lindu - quatro não sobreviveram - Lula nasceu em Caetés, então zona rural de Garanhuns/PE. Casa de taipa, erguida em barro e madeira, um quarto, uma mesa, cinco redes. Água? Amarela, das poças de chuva, dividida com o gado e povoada por girinos. Comida? Feijão, arroz e farinha, carne rara, às vezes de preá ou passarinho. Proteína animal acessível era a da içá, nome da tanajura no Agreste pernambucano.

Temer e a rasteira nas ruas

Por Murilo Cleto, na revista CartaCapital:

Quatro meses depois da posse, o governo Temer já não precisa dar mais sinais de que a rasteira que destituiu Dilma do Planalto também derrubou boa parte daqueles que permitiram a sua ascensão à presidência.

Se, por um lado, não faltam agentes do impeachment em lua de mel com o governo que já não é mais interino, por outro as multidões que inundaram de verde e amarelo as ruas do país em 2015 têm tudo pra estar cada vez mais desapontadas.

Privatizá-las-ei porque são públicas!

Paulo Kliass, no site Carta Maior:

"Bebo-o porque é líquido, se fosse sólido comê-lo-ia"
(frase atribuída ao ex Presidente Jânio Quadros)

O governo Temer acaba de apresentar, em evento solene realizado no Palácio do Planalto, mais um de seus “alicerces fundamentais” para o tão ansiosamente aguardado processo de retomada do crescimento da economia. O discurso entusiasmado do Presidente pode ser resumido na expressão de realizar uma “abertura extraordinária” da infraestrutura brasileira à iniciativa privada.

Temer quer privatizar até a água

Por Vagner Freitas, na Rede Brasil Atual:

O anúncio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) foi mais um passo do golpista Temer rumo à sua proposta de diminuição do Estado na economia. Ou seja, menos investimentos que garantam uma vida digna para a maioria dos brasileiros e brasileiras que mais necessitam de água, esgoto, educação e saúde pública e de qualidade.

A tal da PPI é, na verdade, um amplo conjunto de concessões e privatizações de portos, aeroportos, companhias de energia elétrica, recursos naturais, como Pré-Sal e gás natural e até de água, coleta e tratamento de esgoto.

Acusação a Lula é só discurso de ódio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Assisto agora a fala de Deltan Dallagnol, o jovem chefe da Força Tarefa.

Até agora, o Doutor não entrou em uma prova fática.

Foi um discurso político que só encontra suporte na histeria anti-Lula com que a mídia fez impregnar este país.

Diz que, se diretores indicados em acordos políticos com outros partidos roubavam, isso indicava que Lula é pessoalmente responsável por seus atos, porque as nomeações só poderiam ter intenção “arrecadatória”.

A perigosa seita de Curitiba

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Por Marcelo Zero

A denúncia do Ministério Público contra Lula e sua esposa é crônica de uma farsa há muito anunciada.

Todo o Brasil sabe que a fraude do impeachment sem crime de responsabilidade teria de ser complementada pela farsa das denúncias sem crimes contra Luiz Inácio Lula da Silva. O que querem, o único que querem, é impedir que Lula se candidate de novo em 2018 e resgate o país das garras do golpe e do seu terrível programa de retrocesso contra o povo brasileiro. O golpe precisa se completar.

A denúncia inepta da Lava Jato

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O rebaixamento do Brasil para a segunda divisão das democracias ocidentais teve três momentos significativos: a votação da admissibilidade na Câmara, com aquela malta aos berros invocando o nome do pai e da mãe; a performance de Janaina Cabral no comício do Largo São Francisco; e o jovem procurador gaguejante, armado de um Power Point capenga, conduzindo um discurso tatibitate naquele que deveria ser o grande desfecho da mais massacrante campanha já movida contra uma pessoa no país.

Por trás do show, uma denúncia ridícula

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Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A experiência ensina que as ideias claras e as verdades cristalinas podem ser explicadas em poucos minutos. Às vezes, em 30 segundos.

O exaustivo espetáculo do Ministério Público Federal, ontem, para tentar apresentar um fato concreto contra Luiz Inácio Lula da Silva levou horas. Não trouxe novidade alguma. Nenhuma prova, nenhum fato.

Apenas uma longa narrativa, romanceada, em que se sugere aquilo que não se demonstra - e por isso mesmo é preciso argumentar, explicar, voltar ao tema, repetir frases fortes como slogans de uma campanha publicitária. Chegou-se até a um improviso sociológico, a noção de "propinocracia" destinado a causar impressão a espectadores de pouco estudo.

"Fora Temer" e a greve geral

Por João Pedro Stedile, no jornal Brasil de Fato:

1. No dia 31 de agosto consolidou-se o golpe judicial/midiático também no Congresso Nacional.

A burguesia concluiu a primeira etapa da conspiração, que vem desde outubro de 2014, para empossar, de qualquer maneira, um governo totalmente subserviente e capaz de jogar todo o peso da crise econômica sobre os ombros da classe trabalhadora.

Agora, está em curso a etapa de acelerar a implementação de medidas neoliberais, que só interessam ao capital financeiro e ao grande capital, aumentando a exploração do trabalho, diminuindo salários, aumentando o desemprego e aplicando um programa de privatizações e ajustes fiscais que envergonham até o FMI.

O papelão tragicômico da Lava Jato

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Que tempos, meu Deus! Que tempos vivemos!

Podemos dizer que tudo começou com aquela frase fatídica de Rosa Weber: não tenho provas para condenar José Dirceu, mas a literatura me permite fazê-lo.

Aquela frase marca uma era, é o resumo de toda uma época histórica, que começa em meados de 2005, com a midiatização judicial do escândalo do mensalão, culminando com o golpe de Estado de 2016 e a caça midiático-judicial a Lula.