quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O "ajuste fiscal" e o caos no Espírito Santo

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Por Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

O estado do Espírito Santo completou, nesta terça-feira (7), quatro dias de uma crise de violência e saques instalada após a ausência de policiamento nas ruas. Parentes de policiais militares estão impedindo a saída de viaturas dos batalhões para reivindicar reajuste salarial e o pagamento de benefícios.

Roberto Simões, cientista político e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), conecta a insatisfação trabalhista dos policiais ao ajuste fiscal ocorrido no estado capixaba. Segundo ele, as reivindicações de reajuste salarial e melhoria das condições de trabalho vão esbarrar na política de austeridade do governo.

A criminalização dos fundos de pensão

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Depois de arrebentar com o sistema de infraestrutura no país, o Ministério Público Federal prepara suas duas novas ofensivas: a desmoralização do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e a criminalização dos fundos de pensão, através da Operação Greenfield.

Se não começar a ter um mínimo de discernimento, se não houver uma liderança bem informada, mostrando a importância de preservar setores, essa multiplicação de forças tarefas, com suas parcerias midiáticas, arrebentará com o que resta de perspectiva econômica do país.


Pedro Parente e o bote da serpente

Por Artur Araújo, no site Vermelho:

Pedro Parente, presidente da Petrobrás, publicou panfleto em um periódico. É boa uma de suas afirmações: “(...) a Petrobras defende uma política de conteúdo local que ajude a indústria a ser competitiva globalmente e está disposta a contribuir para isso. A política precisa incentivar a inovação, as parcerias, a produção com qualidade, custos e prazos adequados. (...) Esta é a verdadeira escolha: entre o ranço ideológico, que a poucos beneficia, e a dignidade e o bem-estar que um novo emprego pode proporcionar a milhões de brasileiros e a suas famílias.”.

MBL se isola na defesa do Mussolini tucano

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O site do grupo Mídia Ninja publicou interessante estudo de redes sobre a repercussão no Twitter da nomeação do tucano Alexandre Moraes, até aqui ministro da Justiça, para a vaga aberta no STF pela morte do ex-ministro Teori Zavscki.

Esse tipo de estudo de rede costuma ser feito por empresas especializadas e, no caso do Twitter, os nomes dos tuiteiros que atuam naquela rede social aparecem em maior ou menor tamanho de acordo com o peso que tiveram na discussão de algum tema.

Quem ganha com o déficit público

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Que falta fazem o bom jornalismo e a boa política. Passou quase despercebido o relatório em que Banco Central apontou um rombo fiscal inédito nas contas públicas, em 2016. O resultado primário – que compara a arrecadação de impostos com os gastos típicos de governo (sociais, infraestrutura, pagamento dos servidores) foi um déficit recorde de 156 bilhões de reais, ou 2,47% do PIB. Quando se incluem os juros pagos aos banqueiros e à aristocracia financeira, os números saltam: 562 bilhões de reais, ou 8,93% do PIB. A deterioração rápida do cenário é ainda mais impressionante. Ainda em 2014, último ano antes do início do “ajuste fiscal”, o déficit primário era cinco vezes menor – apenas 0,56% do PIB.


A solidariedade ao deputado Jean Wyllys

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé repudia veementemente qualquer decisão da Câmara dos Deputados que resulte em suspensão por 120 dias do mandato do deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) por quebra de decoro parlamentar durante a sessão de 17 de abril, quando foi aprovada a admissibilidade do pedido de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.

O deputado está sendo julgado por ter cuspido no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), depois dele ter feito apologia à tortura e ao torturador Brilhante Ustra. Numa sessão que entrará para a história como um dos momentos mais vergonhosos daquela Casa parlamentar, a indignação de Jean Wyllys talvez tenha sido uma das atitudes que mais defendeu a honra do parlamento brasileiro, em meio a hipócritas que votavam pelo combate à corrupção ou em nome de Deus e da Família, e que no dia seguinte eram presos.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Temer e Moraes: o desprezo pela sociedade

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

"O público que se dane!" - frase do magnata americano William Henry Vanderbilt (1882), um predecessor de Donald Trump, quando a imprensa o criticou pela má qualidade das suas ferrovias.

"Estou me lixando para a opinião pública!" - discurso do deputado Sergio Moraes (PTB-RS), em 2009.

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É o que deve ter pensado também Michel Temer ao nomear seu amigo do peito Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira.

A política do genocídio chega ao STF

Por Dennis de Oliveira, no blog Quilombo:

Alexandre Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer para o Supremo Tribunal Federal (STF), foi secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo de 2014 a maio de 2016, quando foi para o ministério da Justiça.

Na sua gestão da Segurança Pública em São Paulo, a Polícia Militar e a Polícia Civil foram responsáveis por 25% das mortes na cidade de São Paulo em 2015. Uma em cada quatro pessoas.

No estado de São Paulo, o ano de 2016 foi de recorde do número de pessoas assassinadas por policiais em horários de folga: 266, cerca de 83% acima do que foi em 2001 (146 mortos). Estas mortes não entram nas estatísticas de homicídio praticados por policiais e só foi obtido pela Rede Globo e exposto no telejornal SPTV por meio da Lei de Acesso à Informação (lei que obriga os órgãos públicos a fornecerem informações de interesse público).

Escolha de Moraes e o regime de exceção

Por Jeferson Miola

A rigor, o usurpador Michel Temer não tem legitimidade para indicar o juiz que deve ocupar a vaga aberta no STF com a morte de Teori Zavascki.

Temer não é um presidente eleito legitimamente; é um conspirador que tomou de assalto o Palácio do Planalto com sua turba corrupta, branca e masculina, e que exerce prerrogativas presidenciais porque o país está sob a vigência de um regime de exceção.

Os golpistas que promoveram o golpe de Estado com a fraude do impeachment e que controlam o legislativo e o judiciário atribuem a ele, o “MT” das planilhas de propinas da Odebrecht, os poderes que seriam legítimos somente a um mandatário eleito pelo voto popular. A mídia, liderada pela Rede Globo, cumpre a função legitimadora do governo usurpador e naturaliza cada passo da evolução golpista.

Fascistas tumultuam debate em MG

Renato Rabelo, presidente da Fundação Mauricio Grabois
Do site da Fundação Maurício Grabois:

A Fundação Mauricio Grabois realizava, na segunda-feira (6), a palestra “O Brasil tem saída – caminhos para a superação da crise brasileira”, ministrada pelo seu presidente nacional e ex-presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Renato Rabelo, quando foi surpreendida por um grupo de provocadores, se dizendo fãs de Jair Bolsonaro.

O evento, realizado no Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), transcorria normalmente até que três pessoas raivosas, com linguagens de ódio, utilizando a roupagem “Jair Bolsonaro-presidente”, começaram a tumultuar o evento prestigiado por mais de 160 pessoas.

O cálculo na escolha de Alexandre de Moraes

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Alexandre de Moraes acaba de ser indicado pelo governo Temer para a vaga aberta no STF com a morte de Teori.

O currículo de Moraes é uma mistura de truculência e incompetência, temperada com pitadas de fanfarronices e bizarrices.

Como secretário da segurança pública de São Paulo, durante o governo Alckmin (2014-2016), comandou verdadeiros massacres contra manifestações políticas da esquerda. Ficou clara a estratégia da PM de provocar os manifestantes e incitar a violência para depois justificar os tiros, as porradas e as bombas.

Violência e barbárie no Espírito Santo

Exército no Espírito Santo
Por Marcos Sacramento, no blog Diário do Centro do Mundo:

Engana-se quem pensa que o caos instalado no Espírito Santo após o aquartelamento da Polícia Militar é apenas um caso de falta de policiamento.

Junto com a onda de crimes e vandalismo subsequente ao protesto, iniciado na última sexta-feira (03) por cônjuges e familiares de policiais militares que “bloqueiam” os portões dos Batalhões, afloraram tensões sociais na forma de saques a lojas de eletrodomésticos e áudios de Whatsapp carregados de preconceito social.

Negar o crescimento da violência nesses dias seria insensatez da minha parte, ainda mais com estatísticas e imagens eloquentes.

Previdência: Cunha no comando da reforma?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Quem acompanhou o longo processo de cassação de Eduardo Cunha e as intermináveis sessões da Comissão de Ética sabe que ninguém foi mais fiel ao hoje preso ex-presidente da Câmara que o deputado Carlos Marun, do PMDB do Mato Grosso do Sul.

Foi, não, é.

Em setembro, já com o ex-todo-poderoso em desgraça, Marun rasgou-lhe seda em artigo na Folha.

O tucano Alexandre de Moraes vai para o STF

Da revista CartaCapital:

Alexandre de Moraes, atual ocupante do Ministério da Justiça, foi escolhido pelo presidente Michel Temer para ocupar a vaga deixada por Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em janeiro, no Supremo Tribunal Federal (STF). O anúncio aconteceu na noite desta segunda-feira 6, após duas semanas de muita especulação em Brasília sobre a identidade do novo magistrado.

O anúncio foi feito pelo porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola. "As sólidas características de Moraes o qualificam para a elevada função", disse em pronunciamento. Uma vez oficializada a indicação, Moraes será sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado e terá seu nome apreciado pelo plenário da Casa Legislativa.

Le Pen se lança no estilo 'France first'

Por Flavio Aguiar, de Berlim, no site Carta Maior:

Marine Le Pen lançou oficialmente sua candidatura à presidência francesa durante um comício na cidade de Lyon, com o comparecimento de milhares de pessoas.

Le Pen prometeu tirar a França da zona do Euro e da União Europeia, se necessário. Também falou vigorosamente contra a globalização e prometeu melhores salários, mais empregos, menor tempo e melhor pensão para aposentadorias. Mas tudo isto veio envolto nas propostas xenófobas, anti-imigrantes, anti-refugiados, no estilo Donald Trump: “a França em primeiro lugar”.

A luta contra a reforma da previdência

Do site da Frente Brasil Popular:

Dia 08, Dia Internacional da Mulher; dia 15 de março – Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência; e 31 de março, data do golpe militar de 1964, dia que o chamado será com a bandeira "Fora, Temer" são três datas fundamentais para a mobilização contra a retirada de direitos proposta pelo presidente ilegítimo Michel Temer e em defesa da democracia.

“A proposta de reforma da previdência é uma parte da fatura do golpe que Temer tem que pagar aos empresários que ajudaram no processo de impeachment”. É assim que a presidenta da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral pontuou em sua fala durante exposição do debate sobre o cenário político atual.

RBS e poder: tudo a ver

Por Eduardo Silveira de Menezes, no site Sul-21:

Não é de hoje que a Rede Brasil Sul de Comunicação (RBS) atua de modo a pautar a opinião pública em benefício de interesses privados. Acostumada a eleger seus representantes, no estado do Rio Grande do Sul, a empresa, de propriedade da família Sirotsky, especializou-se em atuar politicamente por meio de vereadores, deputados, senadores e, até mesmo, governadores. É o caso do jornalista – e ex-repórter desse grupo de comunicação –, Antônio Britto (PMDB), que, durante os quatro anos em que esteve à frente do Palácio Piratini, não mediu esforços para entregar os serviços públicos à iniciativa privada. O caso do Banrisul é exemplar, nesse processo, já que foi um dos poucos bancos estaduais a escapar da fúria privatista da década de 1990. Certamente o destino do banco seria outro se Britto não tivesse perdido as eleições de 1998, período marcado pela crescente subserviência do governo ao sistema financeiro.

Alexandre de Moraes no STF é golpe de Temer

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Michel Temer indicou na noite desta segunda-feira (6) o ministro da Justiça, filiado ao PSDB, Alexandre de Moraes para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki. O processo seguinte, a partir de agora, é o Senado agendar a sabatina pela qual passará Alexandre de Moraes. Depois disso, se for aprovado, ele é nomeado para o cargo na Corte Suprema. Moraes foi apoiado pelo ministro Gilmar Mendes que, no domingo anterior, se reuniu com Michel Temer para discutir a escolha do novo ministro

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Record quebra a blindagem de Aécio Neves

A morte de Dona Marisa e a exceção

Por Tarso Genro

Dona Marisa Letícia foi uma pessoa comum, como somos a maioria dos brasileiros, com as nossas humanidades cheias de grandezas e defeitos. Pessoa boa, educada, fraterna e sensível. Só que Marisa Letícia, pela sua relação amorosa com Lula, com quem realizou e cuidou de uma família – um político originário da classe operária e uma mulher da mesma origem – foi jogada num turbilhão político. Primeira Dama do país, respeitosa dos protocolos, foi consciente da suas responsabilidade, mas não para estar “atrás” de um grande homem, mas ao seu lado. Nos seus momentos de glórias, vicissitudes e resistência, lá estava a “Galega”, como lhe chamava Lula, cumprindo o papel que o destino e a militância lhe reservou.

AVC democrático e hemorragias de ódio

Por Marcelo Zero

Que o Brasil vai mal, todo mundo sabia. Que o outrora país do “homem cordial” se tornou o país do homo lupus homini de Hobbes, do ódio desenfreado, também já parecia evidente para todos há algum tempo.

Mas há fatos que chocam.

A reação dos nossos conservadores protofascistas à doença e à morte de Dona Marisa Letícia, bem como ao discurso de Lula em seu velório, extrapolou tudo o que se tinha visto até aqui.

E olha que não foi pouco. Há anos que Lula e sua família vêm sendo vítima de uma caçada judicial e mediática impiedosa, de uma lawfare cruel e sistemática.

Marisa Letícia e a força do caráter

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Passado o choque de uma morte precoce e injusta, será preciso acompanhar, passo a passo, a investigação e a necessária punição dos doutorzinhos e doutorazinhas de instinto assassino que envergonharam o país com atos criminosos durante o AVC de Marisa Letícia, sem respeitar direitos de paciente e a privacidade de cidadã em luta pela vida.

A esse respeito, não custa lembrar que teriam honrado o diploma universitário se ajudassem a esclarecer as circunstâncias psicológicas de uma tragédia iniciada 24 horas depois que a Polícia Federal esteve no apartamento de Marisa e Lula em São Bernardo, revirou móveis, abriu pastas, levantou o colchão do quarto do casal.

A tática para derrotar o governo golpista

Por José Reinaldo Carvalho, no site Vermelho:

Com as eleições às mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a designação das lideranças da coalizão governista nas duas casas e a nomeação de mais um membro da cúpula tucana para o núcleo político do Planalto, o regime do golpe completa o alinhamento das suas fileiras para dar continuidade à brutal ofensiva antinacional e antipopular no início do ano político de 2017.

A esquerda, por seu turno, aprofundou suas divisões, não somente com o confronto entre partidos do mesmo campo, mas também no interior de cada um.

'PL das teles' volta ao Senado

Por Ramênia Vieira, no site do FNDC:

O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), enviou à sanção presidencial na terça-feira, dia 31, no seu último ato na presidência da Casa, o Projeto de Lei da 79/2016, que altera a Lei Geral das Telecomunicações. Vários senadores que se opõem ao projeto apontaram o ato de Calheiros como uma afronta às normas regimentais do Senado, pois havia na mesa diretora da Casa um pedido para que o projeto fosse ao plenário.

Big Data: Toda democracia será manipulada?

Por Hannes Grassegger e Mikael Krogerus, no site Outras Palavras:

No dia 9 de novembro, por volta das 8h30, Michal Kosinski acordou no Hotel Sunnehus em Zurique. O pesquisador de 34 anos estava ali para dar uma palestra no Instituto Federal Suiço de Tecnologia (ETH, na sigla em inglês) sobre os perigos do Big Data e da revolução digital. Kosinski fala sobre esse assunto regularmente, em todo o mundo. Ele é um especialista em psicometria, um sub-ramo da psicologia baseado em dados. Quando ligou a TV naquela manhã, contrariamente às previsões de todos os principais estatísticos, viu que a bomba explodira: Donald J. Trump fora eleito presidente dos Estados Unidos.

A eutanásia do investimento no Brasil

Por Juliano Giassi Goularti, no site Brasil Debate:

Quando John Maynard Keynes publicou a Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda (1936), teve como preocupação central o emprego, pois estava olhando para os estragos da crise de 1929 na economia norte-americana, que provocou de imediato 4,6 milhões de demissões (1929), 7,8 milhões (1931), 11,6 milhões (1932) e 16 milhões (1933).

Com o desenvolvimento do mercado financeiro nos anos 1920, a possibilidade de os homens de negócios fazerem fortuna fácil e ganhar dinheiro rápido com ações/ativos/títulos (líquidos/moeda) produzia uma expectativa de rendimento esperado superior aos investimentos fixos/físicos (máquinas/equipamentos). Utilizando uma das frases de impacto de Keynes, estavam assim os proprietários de riqueza preferindo a “Lua ao invés de Queijos Verdes”.

As peripécias de Aécio no propinoduto

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Imagine que um simples comerciante do interior de Minas Gerais tenha sido preso por participar de um esquema de vendas de habeas corpus para traficantes de drogas em conluio com um desembargador.

Imagine que este comerciante seja primo de um político responsável pela nomeação do desembargador que mais tarde se tornaria seu comparsa no esquema.

Agora, imagine que o comerciante e o desembargador tenham sido presos e que o Fantástico tenha feito uma excelente reportagem de quase 12 minutos sobre o assunto, mas não citou que o político em questão levava o nome de Aécio Neves (PSDB/MG).

Ódio, insensibilidade e falta de ética

Por Emilio Rodriguez e Francisco Vagner, no site Jornalistas Livres:

Muitos são-roquenses ficaram indignados e preocupados com a notícia sobre a falta de ética do médico neurocirurgião Richam Faissal El Hossain Ellakkis. Este, que atua na cidade, fez um comentário sobre o estado de saúde de dona Marisa Letícia Lula da Silva (1950-2017) que horroriza qualquer pessoa. “Esses fdp vão embolizar ainda por cima”, escreveu em um grupo de WhatsApp, em referência ao procedimento que provoca o fechamento de um vaso sanguíneo para diminuir o fluxo de sangue em determinado local. “Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela”, arremata o neurocirurgião.

O problema não é você, é o Lula

Por Renato Rovai, em seu blog:

Eu entendo você que achou um absurdo o Lula falar no velório da dona Marisa, mas achou o máximo acompanhar por horas a cobertura ao vivo do velório do Eduardo Campos pela Globo. Que não teve apenas um discurso, mas inúmeros.

Que teve rojões, carro de bombeiro, músicos cantando, candidatos disputando os melhores lugares para aparecer e uma herdeira política da chapa que não saiu do lado do caixão.

Lava-Jato ameaça bancos e imobiliárias

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Reportagem da CartaCapital, e um comentário sobre ela do blog Conversa Afiada, trazem informações alarmantes sobre as consequências trágicas do golpe para a economia brasileira.

A campanha midiática-judicial para destruir as maiores empresas brasileiras de construção civil chegou aos bancos, naturalmente, visto que essas companhias – como todas – estão sempre rolando dívidas no sistema financeiro.

A estratégia tucano-global (PSDB + Globo) para recuperação da economia costuma sempre esquecer um detalhe: é preciso consumidores. Se o governo aposta apenas em demissão, recessão, cortes, como haverá recuperação do consumo e, portanto, como haverá recuperação do faturamento das empresas e, por fim, como haverá recuperação fiscal?

Marisa Letícia e a resposta ao ódio

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Dona Marisa Letícia, esposa do ex-presidente Lula, morreu num contexto politico conturbado. Nas palavras do próprio Lula, “ela morreu triste” e também traumatizada.

Diz-se que todas as instituições funcionam. Mas não se qualifica o seu funcionamento. Funcionam mal. Em outras palavras não funcionam. Se tomamos como referência a mais alta corte da nação, o STF ai fica claro que as instituições estão corrompidas, incluindo a PF e o MP. Especialmente o STF é atravessado por interesses políticos e um dos seus ministros, de forma escancarada, rompe diretamente a ética de todo magistrado, falando criticando, atacando fora dos autos e tomando claramente posição por um partido; nada acontece, no nosso vale tudo jurídico, quando deveria sentir o rigor da lei e sofrer um impeachment.

Lula devia ficar calado no velório de Marisa?

Foto: Adonis Guerra/SMABC
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Então ficamos combinados que Lula deveria ter permanecido calado no velório de Marisa Letícia. Assim declaram os fiscais do luto.

O Brasil dos cidadãos de bem está denunciando o “uso político” que ele fez do ato ecumênico no enterro de sua mulher em São Bernardo do Campo.

Num discurso de cerca de 20 minutos, interrompido algumas vezes pelo choro, com momentos tocantes e outros divertidos, Lula contou que “Marisa morreu triste”.

Lava-Jato e o dedo-duro profissional

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Reportagem de O Globo, hoje, retrata o desemprego e a paralisia das obras tocadas pelas empreiteiras da Lava Jato.

Em duas, apenas – a Odebrecht e a Camargo Correa – estima-se em 68 mil demitidos. Como é notório que grandes obras são feitas em regime de subempreitada com empresas menores, que contratam o grosso do pessoal, pode multiplicar à vontade este número.

Trump e a sabotagem no Brasil

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Estão muito enganados aqueles que acreditam que o neo-isolacionismo dos EUA quer dizer que, sob Trump, os Estados Unidos ficarão indiferentes ao que ocorre na América Latina.

O discurso de construção do muro separando fisicamente o Texas, o Novo México, o Arizona e a Califórnia, do país dos quais foram arrancados, à ponta de fuzis e baionetas, no século XIX, e a pressão para que as fábricas - norte-americanas ou não - que estão no México, abandonem o sul do Rio Grande e levem seus empregos e instalações para os Estados Unidos, caso queiram continuar vendendo para o maior mercado do mundo, mostram que, se pudesse, o Grande Irmão do Norte gostaria de voltar a transformar, pejorativamente, os latino-americanos e caribenhos em um bando de índios semi-escravos e analfabetos, produtores e exportadores de insumos e matérias-primas que não pudessem ser obtidos nos EUA, como café e bananas, por exemplo.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

O fantasma do desemprego volta a assombrar

Por Francisco Menezes, na revista CartaCapital:

Pesquisas de opinião vêm sendo realizadas há alguns anos, indagando aos entrevistados quais são suas maiores preocupações dentre as adversidades que enfrentam. Em geral, não existe muita variação nos resultados, com serviços públicos, como saúde e segurança, aparecendo com frequência nos primeiros lugares.

Em estudo recente, realizado no segundo semestre de 2016, pelas organizações ActionAid e Ibase, com foco na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, um tema que era recorrente e havia desaparecido por algum tempo desta lista incômoda voltou a ganhar expressão entre os problemas que mais afligem as pessoas que se encontram em condição de pobreza, em alguns casos como ameaça, em outros como um fato já consumado: o desemprego.

A fala de Lula no velório de Marisa

Moreira desgasta Temer e embaraça juízes

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

O anúncio, ontem (2), e a posse, hoje (3), de Moreira Franco como novo secretário-geral da Presidência, em poucas horas, já causa desgaste para o governo e certa situação constrangedora para o Judiciário. O cargo, que tem status de ministro, permite a ele foro privilegiado e deixa numa embrulhada ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). No final da manhã, um desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF 4) e ex-presidente do tribunal, que não quis se manifestar publicamente, disse à RBA que considera praticamente “impossível” o STF garantir a coerência se mantiver o ministro no cargo.

Marisa Letícia: uma história de luta

Marisa Letícia e a crise da medicina

Do jornal Brasil de Fato:

A Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares lançou nota neste sábado (4), na qual se posiciona sobre o vazamento de exames de Marisa Letícia Lula da Silva. Para a organização, apesar de chocar, este fato não é novidade diante de situações vivenciadas na trajetória da formação médica no Brasil. "Vamos sendo submetidos aos poucos, em doses homeopáticas, a abusos e absurdos", diz o texto. Trotes violentos, tratamento diferenciado para pacientes que tenham cometido crime, além de casos de assédio moral e sexual são experiências características da formação em medicina.

Lula volta às origens e promete luta

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Já quase no final de sua fala de 20 minutos diante do caixão de Marisa, Lula não conseguiu mais segurar o choro ao prometer para a mulher com quem viveu 43 anos, da luta sindical dos metalúrgicos do ABC à Presidência da República:

"Querida companheira Marisa, descanse em paz, porque o seu `Lulinha Paz e Amor´vai continuar brigando muito por você".

Depois de passar horas em pé recebendo os pêsames de uma a uma das milhares de pessoas que foram ao salão do terceiro andar do Sindicato dos Metalúrgicos, o berço político dele e do PT, com as filas dando volta no quarteirão, Lula voltou a falar com a emoção dos tempos em que surgiu na cena política brasileira, desafiando a ditadura militar, nas greves dos anos 1970.

A mensagem deixada por Marisa Letícia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Conhecida por uma atuação pouco visível mas efetiva em momentos decisivos da atuação política do marido Lula, a morte cerebral de Marisa Letícia cumpriu uma função política única.

Inspirou uma coreografia útil para se compreender as verdades e mentiras da conjuntura atual, num país onde o regime democrático se encontra à deriva, o emprego sumiu e o Planalto não consegue apontar uma saída à altura de uma nação que abriga o 8o. PIB do planeta e exerce um papel reconhecido no Hemisfério Sul.

BNDES e o crime de lesa-pátria de Temer

Editorial do site Vermelho:

O forte fomento ao desenvolvimento que foi a marca do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) durante os governos Lula e Dilma está sendo destruído rapidamente pelo governo ilegítimo de Michel Temer.

Nos dez anos posteriores a 2003, quando teve início o ciclo progressista de governos populares e democráticos, o BNDES recuperou a vocação de banco destinado ao fomento do desenvolvimento nacional e apoio ao fortalecimento das empresas brasileiras, capacitando-as para enfrentar a concorrência estrangeira no mercado mundial.

Sobre (auto)elogios do brioso Sergio Moro

Por Eugênio José Guilherme de Aragão, no Jornal GGN:

Li hoje que o Sr. Sérgio Moro, juiz federal de piso no Estado do Paraná, fez distribuir nota com um elogio público do sorteio do Ministro Edson Fachin para a relatoria dos feitos relacionados com a chamada "Operação Lava-Jato".

Eis o teor da nota, chocante pelo estilo burocrático e canhestro, indigno de um magistrado e surpreendente num professor com doutorado:

Marisa Letícia: Obituário de uma brasileira

Por Célio Turino, no site Outras Palavras:

De família de imigrantes italianos e trabalhadores na roça, enfrentou a pobreza junto a nove irmãos. Eram muitas bocas a alimentar e a família teve que se transferir para a cidade dos empregos operários, São Bernardo do Campo. Tinha 5 anos de idade, primeiro os estudos primários, mas logo aos 9 já assume responsabilidade como pajem de crianças menores, depois empregada doméstica, e aos 13, operária na Dulcora, embalando bombons. Uma vida de trabalho em meio a muito afeto. O primeiro casamento, a viuvez precoce e o filho que não conhece o pai, assassinado antes dele nascer, em um assalto. O segundo casamento, o operário metalúrgico atuando em Sindicato, mais três filhos e uma enteada. O trabalho, a família, a casa, o amor, os sonhos. Uma vida comum à de tantas brasileiras.

Cólera fascista e assassinato da humanidade

Por Jeferson Miola

O golpe liberou as comportas de uma represa envenenada com a cólera fascista da classe dominante e elevou ao paroxismo a fúria dos segmentos da sociedade que odeiam à morte os pobres, gays, lésbicas, negros, mulheres.

O golpe incandesceu uma espécie de fúria maligna naquelas pessoas que detestam o povo, a diversidade e o ideal de igualdade; destapou o subterrâneo assombroso de pessoas que consideram as pessoas diferentes inimigos e, por isso, alvos que devem ser exterminados.

Esse sentimento odioso e intolerante é imanente à natureza da oligarquia brasileira, não nasceu hoje. Subsiste no tempo em estado de latência, e transborda para a arena pública e contamina o convívio social sempre que a oligarquia sente seus privilégios ameaçados por políticas democráticas de igualdade social e distribuição de renda.

As mentiras sobre a morte de Marisa

Foto: Sato do Brasil/Jornalistas Livres
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

''O objetivo, neste momento, é não deixar gerar compaixão com Lula.''

A avaliação veio de um profissional que trabalha com construção e desconstrução de reputação via redes sociais. Em condição de anonimato, ele me explicou que é esse o objetivo de boatos que estão circulando na rede por conta da morte de Marisa Letícia, esposa do ex-presidente.

Um dos boatos afirma que o velório seria realizado de caixão fechado porque tudo isso era uma encenação para forjar sua morte e possibilitar a fuga para o exterior a fim de escapar de ser julgada e presa como consequência da Operação Lava Jato. Outras mensagens exigiam que as Forças Armadas obrigassem a realização de teste de DNA no corpo.

Marisa e o reconhecimento de sua inocência

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Nestes dias horríveis que estamos vivendo, assistindo o sofrimento do ex-presidente Lula e de sua família, e com o coração cheio de desalento por ver no que nosso país está se transformando, um dos textos que mais me tocou foi este: a carta dos advogados de Lula e de sua mulher, Marisa, sobre o que acontece agora, em termos jurídicos, após o falecimento dela.

É uma nota não muito longa, mas que machuca por explicitar a dura realidade de que Marisa morreu sem poder provar que era inocente. Em setembro do ano passado, o juiz Sergio Moro transformou a mulher de Lula em ré, ao mesmo tempo que dizia “lamentar” a inclusão de Marisa e “haver dúvidas quanto a seu envolvimento”.

“Lulinha paz e amor vai continuar brigando"

Por Adriana Delorenzo. na revista Fórum:

Marisa Letícia Lula da Silva foi velada neste sábado (4) no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Uma multidão compareceu ao local para levar solidariedade a Lula e familiares. O ex-presidente, muito emocionado, agradeceu a todos os presentes e falou um pouco sobre seu casamento com Marisa.

Lula ressaltou o papel que o Sindicato dos Metalúrgicos representou em sua vida. “Minha vida não seria um décimo do que é se não fosse esse sindicato. Vocês não têm ideia da representatividade que esse espaço tem na minha vida. Aqui eu aprendi a falar, perdi o medo do microfone. Aqui nós decidimos combater a ditadura militar, aqui nós criamos um novo sindicalismo, aqui pensamos em criar a CUT, em criar o PT, pensamos em fazer todas greves dessa categoria. E a partir daqui saiu a inspiração para que muitos sindicatos, se transformassem em sindicatos combativos.”

Lula sem Marisa e os planos do PT

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A vida de Lula sem Marisa começa agora. Começou ontem, depois das vastas emoções do funeral. Começou com a volta para o apartamento em que tudo fala dela dentro de uma ausência definitiva, que os companheiros tentarão preencher não o deixando só. O luto é uma pausa para a dor que deve ser respeitada A dor é dele (e da família) mas a vida de Lula sem Marisa é uma interrogação que interessa a todo o Brasil.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

O nazismo midiático que assola o país

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Essa onda nazista que assola o Brasil, por culpa de uma campanha midiática interminável e irresponsável contra o PT, precisa ser contida. Não são mais casos isolados. Já se tornou um fenômeno social avassalador, que levou ao golpe, levou ao caos político e econômico, e está transformando milhões de brasileiros em chacais, sem moral, sem senso de solidariedade ou fraternidade, desprovidos de qualquer espírito democrático.