quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Alckmin procura eleitorado de Bolsonaro

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O início do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, a partir de 31 de agosto, será decisivo para o mercado financeiro avaliar a situação do seu candidato do momento, o tucano Geraldo Alckmin, na opinião da cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). Por sua vez, analistas do setor financeiro reconhecem que, estando no cenário, com 37% das intenções de voto, Lula é imbatível e o atual vice na chapa petista, Fernando Haddad, tem potencial de crescimento importante.

STF vai esperar um grevista de fome morrer?

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Em 7 de agosto, os sete militantes de movimentos populares em greve de fome protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de agendamento de audiência com cada um dos 11 ministros da Corte, como este abaixo dirigido à presidente Cármen Lúcia.

O assunto é a votação das ações declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) 43 e 44.



O poder econômico flerta com o fascismo

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Acabou a brincadeira: a campanha eleitoral começou para valer. Ontem à noite, o Jornal Nacional divulgou uma nova pesquisa do Ibope, de intenções de voto, mas os mercados financeiros sentiram o golpe hora antes. O dólar subiu mais 1,07% e atingiu R$ 3,96 – o valor mais alto em dois anos. Os investidores reagem aos sinais de que Lula mantém enorme popularidade e de que Geraldo Alckmin estacionou num patamar muito baixo – próximo aos 5%. Temem, em especial, uma outra pesquisa, da Confederação Nacional dos Transportes e do instituto MDA, segundo a qual Fernando Haddad já chega a 15%, quando se aponta aos eleitores que é o candidato de Lula.

Se não for Lula, será Haddad no 2º turno

Aracaju, 22/8/18. Foto: Ricardo Stuckert
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Gastaram dinheiro a toa com a Lava Jato e toda a campanha midiático-judiciária dos últimos anos para tirar o PT das eleições, é o que revela a nova pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira.

Lula e o PT estavam certos ao insistir até o fim na candidatura do ex-presidente, e eu estava errado, assim como a maioria dos analistas políticos.

Na montanha de números da pesquisa, alguns me chamaram a atenção, e todos levam à mesma conclusão: se Lula não chegar às urnas, quem vai para o segundo turno será o seu vice, Fernando Haddad, que herdará 62% dos votos do ex-presidente, segundo Bruno Boghossian destaca em sua coluna na Folha.

Vamos aos números:

Bancos investem R$ 1,6 bi em publicidade

Enviado por Cecília Negrão

Na propaganda publicitária, o investimento dos cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander), somente no primeiro semestre, foi de R$1,6 bi. Vendem a imagem de respeito às mulheres, mas durante da Campanha Nacional Unificada deste ano propõem que a PLR seja proporcional aos dias trabalhados (utilizada pelos licenciados e durante a licença maternidade), o que prejudica a todos, principalmente as mulheres que recebem atualmente de forma integral.

Por que treme o mercado?

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

O que já vinha sendo ensaiado realizou-se, e o dólar rompeu a barreira dos quatro reais antes mesmo do início do horário eleitoral.

Hoje deve ser divulgada uma pesquisa Datafolha, e se ela confirmar as duas últimas (CNT/MDA e Ibope/Estadão/Rede Globo), o mercado deve continuar encenando a farsa do “risco eleitoral” e o dólar pode bater hoje nos R$ 4,50.

Ontem mesmo já era vendido a R$ 4,40 para turistas.

As últimas pesquisas trouxeram Lula em alta, com 37%, e Bolsonaro liderando quando Lula é tirado do páreo.

Carta aberta à presidente do STF

Por Hildegard Angel, em seu blog:

Pretendia fazer esse pleito pessoalmente, por ocasião da visita a Vossa Excelência do sr. Adolpho Perez Esquivel, na pequena comissão de representantes da sociedade brasileira. Mas isso não foi possível. Resta-me faze-lo por esta carta, animada por suas demonstrações de solidariedade à luta e à memória de minha mãe, já feitas publicamente e diretamente a mim. As mulheres mineiras, como são ambas vocês, têm tradição em nossa História de bravura e compaixão. Assim foram, na Inconfidência, Hipólita Jacinta Teixeira de Melo, e, na Revolução de 1930, Tiburtina Alves, que, em suas épocas, na defesa de causa maior, desafiaram o medo e o senso comum. No momento, a causa extrema é a da nossa Democracia. Faz-nos aflição nos sentirmos na iminência de perde-la, abalada pela disseminação de um ódio que contamina e torna violenta a nossa sociedade, pela primeira vez na História republicana dividida radicalmente. Amigos rompem relação, parentes não se falam, vizinhos deixam de se cumprimentar. Não houve precedentes em nossa sociedade, a não ser nas ditaduras, quando o temor de retaliações e estigmas levava pessoas a evitarem umas às outras.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

A tragédia da reforma trabalhista

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) revelam: a taxa de subutilização da força de trabalho, conceito que agrega os trabalhadores desocupados, os subocupados por insuficiência de horas (trabalham menos de 40 horas semanais e gostariam de trabalhar mais) e a força de trabalho potencial, foi de 24,6% no segundo trimestre de 2018. Em números absolutos, isso significa 27,6 milhões de pessoas na subutilização e 1,3 milhão de pessoas a mais nessa estatística desde o segundo trimestre de 2017.

O Brasil entre democracia e golpismo

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

Ao mesmo tempo em que a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, contesta a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a vez de, nada mais, nada menos, que o candidato de extrema direita Jair Bolsonaro fazer o mesmo.

Isso confirma simplesmente o temor de segmentos políticos ao líder de todas as pesquisas eleitorais e o fato de não quererem correr o risco de enfrentar Lula nas urnas.

Cai rejeição a Lula, explode a de Bolsonaro

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O Ibope liberou o relatório completo da pesquisa nacional divulgada ontem, o que nos permite fazer algumas comparações com o relatório de junho.

Em comentários anteriores, eu havia alertado para a rejeição gigante de Lula entre alguns segmentos influentes do eleitorado, como aqueles com ensino superior e com renda familiar acima de 5 salários.

Em junho, o percentual de entrevistados que responderiam que não votariam “de jeito nenhum” em Lula entre eleitores com ensino superior era de 45%, e o de Bolsonaro, de 38%.

Golpe é "ficha suja" mundial

Por Marcelo Zero

O golpe não cansa de encher de vergonha o Brasil. Desde a sessão de Câmara que autorizou o impeachment, descrita como uma “assembleia de bandidos, presidida por um bandido”, que o golpe distribui generosas doses de espetáculos lamentáveis de autoritarismo e violações de direitos ao planeta.

A comunidade mundial desconfiava, há bastante tempo, que o golpe foi dado por uma turma de bandidos, que apeou a presidenta honesta para se apossar e pilhar o país. No mundo todo, se sabia que havia algo de profundamente errado na atual “democracia” brasileira e que estava se instituindo um Estado de exceção que atropelava direitos e garantias individuais. Também era voz corrente, na esfera internacional, que Lula vinha sofrendo uma perseguição judicial, uma verdadeira lawfare destinada a afastá-lo das próximas eleições. Por isso, ninguém, no cenário mundial, queria ou quer muita conversa com Temer. Somos párias internacionais há tempos.

A violência xenófoba contra os venezuelanos

Do blog Resistência:

Entidade que defende a paz, solidária com os povos e anti-imperialista, o Cebrapaz se pronuncia sobre a violência xenófoba contra os venezuelanos no Brasil, praticada por grupos extremados insuflados pela direita. Leia a íntegra da nota assinada por seu presidente, Antônio Barreto:

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) repudia a violência contra imigrantes venezuelanos em Roraima, no norte do Brasil, que já teria levado mais de mil pessoas a deixar o país. Trata-se de uma manifestação xenófoba que não cabe numa nação tão rica por sua diversidade como é o Brasil.

Em atenção à ONU, debates devem ter Lula

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A memória dos lances truculentos da campanha de 2018 já está marcada por uma cena lamentável, no debate da Rede TV. Foi aquele instante no qual, referindo-se a Lula como "bandido", Jair Bolsonaro exigiu que a tribuna que fora reservada ao candidato do PT fosse retirada dos estúdios. Bolsonaro não só obteve a concordância interesseira dos demais concorrentes - apenas Guilherme Boulos discordou - mas garantiu uma segunda punição ao candidato que lidera as pesquisas presidenciais. Se Lula já fora impedido de comparecer ao debate, o público ficou privado de um símbolo - a tribuna vazia - que serviria para recordar, a todo momento, que o mais popular presidente do Brasil encontra-se na prisão.

Como o ódio viralizou no Brasil

Por Fernanda Pugliero, na revista CartaCapital:

Nos últimos 11 anos, quase 4 milhões de denúncias relacionadas a crimes de ódio na internet foram recebidas pela Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos. Isso significa que, por dia, pelo menos 2,5 mil páginas contendo evidências de crimes como racismo, neonazismo, intolerância religiosa, homofobia, incitação de crimes contra a vida, maus tratos a animais e pedofilia foram denunciadas no Brasil.

A presença militar dos EUA na América Latina

Por Mariana Serafini, no site Vermelho:

Recentemente o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que 2018 é o “ano das Américas” e deixou claro seu interesse em ampliar a influência norte-americana nos países latinos. Só este ano já passaram pelo continente sul-americano o vice-presidente Mike Pence, os secretários de Estado, e de Defesa, Rex Tillerson e James Mattis, respectivamente, e o representante do Departamento de Estado, Thomas Shannon.

FHC: despeito, vilania e carapuça

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A vaidade e a vilania fazem com que Fernando Henrique Cardoso perca, além do pudor, também as qualidades que deveria conservar como sociólogo.

No fundo, o que motivou a escrever o artigo que publica hoje no “Financial Times” foi o fato de que, em texto publicado por Lula no The New York Times o petista ter afirmado que, ao final do Governo FHC “o Brasil estava em crise” e parecia que a esperança de que poderíamos “desfrutar dos padrões de vida confortáveis ​​de nossos colegas na Europa ou em outras democracias ocidentais parecia estar desaparecendo”.

Desrespeitar a ONU é chancelar o golpe

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

Foi “criminosa” a cobertura da imprensa sobre a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU que, na última sexta-feira (17 de agosto), determinou ao Brasil “tomar todas as medidas necessárias para assegurar que Lula possa exercer, mesmo enquanto estiver preso, seus direitos políticos como candidato, na eleição presidencial de 2018”.

Desde 1985, o Brasil é signatário do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (PIDCP), um dos documentos fundamentais da Organização das Nações Unidas. Daí não se tratar de uma simples “recomendação” da ONU, mas de uma determinação que deve ser obedecida por todos os Estados que ratificaram esse acordo, como fez o Brasil em 1992, quando o Pacto foi aprovado pelo Congresso Nacional.

"Centrão" que apoia Alckmin é "direitão"

Por Marina Lacerda, no blog Socialista Morena:

Em todas as quatro acepções históricas –Centrão na Constituinte, Blocão de oposição a Dilma, Centrão de apoio a Temer ou o Centrão de apoio a Alckmin–, o “centrão”, como a mídia insiste em chamar o grupo político em torno do tucano, com o objetivo de torná-lo palatável aos eleitores “nem de esquerda nem de direita”, na verdade nunca foi de centro: trata-se de um grupo suprapartidário de direita, que atuou em momentos de instabilidade institucional.

Mídia segue ocultando Lula, mas sem sucesso

Debates na TV sem Lula são inúteis

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

As pesquisas CNT/MDA mostram fundamentalmente que os os dois debates realizados até agora, um na Band e outra na RedeTV, não serviram para mudar o quadro eleitoral. Pelo contrário, acentuaram a diferença entre Lula e os demais.

Isso significa que a memória que os eleitores têm do governo Lula é muito mais forte do que qualquer coisa que os candidatos possam dizer na televisão.

Some-se a isso a percepção de que o ex-presidente tem sido alvo de uma perseguição judicial, apoiada em um noticiário desonesto da velha imprensa, que inclui as principais emissora de TV e, principalmente, a Globo.