segunda-feira, 13 de abril de 2020

Trump ataca Fauci. Tiranos odeiam a ciência

Por Fernando Brito, em seu blog:

No NY Times, lê-se que, como a sua miniatura tupiniquim, o presidente Donald Trump está usando o “retuíte” de mensagens de imbecis que defendem a demissão do médico Anthony Fauci, diretor do Instituto de Doenças Infecciosas dos EUA e um dos maiores virologistas do mundo, por ele ter dito à CNN, ontem, que o isolamento social poderia ter evitado muitas mortes no país se tivesse sido iniciado antes.

Basta ao necrogoverno de Bolsonaro

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Bolsonaro está denunciado na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA e no Tribunal Penal Internacional da ONU.

Ele é acusado de violar direitos humanos e cometer crimes ambientais; incitar violência contra populações indígenas e tradicionais, cometer crimes contra a humanidade e de representar uma ameaça genocida para a população, sobretudo a maioria negra e pobre.

Os julgamentos nas Cortes internacionais demoram a acontecer, mas a simples aceitação das denúncias tem valor político e simbólico muito significativo, porque as denúncias estão em consonância com o direito internacional.

Mandetta e a conta da catástrofe

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Bolsonaro conseguiu empurrar o Brasil para o relaxamento da quarentena, que pode nos levar a uma propagação descontrolada da Covid-19, com hospitais lotados e milhares de infectados e mortos.

A um desastre de grandes proporções.

O prognóstico sombrio pode ter abalado a disposição do ministro da Saúde, Henrique Mandetta de permanecer no cargo: ficando, vai pagar a conta pela irresponsabilidade de Bolsonaro.

Ontem ele o desafiou em entrevista ao Fantástico, cobrando “uma fala única, uma fala unificada”, pois os brasileiros ficam sem saber se ouvem o ministro ou o presidente.

Não há como medir o peso do efeito-Bolsonaro sobre o perigoso aumento da circulação de pessoas nos últimos dias, com pessoas aglomeradas nas mais diversas situações.

Quatro tarefas urgentes do sindicalismo

Por João Guilherme Vargas Netto

A MP 936 tem sua razão de ser. O que não se admite é a individualização dos acordos e o tratamento desigual que precariza no interior de cada empresa o peso dos trabalhadores e estimula a violação dos seus direitos.

A liminar do ministro Lewandowski que exige o respeito constitucional ao sindicato dos trabalhadores nas negociações tem sido atacada pelas entidades patronais, pela grande mídia e abertamente desrespeitada pelo empresariado lumpen que pratica a selvageria mais destrutiva.

Enquanto se luta no Congresso Nacional para modificar a MP 936 luta-se também, com argumentos jurídicos fortes, para que o STF valide coletivamente a posição do ministro. Ambas as lutas são difíceis, mas persistir nelas é um dever sindical imediato.

A conta da crise nas costas do trabalhador

Por Ivone Silva

A atuação do governo federal no combate a pandemia Covid-19 tem sido recheada de erros, omissões e irresponsabilidades. Falta senso de solidariedade, falta embasamento científico, falta absorção das melhores práticas internacionais, falta eficiência na tomada de decisões e rapidez na implementação de políticas públicas. Não é à toa que quase 60% da população considera a atuação de Bolsonaro na crise regular, ruim ou péssima, de acordo com o Datafolha.

Não toque nas nossas reservas, Guedes!

A economia em tempos de coronavírus

Que vença a vida!

Carta do Papa aos movimentos populares

Mandetta faz jogo para sair como herói

"Doria comunista"! A última piração

Cloroquina vai salvar Bolsonaro?

Por Altamiro Borges

Isolado e cambaleante, Jair Bolsonaro decidiu usar a tal da cloroquina como sua salvação. Inimigo da ciência, o "capetão" virou garoto propaganda do remédio. Mas ainda não há qualquer comprovação científica – no mundo e no Brasil – sobre a eficácia do medicamento no tratamento do coronavírus.

Segundo informa a Folha, "o Conselho Federal de Medicina deve se posicionar nos próximos dias sobre o uso da cloroquina para o coronavírus. Mas já avisou o Ministério da Saúde que não encontrou na literatura científica nenhum estudo que comprove que o remédio funcione no tratamento".

domingo, 12 de abril de 2020

Pandemia ressalta a desigualdade brasileira

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

A epidemia de coronavírus, além de aumentar o desemprego, vai ressaltar mais uma vez a desigualdade brasileira, na avaliação de debatedores reunidos pela Oxfam Brasil na noite de quinta-feira (9). Eles lembram, por um lado, de pessoas que já vivem aglomeradas e não têm como seguir regras de isolamento ou adotar o chamado home office. Por outro, apesar das recomendações em contrário, a pressão para permanecer trabalhando, que atinge os mais pobres.

Bolsonaro aposta no poder da desinformação

Por Sergio Lirio, na revista CartaCapital:

Pouco antes de mais um pronunciamento claudicante de Jair Bolsonaro em cadeia de rádio e televisão, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, impediu o governo federal de tomar qualquer decisão que contrarie as determinações dos estados e municípios no combate à pandemia. Foi uma resposta a uma reiterada bravata do ex-capitão.

No fim da tarde da quarta-feira, 8, na enésima entrevista ao porta-voz José Luiz Datena, Bolsonaro ameaçou decretar a reabertura do comércio em todo o País e sugeriu às famílias que cuidassem de seus idosos e dependessem menos do poder público.

A pandemia e a explosão do desemprego

Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) faz previsões dramáticas a respeito dos impactos econômicos e sociais da pandemia da Covid-19 no Brasil.

Para esse Instituto, o PIB brasileiro pode desabar 6%. Se essa queda ocorrer e não existirem políticas de prevenção, o desemprego no Brasil deve praticamente dobrar, com o acréscimo da desocupação em 12,6 milhões de pessoas.

Confirmados esses estudos, o volume de trabalhadores desempregados seria o maior dos últimos 40 anos. E como tragédia pouca é bobagem, o desemprego vem acompanhado de um arrocho na renda dos trabalhadores em torno de 15%.

A pandemia cobra a autocrítica dos liberais

Por Róber Iturriet Avila, no site Brasil Debate:

Desde 2015, a economia brasileira está em recessão ou em estagnação. A narrativa hegemônica para tal desempenho é a de que o governo havia excedido gastos nos períodos anteriores e que seria necessário reequilibrar as despesas públicas.

A concepção convencional da economia sugeria que o ajuste fiscal do então Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, seria capaz de aumentar a confiança empresarial, trazendo crescimento econômico no segundo semestre de 2015. O fracasso dos resultados foi justificado com a suposta insuficiência do corte de gastos, mesmo sendo esse o maior registrado no presente século.

O Brasil como exemplo

Presidente Alberto Fernández. Foto: Página 12
Por Eric Nepomuceno

Na noite da sexta-feira, o presidente argentino Alberto Fernández anunciou ao país a prorrogação da estrita quarentena até pelo menos o dia 26 de abril.

Com isso, a medida, adotada em condições consideradas das mais rigorosas do mundo, terá cumprido cinco semanas.

A prorrogação foi decidida depois de prolongadas reuniões não só com os ministros, mas também com líderes de partidos de oposição e todos – todos – os governadores, inclusive os mais drasticamente opositores.

Além disso, o presidente anunciou, com a devida cautela para não cometer charlatanice irresponsável, que médicos e cientistas do seu país trabalham intensamente, e sempre em contato com as mais respeitadas instituições de pesquisa do mundo, na procura de tratamento eficaz para a doença (convém recordar que a Argentina tem dois prêmios Nobel de Medicina e um de Química).

A falsa dicotomia: a vida ou a economia?

Por Jair de Souza

Diante da enorme calamidade que assola o Brasil e o mundo neste momento pela expansão do coronavírus, está vindo à tona uma discussão intensa acerca de uma escolha que deveria ser feita pelos governantes e pelo conjunto da sociedade: priorizar a vida humana ou a economia?

Esta me parece uma discussão estéril, sem fundamento, enganadora. Em primeiro lugar, devemos deixar sempre claro que consideramos a vida humana como a primeira e mais importante de todas as prioridades. Tudo mais deve girar em torno desta prioridade maior. Dito isto, vamos analisar o que há de certo ou falso na dicotomia “vida humana x economia”.

O executivo no Brasil está acéfalo

Que mundo virá depois da pandemia?