domingo, 17 de maio de 2020

A democracia das redes em tempos de milícias

Por Luís Fernando Vitagliano, no site Brasil Debate:

Ao ser demitido, o ex-ministro, ex-juiz e integrante do governo Sérgio Moro foi convertido em inimigo de Estado e, ao ser colocado na posição de antagonista, passou também para o ataque. Dessa feita, o embate entre Moro e Bolsonaro revela estratégias diferentes de atuação política e, mais interessante, usos diferentes da rede social: enquanto Moro desenvolve o método de guerra híbrida, Bolsonaro faz das suas milícias digitais uma atuação de rede com base no engajamento de guerrilhas.

Crime de Bolsonaro ultrapassa fronteiras

Charge: Marian Kamensky/Áustria
Editorial do site Vermelho:

As consequências do descaso do governo Bolsonaro com a propagação do coronavírus ultrapassam as fronteiras brasileiras. O presidente do Paraguai, Mário Abdo Benitez, em visita à cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil em Mato Grosso do Sul, nesta quarta-feira (13), disse que não vai reabrir a Linha Internacional entre os dois países porque o Brasil é uma grande ameaça.

A irresponsabilidade de Bolsonaro diminuiu o tamanho do Brasil na geopolítica local. O país poderia estar liderando uma ação conjunta regional, tanto no isolamento social quanto no suprimento das necessidades básicas para a sobrevivência das populações locais.

Bolsonaro quer modelo sueco contra Covid-19

Painel Covid-19, 17/5/20, Centro de Ciência e Engenharia
de Sistemas (CSSE) da Johns Hopkins University
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Na tenebrosa conversa com empresários onde anunciou que está preparando uma guerra aos governadores, Bolsonaro disse tem um modelo para enfrentara covid-19, inspirado na Suécia.

É uma afirmação terrível. Mostra que os erros, desvios e manobras desastrosas que Bolsonaro tem cometido desde que a pandemia chegou ao país não são fruto do desconhecimento nem de mal-entendidos. É caso pensado.

Conhecida por ter inventado o Estado de Bem-Estar Social, em 1920, ponto de partida para o nascimento de uma das sociedades mais prósperas e equilibradas do planeta, o desastre acumulado pela Suécia na luta contra o coronavírus é um caso antológico

Os apoiadores de Bolsonaro

Por André Singer, no site A terra é redonda:

A última pesquisa do instituto Datafolha, realizada no dia 27 de abril, mostrou um quadro novo, uma perda do apoio ao presidente Bolsonaro nos segmentos de renda mais alta.

Mais precisamente no setor de renda acima de 10 salários mínimos e, em parte, também no setor com renda familiar mensal entre 5 e 10 salários mínimos.

Esses dados confirmam o que se podia antever já em meados de março, quando começaram os panelaços contra o presidente.

A partir daquele momento o presidente começou a participar de manifestações que pedem o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.

Mentiras e covardia da Folha contra Cuba

Charge: http://www.cubadebate.cu/
Por Fernando Morais, no blog Nocaute:

Cuba é um país pequeno, pobre e há sessenta anos agredido militar e economicamente pelos Estados Unidos, a mais rica e poderosa potência militar que o mundo moderno conheceu.

Cuba enfrentou doze presidentes dos EUA – democratas e republicanos, pretos e brancos, insanos e sadios – e já enterrou seis deles, mas nunca se rendeu, nunca se vendeu, nunca se acocorou.

Uma das virtudes da Revolução Cubana reconhecida até por seus piores inimigos é a generosidade.

Desde 1960, dezenas de milhares de médicos cubanos socorrem populações em todo o mundo.

Da América Latina à Ásia, do sul da África à Europa.

Uma chance para a farda

Por Manuel Domingos Neto

Ao dizer que, apoiando Bolsonaro o militar brasileiro rumou para as Malvinas, Héctor Saint Pierre, dono de um portunhol irrepreensível, cunhou metáfora perfeita: não há artifício capaz de esconder a responsabilidade da farda na construção da tragédia brasileira.

O atento Jânio de Freitas observou que o vice-presidente, ao assinar o nome completo em seu último artigo no Estadão, talvez tenha pretendido insinuar uma impossível separação entre sua imagem pessoal e a do Exército.

sábado, 16 de maio de 2020

Terroristas acampam em Brasília. E agora?

Por Altamiro Borges

Finalmente alguém decidiu tomar uma atitude, embora tímida, contra os terroristas acampados em Brasília desde o início de maio. Segundo a Folha, "Promotoria pede busca e apreensão contra grupo de apoiadores de Bolsonaro. Objetivo da ação é procurar armas de fogo no acampamento do movimento 300 do Brasil".

O jornal informa que o Ministério Público do Distrito Federal ingressou na quarta-feira (13) com ação civil pública contra os líderes do movimento '300 do Brasil' – uma seita fascista que apoia o "capetão" Bolsonaro e prega o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) e volta da ditadura militar.

A mídia alternativa nas favelas do RJ

A renúncia de Teich e a continuidade do caos

Vídeo expõe interferência de Bolsonaro na PF

#AdiaEnem ganha força nas redes sociais

Balanço dos 500 dias do 'governo' Bolsonaro

As razões da queda do ministro da Saúde

Lockdown: por que Bolsonaro é contra?

Quem é a Sara Winter

Fila única para as UTIs já!

Brasil, um país em queda livre

Coronavírus e os desafios da saúde pública

Lula adere à festa pelos #10AnosDeBarao



Com direito à "abraço de cotovelo", por conta da distância física imposta pela pandemia do coronavírus, o presidente Lula parabenizou o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé pelos 10 anos de vida. "Tenho orgulho de saber que no Brasil existe um instrumento de comunicação como o Barão de Itararé. Já tive a oportunidade de participar de coletivas, reuniões e debates no Barão e quero dizer para vocês que torço, e quero ajudar, para que vivam mais 100 anos", disse.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Bolsonaro conclama empresários à guerra

Do site Vermelho:

Durante uma videoconferência com empresários de São Paulo, realizada na quinta-feira (14), o presidente da República Jair Bolsonaro fez um chamamento de guerra. A pauta era a reabertura das atividades econômicas, com direito a ataques a todos que defendem o isolamento social, a única forma eficiente de conter a propagação do coronavírus.

Ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro disse que pelo governo federal “estava tudo aberto, no isolamento vertical, e ponto final”. Disse mais: no que dependesse dele, “quase nada” teria sido fechado. E reiterou seus ataques a governadores e prefeitos pelas decisões de fechamento e paralisação de atividades econômicas.