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As crônicas da escravidão registram que em um mesmo eito de café de uma das fazendas do senador Vergueiro trabalhavam pessoas com, ao menos, cinco tipos diferentes de relação de trabalho: escravo, ex-escravo, camarada, colono e assalariado. A heterogeneidade da força de trabalho é uma constante do capitalismo em todas as suas épocas.
Mas o que acontece hoje no mundo (exceto na China) é esta desorganização histórica elevada ao cubo, com o multiplicador do desemprego maciço e da informalidade crescente.
A multinacional Mercedes Benz em sua fábrica de São Bernardo pretende agravar essa situação demitindo 3.600 metalúrgicos, 1.300 dos quais temporários e terceirizando quase toda a sua cadeia produtiva.