domingo, 29 de setembro de 2024

Wal do Açaí é agredida em Angra dos Reis

Por Altamiro Borges

Esse mundo é irônico e cruel. Wal do Açaí, que ficou famosa como funcionária fantasma de Jair Bolsonaro, foi vítima de uma agressão desfechada por um bolsonarista raivoso em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro. Ela foi esmurrada durante evento de campanha do candidato Claudio Ferreti (MDB) neste sábado (28) e acabou sendo levada ao hospital da cidade.

Segundo relato do jornal O Globo, Walderice Santos da Conceição, conhecida como Wal do Açaí, “foi chamada de traidora antes de ser atingida, por ter optado por apoiar o candidato do MDB e não o candidato do PL, Renato Araújo, que tem o apoio da família Bolsonaro. A deputada estadual Célia Jordão (PL-RJ), do partido de Bolsonaro, mas que também apoia Ferreti, estava no evento e acompanhou Wal até a unidade de saúde”.

Funcionária fantasma de Bolsonaro

Em um vídeo postado na internet, a deputada bolsonarista lamentou a violência bolsonarista. “Isso é o extremismo que a gente não pode aceitar, vivemos em uma democracia. A escolha da Wal foi pelo 15, mas não tem ninguém mais bolsonarista de coração que a Wal do Açaí. Fico muito triste de ver uma mulher agredida pelas costas sendo chamada de traidora. Como deputada estadual e como mulher, acho isso inaceitável”. Claudio Ferreti também protestou nas redes digitais: “Estou muito triste com o que aconteceu com a Wal do Açaí, covardemente agredida pelas costas. Campanha política não é para radicalismo, para violência e agressão”.

Como relembra o jornal, “Wal do Açaí foi acusada pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser funcionária fantasma do gabinete de Jair Bolsonaro entre 2003 e 2018, período no qual ele era deputado federal. Apesar de estar oficialmente lotada na capital à época, ela afirmou ‘nunca ter ido a Brasília’ em depoimento prestado em 2018... Em março de 2022, o MPF apresentou à Justiça Federal em Brasília uma ação de improbidade administrativa contra Bolsonaro e a ex-secretária por suspeita de desvio de recursos do gabinete do então deputado federal por meio da nomeação dela, que seria funcionária fantasma”.

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