segunda-feira, 29 de outubro de 2012

SP: A derrota de um cadáver político

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Por Dennis de Oliveira, na revista Fórum:

Em uma rápida análise feita com base nas matérias publicadas sobre o segundo turno das eleições municipais em São Paulo, elencamos os temas presentes nas declarações dadas à imprensa ou registradas pela imprensa em comícios e outros atos de campanha dos dois candidatos. O tema mais falado por Serra foi o mensalão, seguido de saúde e o kit anti-homofobia. Já Fernando Haddad priorizou saúde, mensalão e a taxa de inspeção veicular.

A internet e as eleições

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

“Essa ainda não foi a eleição da Internet”. Essa foi a avaliação de uma pessoa que trabalhou na campanha do candidato do PT em São Paulo. Ela tinha um ponto, e muito bem defendido, sobre uma estratégia que se mostrou vitoriosa, de levar Haddad ao segundo turno partindo de pífios 3%. Com todo respeito, eu respondi que ela estava totalmente enganada. Totalmente. A internet nunca foi tão decisiva. Só aqui no Diário, os posts políticos geram conversa, discussão — e voto, em última análise. Desde o artigo O Atentado Contra Serra, de 2010, tem sido assim. Nós tivemos também uma experiência incrível com o relato sobre Celso Russomanno, cuja repercussão espantosa teve um forte impacto sobre sua candidatura. Mas isso é só aqui.

O vencedor foi Lula

Por Paulo Moreira Leite, na coluna Vamos combinar:

Desculpem mas sou obrigado a lembrar que na contagem de votos do primeiro turno escrevi uma nota neste blogue com o titulo: “O vencedor foi Lula.”

(Pegue o link http://colunas.revistaepoca.globo.com/paulomoreiraleite/2012/10/08/o-vencedor-foi-lula/)

O óbvio ululante, como eu dizia, confirmou-se ontem, quando o PT conseguiu o principal troféu da campanha, que foi a eleição em São Paulo.

Derrota de Piñera nas eleições chilenas

Por Victor Farinelli, no sítio Opera Mundi:

Nunca uma eleição chilena teve tantos eleitores inscritos. Nunca tantos chilenos que podiam votar deixaram de fazê-lo. A primeira eleição no país com a nova lei de inscrição automática e voto voluntário registrou uma porcentagem recorde de abstenções (55%) e foi marcada também por uma quantidade nunca vista de derrotas eleitorais de prefeitos em exercício, algo pouco comum no país, onde não existe limite para reeleições no âmbito municipal.

Mídia derrotada mais uma vez por Lula

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Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Perderam para Lula em 2002.

Perderam para Lula em 2006.

Perderam para Lula e Dilma em 2010.

Perderam para Lula e Haddad em 2012.

BH, a capital do "caixa dois"

Por Maurício Dias, na CartaCapital:

Em breve, como se espera, o Supremo Tribunal Federal, após o julgamento do chamado “mensalão petista”, se encarregará do Inquérito 3.530, conhecido, mas ainda não popularizado, como mensalão tucano, igualmente originado em Minas Gerais e até agora ainda sob a relatoria do ministro Joaquim Barbosa, que assumirá a presidência do STF em novembro, pelo princípio do rodízio. Não se sabe se abrirá mão da tarefa. Provavelmente, sim.

E a Globonews consegue derrotar Lula…

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:




Eu acredito que eleição municipal é eleição municipal. Depende de questões locais.

Agora que não dá para dizer que o mensalão derrotou o PT (já que foi usado por José Serra de forma maciça na campanha), os comentaristas políticos “especializados” da Globonews decretaram a derrota de Lula.

O que fazer com a vitória em SP?

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

Nem o gigantismo da cidade, nem o valor do terceiro orçamento do país, depois do brasileiro e o do Estado de SP - ainda que isso tenha um peso objetivo óbvio - elucidam porque a disputa em São Paulo se transformou no principal foco de atenção da mídia e do interesse nacional.

domingo, 28 de outubro de 2012

Quem venceu as eleições municipais?

Por Altamiro Borges

Descontada suas posições políticas contrárias às forças de esquerda, o jornalista Fernando Rodrigues, da Folha, costuma produzir boas análises sobre os resultados eleitorais. Sobre o pleito encerrado neste domingo, ele chegou à conclusão de que o PT foi o “partido que mais venceu disputas no grupo das 85 maiores cidades do país – o ‘G85’, que reúne as 26 capitais e as 59 cidades do interior com mais de 200 mil eleitores. Ao todo, petistas elegeram 16 prefeitos nessas cidades. Tucanos, 15. O PSB elegeu 11 e o PMDB, 10”.

Arthur Virgílio vai sair do PSDB?


Por Altamiro Borges

Ex-líder de FHC no Senado, Arthur Virgílio mostrou que tem força em Manaus. Após dizer que daria “uma surra” no ex- presidente Lula e adotar um oposicionismo raivoso, ele se desgastou e perdeu a disputa ao Senado em 2010 para Vanessa Grazziotin (PCdoB). Agora, ele vence as eleições com 65,9% dos votos, derrotando a mesma jovem comunista. O tucano retorna ao cargo que já ocupou com muitas promessas. Ele tem influência nas estruturas de poder e na mídia local. Mas terá muita dor de cabeça na sua gestão.

ACM Neto ressuscitará o DEM?

https://www.facebook.com/acmnetodadepressao
Por Altamiro Borges

Numa disputa mais apertada do que alardearam os institutos de pesquisa, ACM Neto venceu as eleições para a prefeitura de Salvador. O demo obteve 53,6% dos votos válidos, contra 46,4 do petista Nelson Pelegrino. A vitória representa o retorno do "carlismo", da velha política dos coronéis, à capital baiana e está sendo festejada pela direita nativa. Ela é encarada como a tábua de salvação do DEM, o partido das oligarquias que estava caindo pelas tabelas e caminhava celeremente para a extinção.

PSOL elege o prefeito do Macapá

Por Altamiro Borges

O PSOL conquistou a sua primeira prefeitura de capital neste domingo. Clécio Luis derrotou o atual prefeito de Macapá e candidato à reeleição, Roberto Góes (PDT). A vitória foi bastante apertada, mas tem um significado histórico para o jovem partido - que nasceu de um racha no PT. Clécio Luis obteve 101.261 votos (50,59% dos votos válidos) contra 98.892 votos do pedetista. Em desvantagem no primeiro turno, o jovem militante do PSOL conseguiu reverter o resultado neste domingo. Para isto, ele apostou nas alianças e conseguiu o apoio até do DEM - o que gerou uma crise interna no partido.

PSDB perde São Luís; oligarquia treme!

Por Altamiro Borges

Com apoio das forças de esquerda, o jovem deputado Edivaldo Holanda Júnior, líder do PTC na Câmara Federal, obteve 56% dos votos válidos e é o novo prefeito de São Luís. Ele derrotou o conservador João Castelo, que tentava a reeleição pelo PSDB. A vitória ajuda a alterar a correlação de força política no sofrido Maranhão. Lideranças de esquerda, como o ex-deputado Flávio Dino (PCdoB), que hoje preside a Embratur, ganham maior viabilidade para derrotar as oligarquias no Estado em 2014.

Carlin Moura é eleito em Contagem

Por Altamiro Borges

Com 66,2% dos votos válidos, o deputado estadual Carlin Moura (PCdoB) foi eleito o novo prefeito de Contagem, município operário da região metropolitana de Belo Horizonte. Numa disputa inédita na cidade - que é o terceiro maior colégio eleitoral de Minas Gerais, com 432 mil eleitores -, o comunista derrotou o petista Durval Ângelo. Antes do pleito, os dois partidos, aliados históricos na cidade e no país, discutiram a formação de uma chapa única das esquerdas. Mas não houve acordo sobre quem encabeçaria a coligação majoritária e teria maior viabilidade eleitoral.

PSDB também perde em Vitória

Por Altamiro Borges

O PSDB festejou muito o resultado do primeiro turno em Vitória, que inviabilizou a continuidade do PT na prefeitura após duas gestões, e já dava como certa a conquista da capital capixaba. Mas agora os tucanos também choram. Luciano Rezende é o novo prefeito da cidade. Com a apuração já encerrada, ele obteve 57,2% dos votos válidos, derrotando o veterano Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB). Filiado ao PPS, ele se elegeu com a vaga bandeira da "mudança", contrapondo-se à histórica polarização entre petistas e tucanos.

Fruet eleito em Curitiba; PSDB em guerra

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Por Altamiro Borges

O ex-deputado Gustavo Fruet (PDT) é o novo prefeito de Curitiba. Com 96,38% das urnas apuradas até às 17h40, ela já tinha 60,3% dos votos válidos, o que torna impossível uma reação do midiático Ratinho Junior (PSC). O ex-tucano, que se projetou na política como ácido crítico do governo Lula, mudou de lado e teve o apoio do PT, que indicou o vice na sua chapa. Ele rompeu com o governador Beto Richa (PSDB), que agora sofre uma dura derrota nas eleições. O revés do tucano já estimula novas fraturas na legenda.

José Serra, “a Geni dos tucanos”

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Por Altamiro Borges 

Dias atrás, em 19 de outubro, o jornalista Ilimar Franco escreveu em seu blog hospedado no jornal O Globo:

A Geni dos tucanos

O PSDB está tentando transformar o eventual infortúnio em São Paulo numa derrota pessoal de José Serra. Se multiplicam declarações críticas de líderes e dirigentes à campanha do tucano. Como diz o vice Michel Temer: “A vida é assim”. 


Besteiras “imortais” de Merval Pereira

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Por Altamiro Borges

Muitos “calunistas” da velha mídia estão com enxaqueca. Eles previram que as esquerdas - principalmente o PT - seriam derrotadas nas eleições municipais; que a liderança do ex-presidente Lula estava “definhando”; que Serra atropelaria o “poste” Fernando Haddad; e que o midiático julgamento do “mensalão” ressuscitaria a oposição demotucana. Erraram feio nas suas previsões – ou melhor, na sua torcida! Entre eles, um merece destaque pelas besteiras “imortais” que escreveu: Merval Pereira, o colunista das Organizações Globo.

Mídia já teme monstro criado no STF

Por Marcus Vinicius, em seu blog:

As elites já temem seu efeito no ordenamento jurídico do país dos excessos no julgamento da Ação 470. Não é para menos. O rol de barbaridades cometidas com a nossa Constituição põe a perigo garantias individuais. E a principal vítima foi princípio da “presunção da inocência”. Agora, perante o STF, são todos culpados, sem provas em contrário.

São Paulo amadureceu pela dor

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

São Paulo está dando o primeiro passo para começar a se livrar de uma quadrilha formada por dois partidos que, há uma década, apesar de subsistirem em terras paulistas, o Brasil vem rejeitando progressivamente: o PSDB e o DEM. E por um consórcio de impérios de comunicação que atingiu o porte paquidérmico que tem hoje graças às incontáveis arcas de dinheiro público que recebeu da ditadura militar pelos favores que lhe prestou.