Por Antonio Barbosa Filho
O general Eduardo Dias Villas Bôas tinha dez anos de idade quando no seu Rio Grande do Sul (ele é natural de Cruz Alta), quando o governador Leonel Brizola impediu um golpe de militares contra a posse do vice-presidente João Goulart, em substituição ao renunciante presidente Jânio Quadros.
O general Eduardo Dias Villas Bôas tinha dez anos de idade quando no seu Rio Grande do Sul (ele é natural de Cruz Alta), quando o governador Leonel Brizola impediu um golpe de militares contra a posse do vice-presidente João Goulart, em substituição ao renunciante presidente Jânio Quadros.
O comandante do então III Exército, que comandava os três Estados sulistas, general Machado Lopes, recusou-se a participar do golpe, e aderiu a Brizola, mobilizando e movimentando suas tropas, até o Paraná. O golpe contra a posse de Jango foi abortado pelos civis e pelos militares legalistas.
Villas Bôas, aos dez anos, pode ter-se esquecido de como um general deve obediência a Constituição que jura cumprir. Se não se lembra de Machado Lopes, quem sabe lembre-se do já então reformado Marechal Lott (cuja memória o Exército guardará por séculos como um herói, e não um traidor como Villas Bôas) ou do general Pery Bevilaqua, o primeiro general a defender a legalidade.
Villas Bôas, aos dez anos, pode ter-se esquecido de como um general deve obediência a Constituição que jura cumprir. Se não se lembra de Machado Lopes, quem sabe lembre-se do já então reformado Marechal Lott (cuja memória o Exército guardará por séculos como um herói, e não um traidor como Villas Bôas) ou do general Pery Bevilaqua, o primeiro general a defender a legalidade.