sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Desmatamento pode acabar com o agronegócio

Charge: Elena Ospina/Colômbia
Por Ronnie Aldrin Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:

Caso os recentes aumentos no desmatamento da Amazônia não sejam rapidamente estancados e, na sequência, revertidos, com políticas de reflorestamento, a região deve influenciar fortemente o clima da região Centro-Oeste, que se tornaria infértil e inviabilizaria o agronegócio local.

No curto prazo, além do risco de boicotes econômicos serem praticados por países grandes importadores diretos de commodities agrícolas e minerais do país, a imagem ambientalmente negativa dos produtos brasileiros já começou a gerar prejuízos econômicos ao país.

Ao elogiar Moro, Bolsonaro elogia o crime

Por Jeferson Miola, em seu blog:                   

Bolsonaro disse em cerimônia oficial que “Sérgio Moro é um patrimônio nacional” [sic].

Essa declaração é mais que outro rompante retórico do Aberração aboletado no Planalto [aqui]; é um verdadeiro elogio ao crime.

Bolsonaro elogia Moro assim como elogia Brilhante Ustra, como condecora milicianos, como celebra a morte e a violência e como faz apologia ao estupro de mulheres “que merecem ser estupradas”.

No mundo jurídico brasileiro e internacional predomina o consenso de que Sérgio Moro cometeu arbítrios, atropelos, ilegalidades e crimes na Lava Jato.

Argentina: falência encoberta

Por Horacio Rovelli, no site Carta Maior:

Antes mesmo das eleições primárias de 11 de agosto, e da moratória decretada neste 28 de agosto de 2019, os capitais que saíram da Argentina governada pelo macrismo, entre 1º de janeiro de 2016 (com um Mauricio Macri recém empossado) e 31 de julho de 2019 somavam um total de 73,17 bilhões de dólares (no Balanço Cambiário do Banco Central argentino, esse dado se chama Formação de Ativos Externos de residentes argentinos no exterior, o que certamente beneficiou a burguesia). Enquanto isso, os alarmantes níveis de desinvestimento, neste ano, perfuraram o piso de 13% de PIB e o consumo caiu fortemente, devido ao desemprego e os baixos salários.

Glenn Greenwald no programa 'Entre Vistas'

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Vaza-Jato confirma envolvimento da mídia

Mídia exige mais ‘privataria’ de Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Com a sua imagem queimando no exterior e derretendo no país – recente pesquisa da CNT/MDA mostra que a avaliação negativa do governo subiu de 19% para 39,5% e que sua desaprovação pessoal subiu de 28,2% para 53,7% –, o “capetão” Jair Bolsonaro anunciou na semana passada um plano criminoso de privatização de nove empresas estatais. Na prática, um plano de entrega a preço de banana do patrimônio público, de bens pertencentes ao povo, à iniciativa privada – nos dois sentidos da palavra.

A podridão humana dos carrascos da Lava-Jato

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Deltan Dallagnol – Um amigo de um amigo de uma prima disse que Marisa chegou ao atendimento sem resposta, como vegetal.

Januário Paludo – Estão eliminando as testemunhas…


Nova leva de diálogos entre procuradores da Lava Jato revelados nesta terça-feira pelo The Intercept, em parceria com o UOL, no qual comentam as mortes de Marisa, mulher de Lula, do irmão Vavá e do neto Arthur, são de dar náuseas até em bolsonaros da vida, tamanha a desumanidade e a sordidez dos interlocutores.

Globo é o próximo alvo da Vaza-Jato

Arte: Gladson Targa
Por Plínio Teodoro, na revista Fórum:

O advogado carioca Eduardo Goldenberg, que vem antecipando as estratégias do site The Intercept para divulgar informações a respeito da Vaza Jato, afirmou nesta quinta-feira (29) pelo Twitter que a Rede Globo é a próxima a aparecer em relações comprometedoras com procuradores da Lava Jato.

“Hoje a #VazaJato mostra que a Operação Lava Jato não existe sem uma imprensa dócil, instrumento fundamental para seus discutíveis e condenáveis métodos. Hoje apareceu um diálogo com o @Estadao. Imaginem o que não há com a @RedeGlobo! Se eu pudesse lhes adiantar tudo que eu sei…”, escreve, em tom de suspense, o jurista.

'Caso Paraguai' segue ignorado pela mídia

Por Fernando Brito, em seu blog:

Sob quase total omissão da grande imprensa – e mesmo a nossa, dos blogs, que não temos meios para uma apuração internacional, ressalva feita ao GGN, de Luís Nassif, que tem acompanhado as notícias –, vão surgindo mais suspeitas de interferência de Jair Bolsonaro nos negócios com a energia de Itaipu que quase derrubaram o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez.

STF abrirá os olhos para abusos da Lava-Jato?

Da Rede Brasil Atual:

Na terça-feira (27), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou uma sentença do juiz Sergio Moro que condenava o ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine a 11 anos de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A defesa alegou que o ex-dirigente teve seu direito de defesa cerceado, pois deveria ter apresentado suas alegações finais depois dos outros réus que eram delatores.

Moratória na Argentina; marcha à ré no Brasil

Editorial do site Vermelho:

O pedido de moratória da Argentina ao Fundo Monetário Internacional (FMI) é a cena de um filme bem conhecido. É mais um fato que mostra o destino das economias com pés de barro. E um contraste com a posição da ex-presidenta argentina, Cristina Kirchner, na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro de 2008, quando a crise mundial que eclodia foi o único tema. Na ocasião, os ricos apertaram os presidentes latino-americanos, exigindo que seus países pagassem a pendura de uma crise que eles criaram.

Amazônia: duas mentiras e nenhuma solução

Pátria Queimada, Brasil

Charge: Paolo Lombardi/Itália
Por Marcelo Zero

Bolsonaro tem um conceito sui generis de soberania.

Bate continência para a bandeira norte-americana, segue a Trump como um pequeno e submisso vira-lata, deseja entregar a Amazônia para a exploração de empresas mineradoras estrangeiras, vende a Petrobras e o pré-sal, aceita a venda da Embraer à Boeing, submete nossas Forças Armadas ao Comando Sul dos EUA, entrega a Base de Alcântara para os norte-americanos, mas se insurge contra as perigosas ONGs ambientalistas e os índios, que “não falam nosso idioma”.

Lei das fake news pode ser um tiro no pé?

Por Renata Mielli e Sérgio Amadeu da Silveira, na revista CartaCapital:

Agora sim, temos um mecanismo eficiente para proibir a divulgação das tais fake news: prisão. Calma, não fiquem muito animados. As penas de 2 a 8 anos de reclusão para quem divulgar mentiras vale apenas no período eleitoral e para os conteúdos contra candidatos e candidatas. Que vitória né! Mas, como dizemos na nova linguagem da internet: #SQN (só que não).

Nesta quarta-feira, 28, uma sessão do Congresso Nacional (reunião bicameral entre deputados e senadores) para apreciar os vetos que o Presidente da República impôs às leis aprovadas pelos parlamentares, restituiu o parágrafo 3º do artigo 2ª da Lei 13.834/2019, que atualiza o Código Eleitoral. Vamos explicar.

Mídia, Doria e MBL choram pela Argentina

Caricatura de Macri, por Tomás Müller
Por Altamiro Borges

Bajulado pelos abutres financeiros do mundo inteiro, o presidente-ricaço Mauricio Macri conseguiu destruir a Argentina, que virou um caos. Nesta quarta-feira (28), o governo do país vizinho decretou moratória de parte da sua dívida de curto prazo e anunciou que também renegociará os empréstimos de médio e longo prazos, inclusive a parcela de US$ 57 bilhões obtida do Fundo Monetário Internacional (FMI) em junho de 2018.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Doria sofre derrota e bagunça ninho tucano

Mídia aplaude "privataria" de Bolsonaro

As consequências econômicas da Lava-Jato

Por Artur Araújo, no site Outras Palavras:

A Operação Lava Jato, sob o disfarce de combate à corrupção, moveu guerra de extermínio contra as empresas brasileiras dos setores de construção civil pesada, petróleo & gás e de construção naval, atingindo também a área metal-mecânica e de máquinas & equipamentos, além de toda a rede produtiva a montante e a jusante dessas cadeias longas.

Ao invés de punir com rigor acionistas majoritários e altos executivos, corruptos e corruptores, negociou com eles sentenças leves com preservação do grosso dos patrimônios pessoais, obteve “delações” e concentrou todo seu aparato bélico no destroçamento de companhias e empregos e na interferência no processo democrático nacional, particularmente nas eleições de 2018.

Bolsonarismo coloca fogo na Amazônia

Charge: Darcy/Cleveland, EUA
Por Tânia Maria Saraiva de Oliveira, no jornal Brasil de Fato:

Não podemos dizer que fomos tomados de surpresa. Todos sabíamos que Jair Bolsonaro (PSL), se eleito, buscaria alterações nas leis ambientais e a flexibilização do setor, facilitando os processos de licenciamentos.

A briga pela permanência do Ministério do Meio Ambiente (MMA) na estrutura de um governo que desejava extingui-lo desde o primeiro momento foi concebida como parte de um pensamento ingênuo de que faria alguma diferença.

Não é a estrutura, mas a política que importa!

E a política do governo Bolsonaro é antiambiental, defensora do agronegócio predatório, de um pensamento que elimina fisicamente líderes rurais e das florestas, de Chico Mendes e Dorothy Stang a Dilma Silva.

A tensão entre Bolsonaro e Macron

Charge: Christo Komarnitski/Bulgária
Por Luana Forlini, no site da Fundação Perseu Abramo:

Nos últimos dias a tensão aumentou entre Jair Bolsonaro (PSL) e o presidente francês, Emmanuel Macron. No centro das trocas de farpas entre em dois está o aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia, ilustrados pela nuvem de fumaça escura que chegou ao Sudeste brasileiro e transformou dia em noite na capital paulista no dia 19 de agosto.