Na semana passada, fechando um ciclo da operação Lava Jato, a Caixa Econômica Federal pediu a falência da construtora Odebrecht, segundo informaram vários órgãos de imprensa. Por outro lado, o Banco do Brasil também solicitou à Justiça a anulação do plano de recuperação judicial apresentado pela Odebrecht em junho. Em resumo, duas instituições nacionais – do Estado brasileiro – claramente orientadas para dar o golpe de morte na maior empresa privada do país e abrir o mercado para suas concorrentes norte-americanas
terça-feira, 8 de outubro de 2019
Odebrecht e o golpe fatal da Lava-Jato
Ruralista quer legalizar grilagem de terras
O governo Bolsonaro iniciou-se com um conjunto de medidas que representaram retrocesso para a política agrária brasileira, especialmente no que se refere às mudanças nos aspectos institucionais e legais. Atualmente, as discussões pela regularização fundiária para grileiros via autodeclaração, bem como a desestruturação da reforma agrária, culminaram na demissão do general João Carlos Jesus Corrêa da Presidência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e dos demais diretores do órgão. O presidente e diretores do Incra discordaram da regularização fundiária por meio de autodeclaração de proprietários de terra.
WhatsApp admite disparo ilegal nas eleições
Da revista CartaCapital:
O gerente de políticas públicas e eleições globais do aplicativo WhatsApp, Ben Supple, admitiu que houve envio massivo de mensagens por empresas durante as eleições de 2018 no Brasil. A declaração ocorreu em palestra no Festival Gabo, na cidade de Medellín, na Colômbia.
Supple foi convidado para participar da mesa “Como o WhatsApp mantém a integridade da plataforma em período eleitoral?”, na sexta-feira 4.
“Temos visto desafios únicos. Sabemos que, no Brasil, há maior prevalência de grandes grupos. Sabemos que, nas eleições do ano passado, havia empresas que mandavam mensagens em grandes quantidades, que buscavam violar nossas regras de serviço para chegarem a públicos maiores”, afirmou o executivo. “Para ser claro, somos muito conscientes dessas ameaças.”
O gerente de políticas públicas e eleições globais do aplicativo WhatsApp, Ben Supple, admitiu que houve envio massivo de mensagens por empresas durante as eleições de 2018 no Brasil. A declaração ocorreu em palestra no Festival Gabo, na cidade de Medellín, na Colômbia.
Supple foi convidado para participar da mesa “Como o WhatsApp mantém a integridade da plataforma em período eleitoral?”, na sexta-feira 4.
“Temos visto desafios únicos. Sabemos que, no Brasil, há maior prevalência de grandes grupos. Sabemos que, nas eleições do ano passado, havia empresas que mandavam mensagens em grandes quantidades, que buscavam violar nossas regras de serviço para chegarem a públicos maiores”, afirmou o executivo. “Para ser claro, somos muito conscientes dessas ameaças.”
O atraso como projeto de nação
Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:
O Brasil vive experiência inédita da chamada economia do decrescimento, pois acumula em cinco anos (2015-2019) a inimaginável queda de 7,6% na renda nacional por habitante. Com isso, o espírito positivista que foi capaz de reunir a nação em torno do ideário do progresso adotado desde a formação da República Federativa, em 1889, encontra-se cada vez mais distante, somente presente, ainda, nas inscrições da bandeira nacional.
O levante do Equador contra Lenin Moreno
Manifestação em Quito, 08/10/19. Foto: Ivan Alvarado/Reuters |
A crise se aprofunda no Equador, e a Rede em Defessa da Humanidade, formada por intelectuais, artistas e movimentos sociais divulga um alerta sobre o endurecimento do governo neoliberal de Lenin Moreno e o aumento da repressão policial e militar contra os manifestantes.
Lenin Moreno tomou posse em 2017 e traiu a "revolução cidadã" iniciada pelo presidente Rafael Corrêa, do qual havia sido vice-presidente e que apoiou sua eleição naquele ano. No governo, Moreno abandonou o programa de reformas que favoreciam o povo e a nação e, a pretexto de combater a corrupção, impôs ao país um programa neoliberal radical, com medidas antinacionais, antipopulares e antidemocráticas. A oposição cresceu e desbordou numa verdadeira insurreição popular quando, no começo de outubro, o governo anunciou o fim dos subsídios à gasolina e ao óleo diesel, cujos preços para os consumidores dispararam.
Gilmar Mendes critica mídia e Lava-Jato
Por Rafael Duarte, no blog Saiba Mais:
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes criticou nesta segunda-feira (7) o personalismo da Lava Jato, chamou a cobertura da mídia sobre a operação de “lavajatismo militante” e disse acreditar que o conteúdo das mensagens vazadas pelo site The Intercept Brasil pode mudar algumas decisões da Justiça.
Ele chegou a citar nominalmente o ex-juiz Sérgio Moro e o coordenador da força-tarefa Deltan Dallagnol. Para ele, “a Lava jato tem melhores publicitários que juristas”, alfinetou.
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Mendes disparou críticas também na direção da imprensa tradicional. Segundo ele, a mídia foi cúmplice dos excessos e erros da Lava Jato:
Ele chegou a citar nominalmente o ex-juiz Sérgio Moro e o coordenador da força-tarefa Deltan Dallagnol. Para ele, “a Lava jato tem melhores publicitários que juristas”, alfinetou.
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Mendes disparou críticas também na direção da imprensa tradicional. Segundo ele, a mídia foi cúmplice dos excessos e erros da Lava Jato:
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
Bolsonaro quer o modelo sindical dos EUA
Por Ricardo Paoletti, no site Outras Palavras:
Em agosto de 1989 os trabalhadores na companha telefônica de Nova Iorque, nos Estados Unidos, iniciaram uma greve que iria durar quatro meses. A greve foi contra a tentativa de transferir os custos de planos de saúde da empresa para seus funcionários.
A greve foi vitoriosa. Durante os quatro meses, linhas de piquete não saíram da porta das garagens, em todo o Estado, conforme agendado pela organização local 1122 da CWA, a federação de sindicatos de trabalhadores em comunicação nos EUA, ou Communications Workers of America. Eu estava lá.
A greve foi vitoriosa. Durante os quatro meses, linhas de piquete não saíram da porta das garagens, em todo o Estado, conforme agendado pela organização local 1122 da CWA, a federação de sindicatos de trabalhadores em comunicação nos EUA, ou Communications Workers of America. Eu estava lá.
Covardia da elite alimenta volta da censura
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
A temida censura está de volta, como já era de se esperar. Bastaram nove meses de gestação.
Os liberais e neoliberais brasileiros sempre foram gigolôs do Estado e, por isso, morrem de medo de desagradar o governo de plantão.
Agora, com a volta oficial da censura à luz do dia, decretada pelo bolsonarismo nas empresas estatais, a covardia da elite brasileira pode asfixiar também o financiamento privado de projetos culturais por meio da Lei Rouanet.
Os liberais e neoliberais brasileiros sempre foram gigolôs do Estado e, por isso, morrem de medo de desagradar o governo de plantão.
Agora, com a volta oficial da censura à luz do dia, decretada pelo bolsonarismo nas empresas estatais, a covardia da elite brasileira pode asfixiar também o financiamento privado de projetos culturais por meio da Lei Rouanet.
Lula disse não!
Por Leandro Fortes
“O defunto dominava a casa com a sua presença enorme” – Érico Veríssimo,“Um lugar ao sol”
Lula não está morto, não foi feita a vontade de seus algozes, mas, como a personagem de Érico Veríssimo, tornou-se uma presença grande demais para os pigmeus morais que ousaram prendê-lo sem provas, sem indícios, sem decência.
Enorme, a presença de Lula ultrapassou o cárcere solitário onde tentaram lhe sufocar em tristeza, em Curitiba. Esparramou-se pelo País, pela América Latina, pelo Velho Mundo, espalhou-se como um cântico no Oriente, na Oceania, na América do Norte, na África.
“O defunto dominava a casa com a sua presença enorme” – Érico Veríssimo,“Um lugar ao sol”
Lula não está morto, não foi feita a vontade de seus algozes, mas, como a personagem de Érico Veríssimo, tornou-se uma presença grande demais para os pigmeus morais que ousaram prendê-lo sem provas, sem indícios, sem decência.
Enorme, a presença de Lula ultrapassou o cárcere solitário onde tentaram lhe sufocar em tristeza, em Curitiba. Esparramou-se pelo País, pela América Latina, pelo Velho Mundo, espalhou-se como um cântico no Oriente, na Oceania, na América do Norte, na África.
Veja ressuscita o "Tutóia Hilton" da ditadura
Por Fernando Morais, no blog Nocaute:
Ao publicar uma nota chamando de “Spa milionário” o cubículo de 22 metros quadrados em que Lula está injustamente preso há um ano e meio, a revista Veja desta semana reprisa o sórdido colunista Cláudio Marques, que em 1975 afirmava que Vladimir Herzog deveria ser levado para o “Tutóia Hilton” – o DOI-CODI que funcionava na rua Tutóia e onde Vlado foi assassinado.
Ao publicar uma nota chamando de “Spa milionário” o cubículo de 22 metros quadrados em que Lula está injustamente preso há um ano e meio, a revista Veja desta semana reprisa o sórdido colunista Cláudio Marques, que em 1975 afirmava que Vladimir Herzog deveria ser levado para o “Tutóia Hilton” – o DOI-CODI que funcionava na rua Tutóia e onde Vlado foi assassinado.
Sigilo é para todos, mas não para Moro
Por Fernando Brito, em seu blog:
A investigação sobre o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, corre em sigilo.
Mas o sigilo, ao que parece, não vale para o Ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Disse ele, no Twitter, que “nem o delegado, nem o Ministério Público, que atuam com independência, viram algo contra o PR neste inquérito de Minas”.
A Folha diz que, afirmando isso, Moro “indica ter acesso à investigação sigilosa“.
E que não é a primeira vez que o faz pois em junho “Bolsonaro afirmou ter recebido informações do ministro da Justiça sobre a investigação em curso”.
A investigação sobre o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, corre em sigilo.
Mas o sigilo, ao que parece, não vale para o Ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Disse ele, no Twitter, que “nem o delegado, nem o Ministério Público, que atuam com independência, viram algo contra o PR neste inquérito de Minas”.
A Folha diz que, afirmando isso, Moro “indica ter acesso à investigação sigilosa“.
E que não é a primeira vez que o faz pois em junho “Bolsonaro afirmou ter recebido informações do ministro da Justiça sobre a investigação em curso”.
A conspiração confessada por Janot
Por Jeferson Miola, em seu blog:
O livro de Rodrigo Janot agrava sobremaneira a situação dos agentes da organização criminosa – OrCrim – chefiada por Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, como Gilmar Mendes chama a força-tarefa da Lava Jato.
Janot ilustra com riqueza de detalhes as numerosas ilegalidades, desvios e crimes perpetrados pelo bando que corrompeu o sistema de justiça do país e promoveu a conspiração que alçou ao poder a extrema-direita para executar o projeto racista, entreguista e liquidacionista à feição dos interesses dos EUA.
O livro de Rodrigo Janot agrava sobremaneira a situação dos agentes da organização criminosa – OrCrim – chefiada por Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, como Gilmar Mendes chama a força-tarefa da Lava Jato.
Janot ilustra com riqueza de detalhes as numerosas ilegalidades, desvios e crimes perpetrados pelo bando que corrompeu o sistema de justiça do país e promoveu a conspiração que alçou ao poder a extrema-direita para executar o projeto racista, entreguista e liquidacionista à feição dos interesses dos EUA.
Nem humilhações farão Moro deixar o governo
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Arrogante até a raiz dos cabelos e convencido de que sua chegada ao panteão dos heróis, catapultado pela mídia, era definitiva, Moro fez as contas típicas dos neófitos em política. Com certeza, projetou o seguinte caminho glorioso: “Deixo a toga, assumo o ministério, depois tenho vaga garantida no STF e posso ser candidato a presidente.”
Deu ruim. Como política nada tem de linear e muda como nuvem no céu, todas as semanas desde junho sua imagem vem se deteriorando com a revelações da Vaza Jato atestando sua escandalosa parcialidade. Menino mimado, filho da classe média ultrarreacionária paranaense, achou que a aprovação de seu projeto anticrime, uma espécie de licença extralegal para prender e matar, seria um passeio no parque.
Arrogante até a raiz dos cabelos e convencido de que sua chegada ao panteão dos heróis, catapultado pela mídia, era definitiva, Moro fez as contas típicas dos neófitos em política. Com certeza, projetou o seguinte caminho glorioso: “Deixo a toga, assumo o ministério, depois tenho vaga garantida no STF e posso ser candidato a presidente.”
Deu ruim. Como política nada tem de linear e muda como nuvem no céu, todas as semanas desde junho sua imagem vem se deteriorando com a revelações da Vaza Jato atestando sua escandalosa parcialidade. Menino mimado, filho da classe média ultrarreacionária paranaense, achou que a aprovação de seu projeto anticrime, uma espécie de licença extralegal para prender e matar, seria um passeio no parque.
Como a nova direita cresce nas redes sociais
Por Daniel Bernabé, no site Carta Maior:
“À medida que aprendo, cada dia mais, chego à conclusão de que está ocorrendo não um juízo político, mas sim um GOLPE DE ESTADO, destinado a tirar o poder das pessoas, invalidar seu VOTO, suas liberdades, sua religião, seu Exército, seu muro fronteiriço, a segunda emenda da constituição e os direitos outorgados por Deus aos cidadãos dos Estados Unidos da América”.
Este parágrafo acima, com palavras destacadas em maiúscula e redação um tanto confusa, poderia ser parte de um desses filmes patrioteiros, ou novelas onde os Estados Unidos são mostrados como um país a ponto de sucumbir diante de um grande mal, com seu presidente sendo a última fronteira antes do desastre, apelando aos cidadãos para que enfrentem a usurpação de suas liberdades e reajam valorosamente.
“À medida que aprendo, cada dia mais, chego à conclusão de que está ocorrendo não um juízo político, mas sim um GOLPE DE ESTADO, destinado a tirar o poder das pessoas, invalidar seu VOTO, suas liberdades, sua religião, seu Exército, seu muro fronteiriço, a segunda emenda da constituição e os direitos outorgados por Deus aos cidadãos dos Estados Unidos da América”.
Este parágrafo acima, com palavras destacadas em maiúscula e redação um tanto confusa, poderia ser parte de um desses filmes patrioteiros, ou novelas onde os Estados Unidos são mostrados como um país a ponto de sucumbir diante de um grande mal, com seu presidente sendo a última fronteira antes do desastre, apelando aos cidadãos para que enfrentem a usurpação de suas liberdades e reajam valorosamente.
A multinacional que a Lava-Jato destruiu
Por Umberto Martins, no site da CTB:
A Caixa Econômica Federal, sob a orientação entreguista do governo Bolsonaro, pediu na quinta-feira (3) a falência da Odebrecht, de acordo com informações divulgadas pela agência Reuters. A iniciativa pode consumar o criminoso processo de destruição da empresa, que já foi a maior multinacional privada do Brasil.
O crime, contra os trabalhadores e os interesses nacionais, tem uma autoria proeminente. É obra da famosa Operação Lava Jato, sacralizada pela Rede Globo e outros veículos como uma cruzada moralista contra a corrupção, liderada pelo justiceiro Sergio Moro e o falastrão Deltan Dallagnol.
O crime, contra os trabalhadores e os interesses nacionais, tem uma autoria proeminente. É obra da famosa Operação Lava Jato, sacralizada pela Rede Globo e outros veículos como uma cruzada moralista contra a corrupção, liderada pelo justiceiro Sergio Moro e o falastrão Deltan Dallagnol.
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