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A vitória da Nova Frente Popular no segundo turno das eleições legislativas na França representou uma demonstração de força e a retomada da esperança da esquerda no mundo. O resultado surpreendeu, sobretudo, aqueles que consideram as forças populares incapazes de enfrentar a extrema-direita e se restringem à tática de alianças com a direita nos processos eleitorais e submissão ao programa neoliberal nos governos.
A frente popular, que conta com o Partido Socialista, o Partido Comunista e os Ecologistas, é liderada pelo movimento de Jean-Luc Mélenchon, o França Insubmissa, que desponta como a principal força da esquerda. Isso deve nos dizer algo. Mesmo diante do perigo do avanço da extrema-direita, a esquerda francesa teve a firmeza de manter seu projeto com autonomia, construir uma ampla articulação das forças populares, atuar em unidade de ação com as forças de centro-direita sem perder sua identidade e fazer a disputa dos eleitores insatisfeitos com a condução política e econômica do governo Emmanuel Macron