sábado, 24 de setembro de 2011

Regulação da mídia na América Latina

Do sítio do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):

Em sua mais recente publicação, “Vozes abertas da América Latina: Estado, políticas públicas e democratização da comunicação”, (Editora Mauad/Faperj, Rio de Janeiro, 2011), Dênis de Moraes analisa as ações governamentais em países latino-americanos para tentar reverter a concentração monopolista da mídia. Resultado de estudos desenvolvidos pelo autor nos últimos quatro anos, o livro mostra mudanças em legislações e marcos regulatórios que, durante décadas, favoreceram as dinastias familiares que controlam os meios de comunicação em grande parte do continente.

Jô Soares critica ditadura da TV Globo



* Enviado pelo professor Caio Navarro Toledo, que acrescentou o comentário: "Hoje, o tucano Gordo - regiamente pago pela Globo - certamente afirmaria: 'Esqueçam o que escrevi e li'. No entanto, 24 anos atrás deu ele um desabafo/depoimento que ainda permanece válido e inquestionável".

Murdoch paga US$ 3,2 mi. E a Veja?

Por Altamiro Borges

O império midiático de Rupert Murdoch, News Corp, anunciou nesta semana que pagará 3 milhões de libras (US$ 3,2 milhões) para encerrar o caso envolvendo o extinto tablóide “News of the World”, que invadiu a caixa postal de uma jovem assassinada em 2002. Dois milhões de libras irão para a família Dowler e cerca de 1 milhão será doado a uma instituição de caridade.

Datena: jornalista ou oportunista?

Por Altamiro Borges

José Luiz Datena, apresentador do programa “mundo cão” Brasil Urgente, está em evidência. Em agosto passado, ele voltou à Band após curta e suspeita passagem pela Record. Agora, ele insinua que quer ser candidato em 2012. Nas estações do metrô paulista, ele aparece em outdoors com pinta de xerife. Datena é jornalista ou mais um oportunista que se aproveita da exposição midiática?

Marcada a audiência. A Folha vai?

Do blog Desculpe a nossa Falha:

Foi decidido pelos deputados da Comissão de Legislação Participativa a data da Audiência Pública em Brasília para debater o caso #folhaXfalha. Vai ser dia 26 de outubro, 14h30, no Congresso Nacional. Pedida pelo deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) e aprovada por unanimidade pelos parlamentares da comissão, a audiência foi convocada para – nas palavras dos congressistas – debater o “silêncio da mídia no caso de censura imposta pelo Jornal Folha de São Paulo ao site Falha de S. Paulo”. Dia 26/10 cai numa quarta-feira, dia em que o Congresso está mais cheio de parlamentares e jornalistas.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Tucano provoca professores em MG



Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

O jornalista Flávio Castro, assessor do deputado estadual Luis Humberto Carneiro (PSDB), provocou os professores acampados na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), dizendo: “Se eu ganhasse 712 [reais], ia ser servente de pedreiro”.

De quebra, ofendeu os professores — há mais de 100 dias em greve pelo pagamento do piso da categoria estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) — e os serventes de pedreiro.

O jornalista Flávio Pena é tucano e o deputado Luis Humberto Carneiro, o líder do governo Antonio Anastasia na Assembleia Legislativa mineira.

Vídeo: Deputado denuncia "mensalão" em SP



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"Mensalão" de SP e silêncio da mídia

Do blog Os amigos do presidente Lula:

O deputado estadual paulista Roque Barbiere (PTB), conhecido como Roquinho, concedeu entrevista ao programa "Questão de Opinião", no site do Jornal "Folha da Região" de Araçatuba, e soltou a seguinte bomba:

O custo da derrubada da CPMF

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

Em 2000, quando foi aprovada a famosa Emenda 29, o presidente era Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e teoricamente a Saúde tinha como fonte financiadora a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O projeto de emenda previa que o governo federal teria que investir 10% de todo o seu Orçamento em Saúde; os Estados, 12%; e os municípios,15%.

Governo quer "competição" na banda larga

Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Competição e massificação x universalização e direito humano. Talvez esse binômio possa sintetizar os debates durante o seminário “Banda Larga como Direito: balanço do PNBL e perspectivas para a universalização do serviço”. Promovido pela campanha Banda Larga um Direito Seu, a atividade contou com representantes do governo, parlamentares e entidades do movimento social para debater o quadro atual da implantação do Plano Nacional de Banda Larga.

Porta-voz do WikiLeaks em Foz do Iguaçu

Do sítio do I Encontro Mundial de Blogueiros:

O 1º Encontro Mundial de Blogueiros Progressistas já começará em grande estilo, com nomes importantíssimos da blogosfera mundial. A primeira mesa de debate “O papel das novas mídias” começa às 9 horas de sexta-feira (28) de outubro. Contará com a presença de Ignácio Ramonet, Kristinn Hrafnsson e Dênis de Morais, e será mediada pela representante da Agência Pública, Natalia Vianna e pela blogueira gaúcha Tatiane Pires.

Suicídio e sensacionalismo de Datena

Por Mauro Malin, no Observatório da Imprensa:

Nelson de Sá escreve na Folha de S.Paulo (sexta, 23/9): “Datena explora suicídio para ter audiência ou ‘algo mais’”. Descreve a “cobertura” feita pelo apresentador sobre o suicídio de um aluno de 10 anos, depois de ter atirado numa professora em escola municipal de São Caetano:

Quando os banqueiros ouvem Karl Marx

Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:

Na aparência, tudo não passa de um completo nonsense. Aos 61 anos, o economista britânico George Magnus é uma das vozes ouvidas no escalão mais alto do sistema financeiro internacional. Desde 1997, aconselha (primeiro, como economista-chefe; hoje, como consultor senior) o UBS, o maior banco suíço e o segundo maior do mundo na administração de fortunas milionárias (com ativos de cerca de 2,5 trilhões de dólares). Este homem está dizendo a seus insignes clientes que ouçam, para salvar a economia da crise… Karl Marx.

A marcha da insensatez no RJ

Por Mauricio Dias, na CartaCapital:

No Rio de Janeiro, na tarde de 20 de setembro, houve a segunda rodada de manifestações contra a corrupção no País. A primeira, no dia 7, foi simultânea às solenidades da Independência. Em Brasília, calcularam 25 mil pessoas presentes na marcha pela Esplanada dos Ministérios. O número pode ter sido engordado por aqueles que foram ver o desfile oficial.

Deputado denuncia maracutaias em SP

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

O veterano deputado Roque Barbiere (PTB), há 29 anos na política e no sexto mandato de deputado estadual, deu entrevista ao programa Questão de Opinião, em um canal de internet, conduzido pelo professor e entrevistador Arthur Leandro Lopes. São 40 minutos de depoimento, concedido em 10 de agosto no sítio do deputado, em Coroados (SP), em meio a cães e gansos. O resumo do que disse o petebista foi publicado no jornal Folha da Região, de Araçatuba, na coluna assinada por Arthur, denunciando maracutaias na Assembleia Legislativa de São Paulo. O tema é manchete da edição desta sexta-feira (23) do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia de fúria nas bolsas de valores

Do sítio Vermelho:

Um movimento mundial de aversão a risco levou os mercados financeiros a viverem um dia de fúria, evidenciando o avanço implacável da crise mundial do capitalismo, que parece indiferente e adversa às intervenções dos Estados. As bolsas asiáticas, europeias, americanas e brasileira desabaram junto com as commodities, enquanto o preço do dólar e a procura pelos títulos públicos dos EUA subiu.

Afinal, o que quer a imprensa?

Por Mair Pena Neto, no sítio Direto da Redação:

A maioria dos grandes meios de comunicação da América Latina está em conflito aberto com os presidentes eleitos de muitos países, trazendo à tona o debate sobre deveres, limites e responsabilidades da informação. Em nome de uma suposta liberdade de imprensa, os meios rejeitam qualquer tipo de regulamentação, sempre acusada de censura, e afirmam que já existem os canais de controle da sociedade sobre possíveis erros ou excessos cometidos pelos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão.

Jovens jornalistas: criados com os lobos

Por Luis Nassif, em seu blog:

Tinha menos de dois anos de formado o jovem repórter que tentou invadir o apartamento de José Dirceu no Hotel Nahoum. Pelo que soube em Brasília, voltou para a casa da mãe.

Não sei a idade do repórter da Folha que iludiu a confiança do tio, no caso Battisti. Mas foi exposto de forma fatal pelo próprio tio, em um artigo demolidor. E inspirou um artigo da ombudsman do jornal, no qual afirmava que era ingenuidade confiar em jornalistas. Tornou-se exemplo de como não se deve confiar em jornalistas. Dificilmente conseguirá fontes dispostas a lhe passar informações relevantes.

Execução só é crime para os “outros”?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Nas últimas 24 horas, foram excutadas três pessoas, por sentença judicial.

Uma no Irã: um jovem de 17 anos condenado por homicídio. Outra na China: um paquistanês condenado por tráfico de drogas.

Ambos os países merecem, por conta destas execuções, condenações internacionais por atentarem contra os direitos humanos.

A terceira pessoa foi executada nos Estados Unidos.

Mudanças na TV Globo são para valer?

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Tenho dito que existe um movimento interno no jornalismo da TV Globo para resgatar sua credibilidade. Primeiro, porque sem que as pessoas confiem no noticiário o negócio deixa de prosperar. Segundo, porque a derrota na campanha eleitoral de 2010 teve um gosto amargo para a emissora do Jardim Botânico. A "bolinha de papel" foi o ápice de um processo de radicalização interna (que começou em 2003), e que virou um dos casos mais escandalosos da história da televisão brasileira, caso que só encontra paralelo com a tentativa de fraude nas eleições ao governo do Rio, em 1982, e com a manipulação do debate na Campanha Eleitoral de 1989. Portanto, é natural que alguma intervenção fosse feita.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A neblina é densa no horizonte de Serra

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

Candidato derrotado do PSDB à Presidência da República no ano passado, José Serra hoje é um tucano sem poleiro. Desgastado internamente por decisões de campanha e pela segunda derrota para o PT na disputa presidencial, fracassou ao tentar retomar áreas de influência no PSDB nacional. Os cardeais do partido - Serra excluído do concílio - preferiram manter no comando nacional o inexpressivo Sérgio Guerra a arriscar abrir espaço de poder para o ex-governador, um político que levou ao limite, nas eleições passadas, sua vocação desagregadora.

O ex-governador não tem mais espaço nacional no PSDB. E o seu "Plano B", o PSD do prefeito Gilberto Kassab, alçou voos próprios que não credenciam seu criador a ir além da capital paulista no apoio a Serra. Integrantes do novo partido consideram que o prefeito pode cumprir seus compromissos passados com o ex-governador se ele decidir disputar as eleições para prefeito. Para aí. A vocação governista com que nasce o PSD não aconselhariam a apoiar Serra contra o governador Geraldo Alckmin, numa disputa pelo governo do Estado, ou ir na direção contrária a da presidenta Dilma Rousseff, na disputa pela reeleição.

No PSDB paulista, Serra perdeu terreno na capital, onde tinha mais influência que Alckmin, e não expandiu seus domínios para o interior, reduto alckmista. A avaliação no núcleo tucano paulistano é que o PSDB não pode recusar a Serra a legenda para a prefeitura, se ele quiser, mas nem o partido gostaria que isso acontecesse, dado o alto grau de rejeição ao seu nome acusado por pesquisa do instituto DataFolha há duas semanas, nem o próprio ex-governador parece disposto a correr o risco de uma derrota municipal num momento em que está particularmente fraco. Isso inviabilizaria por completo qualquer tentativa futura de retomar uma carreira política nacional.

A estratégia de fazer o PSDB paulistano engolir um dos poucos serristas que restaram, o senador Aloysio Nunes, como candidato à prefeitura, caiu pela total falta de interesse do próprio senador. O espaço está aberto para a disputa entre dois nomes da órbita de influência de Alckmin, seus secretários José Anibal e Bruno Covas, na disputa pela legenda do partido à prefeitura.

Os destinos de Serra e do PSD dificilmente se encontrarão no âmbito nacional porque, afirma um dos seus articuladores, "o partido nasce com uma grande vocação governista". Em São Paulo, para cumprir a sua vocação, tem que ser Dilma Rousseff - não existe possibilidade de acordo com o governador tucano, com quem Kassab disputou a prefeitura, com o apoio de Serra, em 2008. O único caminho para acordo seriam ambos se unirem em torno de uma candidatura Serra, o que é altamente improvável. Sem essa alternativa, o PSD deve caminhar em faixa própria lançando um candidato.

No resto do país, o partido já exerce sua vocação governista de maneira plena. Nos redutos dos governadores de partidos da base de apoio de Dilma, o PSD, na grande maioria, conseguiu unir, de forma conveniente, dois governismos, o estadual e o federal. O governador Jaques Wagner (PT) ajudou a formação do partido na Bahia; Marcelo Déda (PT), em Sergipe; Eduardo Campos (PSB), em Pernambuco e Cid Gomes (PSB) no Ceará. No Rio, o partido foi montado com a ajuda de um governador e um prefeito governistas no plano federal, Sérgio Cabral (PMDB) e Eduardo Paes (PMDB). No Maranhão, foi constituído na órbita de influência da governadora Roseana Sarney (PMDB). No Piauí, está ligado ao governador Wilson Martins (PSB); na Paraíba, ao governador Ricardo Coutinho (PSB).

No Rio Grande do Norte, que tem a única governadora do DEM, Rosalba Ciarlini, e no Pará, com o tucano Simão Jatene, ambos de oposição ao governo federal, o PSD nasce apoiando o governo do Estado e o governo federal, ao mesmo tempo. Em Santa Catarina, o próprio governador, Raimundo Colombo, aderiu ao novo partido. Segundo um dos organizadores da nova legenda, o PSD apenas sera oposição estadual, de fato, no Acre e no Amapá.

Os interesses nacionais do PSD, portanto, não credenciam Kassab a se comprometer com Serra além das fronteiras da capital paulista. Os interesses nacionais do PSDB não convergem para Serra. Este é o horizonte do adversário de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais do ano passado.

UBS e a máfia rentista da Europa

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o maior banco da Suíça, o UBS, anunciou um rombo de US$ 2 bilhões – cerca de R$ 3,5 bilhões. De imediato, o funcionário Kweku Adoboli, lotado no escritório de Londres, foi preso, acusado de ter feito operações financeiras fraudulentas. O banco tenta limpar a sua imagem. Joga toda a culpa no detido e garante que os seus clientes não sofrerão qualquer prejuízo.

Mas a sujeira é visível. Evidencia o caos em que se transformou o sistema financeiro mundial, totalmente desregulamentado pelos sucessivos governos neoliberais, e responsável pelo brutal agravamento da crise capitalista. Adoboli trabalhava com as complexas operações de derivativos – uma malandragem dos banqueiros e rentistas para especular com papéis futuros.

O oportunismo de Yoani Sánchez

Por Iroel Sánchez, no blog La Pupila Insomne:

A multipremiada blogueira Yoani Sánchez acrescentou novas pérolas ao ciberbestiário, conforme o apresentado em sua antológica entrevista ao historiador francês Salim Lamrani [*].

Em diálogo com o jornal porto-riquenho El Nuevo Dia, a senhora Sánchez investe contra o povo cubano, a quem atribui o comportamento daqueles que, como ela, só pensam com o bolso:

Pós-graduandos fazem tuitaço

Por Luana Bonone, diretora de comunicação da ANPG, no sítio da entidade:

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) organiza uma semana concentrada de campanha pela valorização das bolsas de pesquisa que teve início na segunda (19) e vai até essa sexta-feira (23). O foco é o reajuste das bolsas de mestrado e doutorado, que estão com os valores congelados há mais de 3 anos, embora as pautas por financiamento para educação e ciência e tecnologia também façam parte do debate. Além de ações nas universidades, a entidade promove uma diversificada campanha virtual, com Twittaço da hashtag #reajustedebolsasja marcado para esta quinta-feira (22).

Esclarecimento dos blogueiros de MG

Enviada por Michael Rosa:

Em face da exploração política de um lamentável fato que ocorreu com um dos participantes do Encontros dos Blogueiros Progressistas, a Comissão de organização do BlogProgMG ("Bloguemus") esclarece:

A) O ativista de redes sociais, de nome Nartagman, participou, como indivíduo, dos debates do encontro estadual mineiro de blogueiros progressistas. Evento que teve mais de 150 inscritos.

Paulo Freire e as verdades escondidas

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

Trinta anos após sua primeira edição, o que justificaria a republicação de Comunicação e Cultura: as idéias de Paulo Freire, um livro que explora o pensamento e a prática do educador brasileiro no período anterior à dissolução do chamado socialismo real; anterior às eleições que levaram ao poder vários governos populares na América Latina, na contramão da nossa tradição histórica; anterior à revolução digital que dá origem às imensas transformações tecnológicas nas comunicações? O que a prática e a reflexão posteriores de Freire – produtivo até sua morte em 1997 – acrescentaram sobre comunicação e cultura? O que pensam os pesquisadores, sobretudo os brasileiros, a respeito da contribuição de Freire para os estudos de comunicação?

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dilma na ONU: sem complexo de vira-lata

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Na abertura da Assembléia Geral da ONU, ao falar para o mundo, Dilma destacou a condição feminina e a especificidade do Brasil no mundo. Emocionou-me a menção que a presidenta fez à lingua portuguesa. Lembrei-me de certo presidente (brasileiro, até prova em contrário) que foi à França e preferiu falar em Francês (!) na Assembléia Nacional daquele país. Era o presidente que certa elite brasileira considerava ”cosmopolita”. Um cosmopolita que preferia falar em francês. Terminou o discurso dizendo “Vive la France!!”. Patético.

Palestina agradece o apoio brasileiro

Por Viviane Vaz, de Ramallah, na CartaCapital:

Milhares de palestinos aproveitaram nesta quarta-feira o dia de folga estabelecido pela Autoridade Palestina para participar das demonstrações de apoio à iniciativa do presidente Mahmud Abbas em buscar um assento na ONU – seja de membro permanente ou observador.

O acordo da Al Jazeera com Washington

Por Heloisa Villela, de Washington, no blog Viomundo:

A notícia é estarrecedora. Mas não foi manchete na imprensa mundial. O diretor geral da rede Al Jazeera, Wadah Khanfar, entregou o cargo ontem sem explicar porque e sem dizer o que fará daqui prá frente. Khanfar é palestino, foi correspondente da Al Jazeera no Iraque, entre outros lugares, e dirigia o jornalismo da empresa há oito anos. É apontado como grande responsável pelo crescimento da tevê que hoje é a mais assistida no mundo árabe e mereceu elogios até da secretária de Estado, Hillary Clinton, o que por si só já seria motivo para deixar qualquer cético de orelha em pé.

A CUT no Encontro Mundial de Blogueiros

Por Rosane Bertotti, no sítio da CUT:

Carregando o simbolismo da tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, que impulsiona o sentimento da integração latino-americana, a cidade paranaense de Foz do Iguaçu sediará entre os dias 27 e 29 de outubro o 1º Encontro Mundial de Blogueiros com o tema “O papel das novas mídias na construção da democracia”.

Michael Moore critica mídia dos EUA

Do sítio Vermelho:

O cineasta estadunidense Michael Moore esteve na última segunda-feira (19) no programa de televisão The Rachel Maddow Show para discutir a cobertura dos meios de comunicação sobre a festa do Tea Party, que teve uma cobertura superdimensionada, diferentemente dos protestos dos movimentos de esquerda no país.

Repórter da Veja admite o crime

Por José Dirceu, em seu blog:

Foi concluída a investigação policial sobre a tentativa de invasão da suíte que ocupo no Nahoum Hotel, em Brasília, ao final de agosto, pelo repórter Gustavo Ribeiro, da revista Veja. E os fatos falam por si. Na apuração realizada na 5ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal, fica claro que o jornalista de fato tentou violar o meu apartamento.

O jornalista admitiu que tentou entrar em um ambiente privado. A investigação – que colheu vários depoimentos e também se apoiou em imagens do circuito interno do hotel -- será encaminhada para o Juizado Especial Criminal de Brasília.

Caco Barcelos e a mutilação da Globo

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Não poderia deixar de abordar um belo momento do jornalismo brasileiro, a prova definitiva de que não se pode discriminar profissionais que, até por falta de opção, trabalham para o oligopólio pretensamente imperial e antidemocrático que domina a comunicação no Brasil.

Na terça-feira (20), por volta das 19 horas, foi ao ar o programa da emissora a cabo Globo News, o “Em Pauta”, apresentado pelo jornalista Sergio Aguiar, que entrevistou o jornalista Caco Barcelos e teve a participação virtual da jornalista Eliane Cantanhêde.

Atenção às manobras da direita

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Esse não é um assunto novo. Mas entendemos ser sempre importante analisar. Trata-se dos passos e lutas dos setores e forças inimigas do povo. É um princípio da luta da classe trabalhadora conhecer a nós mesmos, ter projeto, planos de ações, políticas de alianças etc. Porém, é igualmente importante compreender quem são os inimigos do povo, como se organizam e o grau de coesão deles. Nesse sentido, abordaremos alguns dos pontos sobre os nossos inimigos.

O dia em que a Palestina derrotou os EUA

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Katarina Peixoto, no sítio Carta Maior:

Entre a presença de Dilma Rousseff na abertura da 66ª Assembleia Geral da ONU e a ausência de Barack Obama, explícita no discurso do presidente dos EUA, abriu-se um flanco. Faltou Obama no discurso de um presidente enfraquecido e na defensiva, refém de interlocutores ausentes (Bin Laden e o Hamas). E Dilma Rousseff esteve lá, inteira, com a sua história, os seus compromissos e uma agenda clara.

Discurso de Dilma Rousseff na ONU



Senhor presidente da Assembleia Geral, Nassir Abdulaziz Al-Nasser,

Senhor secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon,

Senhoras e senhores chefes de Estado e de Governo,

Senhoras e senhores,

Pela primeira vez, na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o Debate Geral. É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nesta tribuna que tem o compromisso de ser a mais representativa do mundo.

SP reforça policiamento... no Morumbi

Por Altamiro Borges

As elites vivem criticando os “gastos públicos”, mas adoram um favorzinho do Estado. Segundo a Folha, uma das partidárias do chamado “estado mínimo” – mínimo para os pobres, e máximo para os ricos –, o governo tucano de São Paulo decidiu remanejar 160 policiais militares que trabalham em vários pontos da capital paulista para reforçar o patrulhamento no bairro do Morumbi.

Alckmin punirá a Ecovias por acidente?

Por Altamiro Borges

O mega-engavetamento na rodovia Imigrantes, na semana passada, maculou a imagem vendida pelos tucanos sobre o paraíso das estradas paulistas e sobre o sucesso da privatização do sistema. Segundo a Polícia Rodoviária, a acidente envolveu cerca de 300 veículos. As cenas de destruição, incêndios e pessoas sangrando foram dramáticas. Uma pessoa morreu e mais de 50 ficaram feridas.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Calote na Fundação Roberto Marinho?

Do sítio Os amigos do presidente Lula:

A Fundação Roberto Marinho fez um convênio com o Ministério Turismo, e recebeu R$ 17 milhões dos cofres públicos de 2009 até o primeiro semestre deste ano.

Com o dinheiro, a ONG ligada à TV Globo deveria qualificar 80 mil profissionais, autônomos e estudantes de turismo, gastronomia e hotelaria, em cursos online de inglês e espanhol, para a Copa de 2014.

Esse projeto recebeu o nome de Olá, Turista! e já encerrou suas atividades.

Estudantes expulsam Bolsonaro



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Maringoni e as incríveis capas Veja

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Gilberto Maringoni fez um trabalho didático na Carta Maior: expôs as principais capas de “Veja”, de 1993 a 2010. O período cobre exatamente os dois mandatos de FHC e os dois mandatos de Lula.

A comparação visual é impressionante. Ao lado das capas, Maringoni faz uma pequena análise do conteúdo. Nem precisava. As imagens quase falam por si. Lula é tratado com desrespeito: pé no traseiro, barriga de fora, a faixa de presidente enrolada feito venda nos olhos do presidente. FHC aparece austero, professoral, um estadista.

Mais que isso. Os escândalos na era FHC levam para a capa os pivôs dos escândalos: Ricardo Sérgio, Mendonção, Sérgio Motta… Uma exceção: Eduardo Jorge, secretário particular aparece ao fundo da imagem resignada de FHC, sob a chamada de capa quase amiga: “as ligações e os negócios do ex-assessor que estão fazendo um estrago na imagem do presidente”. Ou seja, FHC não tem nada com isso, mas a revista alerta que o ex-assesor está atrapalhando a boa imagem do estadista. Assim, de amigo para amigo.

Os escândalos da era Lula são escândalos de Lula. Sempre. Lula carrega Zé Dirceu feito um peso já em 2004 (FHC jamais carregou Ricardo Sérgio nas capas de “Veja”; mas o livro do Amaury vem aí pra contar bem essa história); a imagem de Lula se desfaz na capa da revista, em 2005; depois, as manchetes do “Mensalão” (“Ele sabia?” , “Quando e como Lula foi alertado”), sempre com a figura de Lula na capa. Com FHC e a compra de votos para a reeleição, nada parecido. Ninguém perguntou se FHC “sabia”?

A obsessão com a estrela...

E a tentativa (obsessiva?) de arrasar a imagem do PT e dos movimentos sociais: a estrela petista na capa uma, duas, três vezes. Sempre a se desmilinguir. O MST como grande inimigo. E o “polvo” (PT? povão?) a ameaçar a República (ou a ameaçar aqueles amigos de “Veja” que não conseguem voltar ao Palácio?).

As imagens coletadas por Maringoni são também, e isso me ocorre agora, as imagens de uma derrota clamorosa. Nunca um órgão de imprensa apostou tantas fichas em derrotar um presidente e um partido. Nem Carlos Lacerda foi tão longe contra Vargas, porque não tinha os recursos visuais das capas de “Veja”.

A turma do esgoto, instalada na Marginal Pinheiros, usou e abusou dos recursos visuais. E das mentiras (dólares de Cuba, contas de Lula no exterior…). E perdeu. Duas vezes. Ou três vezes, se contarmos 2002, 2006 e 2010.

E o medo do povo!

A história das capas de “Veja” é a história do preconceito (quem não se lembra da “mulher, nordestina” – cruz, credo – que pode decidir a eleição em 2006?). Preconceito derrotado. É a história de um discurso de ódio. Derrotado. “Veja” e sua máquina de manipulações foram derrotadas de forma espetacular. Isso é o mais impressionante na coletânea feita pelo Maringoni.

Isso tudo não absolve o PT e Lula de seus erros. Maringoni, aliás, nem é do PT. Faz opopsição pela esquerda, no PSOL. Mas é daqueles que não perderam o juízo e sabem que o inimigo principal não está no lulopetismo. Basta olhar para as capas de “Veja” para saber que ali está não apenas um inimigo feroz da esquerda e dos movimentos sociais. A “Veja” é inimiga do Brasil. Ela e suas capas odiosas e odientas. Derrotadas.

Tão derrotadas como Ali Kamel da Globo – com o delegado Bruno em 2006 e a bolinha de papel em 2010. Mas a “Veja”, é preciso reconhecer, foi muito mais longe que Kamel. Ele é mais sutil, mais inteligente. A “Veja”, não. É boçal. Bom saber e ver que a boçalidade odiosa de “Veja” foi derrotada.

O mais incrível é que “Veja” segue a alimentar o discurso de que o PT e o lulismo querem calar a imprensa. Hehe. Se houvesse “projeto autoritário”, a “Veja” não estaria aí até hoje. Lula e o PT ganharam da “Veja”, na bola. Sem tapetão.

O que choca é outra coisa: o lulismo e o PT seguem a alimentar o monstro. É o que diz Maringoni:

“A visão de Veja é a visão da extrema direita brasileira. Tem uma tiragem de um milhão de exemplares e é lida por muita gente. Entre seus apreciadores está, surpreendentemente, o governo brasileiro. Este não se cansa de pagar caríssimas páginas de publicidade para uma publicação que o achincalha com um preconceito de classe raras vezes visto na imprensa. Freud deve explicar.”

Presos cubanos: Maradona apela a Obama

Por Iroel Sánchez, no blog cubano La Pupila Insomne:

O gigante do futebol argentino e mundial, Diego Armando Maradona, somou-se à campanha internacional pela liberdade dos Cinco Patriotas ao enviar uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em que pede para acabar com a injustiça que já dura mais de 13 anos.

Abril negociou com a ditadura

Veja, n. 95, 01-07-1970, pág.30 e 31
Por Luiz Gustavo Pacete, no Portal Imprensa:

Quando tinha 10 anos de idade, o garoto José Hamilton Ribeiro, nascido na pacata cidade paulista de Santa Rosa do Viterbo, sofria de uma enfermidade chamada “osteomielite”, inflamação nos ossos que o obrigava a contar com a ajuda de uma muleta para apoiar a perna esquerda. Mesmo com restrições, o menino não deixou de confirmar que sua vocação era a reportagem. “Caiu um avião perto da minha cidade. Imagina! Se hoje já é notícia, naquela época então nem se fala. A molecada saiu correndo para ver o acidente e eu não pensei duas vezes, mesmo com dificuldades fui ver o que tinha acontecido”.

A pobreza galopante nos países ricos

Editorial do sítio Vermelho:

A crise econômica mundial acentua uma situação descrita por Karl Marx desde o Manifesto do Partido Comunista, em 1848: a tendência “normal” do capitalismo é a concentração escandalosa da riqueza num dos polos da sociedade, em contrapartida à pobreza extrema imposta a grande parte da população.

As origens do jornalismo de esgoto

Paulo Nogueira, no sítio Brasil 247:

Onde surgiram os jornais? E por quê? E como nós, jornalistas, ficamos tão malafamados?

Bem.

O crédito da inovação é geralmente concedido aos italianos de Veneza, no século XVI. O governo local decidiu publicar um jornal para manter os cidadãos a par dos acontecimentos. Era conhecido como “gazetta”, o nome de uma moeda barata veneziana. O jornal, mensal, custava uma “gazetta”. Os primeiros jornalistas eram chamados, na Itália”, de “menanti”, uma derivação da palavra latina “minantis”, que significa “ameaçadores”.

Caso Folha vs. Falha: péssimo humor

Por Paulo Pimenta, em seu sítio:

O caso da ação judicial movido pelo jornal Folha de S.Paulo contra os irmãos Lino e Mario Bocchini é exemplar para provocar uma reflexão sobre os limites éticos do debate da liberdade de expressão sob o ponto de vista de setores importantes da mídia tradicional. Os irmãos Bocchini criaram o blog Falha de S.Paulo, espaço irreverente e descontraído de análise e críticas de matérias e conteúdos veiculados no tradicional diário paulista.

Dilma, a internet e a democracia

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por João Peres, na Rede Brasil Atual:

A presidenta da República, Dilma Rousseff, enfatizou nesta terça-feira (20) em Nova York a importância da internet na promoção da democracia. “O uso das redes digitais é essencial para a promoção de governos mais transparentes e acessíveis aos cidadãos”, afirmou. Ela participou de cerimônia na qual se firmou parceria com os Estados Unidos na área de governos abertos.

Folha: notícia no pé da página

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os nossos jornais são, realmente, o máximo. Fizeram uma “revolução silenciosa” e aboliram o padrão mundial de jornalismo que se implantou pelo mundo – aqui, pelas mãos de Pompeu de Souza e Luis Paulistano, dois marcos do jornalismo. Os nossos velhos “narizes de cera” deram lugar ao “lead” e à ideia da pirâmide invertida na informação: o mais importante vem primeiro.

Vinte anos nas capas da 'Veja'

Por Gilberto Maringoni, no sítio Carta Maior:

O presidente Lula sofreu impeachment em agosto de 2005. Quase ninguém se lembra dele. Era um trapalhão barrigudo, chefe de quadrilha e ignorante.

Leilão da Vasp e a ineficiência privada

Por Altamiro Borges

Os telejornais de ontem deram grande destaque ao leilão de objetos da Vasp – a lendária Viação Aérea de São Paulo. Dias antes, as emissoras de TV também mostraram o desmanche das aeronaves da empresa no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. As cenas são deprimentes, tristes. Mas a mídia privatista preferiu não abordar as reais causas do desmonte da outrora poderosa Vasp.