segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

“Rolezinho” e apartheid nos shoppings

Por Altamiro Borges

A elite paulista está desesperada com os chamados “rolezinhos” nos shoppings – ações articuladas por jovens da periferia, através das redes sociais, como forma de protesto e deboche. Neste final de semana, a PM do tucano Geraldo Alckmin voltou a esbanjar truculência e preconceito contra a moçada irreverente. A repórter Vanessa Barbara, da Folha, registrou uma destas cenas deprimentes, que confirmam a existência de um novo tipo de “apartheid” em São Paulo. Vale conferir a sua reportagem desta segunda-feira (13):

Mídia rentista exige mais juros

Por Altamiro Borges

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central realiza a sua primeira reunião deste ano nesta terça e quarta-feira. Como já virou rotina, a mídia rentista usa toda a sua artilharia para fazer terrorismo econômico e exigir um novo aumento da taxa básica de juros, a Selic. Nos últimos dias, a Globonews teve o descaramento de falsear uma tabela da inflação; já os jornalões evitaram realçar que o índice ficou abaixo do teto da meta em 2013 e insistem no risco da “explosão inflacionária”. A ofensiva midiática serve aos interesses mesquinhos dos banqueiros e rentistas e, novamente, tende a obter vitória, em detrimento da sociedade que terá retração da economia e contenção do ritmo de emprego.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Luta de classes e os desafios de 2014

Por Wladimir Pomar, no sítio Correio da Cidadania:

Muitos acreditam que os acontecimentos de junho de 2013 mostraram que amplos segmentos aparentemente adormecidos podem acordar e despertar para exigir justiça e direitos sociais. E, ao fazê-lo de forma radical, podem causar um sobressalto no status quo instalado. Diante disso, consideram que a classe trabalhadora brasileira terá certamente que travar ainda muitas batalhas para que os seus filhos, muitos dos quais estiveram nas ruas, ou continuam tentando ocupá-las, possam aceder a uma posição estável, a um emprego qualificado e a um futuro auspicioso.

A luta pela democratização da mídia

Gráfico da Globo falseia a inflação

Por Renato Rovai, em seu blog:




Todos os inícios de ano a Globo lidera o terrorismo inflacionário. A inflação do ano que virá pode colocar o país em risco e blablablá.

Nos almoços de família, os parentes mais sensíveis às bobagens midiáticas repetem o mantra de que a situação está ruim e que o país está caminhando ladeira abaixo.

A reviravolta nas relações Brasil-EUA

Por Antonio Lassance, no sítio Carta Maior:

Por trás da escolha “técnica” dos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), houve e ainda há muito mais política do que se imagina. Houve não só a intenção de passar um recado aos Estados Unidos, mas uma mudança de rota nas relações com aquele país. Houve também, pela enésima vez, uma disputa entre diplomatas e militares em torno de questões estratégicas e de defesa nacional.

Gilmar Mendes: perguntas e respostas

Do blog Diário do Centro do Mundo:

E eis que o ministro Gilmar Mendes está de novo nas primeiras páginas - como de hábito, em situação desfavorável.

Mendes é uma das estrelas do livro Operação Banqueiro, do jornalista Rubens Valente, lançado neste final de semana.

Nele, Valente mostra como Daniel Dantas, um banqueiro de atuação obscura, recebeu a proteção de Mendes no STF.

O veneno elitista do "Estadão"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Mesmo à beira da falência, o Estadão é como estes decadentes aristocratas quebrados: não perde a pose, mesmo que lhe ronquem as tripas.

O editorial “Mais Cubanos” é um destes primores.

Aliás, é assim que o vetusto quatrocentão diz que deveria ser chamado o Programa Mais Médicos:

A inconcebível "surpresa" de Roseana

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Nos últimos dias, as atrocidades no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, Maranhão, ganharam o noticiário. Em 17 de dezembro de 2013, quatro presos foram assassinados, sendo três decapitados. Ao todo, desde o início de 2013, 62 detentos foram mortos no estado .

A batalha da Copa do Mundo

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O governo federal informou, nesta semana, que cerca de 10.000 soldados e policiais deverão ser treinados em técnicas de segurança e contenção de distúrbios para a proteção de torcedores, turistas e instalações de infraestrutura durante a Copa.

O direito constitucional de dar um rolé

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Não pode ser considerado nem como uma pálida sombra de justiça a concessão recente pelo Poder Judiciário de uma liminar que gerou algumas das cenas mais bizarras que estes olhos cansados pela visão de tantos absurdos ao longo da vida já puderam contemplar.

TV exibe vídeo com estupro de criança

Por Raquel Dantas, na revista CartaCapital:

É hora do almoço quando a vinheta anuncia a abertura de mais um Cidade 190. Dentre as narrativas de crimes que se desenrolam, uma reportagem de 17 minutos exibe vídeo de flagrante de estupro de criança de nove anos de idade dentro da própria casa. A equipe de reportagem da emissora cearense TV Cidade, afiliada da Rede Record, foi até Pacatuba, município da região metropolitana de Fortaleza, para relatar o crime. A repórter começa a matéria identificando rua e número das residências onde moram vítima e agressor. Familiares são entrevistados sobre o caso, enquanto seguidas vezes são repetidas as cenas do abuso sexual. A imagem é embaçada somente na altura dos genitais, deixando visível ao telespectador toda a cena de violência.

Será a vez da tangerina?

Por Cadu Amaral, em seu blog:

Em 2013 a imprensa grande tratou de sepultar a economia do Brasil com o tomate. A fruta foi usada como símbolo de um caos econômico de faz de conta para tentar desestabilizar o país. Mais uma vez deram com os burros n'água. A economia do Brasil vai bem. Vai bem (favor não confundir com “mil maravilhas”) principalmente no que importa: emprego e renda.

O panorama de 2014 visto do Planalto

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Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

No Palácio do Planalto, há um otimismo cauteloso em relação a 2014.

Considera-se que será um ano difícil, mas um grande ano para o governo, no qual o governo Dilma Rousseff terá muitas obras a entregar.

O jogo mudou no Brasil

Por Silvio Caccia Bava, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Podemos não estar percebendo, mas o jogo mudou. Nos últimos anos a sociedade e a economia brasileira ganharam novos players. Empresas transnacionais compraram empresas brasileiras ou criaram filiais no Brasil, como no caso das construtoras e incorporadoras imobiliárias, da indústria automobilística, da distribuição de alimentos, ou mesmo na área sucroalcooleira. E o comando da economia passa a atender, cada vez mais, aos interesses desses grandes players internacionais, deixando de lado ou num plano secundário qualquer traço de nacionalismo e a defesa dos milhões de pequenos e médios empresários brasileiros – rurais e urbanos −, que não conseguem competir com o Walmart, com a Brookfield, com o Carrefour ou a Cosan.

sábado, 11 de janeiro de 2014

As lutas sociais no ano de eleição

Editorial do sítio Vermelho:

O ano de 2014 pode assinalar um importante avanço no desenvolvimento dos movimentos sociais, que anunciam uma movimentada agenda. Um ano eleitoral indica que será um período repleto de lutas. E nada mais natural que a luta dos movimentos sociais se incorpore à luta eleitoral, que elas se somem para ampliar as bandeiras e principalmente as conquistas.

O livro que a Folha não quis publicar

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O repórter Rubens Valente levou mais de dois anos para escrever “Operação Banqueiro”. O livro (que chega nesta sexta – 10 de janeiro ao mercado) narra os bastidores de uma das maiores batalhas do capitalismo selvagem brasileiro, na virada do século XX para o XXI.

O "mensalão" é um "mentirão"

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:


A Ação Penal 470 é um momento triste do judiciário brasileiro, porque corresponde ao que juristas sérios chamam de espetacularização da justiça. A única coisa “boa” que os próprios ministros do STF, e mesmo a imprensa, conseguem falar sobre o julgamento do mensalão é que ele seria um “exemplo”, correspondendo a uma sinalização de que a justiça brasileira agora prenderia também “ricos e poderosos”. Ou seja, a única lógica do julgamento, é a do linchamento, de um lado, e do justiçamento, de outro. Os grupos de extermínio que agiam na ditadura também agiam com vistas a darem um “exemplo”.

Ariel Sharon, o 'açougueiro de Beirute'

Por Guila Flint, no sítio Opera Mundi:

Mais do que qualquer outro líder israelense, Ariel Sharon simboliza a linguagem da força. Em sua longa carreira, como militar e politico, Sharon esteve envolvido nos capítulos mais violentos do conflito entre Israel e os palestinos, ocupando postos-chave desde a fundação de Israel, em 1948.

O debate político sobre a inflação

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Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

"Não temos uma inflação alta, temos uma inflação moderada e controlada", diz o professor João Sicsú, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para ele, hoje há uma discussão "mais política do que técnica" em torno do tema. Ele lembra que o país está completando uma década de inflação dentro da meta, que vai até 6,5%. “Mas temos de buscar uma inflação cada vez menor, porque é um elemento que dificulta a distribuição de renda”, observa.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A oposição e suas mentiras econômicas

Por Renato Rabelo, em seu blog:

Diante da falta de discurso consequente, projeto e de capacidade política para ampliar seu leque de aliança sobra somente uma alternativa para a oposição: a da utilização da mentira como atributo político e, se com a força do oligopólio midiático a seu dispor e favor, transformar essa mentira em uma verdade se repetida mil vezes. E mais de mil vezes o governo Dilma fora acusado de leniência com relação à inflação. Todos os dias a guerra psicológica travada pela oposição tem como sempre o mesmo argumento do fantasma da inflação.

Inflação na meta e os tomates na Globo

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Por Altamiro Borges

Desconsertada e sem qualquer autocrítica, a mídia rentista divulgou nesta sexta-feira (10) que a inflação brasileira ficou “dentro da meta” no ano passado. Durante vários meses, quase todos os dias, a imprensa alardeou que os preços dos produtos e serviços iriam explodir e que o Brasil não tinha como escapar do colapso econômico. Num dos momentos mais patéticos desta campanha terrorista, a apresentadora Ana Maria Braga, da TV Globo, usou um ridículo colar de tomates para criticar a “explosão inflacionária”. Agora, o IBGE registra que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, fechou em 5,91% em 2013 - abaixo do draconiano teto da meta do governo, que é de 6,5% ao ano.

A imprensa brasileira e o golpe de 1964

Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

O golpe militar de 1964 foi mais um produto da crise de desestabilização política que os EUA, aliado a forças locais, promoveram na América Latina. Ele se inscreve na lista dos golpes da Guatemala (1954), do Brasil contra o Getúlio (1954), da Argentina contra o Peron (1955), entre tantos outros.

Schumacher e a fragilidade da imprensa

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O ex-piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher não é o herói que a imprensa pintou na última semana. Ele se encontra hospitalizado em estado grave, após sofrer um acidente na estância de esqui de Méribel, nos Alpes Franceses, porque resolveu sair da pista regular e descer por uma área não delimitada, acabando por cair e bater a cabeça em uma pedra.

Até quando Barbosa debochará da justiça?

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Acabo de ler que o juiz da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, no Mato Grosso, autorizou o deputado federal Pedro Henry (PP-MT), condenado na Ação Penal 470, a trabalhar como médico num hospital da sua cidade. O juiz nada mais fez do que cumprir a lei. É bom que fique claro que, conforme vários juristas vêm repetindo, deixar o presídio para trabalhar durante o dia não é uma mera possibilidade, a depender da boa vontade de um juiz, mas sim um direito previsto em lei para os condenados pelo regime semiaberto. O procedimento do presidente do STF, Joaquim Barbosa, trancafiando na Papuda os petistas e negando-lhes o direito ao trabalho é uma flagrante ilegalidade, uma afronta à Justiça aplaudida por quem de fato conduziu e conduz todo o processo, a mídia golpista brasileira.

O rolezinho de Demóstenes em Florença

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Nunca as fotos de um homem e uma mulher passeando em Florença geraram tanto barulho. Seriam absolutamente ordinárias se o casal não fosse formado pelo ex-senador Demóstenes Torres e uma senhora.

As imagens foram publicadas no Blog da Cidadania. Numa boa, Demóstenes passeia com a loira mais alta que ele olhando as lojas - lambendo vitrines, como dizem os franceses. Estão ali flanando, como dois turistas. Dois turistas ricos.

Um livro que é a vergonha do Brasil

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O livro Operação Banqueiro, de Rubens Valente, é um deprimente retrato do Brasil das elites.

Um mundo de investidores, governantes, operadores de dinheiro, polícia, juízes – de todos os níveis – e dinheiro, muito dinheiro público.

Algo que, em qualquer país do mundo onde houvesse um Judiciário brioso, abalaria a República e aposentaria, de vez, muitos de seus pró-homens.

O STF e a desigualdade escancarada

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em agosto de 2012, no início do julgamento da ação penal 470, o advogado Márcio Thomaz Bastos colocou uma questão de ordem.

Queria desmembrar o julgamento, separando os réus com direito a foro privilegiado – três deputados – e os demais 35, que teriam direito a serem examinados na primeira instância. O pedido foi rejeitado por 9 a 2.

Os absurdos na terra de Roseana Sarney

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Tem notícia que a gente lê no jornal e simplesmente não acredita. Pois não é possível que, em meio à maior crise na segurança pública do Estado, com 60 mortos nos presídios rebelados, cujos líderes espalharam a violência pelas ruas de São Luís, a governadora Roseana Sarney lance, na mesma semana em que foram divulgadas imagens de presos decapitados, um edital para abastecer os seus palácios das mais finas iguarias, prevendo o gasto de R$ 1 milhão até o final do ano.

O Brasil do Maranhão e de Daniel Dantas

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Este é o país do futebol e da oligarquia ainda viva em muitos de seus recantos. Este é o país do batuque no morro e das atrocidades ocorridas nestes dias no Maranhão, feudo dos Sarney.

Este é o país do príncipe dos sociólogos, e também aquele que, conforme o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, o Pisa, entre 65 países pesquisados fica em 58º lugar em matemática, 55º em leitura e 59º em ciência, superado pela maioria dos países latino-americanos. Mas o ministro da Educação fala em “grande avanço”, embora tenhamos regredido em matemática e leitura e mantido a mesma classificação em ciência no confronto com a pesquisa de três anos atrás.

Prisões desumanas e o papel da mídia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O que mais assusta na tragédia ocorrida na região metropolitana de São Luis (MA) e no Complexo Penitenciário de Pedrinhas é a constatação extemporânea, tardia e hipócrita da mídia, de parte da classe política e dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário sobre as condições desumanas dessa prisão e de praticamente todas as outras pelo país afora.

Internet, o segundo meio de informação

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A Internet já passou o rádio e se consolidou como o segundo meio mais consultado pelos brasileiros atrás de informação - perdendo apenas para a TV aberta.

É a conclusão da "Pesquisa Brasileira de Mídia 2013", um amplo trabalho do Ibope Inteligência contratado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) para balizar sua estratégia de comunicação.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A Constituição de 1988 e a comunicação

Por Theófilo Codeço Machado Rodrigues, na Revista Mosaico:

O presente artigo tem o objetivo de apresentar o processo histórico de debate sobre a regulamentação dos artigos da Constituição Federal de 1988 que tratam da comunicação social. Embora os constituintes tenham apresentado na Carta Magna de 88 a preocupação com os limites necessários aos meios de comunicação, ainda hoje os principais artigos não foram regulamentados pelo Congresso Nacional de modo a serem efetivados. Serão apresentados, portanto, as diretrizes constitucionais de 88 e o posterior debate ocorrido na sociedade civil e política em torno de sua regulamentação. Palavras chave: Constituição Federal; Comunicação Social; Democracia

O “novo rumo” subserviente de FHC

Por José Reinaldo Carvalho, no sítio Vermelho:

Na luta política, nada como enfrentar um adversário que fala, fala, fala e, no caso de um tucano, literalmente abre o bico. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso presta-nos este favor quando vem a público em seus artigos publicados nos jornalões do PIG defender seus pontos de vista.

Jango e a atualidade política

Por Beto Almeida, no jornal Brasil de Fato:

O Congresso devolveu simbolicamente o mandato ao ex-presidente João Goulart, derrubado por um golpe fascista organizado pelos EUA. Mesmo sem efeitos práticos, a iniciativa dos senadores Pedro Simon e Randolfe Rodrigues faz justiça com Jango porque contribui para reescrever a história do Brasil. Diante de Dilma Rousseff, presente ao ato, o fi lho de Jango, João Vicente Goulart, acertou lembrando que o pai é ainda uma mensagem viva em defesa das reformas de base.

Facebook censura ativistas de esquerda



Por Claudia Rocha, no sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Com o Facebook no papel de plataforma importante de debate em diversos temas da sociedade, incluindo a política, é possível perceber a reprodução de comportamentos vistos fora do ambiente virtual. A perseguição à militância de esquerda, observada nos últimos meses, é um exemplo. Páginas famosas e com consideráveis números de seguidores, como ‘Política no Face’, ‘Soldadinho de Chumbo’ e ‘Brizola Comenta’, saíram do ar por meio de denúncias de usuários em publicações relacionadas a candidatos à campanha presidencial de 2014.

Globo, Folha e Estadão “podem” acabar!

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Por Altamiro Borges

Nos primeiros dias de 2014, a mídia tucana se superou na sua aposta catastrofista contra o governo Dilma Rousseff. Está até difícil escolher quem são os principais urubólogos deste início de ano. O Estadão de terça-feira (7) estampa o título “S&P [suspeita agência de risco dos capitalistas sem risco] diz que pode cortar nota do Brasil ainda neste ano”. Já a Folha abusou na manchete: “Alta de preços pode afetar desemprego em 2014”. O jornal O Globo garante que o país “pode” entrar em recessão neste ano de eleições presidenciais. Já que todos os veículos estão fazendo as suas previsões, lanço também a minha: “Globo, Folha e Estadão ‘podem’ acabar”, para o bem do jornalismo nativo.

STF, a mídia e a juristocracia

Por Maria Luiza Tonelli, no blog Viomundo:

Estamos vivendo, há tempos, um processo galopante de judicialização da política. Nesse contexto, o discurso e os debates políticos começam a tomar a forma de uma linguagem jurídica, substituindo a linguagem política. Tanto os que pretendem vencer nos tribunais o que não conseguem nas urnas como os que representam a maioria apelam para o discurso jurídico nesse processo de verdadeira tribunalização da democracia.

50 verdades sobre "Che" Guevara

Por Salim Lamrani, no sítio Opera Mundi:

Continuando com a série de artigos sobre os 55 anos da Revolução Cubana, 50 verdades sobre o “guerrilheiro heroico” Ernesto "Che" Guevara, que perdura na memória coletiva como símbolo da resistência à opressão.

1. Ernesto Guevara nasce no dia 14 de junho de 1928 em Rosário, na Argentina, no seio de uma família de cinco filhos. Seus pais, Ernesto Guevara y Lynch e Celia de la Serna, fazem parte da classe acomodada e aristocrática.

AP 470 foi julgamento político

Por Cadu Amaral, em seu blog:

Para os que ainda teimam em acreditar na isenção do Supremo Tribunal Federal (STF), está aí mais uma prova do contrário: o processo do esquema de propina nas licitações do metrô em São Paulo, apelidado de “trensalão”, foi desmembrado.

A barbárie e o seu ventre

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

Coube ao editor de Carta Maior, Marco Aurélio Weissheimer, esticar o olhar para além do muro da conveniência que acomoda a questão prisional brasileira num círculo de ferro feito de superlotação, precariedade, guerra de facções e barbárie.

As cinco palavras selam a vida de 500 mil pessoas que subsistem do lado de dentro, mas não esclarecem o conjunto que interliga o seu destino ao dos demais 189,5 milhões que completam a sociedade do lado de fora.

O Maranhão e a banalidade do mal

Ilustração: Alex Pardee
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:
 

A Folha de S. Paulo se destaca na imprensa brasileira pela preferência por expressões fortes, como recurso para chamar a atenção dos leitores ou para reforçar certo sentido que se quer dar à informação. Foi com esse olhar espetaculoso sobre a notícia que o jornal paulista buscou se apresentar, nas duas últimas décadas, como uma marca de vanguarda. “Hiperinflação”, “megaempresário”, “super-salários”, são alguns exemplos desse estilo, que acabou contaminando os outros jornais, contribuindo para uma mudança na linguagem jornalística cujas consequências ainda estão a merecer estudos de pesquisadores em comunicação.

Como a Veja se tornou uma olavete

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Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:


Bandeira de Mello fez uma das melhores definições de 2013, pela brevidade e pela acurácia: Joaquim Barbosa é um homem mau.

Poderia estar na lápide de Barbosa: “Foi um homem mau”. Seria justo. Finalmente Joaquim Barbosa e a justiça se encontrariam, e juntos permaneceriam per omnia saeculae saeculorum.

Demóstenes e o moralismo seletivo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Graças ao Eduardo Guimarães, ficamos sabendo por onde anda o senador Demóstenes Torres, a quem a imprensa “esqueceu”.

Passou o reveillon em Firenze, na Itália.

Com direito a parar com a namorada e admirar a vitrine de uma loja da Louis Vuitton.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Debate sobre mídia esquenta no Peru

Por Altamiro Borges

Pelo jeito o Brasil vai continuar ostentando o vergonhoso título de "vanguarda do atraso" no debate sobre a democratização da mídia. Nesta semana, o tema ganhou impulso também no vizinho Peru - que se soma a países como Argentina, Uruguai, Equador e, ainda, à "chavista" Inglaterra da rainha Elizabeth. No final de 2013, o presidente peruano Ollanta Humala questionou em público o perigoso processo de concentração da mídia no país e propôs que o assunto seja debatido no parlamento. Nesta terça-feira (7), o deputado governista Manuel Dammert confirmou que a bancada da Ação Popular-Frente Ampla apresentará em breve um projeto de regulação democrática da mídia no Peru.

Bloomberg e os bilionários da Globo

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o jornal Valor divulgou o chamado índice “Bloomberg Billionaires”, o ranking das 300 maiores fortunas do mundo. Em plena crise mundial da economia capitalista, ele confirmou que “as pessoas mais ricas do planeta ficaram ainda mais ricas em 2013 após aumentarem o seu patrimônio líquido coletivo em US$ 524 bilhões” e ainda indicou que “os ricos continuarão ficando mais ricos em 2014”, segundo declaração arrogante de um dos incluídos no ranking. A mídia nativa, porém, não deu maior destaque para os ricaços brasileiros – talvez porque na lista apareçam com destaque os três filhos de Roberto Marinho, donos das Organizações Globo, o maior império de comunicação da América do Sul.

Roseane Sarney e os brioches

Por Ismael Cardoso, no sítio da União da Juventude Socialista (UJS):

No Maranhão, se o povo não tem pão, que coma brioches!
A frase que intitula este texto seria, dizem os historiadores, de Maria Antonieta, rainha da França. A frase foi dita às vésperas da grande revolução de 1789.

Como Kennedy apoiou o golpe de 1964

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Entre tantas reportagens que fiz em minha vida - boas, médias, medíocres - poucas me deram tanta satisfação como o texto que você poderá ler abaixo. Eu era correspondente da Gazeta Mercantil, em Washington, quando tive acesso a transcrição de uma gravação de uma conversa de John Kennedy na Casa Branca, em junho de 1962. Num encontro com o embaixador Lincoln Gordon, foi nesta ocasião que Kennedy tomou as primeiras medidas práticas para apoiar o golpe militar contra Jango, como definir o envio do adido militar Vernon Walters ao Brasil. No plano ideológico, Kennedy lembrou que apoiar golpes de Estado era sempre perigoso, pois comprometia o discurso democrático norte-americano mas sublinhou que a ameaça comunista poderia ser um bom pretexto.


IPTU: o fraco paga mais

Por Samantha Maia, na revista CartaCapital:

O Imposto Predial e Territorial Urbano tem perdido importância no total de tributos cobrados pelas prefeituras. Estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas mostra que os recursos arrecadados com o tributo representam hoje menos do que aqueles obtidos com o Imposto Sobre Serviços (ISS) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Em 2012, foram arrecadados quase 20 bilhões de reais de IPTU, uma média de 101,5 reais por habitante e o correspondente a 1,2% da carga tributária do Brasil. O valor foi 35% menor do que o arrecadado com o IPVA, dividido entre as prefeituras e os estados.

Copa, eleições e a conversa das ruas

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Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

O ano começa exatamente como 2013 acabou: políticos e partidos disputando alianças e palanques, tempo de televisão e manchetes de jornais, mas o eleitorado não está nem aí para as eleições. Não é preciso ser nenhum Carlos Augusto Montenegro, o guru do Ibope, para prever que os eleitores só vão começar a se interessar pelo assunto após a Copa do Mundo, que acaba em julho. Basta prestar atenção nas conversas em que todo mundo já faz planos para o Carnaval ou discute onde vai passar o próximo fim de semana deste verão calorento.