quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

O "desajuste" no mercado de trabalho

Por Juliane Furno, no site Brasil Debate:

Os ventos de 2015 vieram soprando ares nefastos para a classe trabalhadora. A acirrada vitória eleitoral da presidenta Dilma, a queda na atividade econômica, a guerra midiática e a desproporcional avaliação da crise econômica parecem ter sido os ingredientes necessários para uma inflexão na trajetória dos governos petistas.

Mal iniciava o mandado da presidenta e o fantasma do ajuste fiscal já sinalizava sob quem recairia o seu peso. Na correlação de forças entre capital e trabalho, o último tem sido constantemente subordinado ao primeiro.

Katia Abreu reage ao "machista" Serra

Da revista Fórum:

Durante um jantar de confraternização na casa do líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), na noite de ontem (9), a ministra da Agricultura Katia Abreu (PMDB-TO) reagiu a um comentário machista de José Serra (PSDB-SP). As informações iniciais são do Globo. Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Abreu teria jogado uma taça de vinho no rosto do tucano.

Temer gastou R$ 10,7 bi sem saber por que?

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Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os argumentos de Michel Temer para esquivar-se das denúncias de que cometeu as mesmas pseudo-pedaladas fiscais que a oposição utiliza para atacar Dilma Rousseff são apenas risíveis.

Traduzem o esforço difícil de quem se move para deixar a presidente no fogo e, ao mesmo tempo, preservar-se para ocupar sua vaga em caso de impeachment.

Não pode dar certo. A assinatura do vice está lá e a única defesa possível consiste em explicar que não se cometeu irregularidade nenhuma, muito menos algo que possa vir a ser considerado crime de responsabilidade.

A bela despedida de Cristina Kirchner

Despedida de Cristina Kirchner. Plaza de Mayo, Buenos Aires/Actualidad.RT
Por Aline Gatto Boueri, de Buenos Aires, no site Opera Mundi:

A mobilização estava marcada para 18h na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada. Ali, na quarta-feira (09/12), militantes e simpatizantes, famílias com bebês, jovens, idosos e crianças se aproximavam da sede do governo argentino onde, horas mais tarde, Cristina Fernández de Kirchner discursou como presidente pela última vez.

Em tom épico, enquanto a multidão entoava - como durante toda a tarde - “vamos voltar, nós vamos voltar”, a mandatária se despediu com um chamado: “Cada um de vocês tem um dirigente dentro de si. Quando vocês sentirem que aqueles a quem confiaram seus votos os traíram, tomem suas bandeiras e saibam quem é o dirigente de seu destino e o construtor de sua vida. Porque foi esse meu maior legado ao povo argentino: o empoderamento popular, cidadão, das liberdades, dos direitos”.


Comissão à imagem e semelhança de Cunha

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Mesmo que o Supremo Tribunal Federal (STF) anule a sessão que elegeu maioria oposicionista para a comissão especial que irá analisar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e a oposição poderão comemorar pelo menos uma vitória: conseguiram atrasar por mais uma semana o processo que paralisa o país e, conforme analisa do Planalto, precisa ser resolvido no menor prazo possível.

Michel Temer: entre a Carta e o golpe

Por Adalberto Monteiro, no site Vermelho:

Nesta quinta-feira (10), por cerca de 9 horas, o vice-presidente Michel Temer, como ordena a Carta, exercerá interinamente a presidência da República. Neste par de horas, a presidenta Dilma Rousseff estará em viagem oficial na Argentina.

Contudo, a “carta”, com “c” minúsculo, que ele escreveu à presidenta Dilma Rousseff, um dos fatos marcantes da semana, objetivamente, postou o vice-presidente numa zona cinzenta do cenário da guerra que democratas e golpistas travam nesse momento.

Farsa da ditadura, contada 42 anos depois

Por Samarone Lima

No dia 28 de outubro de 1973, o militante mineiro da APML, José Carlos Novais da Mata Machado foi morto sob torturas no DOI-CODI de Pernambuco. Ao seu lado estava Gildo Macedo Lacerda, que nunca teve os restos mortais localizados.

Dois dias depois, os principais jornais publicavam uma notícia-padrão, como fotos dos dois, informando que os “subversivos” teriam morrido após um tiroteio, com outro companheiro da organização, supostamente Paulo Stuart Wright. O episódio ficou conhecido como o “Teatro da Caxangá”.

Não à tentativa de golpe no Brasil!

Enviado por Rachel Moreno

Há tempos que vem sendo articulada uma tentativa de promover o impeachment de nossa presidente, sem motivos justos para tanto, ameaçando a ordem institucional e democrática, num misto de "golpismo" com medidas de vingança contra a vitória eleitoral de Dilma Rousseff por parte dos segmentos derrotados e insatisfeitos. .

A presidenta Dilma foi eleita num processo da maior lisura, e contou com nosso voto – as mulheres e os negros, e a maioria da população – em função tantos das medidas de inclusão social implementadas pelos governos Lula-Dilma, quanto pelo programa apresentado para o atual mandato.

Impeachment e os interesses de Wall Street

Por Altamiro Borges

O escritor baiano Luiz Alberto Moniz Bandeira é um dos intelectuais mais respeitados no Brasil e no mundo. Já foi agraciado com dezenas de prêmios por seus livros e trabalhos acadêmicos. Tive a chance de conhecê-lo em 2006, no auditório da Folha de S.Paulo, quando ele recebeu o troféu "Juca Pato" de Intelectual do Ano pela publicação do livro "Formação do Império Americano - Da Guerra contra a Espanha à Guerra no Iraque". A obra imperdível comprova com inúmeros documentos e análises a vocação imperialista dos EUA. Em fevereiro deste ano, a União Brasileira de Escritores (UBE), a convite da Real Academia Sueca, indicou o seu nome para o Prêmio Nobel de Literatura de 2015.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O time de Cunha devia estar na cadeia!

Por Altamiro Borges

Numa manobra descarada, o imperador Eduardo Cunha - que possui contas na Suíça e ainda preside a Câmara Federal - apresentou na terça-feira (8) a sua chapa para a comissão que analisará o pedido de impeachment da presidenta Dilma. O golpe regimental, tramado em conluio com os falsos moralistas do PSDB, DEM, PPS, SD e outras siglas conservadoras, foi tão grotesco que não durou muito tempo.

Num gesto de altivez e coragem, o ministro Luiz Fachin, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu o golpe da "chapa própria" e trancou a tramitação do processo de impeachment até a próxima semana, quando o caso será analisado pelo pleno do STF. Mesmo assim, vale a pena conhecer quem compõem o time de golpistas de Eduardo Cunha. Alguns dos indicados poderiam até estar no presídio da Papuda!

A "corrupção organizada" e o cínico FHC

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Por Altamiro Borges

A Folha até tentou limpar a barra do cínico FHC, evitando citar seu nome no título. Mas no corpo da matéria o nome do queridinho da famiglia Frias apareceu e deixou o recalcado tucano bem irritado. Segundo o título da matéria desta quarta-feira (9), "Delcídio recebeu US$ 10 milhões de propina da Alstom, diz Cerveró". Já a reportagem de Bela Megale e Mario Cesar Carvalho é mais explícita: "O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró relatou aos procuradores, na fase de negociação de sua delação premiada, que o senador Delcídio do Amaral (PT) recebeu suborno de US$ 10 milhões da multinacional Alstom durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), entre 1999 e 2001".

Batalha será política, jurídica e nas ruas

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

“Estamos preparado para uma batalha que será política, no Congresso, será jurídica, com o STF sendo acionado a toda hora para garantir a legalidade, e será nas ruas, mobilizando a sociedade contra a quebra da ordem democrática”, disse o ministro-chefe da Secom, Edinho Silva, ao 247, durante a solenidade de início das transmissões multicanais da EBC.

Ele avalia que houve muitas traições na base governista durante a votação secreta que elegeu os integrantes da comissão do impeachment, cuja instalação foi suspensa por liminar do ministro do STF, Edson Fachin.

Para onde caminha a América Latina?

Ato pró-golpe será no aniversário do AI-5

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Que ironia maravilhosa!

Maravilhosa, triste, sinistra!

Os golpistas, que tem força sobretudo em São Paulo, onde a luta de classes se dá de maneira mais avançada, e onde o ódio fascista, insuflado pela mídia, atingiu níveis alarmantes, agendaram a manifestação contra o golpe no mesmo dia em que se celebra o aniversário da promulgação do AI-5, o Ato Institucional da ditadura que deu fim às liberdades políticas no país.

Cai a máscara: o vice é um golpista!

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                        

Estatura moral e política não se compra na esquina. E nada melhor do que uma reles expectativa de poder, por mais ilegítima que seja, para se conhecer os meandros da alma de um político. Septuagenário e professor de direito constitucional, o vice-presidente da República tinha a obrigação de saber que fica feio criar pretextos pueris para justificar a ruptura da ordem constitucional.

Janot bem que poderia aprender com Fachin

Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

A partir de uma ação apresentada pelo PCdoB, o ministro do STF, Edson Fachin, suspendeu todo o processo de impeachment da presidenta Dilma Roussef atualmente em curso na Câmara dos Deputados.

A decisão é válida até pelo menos o próximo dia 16 quando o plenário do STF irá julgar o mérito da questão onde foi posto em dúvida a legalidade da aceitação do pedido de impeachment. Até lá, todos os prazos foram suspensos.

Mais do que assegurar a completa observância constitucional dos procedimentos que estão sendo adotados, Fachin tornou ainda mais evidente dois fatos correntes e constantes que estão desafiando a segurança jurídica brasileira.

O impeachment está suspenso. E agora?

Da revista CartaCapital:

No fim da noite de terça-feira 8, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin suspendeu o trâmite do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A decisão indica que o Supremo está preparado para exercer um papel de mediador na tentativa de remover a petista do Palácio do Planalto um anos após sua reeleição. Nas perguntas e respostas abaixo, entenda o que se passa.

O STF suspendeu o processo de impeachment. O que isso significa?

Justiça dá um basta a Cunha, até que enfim

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Ao final do meu comentário no Jornal da Record News sobre os deprimentes acontecimentos de terça-feira na Câmara dos Deputados, lembrei que estava na hora de a Justiça tomar providências para restaurar um mínimo de civilidade e respeito às leis na "Casa do Cunha". Tudo tem que ter limite.

Como um trator desgovernado, o presidente da Câmara vem passando por cima do regimento interno, de tudo e de todos, fazendo o que bem entende, no comando da sua tropa de choque, para se safar na Comissão de Ética e, ao mesmo tempo, promover o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Fracasso nas urnas seduz os golpistas

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

A oposição atual aos governos liderados pelo PT conseguiu estabelecer mais uma novidade no sistema eleitoral brasileiro. Em 1997, ano anterior às eleições presidenciais de 1998, os partidos de sustentação do governo de FHC aprovaram o instituto da reeleição aos cargos do executivo. Essa primeira novidade no sistema eleitoral foi atribuída ao conservadorismo, preocupado com uma possível vitória de Lula, candidato petista pela terceira vez desde a reintrodução do sistema de eleições para presidência da República no Brasil, em 1989.

A segunda novidade, estabelecida em 2015, passou a ser o terceiro turno eleitoral.

Carta de Jandira a Dilma Rousseff

Por Jandira Feghali

Querida presidenta Dilma Rousseff,

Escrevo entre uma reunião e outra na Câmara dos Deputados para registrar meu sentimento de força à senhora. Nós, mulheres, lutamos muito para chegar até aqui. Enfrentamos as mais terríveis tempestades, superamos dificuldades de toda espécie - preconceito, problemas de saúde, agressões - porque tínhamos um objetivo que era, ao mesmo tempo comum e coletivo.

Como líder do Partido Comunista do Brasil na Câmara, partido que integra a base de apoio ao seu Governo, é meu dever defender o Estado Democrático de Direito e me perfilar às fileiras dos que combatem o golpe e lutaram e lutam pela democracia. Meu lado é o lado de um projeto claramente delineado em benefício dos que mais precisam de um Estado forte e indutor de políticas sociais. Um projeto que tem sido ferramenta da diminuição da pobreza, dos contrastes sociais no campo e nas cidades, no combate ao preconceito e intolerância, e avançaremos em reformas estruturantes importantes para toda a sociedade.

Mas a Venezuela não era uma ditadura?

Por Juan Carlos Monedero, no site Outras Palavras:

Primeira reflexão evidente: se a Venezuela é uma ditadura, como é possível que a oposição tenha ganho? Todos os que têm questionado a democracia venezuelana deveriam hoje desculpar-se (É retórica: nunca o farão. Os que creem que o poder lhes pertence por família e dinheiro acreditam ter direito permanente de enganar).

O presidente Maduro reconheceu imediatamente o resultado. Como deve ser. A oposição, invariavelmente, desconheceu todos os resultados eleitorais em que perdeu, desde 1998, a primeira vitória de Hugo Chávez. Algumas vezes em bloco, outras dividida. Os menos leais à Constituição sempre foram Leopoldo López e María Corina Machado, atitude essa que não foi seguida por Henrique Capriles, o qual sempre optou pela via eleitoral. A Venezuela esteve à altura: eleições limpas e reconhecimento dos resultados sem nenhuma dúvida. Oxalá fosse assim no México ou nos Estados Unidos.

Michel Temer: a carta de um conspirador

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O ritmo da política se acelera. Nos últimos cinco dias, era evidente que Michel Temer conspirava. Pra não falar dos últimos cinco meses…

Em meio ao pedido de impeachment contra Dilma, feito por um aliado dele (Eduardo Cunha), Temer correu para o berço do golpe: São Paulo.

Encontrou-se com Alckmin, e conspirou com Serra – que hoje deu entrevista à “Folha” dizendo que tudo ficará mais fácil se o PSDB for para um governo Temer e se o mesmo prometer que, em 2018, não tentará a presidência de novo (deixando caminho livre para os tucanos).

Cunha mostrou que é um perigo público

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Nos últimos anos, foi possível observar ministros indicados para o Supremo que se mostraram capazes de acumular uma tradição estranha. Depois de empenhar-se noite e dia, de modo incansável, para conseguir a indicação do Planalto, acomodavam-se numa postura convencional no tribunal, sem demonstrar o mesmo apego pelos princípios de Direito empregados para justificar sua candidatura, e que muita vezes cobravam uma postura de independência e mesmo coragem pessoal.

Um novo modelo para a América Latina

Por Bruno Pavan, no jornal Brasil de Fato:

As atuais vitórias eleitorais na Argentina e na Venezuela são “as vitórias da contrarrevolução” que se iniciou em 1999. Essa foi análise a qual concordaram o jornalista especializado em temas internacionais, Breno Altman, e o integrante do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), José Reinaldo.

Sob o título “Para onde caminha a América Latina?”, eles participaram, na segunda-feira (7), de um debate no Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé. O debate ocorreu um dia após a direita ganhar a maioria das cadeiras no parlamento venezuelano.

Apontamentos sobre a crise republicana

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A pauta se oferece rica, e os temas da política internacional são atraentes, ainda que desagradáveis, a começar pelo muito que a onda terrorista nos cobra de reflexão, para além da mediocridade estandardizada de nossa imprensa, neste episódio como em todos, condicionada em sua miopia pelo que lhe dizem suas matrizes norte-americanas e europeias.

A lição de Brizola; e o que mais?

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

É frequente nos golpes.

Depois da largada, a cargo de um personagem síntese dos interesses e da vigarice perfilados na conspiração, entra em campo o pelotão do abrandamento para aspergir lavanda no material que povoa o esgoto da democracia.

A operação ‘abrandamento’ está curso no Brasil nos dias que correm, após a largada de Cunha.

A direita quer golpear a democracia

Editorial do site Vermelho:

A torcida da mídia conservadora e golpista pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff revela o que está mesmo em jogo nesta encruzilhada em que o país foi posto – trata-se de voltar, com maior virulência, à mesma política econômica que favorece a especulação rentista que tem verdadeira alergia contra mudanças sociais e políticas pelo fortalecimento da democracia, desenvolvimento econômico e respeito à soberania nacional.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

"O Globo" demite 30. É o golpe!

Por Altamiro Borges

O jornal O Globo, um dos mais excitados com a trama golpista do achacador Eduardo Cunha, acaba de dar um verdadeiro golpe nos seus funcionários. Segundo reportagem do Portal Imprensa, o diário da famiglia Marinho "iniciou na tarde desta segunda-feira (7) uma série de cortes em seu quadro de funcionários. Cerca de 30 trabalhadores foram cortados, sendo a redação a área mais atingida, com aproximadamente 18 demitidos. Os repórteres com mais tempo de casa foram o alvo do passaralho". 

#NãoVaiTerGolpe. Resistência cresce!

Por Altamiro Borges

A decisão do correntista suíço Eduardo Cunha, de dar a largada no processo ilegal de impeachment da presidente Dilma, acabou gerando forte reação da sociedade. Movimentos sociais, governadores, intelectuais, juristas e igrejas de diferentes matizes, entre outros setores, deflagraram de imediato uma campanha contra a tentativa golpista dos derrotados nas eleições de outubro passado. O próximo passo será a realização de atos massivos e unitários em defesa da democracia. O primeiro já está marcado para 16 de dezembro. A tendência é que a mobilização contra o golpe cresça em todo o país.

Sinal de alerta na América Latina

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A onda golpista no Brasil e as derrotas recentes na eleição presidencial da Argentina e na eleição parlamentar venezuelana soam o alerta máximo para a esquerda latino-americana: afinal, onde foi que erramos? Estaríamos derrotados? Estes questionamentos foram tema de debate entre Breno Altman, diretor editorial do Opera Mundi, e José Reinaldo de Carvalho, diretor do Centro Brasileiro de Solidariedade e Luta pela Paz (Cebrapaz), mediados pela jornalista Maria Inês Nassif. A atividade ocorreu na segunda-feira (7), na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, como parte do Ciclo de Debates Que Brasil é Este?.



Os fascistas mirins voltarão às ruas?

Por Altamiro Borges

Os grupelhos fascistas estão excitados com a decisão do correntista suíço Eduardo Cunha, que ainda preside a Câmara Federal, de deflagrar o processo golpista do impeachment de Dilma. Eles garantem que voltarão a colocar milhares de incautos nas ruas para derrubar o governo eleito democraticamente em outubro passado. Apesar desta aparente valentia, porém, eles não demonstram muito entusiasmo com sua capacidade de mobilização. Em artigo publicado na Folha tucana na semana passada, o líder da seita Movimento Brasil Livre (MBL), Kim Kataguiri - já apelidado de "Kimta Katiguria" -, apela por mais tempo para destruir a economia nacional e arregimentar os seus fanáticos seguidores.


Temer é à prova de impeachment?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É bom o vice-presidente Michel Temer pensar bem antes de entrar na onda de um impeachment com base em acusações sem provas.

Porque ele estaria admitindo que se depusesse uma governante que não tem contra si, sequer, alguma acusação de desvio de dinheiro público.

O impeachment e a divisão da oposição

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Quando ainda se fazia política no país, antes do vale tudo em que se transformou a luta pelo poder nesta nação, havia um velho homem público mineiro que, no rastro de Salomão, gostava de dizer que a política é como as estações do ano.

Há o tempo de semear e o tempo de ceifar.

O tempo de colher e o tempo de moer.

O tempo de misturar e bater a massa.

E o de acender o forno para assar e comer o que se preparou.

A vitória da ultradireita na França

Do site Opera Mundi:

A líder da FN (Frente Nacional), Marine Le Pen, comemorou neste domingo (06/12) os resultados obtidos por seu partido nas eleições regionais da França e convocou os franceses a se unirem em torno da ultradireita no segundo turno da votação, que será realizado na próxima semana. Seu partido obteve maioria em seis das 13 regiões na França.

A ascensão da esquerda em Portugal

Por Jorge Amorim, na revista Caros Amigos:

Quase dois meses após as eleições legislativas de outubro, o presidente da República, Cavaco Silva, contra sua vontade, acabou tendo de indicar o líder do Partido Socialista (PS), Antonio Costa, como primeiro ministro de um governo com apoio parlamentar de uma maioria de esquerda formada pelo Partido Comunista Português, Bloco de Esquerda e Partido Ecologista “Os Verdes”. O novo governo eleito nas urnas pôs fim a um ciclo político marcado por uma forte contestação popular contra as medidas de austeridade impostas pela Troika e seguidas à risca pelo então governo direitista.

Alckmin fez “operação abafa” na mídia

Por Pedro Zambarda de Araujo, no blog Diário do Centro do Mundo:

Jornalistas da Folha de S.Paulo e do Estado de S. Paulo falaram com o DCM na condição de anonimato sobre uma visita de Geraldo Alckmin às empresas onde trabalham.

O governador esteve no Estadão na segunda-feira, 30 de novembro, para uma reunião de mais de duas horas. No dia seguinte foi almoçar na Folha, informação confirmada pela própria coluna Painel do jornal.

A grossura do homem-bomba do PMDB

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O PMDB quer assumir o governo para implantar um projeto econômico que, nas palavras do senador petista Lindbergh Farias, “nenhum candidato ao Planalto teria condições de apresentar aos eleitores”.

É o desmanche de direitos sociais garantidos pela Constituição de 1988, conforme denuncia o senador Roberto Requião. Isso, com um mandato obtido sem um voto sequer, ou seja, através de uma “eleição indireta” no Congresso - se vingar o afastamento de Dilma.

Aliado a ele, o PSDB faria sua segunda reforma neoliberal - esta com a mão do gato. O que poderia dar em troca? Sumiço da Lava Jato do noticiário? Apoio a um novo engavetador-geral da República?

Canalhice e corrupção no Golpe Cunhaguaio

Por Marcelo Zero, no site Brasil Debate:

A tentativa de golpe iniciada por Cunha é de tal forma cínica, hipócrita, suja e inconsistente que precisa de um neologismo: cunhaguaio. Uma mistura, em doses iguais e cavalares, de canalhice e corrupção com inconsistência jurídica e atitude antidemocrática.

Cunha acusar Dilma é, como já se disse alhures, um sujeito acusado de tudo acusar uma presidente acusada de nada. É como se o Estado Islâmico acusasse o Dalai Lama de terrorismo. É como se Hitler acusasse Roosevelt de genocídio. É como se Judas acusasse Jesus Cristo de traição. É uma total e surreal inversão de valores.

O terrorismo da lei antiterror

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Os recentes atentados em Paris frustraram as expectativas dos grupos que reivindicam a retirada do regime de urgência do projeto de lei para tipificar o crime de terrorismo no Brasil. Aprovado pelo Senado no fim de outubro, o texto é criticado por especialistas por ter uma definição ambígua e demasiadamente ampla de conduta terrorista. De quebra, há o temor de que a nova lei, caso chancelada pela Câmara e sancionada por Dilma Rousseff, possa ser usada para perseguir movimentos sociais e manifestações políticas reivindicatórias, como ocorreu em outras nações da América Latina.

O impeachment e a bomba atômica

Por Flavio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Imaginemos uma cena patética. Os cientistas que trabalharam no Projeto Manhattan, nos Estados Unidos, fabricando a bomba atômica, olham para as fotos de Hiroshima e Nagasaki, e dizem: “Nossa bomba não merecia este tratamento”.

Essa é exatamente a situação de um dos juristas que preparou o pedido de impeachment da presidenta, comentando sua aceitação pelo deputado e presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha. O jurista – e um dos outros dois que o ajudaram na inglória tarefa – já rasgaram seus currículos. Mas o comentário foi patético: “Ele (o pedido) não merecia este tratamento”. O outro jurista foi mais coerente: “(Cunha) não fez mais que a obrigação”. Já que rasgou o seu currículo, assumiu de vez o rasgado. Já a terceira signatária do pedido nada mais fez do que confirmar o seu: é reconhecida arquiconservadora.

Carta de Temer revela mesquinharia

Por Renato Rovai, em seu blog:

A carta que segue, divulgada pela Globonews, teria sido enviada pelo vice-presidente Michel Temer para a presidenta Dilma. É uma peça para a história e revela o nível de mesquinharia a que estamos submetidos.

Temer reclama que não foi convidado para uma reunião com o vice-presidente dos EUA, reclama que Dilma não renomeou seu amigo Moreira Franco e diz que ficou chateado porque ela falou diretamente com o líder do seu partido na Câmara ao invés de negociar com ele.

Ombudsman conclui: A Folha só erra!

Por Altamiro Borges

Com a tresloucada partidarização da Folha de S.Paulo, a ombudsman Vera Guimarães Martins está tendo muitas dores de cabeça. Toda semana, a jornalista aponta um “erro” do diário. Ela não explicita os motivos de tantos “erros”, mas sabe que eles decorrem dos interesses políticos e econômico-comerciais da famiglia Frias. Neste domingo (6), por exemplo, ela criticou a estranha operação do site do jornal, que retirou um vídeo sobre as ocupações das escolas em São Paulo. Mesmo se esforçando para ser “neutra”, a ombudsman estranhou os “dois tropeços na mesma pedra” do veículo que lhe garante emprego.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Impeachment é golpe, afirmam juristas

Por Altamiro Borges

Mais de 30 representantes do movimento “Juristas pela Democracia” se reuniram nesta segunda-feira (7) com a presidenta Dilma, no Palácio do Planalto, para discutir as ações contra o golpismo instalado pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha. Após o encontro, alguns deles concederam entrevista coletiva em que afirmaram que a abertura do processo de impeachment é inconstitucional e imoral.

Como realçou o jurista Francisco Queiroz Cavalcante, professor titular da Universidade Federal de Pernambuco, a iniciativa da oposição “é um ardil com a pretensão de terceiro turno eleitoral”. Já para o doutor em direito Luiz Moreira Gomes Júnior, integrante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), não há qualquer fundamento jurídico ou constitucional que viabilize um impedimento da presidenta. Ele também criticou a falta de “credibilidade e idoneidade” de Eduardo Cunha. “Ele submeteu todas as instituições da República e a sociedade civil aos seus caprichos”.

O reality show do golpe na TV Câmara

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O processo de impeachment aberto na semana passada pelo gangster que ora ocupa a Presidência da Câmara dos Deputados faz fé nos baixos índices conjunturais de popularidade do governo Dilma Rousseff, gerados por problemas na economia decorrentes de literal sabotagem e não, como dizem, de má gestão.

Antes de prosseguir, vale explicar que o problema de desequilíbrio fiscal que adentrou 2015 era absolutamente contornável e já poderia ter sido solucionado se politicagem barata e uma visão míope da gestão pública não tivessem sido edificados em torno do problema, impedindo que fosse atacado pelo ajuste das contas públicas proposto pelo governo.

Como Temer pretende entrar para a história

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Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Por um desses caprichos do destino, na sessão em que Eduardo Cunha acatou um dos pedidos de impeachment de Dilma houve o episódio que desequilibrou o jogo em favor da presidente: o destravamento da pauta fiscal.

O maior fator estimulador do impeachment era o travamento da economia, a sensação alimentada por seus defensores de que nada seria pior do que a continuidade do governo Dilma. Para tanto, contribuiu em muito a irresponsabilidade institucional da oposição e da mídia, fazendo o jogo do quanto pior, melhor.

Retrato de um Judiciário arrogante

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Por Fernando Marcelino, no site Outras Palavras:

A trajetória do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes é uma alegoria do Judiciário brasileiro.

Gilmar Ferreira Mendes nasceu na cidade de Diamantino, MT, em 30 de dezembro de 1955, filho de Nilde Alves Mendes e de Francisco Ferreira Mendes, prefeito de Diamantino pela Arena durante o período militar. Gilmar se formou bacharel em direito pela Universidade de Brasília em 1978. Fez o mestrado com o tema Direito e Estado na mesma universidade, obtendo o certificado de conclusão em 1987.

Michel Temer é o "capitão do golpe"

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Ciro Gomes aponta para a tela, e afirma com todas as letras algo que Lula e os dirigentes do PT não ousam falar em voz alta: “O capitão do golpe é aquele ali, Michel Temer”. E diz mais: o vice-presidente é “amigo e sócio íntimo de Eduardo Cunha”. As afirmações estão em entrevista de Ciro a Mariana Godoy, que reproduzimos aqui (a edição foi feita pelo Fernando Brito, do blog Tijolaço).

As frases, ditas no “estilo Ciro”, de forma crua e direta, colocam a nu algo que o mundo político já sabe. Temer conspira para assumir a presidência. Meses atrás chegou a dizer que o país precisava de um governo de “unidade nacional”. Depois, deu seu aval a um “programa de governo” ultra-liberal (onde já se viu alguém que está no governo apresentar um programa alternativo de governo? Isso é ação típica de oposição…).

Ser Cunha ou não ser: eis a questão

Ilustração: Marcio Baraldi

Por Tadeu Porto, no blog O Cafezinho:

Sei da heresia. Sei, também, das maldições que o próprio Shakespeare deve me lançar, sabe-se lá da onde, por eu ter ligado o nome do Eduardo Cunha a sua célebre frase… Mas convenhamos: pelo menos com a caveira de Yorick dá uma boa combinação.

Todavia, não vejo oração que se adapte melhor com o contexto atual. Uma indagação filosófica que entra como uma luva de lã numa mão a ser aquecida num inverno que está pra chegar. Afinal, é impossível dissociar o presidente da câmara do processo de golpeachment (créditos para o José Simão da Folha), portanto, a angustia de escolher o caminho do impedimento passa, inclusive, em levar de brinde uma imagem full HD do deputado carioca.

PCdoB conclama todos a barrar o golpe

Do site Vermelho:

Intitulada “Derrotar o golpe, preservar a democracia e retomar o crescimento”, a resolução política do PCdoB foi aprovada na reunião do Comitê Central que ocorreu entre sexta (4) e domingo (6), na capital paulista. Para os comunistas, diante da grave ameaça à democracia, as forças progressistas e populares devem se unir em torno de uma campanha de enfrentamento para derrotar o golpe e preservar a democracia.

Segue abaixo a íntegra da resolução política do Comitê Central:

Quem é quem no jogo do impeachment

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

O acolhimento do pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), motivou posicionamentos diferenciados entre os setores do campo progressista brasileiro. Os principais movimentos sociais e sindicais do país defendem a permanência da presidenta no cargo, mas entre os partidos tidos como de esquerda que não compõem a base do governo, há divergências fundamentais.