sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Diretas já!: fim de linha do Temer

Por Jeferson Miola

No comunicado sobre a denúncia do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, surge cristalino o artifício usado por Michel Temer – encampado pelo ministro Eliseu Padilha e pelo subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil Gustavo Rocha [indicado para o cargo por Eduardo Cunha] – para patrocinar os interesses imobiliários do agora ex-ministro Geddel Vieira Lima.

No item 3 do comunicado consta que “o presidente buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia Geral da União, que tem competência legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública, já que havia divergências entre o Iphan estadual e o Iphan federal”.

Geddel sai para estancar a sangria

Do site Vermelho:

O governo já deixou vazar a informação de que o governo Michel Temer aguardava até o final do dia o pedido de demissão do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, mas antes mesmo do meio-dia desta sexta-feira (24), a carta chegou à mesa de Temer e, assim como fez com Romero Jucá e Henrique Alves, ambos do PMDB e apontados em esquemas de propinas da Lava Jato, o governo golpista tenta estancar a sangria.

O ativismo contra a violência machista

Por Marcos Aurélio Ruy, no site da CTB:

No Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher – nesta sexta-feira (25) – ocorrem manifestações em todo o país contra os retrocessos promovidos pelo governo golpista.

Mais uma vez, as mulheres estão à frente da luta, justamente porque iniciam hoje também os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, com inúmeras atividades que só terminam no dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.

“É uma ótima coincidência a protesto contra esse governo golpista ocorrer hoje porque as mulheres são as que mais perdem com os projetos que estão sendo aprovados por esse congresso golpista e reacionário”, afirma Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da Central dos Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil (CTB).

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Retrocesso na cidadania financeira

Por Fernando Nogueira da Costa, no site Brasil Debate:

Uma conquista da Era Social-Desenvolvimentista (2003-2014) foi o acesso popular a bancos e crédito. Por meio de contas bancárias, o “dinheiro de pobre” podia ter proteção contra a inflação. Com crédito ao consumidor de baixa renda, a aquisição de bens domésticos propiciava mobilidade social e melhor qualidade de vida. Essa inclusão no mercado era uma conquista de cidadania financeira.

A significativa queda (-3,7% no ano) da relação crédito/PIB de 54,1% em janeiro para 50,8% em setembro de 2016, segundo o Banco Central, já alertava para o impacto da volta da Velha Matriz Neoliberal. Durante o governo FHC, tinha caído de 36,6% em 1994 para 24,7% em 2003, indicando que os neoliberais, em sua obsessão de apenas cortar gastos, para via depressão diminuir a inflação e o risco da eutanásia dos rentistas, não se utilizam de política de crédito para incentivar o crescimento da renda e do emprego.


Ciro e a necessidade de frente única

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Como tantos brasileiros, sou um admirador de Ciro Gomes. Aprendi a respeitar sua postura corajosa para afirmar um pensamento progressista, mesmo em situações adversas.

Só para dar dois exemplos.

Em 2005, na crise provocada pela AP 470, Ciro demonstrou firmeza quando muitos fraquejavam, foi leal quando outros, aliados até mais antigos do governo Lula, preferiam o conforto da sombra. Em 2016, no auge da conspiração conservadora que produziu o golpe de 31 de agosto, Ciro demonstrou que tinha um lado no confronto que levou a mais grave ruptura institucional desde 1964 - o lado certo, da democracia e dos direitos do povo.

Depois do BB, o golpe quer destruir a Caixa

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Depois do anúncio, ontem, do desmonte do Banco do Brasil, pela extinção de 402 agências e a transformação de outras 379 em simples postos de atendimento, será a vez da Caixa.

Seu coveiro, digo, seu presidente, Gilberto Occhi – aquele, do PP, que pulou fora do Governo Dilma e ganhou o cargo e a “purificação – anunciou planos de fechar 100 agências e mandar embora 11 mil funcionários.

PT pagou para apanhar da mídia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro de Mundo:

A dependência extrema das grandes corporações jornalísticas em relação à bilionária publicidade federal está na raiz do pesadelo que o país vive hoje.

Fato: as empresas de mídia simplesmente não sobrevivem sem a propaganda federal. Principalmente a Globo, mas não apenas ela.

Isso as leva a fazer o diabo pelas verbas, incluído aí dar golpes como o que derrubou Dilma.

Uma das primeiras providências de Temer ao assumir foi despejar dinheiro na mídia. Isso ao mesmo tempo em que cortava programas sociais.

O desmonte do Mais Médicos

Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:

Sob pressão de entidades do setor, Michel Temer começa a deixar clara a pouca disposição em manter e expandir um dos principais programas do governo federal na área da Saúde, o Mais Médicos. Em público, o governo tenta vender à sociedade a ideia de um suposto aumento dos investimentos na iniciativa, bem avaliada por usuários e prefeitos. Enquanto isso, nos bastidores, atende aos anseios corporativos, a começar por aqueles do Conselho Federal de Medicina, que nunca escondeu sua rejeição ao programa. O maior risco reside, aliás, em uma medida pensada para atender a esses lobbies.

O Petrobras e os tribunais

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Estudo da FUP - a Federação Única dos Petroleiros, mostra que, além de não haver justificativa para a acelerada desvalorização promovida pela atual diretoria nos ativos da Petrobras - já que eles já foram "reavaliados" em 2015 e em 2014, reduzindo seu preço em R$ 112,3 bilhões e diminuindo em 60% o seu valor de mercado - por trás dela estaria uma "vergonhosa manobra contábil que tem por objetivo jogar pra baixo os preços dos ativos para acelerar a privatização da empresa".