quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Conflito de classe e a crise institucional

Por Armando Boito Jr., no jornal Brasil de Fato:

É público e notório que se instalou um conflito institucional no Estado brasileiro. Ele opõe tanto o Executivo quanto o Legislativo Federal a setores politicamente ativos do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal. O que não é do conhecimento de todos é que esse conflito institucional que atravessa o Estado brasileiro é, também e principalmente, um conflito de classes. Os setores politicamente ativos do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal representam de um modo muito peculiar, embora já verificado em outros momentos da história política do Brasil, a alta classe média, que foi a base de apoio do golpe de Estado que depôs Dilma Rousseff; o Executivo Federal e as forças majoritárias no Legislativo representam a fração da burguesia que foi a força dirigente desse golpe de Estado. A força política dirigente do golpe, a fração da burguesia brasileira associada ao capital internacional e interessada na restauração do neoliberalismo puro e duro, perdeu o controle da base de massa do golpe, cuja mobilização a burguesia incentivou, até agosto de 2016, para poder depor a presidenta Dilma.

Serra e Moro se divertem na festa da IstoÉ

Por Renato Rovai, em seu blog:

No post abaixo, você pode ver a foto do senador mega-citado em delações da Lava Jato, Aécio Neves, e do juiz do caso, Sérgio Moro, em um momento de grande intimidade. Ou como se diz no popular, entre cochichos de pé de ouvido.

Não seria nada demais, se Aécio não fosse, entre outras coisas, um dos políticos citados na lista da Odebrechet por montar um esquema com seu marqueteiro para receber propinas.


Moro e os tucanos metidos em corrupção

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Com convidados que mais pareciam formar uma convenção do PSDB, entre eles, Geraldo Alckmin, Aécio Neves, João Doria, José Serra e Alexandre de Moraes (ministro da Justiça), a revista IstoÉ promoveu na noite de ontem (6), uma festa para premiar o presidente Michel Temer como o "grande brasileiro do ano de 2016", bem como o juiz federal de primeira instância Sergio Moro, eleito pelos critérios da revista o "brasileiro do ano na Justiça".

Moro, Aécio e a intimidade obscena


Por Leandro Fortes, em sua página no Facebook:

No futuro, essa foto, mais do que qualquer outra imagem, será a representação simbólica desses dias de caos e desesperança.

É o instantâneo de todo o absurdo em que vivemos: um clarão sobre as personagens tétricas de uma ópera bufa patrocinada por uma revista que, hoje, é o emblema máximo da indigência moral da mídia e dos jornalistas brasileiros.

Alta dos combustíveis. Cadê as manchetes?

Por Altamiro Borges

Em outubro, a Petrobras promoveu uma demagógica redução do preço dos combustíveis. Foi o que bastou para a mídia chapa-branca fazer o maior escarcéu. O factoide virou manchete dos jornalões e destaque nas telinhas da tevê. O Judas Michel Temer foi aplaudido e os puxa-sacos da imprensa – os ex-urubólogos – garantiram que a queda reduziria a inflação e alavancaria a economia. Tudo mentira. A redução do preço nem chegou aos postos – pelo contrário. Agora, porém, a Petrobras reajusta o preço da gasolina em 8,1%, do diesel, em 9,5%, e do gás de cozinha em 12,3%. Em mais um golpe contra o jornalismo e ética, a mídia mercenária simplesmente abafa o assunto.

Entenda a reforma da Previdência de Temer

Ilustração: Marcio Baraldi
Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:

Os homens e mulheres brasileiros terão de trabalhar por mais tempo para conseguir a aposentadoria, caso a reforma da Previdência lançada pelo governo Michel Temer seja aprovada no Congresso em 2017.

As novas regras, encaminhadas à Câmara dos Deputados, foram apresentadas nesta terça-feira, 6, pelo secretário da Previdência, Marcelo Caetano, em Brasília. Entenda, nas perguntas e respostas abaixo, do que se trata a proposta.


A guerra dos intocáveis convulsiona o país

Por Jeferson Miola

Os eventos que precederam a decisão do juiz do STF Marco Aurélio Mello de afastar Renan Calheiros da presidência do Senado podem ser produto de mera e incrível coincidência. Mas podem, também, ser fruto do encadeamento de eventos sucessivos, ocorridos em meticulosa e nada ocasional sequência.

O episódio surpreende porque o autor desta drástica decisão, o juiz Marco Aurélio Mello, é um dos dois únicos juízes da atual composição da suprema corte com postura e estatura compatível com o cargo de juiz do STF. Ele é um liberal-democrata que se destaca pelo zelo do Estado de Direito e pela defesa da Lei e da Constituição.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Otávio Mesquita e os “ratos” da TV

Por Altamiro Borges

A atual onda conservadora na sociedade tirou do armário várias celebridades – ou mediocridades – midiáticas. No domingo passado (4) foi a vez de Otávio Mesquita, apresentador do STB conhecido nos meios jornalísticos por cobrar jabaculê em troca de publicidade. Na “marcha contra a corrupção” da Avenida Paulista, ele se juntou aos falsos moralistas – que endeusaram o juiz Sergio Moro e pouparam a quadrilha de Michel Temer – para destilar ódio. Em seu discurso no caminhão de som da seita golpista Vem Pra Rua, ele chamou o presidente do Senado, Renan Calheiros, de “rato” e pregou abertamente a violência contra os parlamentares, reforçando o coro fascista da negação da política.

CBN toca mentira e esfola trabalhador

Por Altamiro Borges

Além de manipular a sociedade, a CBN – a rádio que toca mentira – também esfola os seus jornalistas – alguns que até são mais realistas do que o rei. Na semana passada, os profissionais da emissora – que pertence ao império da Rede Globo – entregaram uma carta à direção da empresa com duras críticas às péssimas condições de trabalho. Eles reivindicam jornadas menos estafantes e o respeito aos direitos trabalhistas. Segundo relatos, atualmente a equipe paulista folga apenas em um fim de semana a cada cinco trabalhados e somente em dois feriados por ano. "Essa situação tem provocado um desgaste físico e emocional sem precedentes para todos nós", afirma o documento.