quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Dilma e a hora do enfrentamento

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Em política, nunca se deve ter um enfrentamento que não seja necessário.

Mas também não se pode deixar de enfrentar, quando isso é indispensável.

O desfecho do golpe se dá, é verdade, em hora ruim na economia, porque a teimosia em aprofundar a recessão como forma de, dizem, acelerar a retomada econômica.

Rede da dignidade contra o golpe

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A história apertou o passo e quando sacode a poeira ela derrama transparência por onde passa.

A retaliação de Eduardo Cunha contra o governo e contra o PT guarda semelhanças com uma cena recorrente da crônica policial.

Enredado em evidências grotescas de ilícitos e falcatruas, o presidente da Câmara sacou um processo de impeachment contra a Presidenta Dilma, depois que o PT - graças à corajosa decisão de seu presidente, Rui Falcão - determinou que o partido não acobertasse o delinquente no Conselho de Ética.

Natal sem Cunha! Vamos derrotar o crime

Por Valter Pomar, em seu blog:

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, quer o impeachment da presidenta da República.

O povo brasileiro sabe quais os interesses e motivos de Eduardo Cunha.

1. Eduardo Cunha mantém uma conta bancária no exterior, onde estão depositados o equivalente a 9 milhões de reais, de origem ilícita;

Impeachment de Dilma: perguntas e respostas

Da revista CartaCapital:

Na quarta-feira 3, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acatou um pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A decisão abre um novo período de instabilidade política. Nas perguntas e respostas abaixo, entenda os próximos passos da crise pela qual passa o País.

Cunha aceitou o processo de impeachment de Dilma. E agora?

A história dos podres da Rede Globo

Cunha comete crime ao acolher impeachment

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu um dos vários pedidos de impeachment protocolados naquela Casa por partidos da oposição contra a presidente Dilma Rousseff. “Proferi a decisão com o acolhimento da denúncia”, disse em entrevista coletiva na Câmara na tarde desta quarta-feira (2).

Cunha já havia prometido que faria isso se os três deputados do PT no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados não votassem contra a admissibilidade do processo de cassação de seu mandato.

Que país você quer para seus filhos?

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Para tentar desvirtuar o foco das denúncias contra si mesmo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitou o pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Foi o melhor que poderia ter acontecido: Dilma está sofrendo esta retaliação porque o PT anunciou que vai votar a favor da continuidade do processo de cassação de Cunha, vai ajudar a varrê-lo do Parlamento. O partido atende, assim, às expectativas de seus eleitores e livra a presidenta de uma chantagem. Não se pode fazer acordos com um inimigo do país. Eduardo Cunha representa o que há de mais sórdido na política brasileira hoje.

'Folha', Alckmin e o vídeo das ocupações

Por Ivan Longo, na revista Fórum:

O jornal Folha de S. Paulo, que até semana passada chamava de “reorganização escolar” o fechamento de mais de 90 escolas imposto pelo governo do estado de São Paulo, adotou, agora, uma nomenclatura ainda mais sutil: “reforma de ciclos”. A adoção de um termo ou de outro, no entanto, passa longe de uma decisão que aparenta ser, senão uma blindagem, pelo menos uma flexibilidade em mudar seu direcionamento editorial de acordo com a ocasião. Poucas horas depois de uma visita do governador Geraldo Alckmin (PSDB) à redação do jornal, um vídeo sobre o dia a dia de algumas ocupações de estudantes que são contra a proposta do governo foi retirado do ar.

Impeachment: o risco e a libertação

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Depois de 12 anos de servidão ao poder para conservá-lo o PT fez o gesto que lhe pode custar a Presidência mas aponta para a sobrevivência política e a libertação, tanto do partido como da presidente Dilma, aparentemente jogada ao mar pela decisão petista de votar contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética. O enfrentamento do processo de impeachment porá fim ao jogo de chantagem estabelecido por Cunha desde que, em fevereiro, derrotando o PT, conquistou a presidência da Câmara. Esta relação política degenerada produziu situações que muito contribuíram para aprofundar a própria crise econômica.

O pior dia para deflagrar o impeachment

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há duas circunstâncias que levam ao impeachment: a perda total da base de apoio e a legitimidade do pedido. Nenhuma das duas circunstâncias está presente no momento.

Aliás, a grande notícia é a de que a presidente – e o país – livraram-se de um chantagista.

O papel da oposição é complexo. Por mais que a popularidade da presidente Dilma Roussef esteja em baixa, como justificar a aliança com um futuro réu condenado – e provavelmente preso – contra uma presidente sem nenhum respingo da corrupção levantada pela Lava Jato?

UNE rechaça imoralidade de Cunha

Do site da União Nacional dos Estudantes (UNE):

A presidenta da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral, pronunciou-se sobre a decisão do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que enfrenta processo de cassação no Congresso Nacional, em aceitar o pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. Em declaração pelas redes sociais, ela afirmou que a medida é imoral e fruto de chantagem política.

“A aceitação do impeachment por Eduardo Cunha é imoral, sua admissibilidade é fruto de uma chantagem política e não terá apoio da UNE!.”, publicou em sua conta no microblog Twitter (@carina_une)

Cunha e a chantagem do impeachment

Por Jean Wyllys, em seu perfil no Facebook:

O senhor Eduardo Cosentino da Cunha acaba de entrar para a história política brasileira como uma das personalidades mais carecedoras de respeito que já pisaram o nosso parlamento. Não há muito a se esperar de uma personalidade que não hesita em mentir, chantagear, ameaçar, ocultar, usar o cargo em benefício próprio e tomar o Executivo, o Legislativo e a República toda de reféns para salvar sua própria pele. Mas a chantagem barata de Cunha agora há pouco, acolhendo o pedido de impeachment da Presidenta no momento em que percebeu a real possibilidade da cassação de seu mandato, vai além do que jamais suporia Maquiavel.

A violação dos direitos humanos na mídia

Por Érica Aragão, no site da CUT:

A unidade dos movimentos sociais é essencial para democratizar a comunicação.

Está é a afirmação das convidadas e convidados do debate “Discurso de ódio, regulação e democracia na mídia: como enfrentar o conservadorismo e as violações dos direitos humanos nos meios de comunicação” organizado pelo Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação (FNDC).

A atividade, que aconteceu na última sexta (27), fez parte da reunião ampliada do Conselho Deliberativo da realizada no último fim de semana, em São Paulo, no Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, no auditório Vito Giannotti, local recém renomeado em homenagem ao grande militante pela democratização da Comunicação, falecido neste ano.

O povo nas ruas vai barrar o impeachment

Editorial do site Vermelho:

A Câmara dos Deputados já foi presidida por homens com alto sentido da função pública, da moralidade republicana, e da responsabilidade democrática. A lembrança de deputados do calibre e da honradez de Ulysses Guimarães ou Adauto Lúcio Cardoso se impõe. Eram políticos que colocavam os interesses do país, as exigências da democracia, e sua própria honra, acima de qualquer interesse pessoal.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Começa a batalha do impeachment

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Eduardo Cunha, derrotado no conselho de ética, prestes a ser preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu acolher um dos pedidos de impeachment contra a presidenta Dilma.

O processo chega em hora difícil para a oposição. Hoje mesmo, ela - a oposição - acaba de sofrer fragorosa derrota na Câmara e no Senado.

O governo conseguiu aprovar, com larga maioria, a revisão da meta fiscal, o que contou, naturalmente, como uma contabilidade da força do governo no parlamento.

A guerra de verdade começou

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num governo que parece condenado a só conseguir superar um problema quando já é possivel vislumbrar uma dificuldade maior pela frente, na tarde de hoje o Planalto festejou a aprovação de uma nova lei orçamentária pela folgadíssima vantagem de 360 votos contra 119.

Menos de 60 minutos depois, contudo, a poucos metros do plenário onde senadores e deputados aprovaram uma decisão que dará um fôlego indiscutível para Dilma Rousseff ("ela terá direito a um sono tranquilo", me disse um deputado do PT quando o mapa da votação já se mostrava favorável), o governo foi obrigado a encarar a notícia de que Eduardo Cunha resolveu acolher o pedido de impeachment formulado por Helio Bicudo e Miguel Reale Jr.

O Brasil pós-pedido de impeachment

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A melhor palavra para o que Eduardo fez hoje é a seguinte: palhaçada.

Não vai dar em nada. Não pode dar em nada. Mas Cunha conseguiu sujar ainda mais sua folha corrida ao acatar o pedido de impeachment de Dilma em circunstâncias patéticas.

Ele confirmou o que todos já sabiam: que vinha fazendo chantagem com o PT. Em troca da proteção do PT ele seguraria o pedido de impeachment.

PSDB volta aos braços de Cunha

Por Igor Felippe, no blog Viomundo:

O PT ganhou na loteria com a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma em meio à discussão sobre a cassação do mandato de Eduardo Cunha.

O PSDB, que chantageou Cunha, volta aos seus braços sem nenhuma cerimônia. Agora, o PSDB é Cunha.

Com isso, os campos ficam claros e o PT poderá fazer uma grande mobilização junto a diversos setores da sociedade, especialmente da juventude, em torno da bandeira do FORA CUNHA.

Brasil não pode ficar refém de Cunha

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Pela quarta vez, foi adiada a sessão do Conselho de Ética da Câmara que vai votar a admissibilidade do processo contra Eduardo Cunha. Ficou para a próxima terça-feira. E assim que a bancada do PT anunciou, na tarde desta quarta-feira, que seus três deputados no conselho votarão contra Cunha e a favor da continuidade do processo, ele voltou a ameaçar com o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Pedido de impeachment é boa notícia

Por Breno Altman, em seu blog:

Duas notícias alvissareiras vieram do Congresso Nacional.

A primeira delas foi a aprovação da nova meta fiscal, que destrava o orçamento da União.

A segunda foi a liberação de um dos pedidos de impeachment por Eduardo Cunha, em vingança contra a decisão do PT de votar pela continuidade de seu processo de cassação no Conselho de Ética.

Cunha desmoraliza processo de impeachment

Por Renato Rovai, em seu blog:

Eduardo Cunha ter aceitado o pedido de impeachment da presidenta Dilma depois de o PT ter anunciado que votaria contra ele no Conselho de Ética é a desmoralização total deste processo.

A oposição vai fazer de tudo para tirar essa marca, mas para Dilma não poderia haver um melhor cenário para que essa disputa se iniciasse.

Dilma, seu partido e seu governo terão todas as condições de demonstrar que isso só está acontecendo porque o presidente da Câmara quer se vingar por não ter tido do PT o aceite da chantagem que tentou operar.

Cunha, o ladrão flagrado, vinga-se em Dilma

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Eduardo Cunha, perdido, dá seu abraço de afogado no país e aceitou o pedido do PSDB e do DEM – além dos revoltados & cia. – para abrir o processo de impeachment contra Dilma Rousseff.

Cunha, na iminência de perder seu mandato, resolveu ir para o hara-kiri.

Vivemos uma situação monstruosa: um ladrão público, pego em flagrante com suas contas no exterior, erigido em acusador de alguém que, à parte o apoio ou a crítica, não tem contra si uma acusação de desonestidade pessoal.

Dilma rechaça golpismo de Cunha

Argentina: a cara nova da velha direita

Por Vinícius Wu e Daniel Angelim, na revista Fórum:

No último domingo, um pouco antes das 10 horas da noite, Daniel Scioli abandonava o cenário montado em seu comando de campanha para, em um telefonema rápido, reconhecer a derrota ao seu oponente Mauricio Macri, líder do Cambiemos. Já na primeira manhã após o resultado, o conservador periódico La Nacion publicava um editorial criticando enfaticamente a punição de criminosos que agiram durante a ditadura naquele país. Na campanha, Macri havia anunciado o fim do “negócio” dos Direitos Humanos.

Pressão inviabiliza chantagem de Cunha

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Durante a terça-feira, 1 de dezembro de 2015, ocorreu um fenômeno no país que, ao fim e ao cabo, pode terminar mostrando que a democracia pode não ser lá uma maravilha, mas é o sistema que melhor funciona. A pressão da sociedade SEPULTOU uma chantagem asquerosa.

“Ocupamania” para ouvir, cantar e ocupar!

Do site da UJS:



Estudantes da Escola Estadual Professor Moacyr Campos, no bairro Jardim Aricanduva em São Paulo, gravaram um paródia da música “Monomania”, de Clarice Falcão, para falar sobre as ocupações das escolas estaduais de São Paulo em defesa da educação.

O PSDB e a Síndrome de Estocolmo em SP

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Maurício Moraes, na revista CartaCapital:

Em 1973, dois ladrões armados fizeram quatro reféns durante assalto a um banco na capital da Suécia. No segundo dia de forte cerco policial começou o inesperado - as vítimas criaram empatia e passaram a defender os seus algozes.

A história causou tamanho estranhamento que virou caso de estudo. Foi descrita como um sintoma psiquiátrico que ganhou o nome de Síndrome de Estocolmo.

Em São Paulo, após 21 anos de PSDB, de cartéis do metrô, educação em frangalhos, sigilo de documentos e seca nas torneiras, estaria a população do estado passando por crise semelhante?

Alckmin fecha escola e gasta em propaganda

Da Rádio Brasil Atual:

O presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, fala sobre o governo do Estado de São Paulo que não aumenta salários dos professores, quer fechar escolas, porém tem verba de sobra para publicidade. Ouça aqui:

Moro seria um ótimo presidente!

Ali Kamel leva uma surra de blogueiro

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

“O Acórdão abre um precedente importante para reverter dezenas de outras ações que tentam calar jornalistas independentes de todo o país. Mais do que uma vitória pessoal, considero um passo importante para a garantia de um direito consagrado em nossa Constituição Federal.” (Marco Aurélio Mello).

Caro Marco Aurélio

Estou feliz com sua vitória, que é também a nossa vitória!

O mito da imprensa democrática

Por Luciano Martins Costa, no site do FNDC:

Os jornais brasileiros de circulação nacional, aqueles que determinam o eixo da agenda pública, encerram o mês de novembro com a mesma pauta que iniciou o ano de 2015. Não se trata da saraivada de denúncias, declarações, vazamentos e revelações factuais sobre fluxos de dinheiro ilegal ligados a campanhas eleitorais. Essa é apenas a espuma do noticiário e dificilmente saberemos em que os fatos atuais se diferenciam do histórico da corrupção, a não ser pela evidência de que alguns atores estão sendo responsabilizados.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

"Desacato" no encontro de blogueiros de SC

O "historiador" tucano no banco dos réus

Por Altamiro Borges

O hidrófobo tucano Marco Antonio Villa, que se traveste de "historiador" na TV Cultura - a emissora pública que virou palanque do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) -, vai ter de explicar as suas calúnias no banco de réus. A Justiça de São Paulo acatou a queixa-crime proposta pelo Instituto Lula contra o falsário. Em julho passado, o histérico comentarista rosnou que o ex-presidente era "chefe de quadrilha", "mentiroso" e "culpado pelo tráfico de influência internacional". Agora, o "valentão" terá que comprovar as suas acusações ou se retratar pelos crimes de "calúnia, injúria e difamação". A TV Cultura, que dá guarita a este leviano irresponsável, também deveria ser acionada na Justiça!

Direito de resposta e o servilismo da ABI

Por Altamiro Borges

A legendária Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que sempre jogou papel de relevo na luta pela democracia no país, pisou feio na bola nesta semana. Ela se somou às truculentas entidades patronais – como a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert), a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e a Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner) – para atacar a lei do direito de resposta, aprovada no Senado e sancionada pela presidenta Dilma. Num vergonhoso servilismo, a ABI utilizou os mesmos argumentos dos empresários – que atentam diariamente contra a liberdade de expressão – para ingressar no Supremo Tribunal Federal questionando este direito democrático.


A violência da PM numa escola ocupada

A "guerra" contra os estudantes de SP

Foto: Jornalistas Livres
Por Laís Gouveia, no site Vermelho:

Os estudantes que ocupam as 205 escolas contra o plano de reorganização proposto por Alckmin, que pretende fechar 92 colégios, estão sendo cada vez mais coagidos a se renderem, seja pela truculência da polícia militar, por grupos não identificados que entram nos colégios para furtar objetos e agora, com o decreto do governador tucano lançado nesta terça-feira (1º), no diário oficial de São Paulo, que autoriza a transferência de professores para a implementação do plano.

Assassinatos no campo crescem em 2015

Por Victor Tineo, no jornal Brasil de Fato:

O número de assassinatos no campo em 2015 foram os maiores desde 2004, apontam os registros do banco de dados do Centro de Documentação Dom Tomás Balduino. Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a maior parte destas mortes são de posseiros e lideranças camponesas.

Ao todo, foram registradas 46 mortes e 79 ameaças. Dessas ameaças, quatro pessoas foram executadas, sendo elas dois posseiros, uma líder camponesa e um conselheiro do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

A tentativa de golpe continua

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Quinta-feira foi um dia atípico na capital do país. Ainda na ressaca pós-prisão do líder do PT no Senado, Delcídio Amaral (MS), ocorrida um dia antes, a Casa mal funcionara. A sessão ordinária foi aberta às 14 horas, como de praxe. Mas não houve sequer votação. Nem meia dúzia de senadores passaram pelo plenário – foram somente aqueles que já tinham horário programado para pronunciamento. E olhe lá.

Brasília enfrenta um dia decisivo

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega. A expressão é antiga, um velho provérbio português, mas não encontrei outra melhor para definir a situação em que se encontram o governo, o PT e a Câmara dos Deputados no começo desta terça-feira, que promete ser quente em Brasília.

À tarde, o Conselho de Ética decide o destino do processo contra Eduardo Cunha. Se o resultado lhe for desfavorável, com a aprovação do relatório de Fausto Pinato (PRB-SP) pela continuidade do processo, Eduardo Cunha ameaça deflagrar a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

A democracia na normalidade controlada

Por Tarso Genro

Herzog, o torturado personagem de Saul Below, no seu romance do mesmo nome, num dos seus delírios escreve mentalmente uma carta a Heidegger, na qual pergunta: “Caro ‘doktor’ professor Heidegger, eu gostaria de saber o que o senhor quer dizer com a expressão ‘a queda no cotidiano’. Quando ocorreu essa queda? Onde estávamos quando ela aconteceu?” A pergunta angustiada do autor do romance – pela boca do seu principal personagem- me trouxe imediatamente à memória uma outra pergunta, formulada por Manuel Castells, no seu livro que já nasceu clássico, “Redes de indignação e esperança” (posfácio à edição brasileira), no qual ele se interroga: “Seria uma esperança vã essa volta à normalidade controlada’?”.

Camponesas e indígenas em luta no Paraguai

Por Leonardo Wexell Severo, de Assunção

“No Paraguai temos um Estado terrorista que persegue as pessoas pelo simples fato de organizar-se. Não há redistribuição da riqueza e a pobreza extrema aumenta a cada dia”, denuncia Cony Oviedo, da Organização de Mulheres Camponesas e Indígenas (Conamuri), se somando à greve geral convocada pelas centrais sindicais e organizações estudantis, comunitárias e feministas para os próximos dias 21 e 22 de dezembro. Na mesma data estará ocorrendo em Assunção a Cúpula Social do Mercosul.

Abaixo, a íntegra da entrevista:


O Brasil e a primavera dos canalhas

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:


O “coxismo”, o “moralismo”, o golpismo e, agora, a mais desumana abjeção.

No Brasil destes tempos, vivemos a primavera dos canalhas.

Surgiu em Curitiba – agora, ao que parece, transformada naquela famosa cervejaria da Baviera – um tal “Movimento Pela Reforma de Direitos”, que divulga, na internet – assinado, até esta noite, felizmente, apenas por 128 imbecis – pedindo a retirada do que chama de “privilégios” que os deficientes têm, legalmente.

Vitória de Macri é o fim do kirchnerismo?

Por Max Altman, no site Opera Mundi:

À primeira vista o triunfo de Mauricio Macri na Argentina pode representar a primeira grande conquista da contraofensiva da direita e do imperialismo em nossa região após 15 anos de avanço progressista.

Toda a grande imprensa trombeteou o “fim do kirchnerismo” traduzindo a intenção dos setores financeiros, dos rentistas, dos fazendeiros exportadores de bens agrícolas e seus porta-vozes na grande imprensa e no Parlamento de interromper o processo de inclusão social e novamente abraçar as políticas neoliberais que, no caso argentino, levaram o país à catástrofe do período Carlos Menem seguido do desastre Fernando de la Rúa. Nunca é demais ressaltar que a Argentina foi jogada a uma situação inédita em sua história: queda abrupta do PIB, desemprego agudo, miséria atingindo amplos setores da população, aumento da criminalidade e outras duras sequelas.

O compromisso pelo desenvolvimento

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

A necessidade de construir no Brasil compromissos e acordo social, para promover transformações que induzam e sustentem o crescimento econômico e o desenvolvimento social, é uma urgente empreitada política que deve unir trabalhadores e empresários.

A história econômica de países que alçaram seu desenvolvimento indica que precisaríamos dobrar o tamanho da nossa economia para, potencialmente, atingir uma situação de riqueza e de renda suficientes para oferecer as condições materiais para o bem-estar coletivo. Para dobrar o PIB per capita até 2030 seria necessário crescer mais de 5% ao ano. Trata-se de um enorme desafio!

Presidencialismo e a conspiração vermelha

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Informações publicadas pelo jornal O Estado de São Paulo, na semana passada, dão conta de que a Procuradoria Geral da República teria enviado ao STF pedido de reversão da decisão do Ministro Teori Zavascki, de afastar da órbita da Operação Lava Jato, ações que não pertencem à sua jurisdição, como a relacionada à Eletronuclear, já encaminhada para o Juiz Marcelo Bretas, da Sétima Vara Federal, no Rio de Janeiro.

Começa a "guerra" nas escolas paulistas

Foto: Jornalistas Livres
Por Sarah Fernandes, na Rede Brasil Atual:

Um dia depois de vazar a informação de que a Secretaria Estadual da Educação de São Paulo prepara uma “guerra” contra o movimento de estudantes que ocupam escolas em protesto à reorganização escolar, os adolescentes denunciaram hoje (30) ações truculentas da Polícia Militar nas unidades ocupadas. Mesmo indo contra determinação judicial, PMs entraram uma escola no extremo sul da capital e um aluno foi levado para a delegacia. Em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, policiais agiram com truculência contra estudantes que realizaram um ato. Na zona norte, estudantes têm sofrido intimidações.

Quem é o "japonês bonzinho" da Lava Jato?

Da revista CartaCapital:



O áudio que levou para a prisão o senadorDelcídio do Amaral (PT-MS) e o banqueiro André Esteves pode ajudar a elucidar parte dos vazamentos acerca da Operação Lava Jato. Em um trecho da conversa, Edson Ribeiro, advogado de Nestor Cerveró, e Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras, afirmam que um agente da Polícia Federal vende informações sigilosas.

O "militante tucano" e as escolas ocupadas

Geraldo Alckmin com Roney Glauber, o administrador da página
“Devolve Minha Escola” (Foto: Reprodução/Facebook)
Da revista Fórum:

Ao mesmo tempo em que o governo de São Paulo e a secretaria estadual de Educação articulam ações para retomar as escolas ocupadas por estudantes, um grupo que diz reunir pais e alunos, mas que na verdade é composto, em sua maioria, por integrantes da juventude tucana, incentiva nas redes sociais e nos próprios colégios os manifestantes a deixarem a mobilização. Eles também sugerem à população que apoie a reorganização proposta pelo governo.

A manipulação dos institutos de pesquisa

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Mais um erro crônico do campo progressista e da academia.

A ausência de crítica a questão dos institutos de pesquisa.

Numa sociedade ultramidiatizada, o instituto de pesquisa está substituindo o sufrágio universal.

Com uma diferença básica: o sufrágio obedece a regras e critério democráticos.

O instituto de pesquisa faz o que quiser.

Dilma na guerra do absurdo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Pode-se medir o grau de gravidade da crise política de um país quando o combate para paralisar um governo e abrir caminhos de qualquer maneira para sua queda atravessa opções artificiais, sem base legal.

A política adquire o perfil um teatro do absurdo mas é inteiramente real. Os humanos dizem frases irracionais, os animais pronunciam frases sofisticadas – mas tudo segue com se estivéssemos dentro da mais absoluta normalidade.