Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Pela quarta vez, foi adiada a sessão do Conselho de Ética da Câmara que vai votar a admissibilidade do processo contra Eduardo Cunha. Ficou para a próxima terça-feira. E assim que a bancada do PT anunciou, na tarde desta quarta-feira, que seus três deputados no conselho votarão contra Cunha e a favor da continuidade do processo, ele voltou a ameaçar com o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Antes que o dia acabasse, ele anunciou que acolheu o pedido de impeachment feito pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior e tomou as providências para a abertura do processo contra a presidente da República.
Até quando o Brasil ficará refém das suas chantagens, que agora se confirmaram e chegaram ao extremo do enfrentamento com o governo? Com sua habitual frieza e cinismo, disse que tomava a decisão com constrangimento e sem nenhuma felicidade.
Reunido com parlamentares da sua tropa de choque durante toda a tarde, o presidente da Câmara informara-lhes que até o final desta semana tomaria uma decisão sobre os sete pedidos de impeachment em seu poder. Em seguida, surpreendendo a todos, convocou a imprensa para uma entrevista coletiva.
O PT não acreditava nesta vingança. "Achamos que ele vai repensar a sua posição. O impeachment é uma faca de dois gumes, porque, se envereda por esse caminho dá uma prova de que está chantageando. Se soltar o impeachment, não seremos nós três os únicos responsáveis. Será a bancada toda do PT responsabilizada", disse o deputado Zé Geraldo, do PT do Acre, após o anúncio oficial feito pelo partido.
O líder da bancada do PT, Sibá Machado (AC), garantia não temer a reação de Cunha. "Vamos enfrentar. Qualquer assunto que vier, vamos enfrentar. A Dilma não deve nada, entendemos que a oposição quer cercear o direito de ela exercer um mandato legítimo, portanto, quer um golpe". E lançou o desafio: "Quem acha que vai nos chantagear vai perder".
Dividido entre a defesa da governabilidade e a questão ética, as pressões do governo e da opinião pública, o PT demorou para fechar questão contra Eduardo Cunha, mas fez o que tinha de fazer para não deixar ainda mais abalada a imagem do partido, depois de defender, em votação na semana passada no Senado, o voto secreto e a libertação de Delcídio Amaral. O deputado petista Léo de Brito, do Acre, reconheceu que a pressão interna do PT nas últimas horas foi importante para que os três tomassem esta decisão contra Cunha.
Muito irritado com a posição adotada pelo PT, cujos votos podem ser decisivos no Conselho de Ética, o presidente da Câmara confirmou seu perfil de homem-bomba, um perigo para as instituições democráticas. Na segunda-feira, em entrevista ao vivo no programa "Roda Viva", transmitido em rede nacional pela TV Cultura de São Paulo, o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) o chamou de "psicopata", como já havia feito da tribuna da Câmara.
Até o momento em que escrevo, no final da tarde de quarta-feira, o governo ainda não havia se manifestado sobre a decisão do PT e a reação fulminante de Eduardo Cunha. Agora, mudou tudo.
Eu tinha avisado na semana passada: apertem os cintos.
Antes que o dia acabasse, ele anunciou que acolheu o pedido de impeachment feito pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior e tomou as providências para a abertura do processo contra a presidente da República.
Até quando o Brasil ficará refém das suas chantagens, que agora se confirmaram e chegaram ao extremo do enfrentamento com o governo? Com sua habitual frieza e cinismo, disse que tomava a decisão com constrangimento e sem nenhuma felicidade.
Reunido com parlamentares da sua tropa de choque durante toda a tarde, o presidente da Câmara informara-lhes que até o final desta semana tomaria uma decisão sobre os sete pedidos de impeachment em seu poder. Em seguida, surpreendendo a todos, convocou a imprensa para uma entrevista coletiva.
O PT não acreditava nesta vingança. "Achamos que ele vai repensar a sua posição. O impeachment é uma faca de dois gumes, porque, se envereda por esse caminho dá uma prova de que está chantageando. Se soltar o impeachment, não seremos nós três os únicos responsáveis. Será a bancada toda do PT responsabilizada", disse o deputado Zé Geraldo, do PT do Acre, após o anúncio oficial feito pelo partido.
O líder da bancada do PT, Sibá Machado (AC), garantia não temer a reação de Cunha. "Vamos enfrentar. Qualquer assunto que vier, vamos enfrentar. A Dilma não deve nada, entendemos que a oposição quer cercear o direito de ela exercer um mandato legítimo, portanto, quer um golpe". E lançou o desafio: "Quem acha que vai nos chantagear vai perder".
Dividido entre a defesa da governabilidade e a questão ética, as pressões do governo e da opinião pública, o PT demorou para fechar questão contra Eduardo Cunha, mas fez o que tinha de fazer para não deixar ainda mais abalada a imagem do partido, depois de defender, em votação na semana passada no Senado, o voto secreto e a libertação de Delcídio Amaral. O deputado petista Léo de Brito, do Acre, reconheceu que a pressão interna do PT nas últimas horas foi importante para que os três tomassem esta decisão contra Cunha.
Muito irritado com a posição adotada pelo PT, cujos votos podem ser decisivos no Conselho de Ética, o presidente da Câmara confirmou seu perfil de homem-bomba, um perigo para as instituições democráticas. Na segunda-feira, em entrevista ao vivo no programa "Roda Viva", transmitido em rede nacional pela TV Cultura de São Paulo, o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) o chamou de "psicopata", como já havia feito da tribuna da Câmara.
Até o momento em que escrevo, no final da tarde de quarta-feira, o governo ainda não havia se manifestado sobre a decisão do PT e a reação fulminante de Eduardo Cunha. Agora, mudou tudo.
Eu tinha avisado na semana passada: apertem os cintos.
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