sábado, 4 de março de 2017

As ilusões com a Lava-Jato e a Globo

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A grande imprensa americana está em choque. Pela primeira vez em décadas, quiçá desde os anos 30 e 40, quando se opôs agressivamente às ações sociais de Roosevelt (gerar empregos sempre foi considerado “esquerdista” demais para os magnatas da imprensa), ela terá que fazer jornalismo de verdade.

Trump é o Mefistófeles da imprensa corporativa americana: “aquele que, fazendo o mal, engendra o bem”.

O slogan do Washington Post agora é “a democracia morre na escuridão”, e o New York Times lançou uma campanha em que afirma que “a verdade é difícil. Difícil de encontrar. Difícil de saber. A verdade é mais importante agora do que nunca”.

Temer pressiona contra CPI da Previdência

Do site Vermelho:

A oposição conseguiu 30 assinaturas para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da reforma da Previdência para que o processo seja instaurado no Senado. No entanto, o senador Paulo Paim (PT-RS), denuncia que o governo Temer já pressiona parlamentares da sua base a retirar as assinaturas do requerimento.

“O governo está pressionando senadores e pedindo que recuem. Isso é um absurdo e precisa ser combatido", afirma o senador, que pede o apoio da centrais sindicais e demais entidades que integram a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência para barrar a manobra do governo em seus estados.

A propina de Aécio e a sua hipocrisia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Alguns textos, algumas reflexões, se você não fizer acabará ficando doente. A indignação é como um incêndio que queima de dentro para fora. Começa ali, na boca do estômago, acelera o coração, tira o ar de seus pulmões, faz o sangue subir à cabeça e explode no olhar e na voz inconformados.

Há mais de uma década que falar de corrupção no Brasil passou a ser falar do PT. A partir de 2005, com a eclosão do escândalo do mensalão, os grupos políticos que sempre governaram e sempre roubaram foram tomados por surtos hipócritas de moralismo.

Direita tenta se livrar dos seus trastes?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A imagem aí de cima não é de um site ou blog de esquerda.

São as manchetes do site da Veja esta manhã.

Aécio jamais foi tratado assim pela revista, muito ao contrário.

Claro que há fatos, mas fatos sempre houve.

Desde que a revista colocou Temer na capa com um dos macaquinhos das estatuetas que não olham, não falam e não vêem, há uma reversão de tratamento flagrante do grande “display” da direita brasileira.

O Itamaraty vira feudo tucano

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A escolha do senador Aloysio Nunes Ferreira como novo ministro das Relações Exteriores humilha o Itamaraty não por se tratar de um político agressivo e intransigente, o que lhe vale a alcunha de “pitbull tucano”. Não lhe falta familiaridade com o tema, depois de ter presidido a Comissão de Relações Exteriores e de ter atuado como embaixador do golpe junto aos Estados Unidos, nos idos de abril. Muito jovem, ele foi também embaixador da luta armada, que hoje renega, na Paris dos exilados brasileiros durante a ditadura.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Skaf, Odebrecht e os patos da Fiesp?

Por Altamiro Borges

O falso empresário Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), andava meio sumido. Ele foi um dos principais líderes do “golpe dos corruptos”, distribuindo “patinhos amarelos” para os otários que foram às ruas exigir o “Fora Dilma”; na sequência, o oportunista passou a frequentar com assiduidade o covil de Michel Temer, pregando a urgência nas regressões trabalhista e previdenciária. De repente, ele desapareceu do noticiário. Alguns acharam que foi em decorrência do agravamento da crise econômica, que tem devastado as indústrias e gerado fraturas no meio empresarial. Pode ser! Mas o depoimento de Marcelo Odebrecht nesta quarta-feira (1º) talvez explique melhor o sumiço do golpista covarde.

Yunes esclarece a história do golpe

Por Jeferson Miola

No relato ao MP, José Yunes fez revelações esclarecedoras sobre os preparativos do golpe. Sabe-se agora que no processo eleitoral de 2014, Michel Temer e Eduardo Cunha financiaram com propinas as campanhas de 140 deputados oposicionistas que, em contrapartida, assegurariam a eleição de Cunha à presidência da Câmara Federal em fevereiro de 2015.

O depoimento do Yunes é também importante porque elucida o papel do Eliseu Padilha e do doleiro Lúcio Funaro no esquema de Temer e Cunha. Yunes ainda ajuda a entender porque o juiz Sérgio Moro, já em novembro de 2016, atuou como advogado do Temer e anulou as perguntas sobre o próprio Yunes que Cunha direcionou ao presidente usurpador.

Sergio Moro e a minha absolvição

Por Breno Altman, em seu blog:

O juiz Sérgio Moro, nessa última quinta-feira, finalmente exarou a sentença relativa ao processo no qual eu era réu, oriundo do 27º episódio da Operação Lava Jato, denominado “Operação Carbono 14”.

Diz a decisão, a meu respeito:

“Breno Altman é apontado por três pessoas como envolvido no crime, Marcos Valério de Souza, Alberto Youssef e Ronan Maria Pinto. Mas são todos depoimentos problemáticos, provenientes de pessoas envolvidas em crimes. Diferentemente dos demais, não há nos documentos qualquer elemento que o relacione às operações, nem os valores passaram por sua empresa, nem há uma vinculação necessária entre ele e a gestão financeira do Partido dos Trabalhadores. Por falta suficiente de prova, deve ser absolvido.”

O projeto de Temer não para em pé

Por Gilberto Maringoni, na revista CartaCapital:

A recente divulgação de levantamento realizado pelo Financial Times, dando conta que o salário médio do trabalhador chinês já é mais alto do que os de seus colegas brasileiros, argentinos e mexicanos pode nos levar a várias reflexões. Fico com duas principais. A: O que está acontecendo com a China? e B: Qual a meta do projeto ultraliberal em curso no Brasil?

Primeiro sobre a China. A queda do crescimento do PIB chinês, de uma média acima de 10% na década passada para pouco mais de 6% em 2015 se deve não apenas à retração dos mercados ocidentais, mas a um giro realizado a partir de 2007 na economia do país.

Por uma auditoria na Previdência Social já

Por Jorge Luiz Souto Maior, no site Carta Maior:

É preciso compreender, de uma vez por todas, que a Previdência Social, dentro do contexto da Seguridade Social, aliada aos direitos trabalhistas e demais direitos sociais, não é um capricho do legislador ou um privilégio da classe trabalhadora. Representa, isto sim, o efeito de uma estratégia para tentar salvar a sociedade capitalista que foi adotada depois de conhecida a situação devastadora de um capitalismo gerido, sem quaisquer limites, pelas lógicas da concorrência e do liberalismo clássico.

Na sociedade capitalista, que se organizou mundialmente, alguns poucos, como efeito de relações sociais historicamente desenvolvidas, tornaram-se os detentores dos meios de produção e de capital e tantos outros, a grande maioria, restaram desprovidos desses mesmos meios e, no contexto de uma sociedade cujas relações são intermediadas pelas mercadorias, viram-se na contingência emergencial de terem que vender o seu trabalho, transformado em força de trabalho, como forma de sobrevivência.

Carta aberta para Alexandre Garcia

Por Nathalí Macedo, no blog Diário do Centro do Mundo:

Caro Alexandre Garcia:

Escrevo ainda surpresa com o seu tweet a respeito do estupro de Jane Fonda – não que eu espere alguma coisa de você, mas me surpreende a sua coragem para externar uma opinião tão inútil e tão desnecessária justo na geração dos textões.

Imagino de que maneira alguém pode, depois de saber que outro ser humano foi violado quando ainda era uma criança, imediatamente retrucar: “e eu com isso?”

Os bilionários e seus lacaios no Brasil

Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

Por que mandam e como mandam os famosos “1%”? É verdade que temos um país (e um mundo) que se divide entre “eles” e “nós”, os de cima e os de baixo. Mas a divisão é um pouco mais complicada… e decisiva.

Não se controla uma sociedade apenas com 1% de nababos. Em torno desses 1% tem mais gente, muito mais. Os grupos sociais que controlam a gestão econômica, os cordéis do poder, da mídia – pode ser que não estejam entre os tais 1% mais ricos, mas pensam como eles, trabalham para eles, sonham em ser como eles.

Aluguéis: nova crise à vista

Do site Outras Palavras:

Conhecida por calcular regularmente o déficit habitacional do Brasil, com números aceitos pelo ministério das Cidades, a Fundação João Pinheiro (FJP), de Minas Gerais, está fechando os cálculos para um novo relatório. Mas Luiza Souza, cordenadora do órgão, já adiantou, em entrevista ao “Valor”: os números só vão piorar, em função da crise e, em especial, das dificuldades para pagar aluguel. Em 2014, o fenômeno já atingiu 3 milhões de domicílios - quase o dobro de há três anos.

"O cerco chegou ao Palácio do Planalto"

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Acuado por denúncias que já chegaram ao seu gabinete, o presidente Michel Temer precisa ganhar tempo e protelar ao máximo o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode cassar a chapa encabeçada por Dilma Rousseff e consequentemente colocar fim ao governo atual.

“Em circunstâncias normais, Temer já seria uma carta fora do baralho, porque – tirando as questões conhecidas, como Eliseu Padilha, José Yunes etc. – ele está contaminado pelo processo de cassação da chapa, que é indivisível. Mas há um esforço do governo para evitar o julgamento”, diz o ex-ministro da Ciência e Tecnologia e ex-presidente do PSB Roberto Amaral.

“É hora de Lula ir para o ataque”

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Autora de um best-seller acadêmico ("Pluralismo, Direito e Justiça Distributiva,") a professora Gisele Cittadino, coordenadora do Programa de Mestrado e Doutorado da PUC-Rio, foi uma das integrantes do grupo de intelectuais que articulou o lançamento de um abaixo assinado em defesa da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República. (O grupo também contou com a participação de Leonardo Boff, do jornalista Eric Nepomuceno, além dos juristas João Ricardo Dornelles e Carol Proner). Aos 59 anos, com um doutorado em Ciência Política pelo IUPERJ (antigo), Gisele Cittadino falou ao 247. Sua entrevista:


Delúbio e o contra-ataque dos golpistas

Por Bepe Damasco, em seu blog: 

Um golpe de estado sofisticado como o desferido contra a democracia brasileira em 2016 não teria logrado êxito sem uma articulação orgânica e permanente das personalidades e instituições que o tramaram e executaram.

O senador Romero Jucá, gravado por um delator, não deixou dúvidas dúvidas quanto à diversidade dos atores envolvidos : "É todo mundo junto, com o Supremo e tudo."

Durante todo o período de sabotagem do governo Dilma que antecedeu a noite dos horrores de 17 de abril, na Câmara dos Deputados, saltava aos olhos a movimentação orquestrada dos golpistas, sua agenda, a exploração coordenada dos fatos relacionados às conjunturas política e econômica, sua precisão cronológica.

A febre da "delação premiada" da Lava-Jato

Por Eugênio Aragão, no site Consultor Jurídico:

O Brasil está com febre, uma febre provocada por delações inflamatórias no âmbito da famigerada operação “lava jato”. Não se especula sobre outra coisa senão as possíveis informações extraídas de Marcelo Odebrecht a respeito da vida financeira de candidatos e de políticos de ponta. A nação se crê apodrecida. Nunca a nudez das “acoxambranças” (ou, em novilíngua, "surubanças") de nossas figuras públicas teria sido exposta em toda a sua extensão.

Que as práticas políticas brasileiras nunca foram negócios ao estilo de Madre Teresa de Calcutá, todos já sabíamos. O imaginário popular é suficientemente crítico para com as transações do "pudê". Mas, agora, o Ministério Público quis entrar nos detalhes da lascívia política.

As contradições no campo golpista

Por Julian Rodrigues, no blog Viomundo:

“Nos filmes policiais é fácil você arrumar aventureiro para assaltar um banco, mas a coisa começa a esquentar quando você vai dividir o saque. É exatamente o que está acontecendo efetivamente. Você assalta a soberania popular, e na hora de dividir o saque acontece o conflito” Jessé de Souza, ex-presidente IPEA

No finalzinho do ano passado, escrevi aqui no Viomundo que havia a possibilidade de as classes dominantes se livrarem de Temer em 2017, avançando no processo golpista com eleições indiretas.

O clima mudou no início do ano. A Globo aliviou para o golpista. FHC mandou seus sinais de apoio. O PSDB ganhou mais espaço no governo, Moro impediu que Cunha “constrangesse” o presidente enquanto o Senado aprovou, sem piscar, a indicação do troglodita tucano Alexandre Moraes para o STF.

A sinuca de bico da mídia

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Os jornais estão entrando em uma encrenca cada vez maior.

Diz-se que o jornalismo é o exercício do caráter. Especialmente no jornalismo opinativo e na linha editorial dos jornais, o caráter é ponto central. Constrói-se o caráter de cada publicação analisando seu apego aos fatos, sua generosidade ou dureza de julgamento, sua capacidade de mediação ou parcialidade gritante. E, principalmente, sua credibilidade, o respeito com que trata a informação. Houve um bom período em que mesmo os adversários mais ferrenhos do Estadão respeitavam a seriedade com que tratava os fatos.

Carnaval do Fora Temer e o ajuste do golpe

Por Renato Rovai, em seu blog:

Se há um evento brasileiro que respeito é o Carnaval. Ele tem seus problemas, suas mercantilizações, mas é muito mais interessante do que outras festas que não têm nossa cara e que fazemos questão de tratar como nossas.

Acho muito mais, mas muito mais legal o Carnaval do que o Natal, por exemplo. E por isso escrevo Carnaval assim, em caixa alta. Não tem essa de por ser festa pagã ter que ser escrito em minúscula.

Em algumas rodas ditas intelectuais o Carnaval é tratado como aquele monstro do lago. Um momento onde imbecis saem de fantasia para expor um pouco mais do seu caráter ridículo.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Temer responderá perguntas de Cunha?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Contrariando a decisão do “justiceiro” Sergio Moro – que até parece que virou advogado de defesa do Michel Temer, tamanha a sua amabilidade e servilismo –, o juiz da Lava-Jato na Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira, aceitou o envio de todas as 19 perguntas do correntista suíço Eduardo Cunha ao usurpador do poder. Como manobra para viabilizar sua imediata saída do presídio em Curitiba, o ex-presidente da Câmara Federal listou o compadre da cúpula do PMDB como testemunha e formulou algumas questões cabeludas, que complicam sua vida. Sergio Moro, porém, vetou as perguntas, alegando que elas seriam uma “reprovável tentativa de intimidação” do Judas. A estranha censura, porém, agora foi revogada.

Não é reforma. É o fim da Previdência!

Aloysio Nunes, o "pitbull" no Itamaraty

Por Altamiro Borges

Apesar das sucessivas quedas no "ministério de notáveis" corruptos – sete já foram defecados do covil golpista , Michel Temer insiste em nomear como ministros velhacos suspeitos por atos ilícitos. Nesta quinta-feira (2), o usurpador anunciou que o substituto de José Serra  o "Careca" da lista de propinas da Odebrecht  no Ministério das Relações Exteriores será Aloysio Nunes (PSDB-SP), que também é citado nas delações premiadas de executivos de várias empreiteiras investigadas por corrupção, como a UTC. Parece que o critério adotado pelo Judas  que não se incomoda com a "suruba" em Brasília  é indicar para o seu governo ilegítimo políticos cada vez mais identificados com posições hidrófobas da direita. O tucano Aloysio Nunes se encaixa perfeitamente neste currículo.

O bobo de um bilhão de dólares

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A hipocrisia é a a irmã siamesa do moralismo.

Quando o irmão entra em cena, ela chega com a imensa prole: o santarrão, o “tolinho”, o distraído, o “espero que a Justiça cumpra seu papel” e outros tantos.

A partir disso é que se deve analisar o suposto conteúdo das declarações de Marcelo Odebrecht, evidentemente que vazadas e traduzida na versão dos advogados de Michel Temer presentes ao interrogatório.

As expressões pinçadas da fala de quatro horas, porém, nos dão a pista do papel que, depois de quase dois anos de cadeia, o herdeiro de Emílio Odebrecht se dispôs a fazer.

Prenúncio do ocaso no carnaval do Fora Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Se Temer e os senhores a quem serve entendem um pouco do Brasil, de seu povo e de sua cultura, devem ter captado o sentido e a gravidade dos gritos de “Fora Temer” que ecoaram em vários pontos do País, nos blocos e eventos carnavalescos de rua. Eles invadiram até mesmo as transmissões de emissoras, como a TV Globo, que tentou ignorá-los mas foi convencida, pela repetência dos fatos, a registrá-los. O “fora Temer” no carnaval não contou com organizadores nem apoiadores. Foi espontaneísmo de massas em estado puro e líquido, um grito do “consciente coletivo” contra o governo golpista e o desmanche do país, um prenúncio do ocaso que se avizinha.

Fãs de Bolsonaro invadem sites de esquerda

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Hackers de direita, fãs do deputado Jair Bolsonaro, invadiram, no domingo de carnaval, a página do blog no Facebook, e logo em seguida também a página Jovens de Esquerda. Agora, ameaçam hackear outras páginas que julgam ser de esquerda no Face, como a Quebrando o Tabu.

O mais bizarro é que os fãs de Bolsonaro não postaram nada sobre política ou sobre sua ideologia nas páginas invadidas. A única coisa que postaram foram fotomontagens de seu ídolo nu, exibindo um pênis enorme e ereto, em poses extravagantes ou tendo relações sexuais com o deputado federal do PSOL Jean Wyllys, a quem vivem insultando. Me recuso a reproduzir as baixarias postadas por estes lixos humanos, mas é o cúmulo da contradição ver homofóbicos postando imagens de sexo entre homens. Só corrobora o que eu sempre digo: o problema desta gente não é nem nunca foi política. Freud explica.

Temer presenteia emissoras de rádio e TV

Do site Vermelho:

A Câmara dos Deputados aprovou Medida Provisória (MP) 747, enviada pelo governo de Michel Temer, que é um verdadeiro presente para as emissoras de rádio e TV. Isso porque a MP concede anistia as emissoras que perderam o prazo para renovação da concessão e amplia os prazos de solicitação de renovação das concessões. O texto, no entanto, beneficia apenas as emissoras comerciais, excluindo as emissoras comunitárias e do campo público.

Texto da medida provisória que entrou em vigor em outubro segue para votação no Senado. Para a coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Renata Mielli, a medida é o pagamento da conta pelo apoio das emissoras ao golpe contra a democracia.

Um espião russo na Casa Branca…

Por Serge Halimi, no site da Fundação Maurício Grabois:

Em 9 de fevereiro de 1950, no auge da Guerra Fria, um senador republicano ainda obscuro fulminou: “Tenho em minhas mãos a lista de 250 pessoas que o secretário de Estado sabe serem membros do Partido Comunista e que, no entanto, determinam a política do Departamento de Estado”. Joseph McCarthy acabava de entrar para a história dos Estados Unidos pela porta da infâmia. Sua lista não existia, mas a onda de histeria anticomunista e de expurgos que isso provocou estraçalhou a existência de milhares de norte-americanos.

Janot leva dois anos para chamar Aécio

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Passaram-se mais de dois anos desde a primeira citação ao senador Aécio Neves, presidente do PSDB, nas delações da Lava Jato como beneficiário dos desvios da estatal Furnas Centrais Elétricas. O primeiro a apontar a participação do tucano, ainda em 2014, foi o doleiro Alberto Youssef, um dos principais operadores do esquema de corrupção da Petrobras.

De lá para cá, o senador voltou a ser mencionado nos depoimentos do corrier de propinas Carlos Alexandre de Souza Rocha, do lobista Fernando Moura, do senador cassado Delcídio do Amaral, além de ser lembrado pelo ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, durante uma conversa com o senador Romero Jucá. "Quem não conhece o esquema do Aécio?”

Carta Maior e o enredo do 'Lula lá'

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Quando o espontâneo supera o organizado, coisas extraordinárias podem acontecer na vida de uma nação.

O carnaval de 2017 deveria preocupar o conservadorismo.

Mas também apertar o passo progressista na construção do samba enredo para 2018.

Sim, uma festa popular não tem a articulação, os objetivos, nem a organização de uma agenda política.

Marcelo Odebrecht e o bobo da corte

Foto: Heuler Andrey/AFP
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A audiência de Marcelo Odebrecht no TSE foi a portas fechadas.

O ministro-corregedor Herman Benjamin - que teve “uma atuação considerada firme”, segundo O Globo - teve a companhia de integrantes do Ministério Público Eleitoral.

Além destes, estavam presentes Luciano Feldens, advogado do empresário, Gustavo Guedes, de Michel Temer, José Eduardo Alckmin, advogado do PSDB no processo contra a chapa Dilma-Temer, e Renato Franco, que defende a ex-presidente Dilma Rousseff.

Maior atenção à reforma trabalhista

Por Marcos Verlaine, no site do Diap:

Todas as atenções estão voltadas para a reforma da Previdência (PEC 287/16), como se a reforma trabalhista (PL 6.787/16) não existisse ou fosse menos prejudicial. Ambas as proposições retiram direitos dos trabalhadores. Ambas impõem retrocessos sociais. Por isso, o combate a ambas deve ser na mesma proporção.

Se a reforma da Previdência dificulta ou acaba com o direito à aposentadoria e/ou pensão, porque pode destruir a Previdência Pública; a reforma trabalhista pode destruir os direitos trabalhistas, o Direito do Trabalho e a Justiça do Trabalho. Uma “reforma” completa a outra, numa lógica perversa que precisa ser denunciada. Sem legislação trabalhista, a primeira consequência será a redução drástica de salário. E quanto menor o salário, menores ainda serão os benefícios previdenciários - aposentadorias e pensões.

Portugal: a curiosa exceção na Europa

Antonio Costa e Benoit Hamon
Do site Outras Palavras:

Dois pesos pesados da família europeia de partidos “socialistas” prestaram, nos últimos dias, homenagens ao PS português a ao primeiro ministro do país, Antonio Costa. Primeiro, foi a vez do francês Benoit Hamon, que disputará em abril a presidência de seu país. “Fazer minha primeira viagem política a Lisboa foi uma decisão política”, disse ele: “é um país governado pela esquerda, apoiado por uma frente de esquerda, e que abandonou as políticas de ‘austeridade'”. 

Dias depois, Hamon foi seguido pelo alemão Martin Schulz, que liderará o Partido Social Democrata (SPD) nas eleições parlamentares para formar novo governo, em setembro. Costa é “um excelente amigo”, afirmou, sugerindo que considera a experiência portuguesa uma eventual alternativa à “grande coalizão” que o SPD forma hoje com os conservadores de Angela Merkel. É instrutivo examinar as causas do charme português.

A união contra a reforma da Previdência

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Reunião realizada na sexta-feira (24) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul consolidou a formação da Frente Gaúcha em Defesa da Previdência Pública. A frente é formada por representantes do Congresso Nacional, legislativo estadual, prefeitos, centrais sindicais, entidades ligadas ao setor agrícola, pastorais e igrejas.

"A reforma do governo Temer inviabiliza os municípios. Essa crueldade nas maldades do governo Temer não tem limite", diz o deputado federal Elvino Bohn Gass (PT-RS). Mas, segundo o parlamentar, o problema, para o governo federal, é que a PEC 287 é tão perniciosa que a tendência é haver uma união "poucas vezes vista" contra uma medida governamental, unindo desde partidos progressistas e movimentos sociais até representantes de setores conservadores e mesmo aliados do governo. "Começa a se formar uma união como faz muito tempo que eu não via."

Sobre as mentiras de Marcelo Odebrecht

Do site de Dilma Rousseff:

Sobre as declarações do empresário Marcelo Odebrecht em depoimento à Justiça Eleitoral, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff afirma:

1. É mentirosa a informação de que Dilma Rousseff teria pedido recursos ao senhor Marcelo Odebrecht ou a quaisquer empresários, ou mesmo autorizado pagamentos a prestadores de serviços fora do país, ou por meio de caixa dois, durante as campanhas presidenciais de 2010 e 2014.

2. Também não é verdade que Dilma Rousseff tenha indicado o ex-ministro Guido Mantega como seu representante junto a qualquer empresa tendo como objetivo a arrecadação financeira para as campanhas presidenciais. Nas duas eleições, foram designados tesoureiros, de acordo com a legislação. O próprio ex-ministro Guido Mantega desmentiu tal informação.

Três mentiras da reforma trabalhista

Por Robinson Almeida

Para retirar direitos dos trabalhadores e precarizar as relações de trabalho, o governo Temer está propondo uma reforma na legislação trabalhista. A justificativa do projeto de lei 6.787/2016 se sustenta em três mentiras.

A primeira é que a reforma vai promover geração de empregos. Não há um caso no mundo que sustente esse sofisma. Em todo país onde ocorreram mudanças semelhantes, não se verificou aumento dos postos de trabalho. No México e na Espanha, por exemplo, o que se viu foi apenas perda da qualidade dos empregos e do valor dos salários, sem diminuição do desemprego.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Volta da CPMF! PSDB traiu os “coxinhas”?

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), apoiado pelo covil golpista para ser o relator da reforma tributária, causou surpresa entre seus pares. De inimigo raivoso da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras, ele passou a defender, na maior caradura, a volta do imposto. “A CPMF vai substituir o IOF. A contribuição será mínima, como antigamente. E tudo é para o bem e para fazermos com transparência”, afirmou logo após sair de uma reunião com o Judas Michel Temer. Os ‘coxinhas’ que foram às ruas com seus “patinhos amarelos” da Fiesp para exigir o “Fora Dilma” devem ter ficado abestalhados. Afinal, os tucanos não eram contra a CPMF? O Paulo Skaf foi traído ou usou os “midiotas” como patos?

Alckmin e o chefete do ‘Endireita Brasil’

Por Altamiro Borges

O governador Geraldo Alckmin deve recompensar bem os donos da mídia. Nenhuma denúncia contra sua gestão dura muito tempo nos jornalões, revistonas e emissoras de rádio e tevê. Elas até aparecem, em pequenas notinhas e sem destaque, mas logo somem. No início de fevereiro, a imprensa paulista noticiou que o secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo, o fascistoide Ricardo Salles, está sendo investigado pelo Ministério Público Federal por suspeita de improbidade administrativa. Ele e mais duas funcionárias da sua equipe teriam escondido alterações em mapas do zoneamento ambiental do rio Tietê.

A mídia protagonizou o golpe contra Dilma

Sandro Mabel, o sinistro assessor de Temer

Por Renato Rovai, em seu blog:

O escarafunchar dos documentos do Tabapuã Papers parece ser infindável. A cada nome, endereço, empresa ou grupo que se vai acessando surge um novo fio da meada que leva a investigação jornalística para outro caminho.

A Stargate do Brasil, empresa de Yunes com Arlito Caires Santos, fundada a partir de uma offshore, tem como endereço a Avenida Takaoka, 4384, sala 605.

Na checagem do endereços de outras empresas neste mesmo local e do seu quadro societário eis que surge a Oxitec, cujo objeto social é muito próximo das empresas de Yunes e Arlito Caires abordadas nessa matéria.

TV Globo não resiste ao Fora Temer

Por Esmael Morais, em seu blog:

A Rede Globo de Televisão “afrouxou o sutiã” no último dia de Carnaval ao mostrar foliões em todo o país gritarem Fora Temer.

Telespectadores foram surpreendidos na noite desta terça (28) com imagens de protesto contra o ilegítimo Michel Temer (PMDB) na festa popular em várias praças da emissora.

Rio, São Paulo, Brasília, BH, Salvador, Ouro Preto, etc., surgiram na tela da emissora com o povo gritando Fora Temer.

A Lava-Jato e seus inimigos íntimos

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:                                          

A grande frente que se formou para perpetrar o golpe do impeachment está se desfazendo aos poucos. O ponto de convergência desta frente foi a Operação Lava Jato. Ela era o estandarte, a bandeira tremulante, na qual estava estampada a cruz para liderar o expurgo dos corruptos que haviam se apossado do país. Sérgio Moro parecia ser uma espécie de São Bernardo de Clairvaux, cujos pareceres nos processos e nos mandatos eram verdadeiras chamadas à mobilização de cruzados. Ou, quem sabe, era o bispo Fulk um dos chefes da Cruzada Cátara para combater com violência os hereges porque, entre outras coisas, estes queriam uma maior igualdade.

Varejo de Temer é clima de fim de feira

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Certamente não é por gosto que Michel Temer assumirá, pessoalmente, o troca-troca com a Câmara dos Deputados para a aprovação – “no que der” – da reforma da Previdência. Porque passar, tal como está, nem mesmo nos seus delírios noturnos ele sabe ser impossível.

É absoluta e desastrosa necessidade.

A confirmação de que a licença médica de Eliseu Padilha se estenderá por até três semanas, dada por Sonia Racy, no Estadão– talvez a agonia política do quase ex-Ministro da Casa Civil não dure tanto – ratifica o que todos vêm percebendo: caíram ou foram para o canto do tabuleiro todas as peças em torno do Rei e ele passa a ter se defender com movimentos próprios, que são extremamente limitados quando se é Presidente da República.

Negros e mídia: invisibilidades

Por Ana Claudia Mielke, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Há cerca de um ano a imagem do pequeno Matias Melquíades, fotografado pelos pais feliz da vida ao lado de um boneco do Finn, personagem de Star Wars, ganhava as redes sociais. A foto não apenas viralizou nas redes brasileiras, como chegou a John Boyega, ator norte-americano que interpretou o herói no filme O despertar da Força.

Essa historinha consolida o que os negros já vêm há muito tempo dizendo: representatividade importa, sim! Não apenas na televisão e no cinema, como também na publicidade, na literatura e na própria produção dos brinquedos. Afinal, Matias, de apenas 4 anos, quis comprar o boneco porque “se parecia com ele”.

Os crimes de lesa-pátria do covil golpista

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no jornal Brasil de Fato:

O governo divulgou no último dia 22 os novos índices de exigência de conteúdo local no setor de petróleo e gás. A destruição da política de conteúdo local, um dos pilares da lei de Partilha, é parte constitutiva do golpe, como até as pedras já sabiam.

Haverá, conforme matérias publicadas na imprensa, uma redução média de 50% nos percentuais de equipamentos e serviços produzidos no país exigidos em licitações de exploração de petróleo e gás. Nas plataformas marítimas, cujo conteúdo local atual é de 65%, a exigência será de apenas 25%. Estas novas regras valerão já para a 14ª rodada de licitações, que deve ocorrer em setembro, e para a terceira rodada de leilões de blocos no pré-sal, prevista para novembro.

A Globo, o Fora Temer e a democracia

Por Robson Sávio Reis Souza, no site Vermelho:

Todos sabemos do papel decisivo das organizações Globo no processo de ruptura democrática que resultou na assunção da maior quadrilha de saqueadores do erário, desde Cabral, o original.

Como escreveu o professor Wanderley Guilherme dos Santos, "o que fazer com o sistema Globo de comunicação é um dos mais difíceis problemas a solucionar pela futura democracia brasileira. A capacidade de fabricar super-heróis fajutos, triturar reputações e transmitir versões selecionadas e transfiguradas do que acontece no mundo, lhe dá um poder intimidante a que se foram submetendo o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. A referência aos três poderes constitucionais da República resume a extensão do controle que o Sistema Globo detém e exerce implacavelmente, hoje, sobre toda e qualquer organização ou cidadão brasileiro. "

Temer já merece a alcunha de ditador?

Por Pedro dos Anjos, no blog Viomundo:

O que estamos esperando para chamar de ditadura o governo golpista e de ditador o golpista Temer?

Há razões técnicas, científicas ou conceituais para não fazê-lo?

Vejamos.

- Como deve ser qualificado um governo que resulta, não de eleição direta, nem de revolução, mas de um golpe?

- Como caracterizar um mandatário que adota medidas estruturais anti-povo, sem consulta popular?

O governo Temer não tem onde ir

Por Luciano Martins Costa, na revista Brasileiros:

Os integrantes e associados do governo enterino do sr. Michel Temer já receberam cópias do conteúdo das delações da Odebrecht.

A conclusão é dos advogados que editam o site e boletim Migalhas, especializado em questões jurídicas.

Para quem estranhava a súbita renúncia do ex-ministro das Relações Exteriores José Serra, eis aí uma boa pista.

Sob o título “Ai que dó”, a nota observa que o advogado José Yunes acaba fazendo a revelação ao se complicar nas explicações sobre como recebeu um pacote de dinheiro do doleiro Lúcio Funaro: ele confessou ter atuado como “mula” do agora ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil.

A autonomia militar e a soberania nacional

Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

Em artigo a Carta Capital ("O Brasil precisa de um setor siderúrgico eficiente e competitivo", publicado na edição 940 de CartaCapital com o título "As três autonomias"), a propósito de oportuna defesa da siderurgia brasileira, ponto de partida, como ensinou Getúlio Vargas, de qualquer projeto de construção nacional, o ex-ministro Antonio Delfim Neto, destaque do pensamento conservador, delineia as três autonomias sem as quais, diz ele, “nenhuma nação será independente”.

Eu quase diria que é um bom ponto de partida para um Programa Nacional, um Projeto de País, de que tanto carecemos. E assim vou comenta-las. Essas condicionantes, inafastáveis, são: 1) a autonomia alimentar, 2) a autonomia energética e 3) a autonomia militar.

'Estadão' faz curandeirismo jurídico

Do blog Conversa Afiada:

O Conversa Afiada reproduz nota dos advogados do Presidente Lula:

A pretexto de analisar a visão política de um dos membros do Partido dos Trabalhadores (PT) em entrevista concedida ao Valor, o jornal O Estado de S.Paulo volta a praticar curandeirismo jurídico em seu editorial de hoje (28/02) para sustentar que “se os processos contra Lula forem analisados somente no âmbito jurídico, a derrota do petista é certa”. O próprio jornal, no entanto, não apresentou qualquer argumento jurídico para sustentar sua posição e a tese que pretende reforçar junto aos leitores. A realidade é bem diversa daquela exposta pelo jornal.