domingo, 6 de outubro de 2019

A instabilidade na América do Sul

Por Marcelo Zero

Não é apenas no Brasil que a combinação de políticas neoliberais de austeridade com a lawfare contra forças progressistas vem provocando substanciais danos econômicos, sociais e políticos.

No Equador, país que tem boas reservas de petróleo, o presidente Lenín Moreno, que se beneficiou politicamente da absurda perseguição jurídica e política a Rafael Correa, grande liderança progressista, agora resolveu perseguir o povo equatoriano.

Decretou estado de emergência e proibiu reuniões e manifestações em todo o país, bem como o livre trânsito de pessoas, como resposta às revoltas populares que se seguiram ao anúncio das novas medidas econômicas receitadas pelo FMI, entre as quais se destaca a eliminação dos subsídios à gasolina e ao diesel, que tiveram aumentos de 123%.

O castelo da Lava-Jato era de areia

Por Fernando Brito, em seu blog:

Quem “pegou” primeiro o significado da imagem da capa da Veja com Sergio Moro foi o jornalista Luís Costa Pinto.

O ex-juiz, apequenado, está desconfortável na cadeira – ela, visivelmente, não é para alguém com a estatura dele: observem que os pés por um milímetro não ficam balançando no ar. Para sentar ali, diz o mobiliário histórico [do Ministério da Justiça], tem de ser maior em tudo do que essa ameba disforme e sem núcleo pensante.

Bolsonaro tende a ficar mais isolado

Por Emilly Dulce, no jornal Brasil de Fato:

A rápida perda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PSL) – apontada por seguidas pesquisas de opinião pública desde o início do governo – deve se acentuar com o tempo e deixá-lo cada dia mais isolado, uma vez que o ex-capitão não conseguiu até agora apresentar um projeto para o país nem dispõe de base social capaz de sustentar por muito tempo seu discurso belicista e antipopular.

A avaliação é de João Pedro Stedile, membro da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Via Campesina Internacional.

Equador reage ao 'Capitalismo de Desastre'

Foto: Reuters
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

O Equador está em chamas e agora qualquer prognóstico sobre o futuro imediato do país é incerto. Na quarta-feira (2/10), o governo anunciou abruptamente um conjunto de medidas impopulares, adotadas em sintonia com o FMI, e cujo item mais visível (mas não o mais importante) é o aumento de 123% nos preços dos combustíveis. A população, enfurecida, foi às ruas. Os transportes públicos pararam, por revolta tanto dos trabalhadores quanto dos empresários. A atividade nas escolas foi suspensa.

A nova mentira do senhor Palocci

Do site de Dilma Rousseff:

A propósito do novo vazamento da delação do senhor Antonio Palocci, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff esclarece:

1) Não há provas que atestem a veracidade das informações prestadas pelo senhor Antonio Palocci à Polícia Federal. Ele mentiu e a imprensa continua a veicular suas acusações de maneira leviana.

2) A delação do senhor Antonio Palocci não apresenta provas ou sequer indícios de que a presidenta Dilma Rousseff teve conhecimento ou participação direta em supostas ilegalidades. Não há provas que atestem que ela sabia ou tivesse autorizado o BTG Pactual a ter acesso a quaisquer informações sigilosas no âmbito do governo federal, inclusive relativas às informações do Conselho de Política Monetária (Copom).

Brumadinho e os impactos na saúde

Do site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz:

Oito meses após o desastre de Brumadinho (MG), em janeiro de 2019, os prognósticos mais uma vez se confirmam: os impactos gerados pela tragédia não se restringem a danos ambientais imediatos ou às mortes que, nesse caso, tornaram o país campeão em número de vítimas fatais em um desastre. Já se registra uma sobrecarga do sistema de saúde local, como foi constatado no balanço realizado por pesquisadores, profissionais de saúde e representantes de movimentos sociais, reunidos em seminário organizado pela Fiocruz, na cidade, em agosto. Os pesquisadores Carlos Machado e Mariano Andrade, do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde da Fiocruz (Cepedes/Fiocruz), que lá estiveram, analisam o cenário, no vídeo abaixo.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

PMs fizeram bico ilegal para Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (30), os repórteres Felipe Bächtold e Italo Nogueira denunciaram na Folha que o PSL – já rotulado de Partido Só de Laranjas - contratou soldados da Polícia Militar para fazer bicos ilegais em eventos da campanha do “capetão” Jair Bolsonaro no ano passado. “Ao menos 64 policiais foram pagos para atuar em horário de folga”. Essa prática é proibida pela legislação, mas até agora nenhuma autoridade da seletiva, morosa e parcial Justiça se manifestou sobre a revelação.

PSL de Bolsonaro excluirá Joice Hasselmann?

Por Altamiro Borges

Onde há fumaça há fogo. Nesta segunda-feira (30), o jornalista Guilherme Amado destilou veneno na revista Época ao informar que “a orelha de Joice Hasselmann deve arder cada vez que a família Bolsonaro se reúne. Os filhos e o pai têm dito suspeitar de que Joice pulará fora do barco bolsonarista em questão de meses”. No mesmo dia, o jornal Valor confirmou que a crise no PSL – já batizado de Partido Só de Laranjas – é violenta. A sigla já perdeu o deputado-pornô Alexandre Frota e agora trama a exclusão da estridente parlamentar.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Mídia lavajatista pira com recusa de Lula

Reduto bolsonarista no Sul começa a refluir

Supremo Tribunal Federal custa a acordar

O STF na produção da crise política

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

A atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e o impacto de suas decisões (ou ausência delas) no processo político brasileiro, durante os últimos seis anos (2012 - 2018), são analisados por Andrei Koerner, professor de Ciência Política da Unicamp, nos últimos dois Cadernos Cedec, publicação do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea.

Pesquisador na área de direito e política, com livros e artigos sobre o sistema Judiciário brasileiro e norte-americano, Koerner reúne desde artigos publicados em veículos de mídia, portanto, focados na conjuntura e destinados ao público mais amplo, quanto artigos acadêmicos e de maior fôlego sobre o tribunal.

Estado de Direito e a 'farmacinha' do Janot

Por Jeferson Miola, em seu blog:

No livro que em que comete haraquiri político e moral e se expõe ao risco de perda da privilegiada aposentadoria, Rodrigo Janot faz muita menção a bebidas alcoólicas, porém não faz absolutamente nenhuma menção ao Estado de Direito ou ao devido processo legal.

Nas quase 250 páginas de texto, o substantivo “democracia” fica quase desapercebido. Aparece apenas 2 vezes, o equivalente a 1 menção a cada 120 páginas do livro.

Numa delas, Janot a emprega numa frase para dissertar que “Ditaduras também tendem a ser mais corruptas do que as democracias” [pág. 166] e noutra passagem, num registro hilariante, Janot filosofa que “Vivemos numa democracia …” [sic] [pág.38].

Preso ou em liberdade, Lula segue liderando

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Lula não é para amadores, que o digam seus carcereiros lavajatistas de Curitiba.

Toda a discussão desencadeada esta semana sobre a libertação ou não de Lula serve para provar um fato incontestável, goste-se dele ou não: em qualquer condição, a vida política do país continua girando em torno do ex-presidente.

Está fazendo agora 30 anos, desde a sua primeira campanha presidencial, em que não passa um dia sequer sem que a imprensa fale dele e especule sobre o que Lula fez ou deixou de fazer, e o que está pensando sobre os próximos passos, o mundo e a vida.

Quem tiver dúvidas, vá ao doutor Google.

Os uberizados brasileiros voltam à luta

Por Felipe Moda, no site Outras Palavras:

Na última terça feira (24/9), mais de 500 motoristas por aplicativos encheram o Auditório Franco Montoro, da Assembleia Legislativa de São Paulo, para a audiência pública #MotoristasPelaVida, que tinha como foco principal debater a segurança dos/as trabalhadores/as. De forma a dar continuidade às análises iniciadas na manifestação global da categoria, realizada em maio deste ano, acompanhamos toda a construção da audiência, realizando mais uma incursão etnográfica com intuito de mapear as formas de articulação destes trabalhadores em sua luta contra as chamadas empresas-aplicativos.

Lula livre e punição a membros da Lava-Jato

Da esq. para a dir.: Mello Filho, Inês Nassif, Ramos Filho
e Juca Kfouri no Barão de Itararé
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

“Continuaremos trabalhando por um entendimento da nossa época. E continuaremos trabalhando pelo único caminho para a democracia, que tem uma variante: é Lula livre, com reconhecimento de inocência, e Moro e companhia na cadeia, porque não existe crime maior do que o que eles cometeram nesses anos todos.” Com essa avaliação, a jornalista Maria Inês Nassif resumiu o que pensa para o Brasil para superar o pior momento de sua história desde a ditadura.

Governo transforma indústria em sucata

Editorial do site Vermelho:

O descaso com a industrialização do país é uma das mais irresponsáveis atitudes do governo Bolsonaro. Informações da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam crescimento do pessimismo do empresariado sobre o assunto. O Índice de Confiança da Indústria (ICI), divulgado mensalmente, revela que a esperança de um esforço do governo para o desenvolvimento de uma política industrial está em decréscimo.

A sinuca de bico da prisão de Lula

Lava-Jato agora quer soltar Lula. Será?

A mídia e as relações obscenas da Lava-Jato