sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

O crescimento assustador da desigualdade

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Neste mês de janeiro, a Oxfam divulgou mais um documento informativo extremamente importante. Um documento intitulado "Tempo de Cuidar". No documento, a OXFAM retrata a crescente desigualdade no mundo e mostra o quanto ela atinge significativamente as mulheres.

O primeiro passo é quando se analisa que essas medidas de políticas econômicas neoliberais, que vêm sendo aplicadas em diversos países do mundo, inclusive no Brasil, têm contribuído significativamente para o aumento dessa desigualdade.

A gente pode citar três questões fundamentais.

Os indígenas no alvo da ultradireita global

Por Jess Franklin, no site Outras Palavras:

Um homem, que em repetidas ocasiões romantizou a ditadura e pregou o uso da tortura, parece não ser a melhor escolha como convidado de honra para a celebração anual da Constituição na maior democracia do mundo. Porém, faz sentido que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, tenha sido convidado pelo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, à marcha do Dia da República da Índia.

O nacionalismo autoritário vem crescendo mundialmente - e líderes antidemocráticos estão agora no comando das maiores democracias do mundo, que incluem a Índia, o Brasil e, é claro, também os Estados Unidos. A má notícia afeta a todos, mas as minorias estão particularmente em risco, já que esses demagogos alegam que “seus” direitos devem ser sacrificados para o bem nacional. Bolsonaro e Modi já avançaram várias casas desse caminho perigoso.

O ministro Weintraub e o pior Enem

Editorial do site Vermelho:

O Enem é uma das conquistas mais importantes da vida do estudante brasileiro. Ao longo do tempo foi se firmando como instrumento para ampliar e democratizar dos estudantes brasileiros ao ensino superior.

A última versão do exame, em 2019, envolveu nada menos que 5.095.308 candidatos a uma vaga nas universidades. É duas vezes mais gente que os habitantes de uma cidade como Belo Horizonte, que tem 2,5 milhões de moradores.

Petroleiros de todo o Brasil iniciam greve

Do site da Federação Única dos Petroleiros (FUP):

Petroleiros dos 13 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) iniciam, à zero hora deste sábado (1/2), uma greve nacional por tempo indeterminado. A categoria reivindica a revisão do fechamento da Ansa/Fafen-PR e o cumprimento de cláusulas de Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) da Petrobrás e suas subsidiárias, como a Ansa.

A paralisação da Fafen-PR, anunciada pela Petrobrás em 14 de janeiro, surpreendeu a categoria. O fechamento da unidade vai provocar a demissão de 1.000 pessoas, e por isso deveria ter sido previamente negociado com os sindicatos que representam os trabalhadores da unidade, como determinado pela cláusula 26 do ACT da Ansa – o que não ocorreu.

Seja bem-vinda ao lodaçal, prezada Regina

Por Eric Nepomuceno

Não houve nenhuma surpresa: depois da encenação toda (afinal, seu ofício é e sempre foi representar), Regina Duarte fez o que todo mundo sabia que faria e virou secretária especial de Cultura.

Vai assumir formalmente o cargo assim que chegar a um acordo com a Globo, rompendo um contrato de décadas e que assegurava a ela um gordo punhado de reais quando estava sem trabalhar, e obeso quando participava de alguma novela.

Alguns conhecidos meus observam que ela é infinitas vezes melhor que seu antecessor, o tal Roberto que quis ser Alvim.

Ora, qualquer bípede implume seria melhor.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Petardos: Corruptos e aloprados no laranjal

Por Altamiro Borges

Do Folha: "Relatório da Comissão de Ética da Presidência da República mostra que denúncias de infrações éticas e conflitos de interesse contra integrantes do Executivo dispararam sob Bolsonaro". E ainda teve midiota que acreditou na bravata do "capetão" sobre combate à corrupção

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Segundo o relatório, foram 1.340 casos de infrações éticas e conflitos de interesse em 2019  contra 803 em 2018. Apesar disso, a Comissão de Ética da Presidência aplicou apenas duas sanções  contra a ex-presidenta do Iphan e agora contra o sinistro Abraham Weintraub (Educação)

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Como lembra a Folha, o laranjal fascista "chegou a discutir a desidratação da comissão de ética, mas recuou. Apesar disso, o relatório do órgão mostra que a capacitação de agentes públicos em gestão da ética desabou sob Bolsonaro: 1.339 contra 3.438 no ano anterior"

A angústia do estudante e do aposentado

A educação à beira do abismo

Por Iago Montalvão, na revista CartaCapital:

Já não é mais segredo para ninguém que o Ministério da Educação é hoje a pasta mais desastrosa no governo Bolsonaro. Isso porque há uma disputa acirradíssima entre ministros em uma competição em que vence aquele que é mais irresponsável, atrapalhado, arrogante e incompetente. Nesses quesitos, Weintraub tem dado show.

Muitos são os setores que apontam a completa impossibilidade de que esse ministro continue no cargo. Há quase uma unanimidade nessa questão e essa é sim a frente mais ampla que já se formou, a que exige a demissão de Weintraub.

Sem reforma agrária não há democracia

Por Gabriella Gualberto, no site da Fundação Perseu Abramo:

Há 35 anos, em 29 de janeiro de 1985, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou seu primeiro Congresso Nacional, em Curitiba (PR), e assumiu uma posição de destaque na luta pela reforma agrária no Brasil. O evento foi um desdobramento do 1º Encontro Nacional, ocorrido no ano anterior, em Cascavel (PR), quando a organização foi oficialmente criada.

Gestão Weintraub: erros e retrocessos

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília detectou mais um problema no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo despacho do procurador Felipe Fritz Braga divulgado hoje (29), um “expressivo número de cursos em todo o país” teve vagas reservadas à população com deficiência em número inferior ao determinado pelas normas, de acordo com a Lei nº 12.711/2012 (a Lei de Cotas). “Ou mesmo não tiveram nenhuma vaga reservada para esses candidatos.” O procurador pede esclarecimentos ao Ministério da Educação (MEC).

Santini e a proteção dos filhos de Bolsonaro

Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:

Precisamos saber o que José Vicente Santini sabe das entranhas do governo e como conseguiu a proteção dos filhos de Bolsonaro. Santini foi demitido hoje pela segunda vez.

O auxiliar de Onyx Lorenzoni foi exonerado na terça por Bolsonaro pela TV, ao vivo, pelas viagens a Davos e à Índia em jato da FAB com duas secretárias, e readmitido no dia seguinte.

O que ele havia feito como viajante era, segundo Bolsonaro, “totalmente imoral”.

Mas Santini, chamado em Brasília de bom cabelo, deixou de ser secretário-executivo de Onyx para ser secretário especial de relacionamento externo do mesmo Onyx.

Era interno e virou externo, sem sair da Casa Civil. Contam que os filhos de Bolsonaro impuseram a volta de Santini. Os garotos são poderosos.

Weintraub, um caso de impeachment

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Em qualquer governo com um mínimo de respeito aos governados, Abraham Weintraub já teria sido demitido. Um deputado, Alexandre Frota (PSDB) pediu seu afastamento ao Ministério Público. UNE e UBES anunciam ação judicial, agora pelo vazamento da classificação no SISU, apesar da proibição da Justiça. Mas a solução para o caso de Weintraub está ao alcance do Congresso. É seu impeachment.

Ministros de Estado também são sujeitos a impedimento por afrontas à Constituição, como fez ele ao violar a regra da impessoalidade, atendendo a pedido individual de apoiador por rede social. E agora, ao desobedecer à Justiça, deixando vazar um resultado embargado por conta da lambança no Enem.

"Austeridade fiscal" para quem?

Por Paulo Kliass, no site da Fundação Maurício Grabois:

A retomada dos trabalhos do Congresso Nacional na semana que vem deve recolocar na ordem do dia um conjunto amplo de escândalos e políticas criminosas levadas à cabo pelo governo do capitão. A lista de malfeitos é enorme, incluindo desde as imbecilidades patrocinadas pelo núcleo mais doutrinário da equipe de Bolsonaro até as propostas mais extremadas do entreguismo explícito, que parece tão caro a Paulo Guedes.

Bozo, Marreco e Porcina apostam no deboche

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Não sei como ainda tem gente levando esse governo a sério.

Depois de uma semana fora do ar, catando conchinhas na praia da imaginação, volto e reencontro os mesmos personagens ocupando o picadeiro, tirando um sarro da nossa cara.

Se não fossem tão trágicos, seriam apenas uns gaiatos que se divertem ao distrair a platéia bestificada com novelinhas sem graça no “Gran Circo Brasil”.

Ressuscitaram até a “Viúva Porcina”, a que foi sem nunca ter sido, convocada para o lugar daquele nazista de hospício, enquanto Bozo e Marreco fingem uma luta de marmelada.

Eles agora resolveram partir para o deboche com os jornalistas, já que não encontram nenhuma reação pela frente.

Eis o bolsonarismo. Até quando?

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Está em curso no Brasil um projeto totalitário, já sem disfarces, com perigosa contaminação religiosa primitiva, fatal para a democracia. Neste cenário, mais grave que a encenação goebbeliana do secretário defenestrado por acidente de trabalho são os elogios do capitão seu chefe às ideias do auxiliar, pois eles resumem o cerne ideológico do bolsonarismo. Em live gravada pouco antes da presepada, o presidente, declara:

“ Ao meu lado, o Roberto Alvim, o nosso secretário de cultura. Depois de décadas, agora temos sim um secretário de verdade. Que atende o interesse da maioria da população brasileira. População conservadora e cristã. Muito obrigado por ter aceito essa missão. Você sabia que não ia ser fácil, né?”

A falácia do discurso de Guedes em Davos

Por Bia Barbosa, no site Carta Maior:

Na última sexta-feira (22), o Ministério da Economia divulgou os números de 2019 do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. O governo e a imprensa tradicional comemoraram o resultado de criação de 644 mil novas vagas no mercado de trabalho, o melhor desempenho em seis anos. O que pouca gente destacou foi que não houve saldo positivo de crescimento em postos de trabalho com rendimento acima de 2 salários mínimos. Ou seja, seguimos fechando mais empregos de maior renda e qualidade e gerando, lentamente, empregos de baixa remuneração. Deste total, cerca de 106 mil postos foram nas chamadas modalidades de contrato intermitente, estabelecida pela Reforma Trabalhista de Michel Temer, ou parcial/por período determinado, no setor de serviços e comércio.

Por que humanos escravizam outros humanos?

Por Leonardo Boff, em seu blog:

A existência e a persistência da escravidão ou de condições análogas à escravidão constitui um desafio humanístico, filosófico, ético e teológico até os dias de hoje. Por que humanos escravizam outros humanos, seus co-iguais?

A mais antiga codificação de leis, o Código de Hamurábi, escrito por volta de 1772 aC no Irã já se efere à classe dos escravos. E assim ao longo de toda a história até os dias atuais. A Walk free Foundation que se ocupa com a escravidão, no nível mundial, calcula que haja hoje cerca de 40,3 milhões de pessoas em regime de escravidão por tráfico de pessoas, por dívida, por trabalhos ou casamentos forçados etc. A Índia lidera o ranking com 7,99 milhões de escravizados. Os dados do Brasil de 2018 apontavam 369 mil em condições análogas à escravidão ou escravizados.

Trump inspira ataque a jornalistas no mundo

Do blog Viomundo:

O veterano James Risen, um ex-repórter do New York Times, publicou artigo de opinião no influente diário norte-americano afirmando que ataques à imprensa estão se espalhando pelo mundo inspirados no desdém manifestado por Donald Trump em relação aos jornalistas.

Risen traça um paralelo entre o caso de Julian Assange, o fundador do Wikileaks duplamente acusado nos Estados Unidos, e o de Glenn Greenwald, denunciado no Brasil pelo MPF apesar de nem ter sido investigado no caso da VazaJato.

Greenwald, através do site Intercept Brasil e em parceira com diversos órgãos da mídia tradicional, divulgou troca de mensagens entre autoridades do Judiciário - dentre elas o então juiz federal Sergio Moro e o procurador chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol - demonstrando que eles tinham uma agenda política e atropelavam a lei.

A crise da água no Rio de Janeiro

Coronavírus: perigo iminente?