Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:
Neste mês de janeiro, a Oxfam divulgou mais um documento informativo extremamente importante. Um documento intitulado "Tempo de Cuidar". No documento, a OXFAM retrata a crescente desigualdade no mundo e mostra o quanto ela atinge significativamente as mulheres.
O primeiro passo é quando se analisa que essas medidas de políticas econômicas neoliberais, que vêm sendo aplicadas em diversos países do mundo, inclusive no Brasil, têm contribuído significativamente para o aumento dessa desigualdade.
A gente pode citar três questões fundamentais.
A primeira é o aumento da tributação para as pessoas mais pobres, enquanto os ricos são cada vez mais isentos do pagamento de tributos. Para vocês terem uma ideia, o Brasil é o único país, ao lado da Estônia, que não cobra tributo sobre a distribuição de lucros e dividendos.
Segundo, o corte dos gastos sociais têm diminuído o oferecimento de programas sociais. Programas fundamentais para a qualidade de vida das pessoas, principalmente dos mais pobres e mais humildes, como o acesso à educação e à saúde.
Um terceiro aspecto são as privatizações que têm alcançado inclusive setores fundamentais como de energia, saneamento básico, distribuição e acesso à água potável. Isso sem falar da retirada dos direitos dos trabalhadores e da precarização no mundo do trabalho – como um quarto quesito –, que também tem contribuído para esse aumento de desigualdade.
Em relação aos números e aos percentuais, não é muito diferente daquilo que a gente já sabia, entretanto são números cada vez mais crescentes e que retratam a desigualdade cada vez maior.
Por exemplo, 1% dos mais ricos do mundo detém hoje o dobro da riqueza de quase 7 bilhões de pessoas. Ou seja, 7 bilhões de pessoas tem menos da metade da riqueza de apenas 1% da população mundial.
Em 2019, em torno de 2.150 famílias de bilionários concentravam mais riqueza do que quase cinco bilhões de pessoas. São dados alarmantes. Entre 2011 e 2017, enquanto os salários dos trabalhadores aumentaram 3%, os dividendos dos acionistas mais ricos cresceram 31%, isso só nos países mais ricos do G7. Ou seja, é obvio que esses números apontam para um agravamento ainda maior da desigualdade no mundo.
E o estudo mostra também o quanto as mulheres sofrem mais com essa política neoliberal, com o aumento da desigualdade. Aqui no Brasil, por exemplo, a partir de 2017, quando da aprovação da Emenda Constitucional do Teto dos Gastos Públicos, os programas de defesa dos direitos das mulheres, de amparo às mulheres e de combate à desigualdade, foram reduzidos em 66%.
Precisamos destacar a estimativa feita pela Oxfam em relação ao valor do trabalho invisível: o trabalho das mulheres e das meninas, que é o trabalho doméstico, de cuidadora da casa, da família, das crianças, dos idosos. Segundo o estudo, cerca de R$ 10,8 trilhões é o valor anual desse trabalho invisível desempenhado por mulheres principalmente e por crianças.
É importante que todos nós dominemos esses dados porque a partir dessa realidade é que a gente percebe a origem da exploração imposta hoje na sociedade. A partir disso, do domínio destes fatos e dessas questões é que a gente tem como elaborar uma plataforma de reivindicação e organizar a população para que ela se rebele contra essa política capitalista que cada vez mais empobrece as pessoas enquanto enriquece um número cada vez menor de pessoas.
O primeiro passo é quando se analisa que essas medidas de políticas econômicas neoliberais, que vêm sendo aplicadas em diversos países do mundo, inclusive no Brasil, têm contribuído significativamente para o aumento dessa desigualdade.
A gente pode citar três questões fundamentais.
A primeira é o aumento da tributação para as pessoas mais pobres, enquanto os ricos são cada vez mais isentos do pagamento de tributos. Para vocês terem uma ideia, o Brasil é o único país, ao lado da Estônia, que não cobra tributo sobre a distribuição de lucros e dividendos.
Segundo, o corte dos gastos sociais têm diminuído o oferecimento de programas sociais. Programas fundamentais para a qualidade de vida das pessoas, principalmente dos mais pobres e mais humildes, como o acesso à educação e à saúde.
Um terceiro aspecto são as privatizações que têm alcançado inclusive setores fundamentais como de energia, saneamento básico, distribuição e acesso à água potável. Isso sem falar da retirada dos direitos dos trabalhadores e da precarização no mundo do trabalho – como um quarto quesito –, que também tem contribuído para esse aumento de desigualdade.
Em relação aos números e aos percentuais, não é muito diferente daquilo que a gente já sabia, entretanto são números cada vez mais crescentes e que retratam a desigualdade cada vez maior.
Por exemplo, 1% dos mais ricos do mundo detém hoje o dobro da riqueza de quase 7 bilhões de pessoas. Ou seja, 7 bilhões de pessoas tem menos da metade da riqueza de apenas 1% da população mundial.
Em 2019, em torno de 2.150 famílias de bilionários concentravam mais riqueza do que quase cinco bilhões de pessoas. São dados alarmantes. Entre 2011 e 2017, enquanto os salários dos trabalhadores aumentaram 3%, os dividendos dos acionistas mais ricos cresceram 31%, isso só nos países mais ricos do G7. Ou seja, é obvio que esses números apontam para um agravamento ainda maior da desigualdade no mundo.
E o estudo mostra também o quanto as mulheres sofrem mais com essa política neoliberal, com o aumento da desigualdade. Aqui no Brasil, por exemplo, a partir de 2017, quando da aprovação da Emenda Constitucional do Teto dos Gastos Públicos, os programas de defesa dos direitos das mulheres, de amparo às mulheres e de combate à desigualdade, foram reduzidos em 66%.
Precisamos destacar a estimativa feita pela Oxfam em relação ao valor do trabalho invisível: o trabalho das mulheres e das meninas, que é o trabalho doméstico, de cuidadora da casa, da família, das crianças, dos idosos. Segundo o estudo, cerca de R$ 10,8 trilhões é o valor anual desse trabalho invisível desempenhado por mulheres principalmente e por crianças.
É importante que todos nós dominemos esses dados porque a partir dessa realidade é que a gente percebe a origem da exploração imposta hoje na sociedade. A partir disso, do domínio destes fatos e dessas questões é que a gente tem como elaborar uma plataforma de reivindicação e organizar a população para que ela se rebele contra essa política capitalista que cada vez mais empobrece as pessoas enquanto enriquece um número cada vez menor de pessoas.
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